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História Ligados pelo sangue - Ser ignorante é de sangue?


Escrita por: NinaLinann

Notas do Autor


Mais um capppp!
Deixa eu dar um spoiler aqui: Vocês vão AMAR o próximo cap. Juro!
Boa leitura!!

Capítulo 12 - Ser ignorante é de sangue?


HOLY PETTERSON

- Mas está tudo bem por aí? – Minha mãe perguntou ao telefone.

- Está tudo bem, mamãe. – Respondi, sorrindo. – A propósito, a senhora gostaria de algumas fofocas sobre Josh?

- Ai meu Deus. Ele não se meteu em encrenca, né? Fale a verdade, Holy. Eu já estou quase mandando vocês voltarem para cá.

Gargalhei.

- Não, mamãe. Josh está muito bem comportado. E eu também se a senhora gostaria de saber. – Eu a ouvi suspirar de alívio. – É sobre Josh e Katelyn.

Houve alguns segundos de silêncio, e entendi que ela estava raciocinando tudo.

- Mentira! – Ela gritou, animada.

- Verdade! – Rebati, rindo.

- Vamos lá, me conte tudo. Tudo mesmo!

- Cheguei no apartamento agorinha e, bom, eles estavam abraçados, e eu nunca vi o Josh sorrindo tanto quanto ele sorria a cinco minutos.

- Você acha que...

- Acho não. Tenho certeza.

- Mal posso esperar para contar isso ao seu pai. – Era possível ouvir o som do teclado do computador. Trabalhar em uma empresa deve ser bem cansativo, mas não quando se é casado com o seu patrão, que no caso, é meu pai.

- Você deve estar bem ocupada, não é? – Perguntei, sentindo o sorriso em meu rosto se desmanchar. Não era a primeira vez que ela ficava muito ocupada e não podia me dar a total atenção, mas claro que, ela sempre arranjara tempo para mim e para Josh. Com toda a nossa mudança, fica ainda mais difícil de manter o contato.

- Me desculpe, filha. – Ela disse, percebendo como eu estava. – Estou com alguns arquivos para resolver de última hora. Eu posso ligar a noite?

E era assim.

Brinquei com o lençol da minha cama, tentando deixar que minha tristeza não transpareça pela minha voz, para que ela não se preocupasse comigo.

- Claro, mamãe.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, até o barulho do teclado acabou. Talvez ela estivesse refletindo, ou algo assim...

- Prometo, filha. Hoje eu e o seu pai vamos ligar para vocês. E quero que me contem t-u-d-o.

- Tá bom. Vamos esperar.

- Te amo, meu bebê.

- Te amo, mamãe.

Desliguei logo em seguida.

Liguei a televisão. E eu não sei o que aconteceu, mas acabei percebendo que minha bochecha estava molhada com as lágrimas que escorriam de meus olhos. Talvez fosse a saudade me pegando desprevenida.

Meu celular apitou, alertando-me que havia chego uma mensagem. Mas não foi o barulho do celular que me paralisou, foi da pessoa que me enviou... Zack.

*Podemos conversar?*

Deixei o celular de lado. E cada vez que eu observava o aparelho, a curiosidade aumentava. As borboletas em minha barriga estavam presentes novamente, e desta vez, se misturava com o enjoo. E me arrependi de não ter apagado o contado de Zack.

*Sei que está zangada. Me desculpe por isso. Eu não sei onde estava com a cabeça.* Li a nova mensagem.

*Você deveria manter a distância. Estou cansada dos seus joguinhos, Zack. Já chega! Não me procure mais.* Respondi, com os olhos cheios d’agua.

*Não fale assim, amor.*

*Pare com isso! Não me chame assim, apenas se afaste. Você faz mal a minha vida, por isso não quero que participe dela. Mantenha-se a distância, Zack, por favor.*

Desliguei meu celular o mais rápido que pude. Peguei meu caderno e comecei a estudar para a prova de biologia de amanhã. Eu não podia ficar o dia inteiro dentro do quarto lamentando por tudo. Além disso, a meta de vir para Atlanta era estudar. Ainda é. E é exatamente nisto que vou me concentrar.

 

 

O Sr. Jiltoz fez cara feia ao me entregar a prova de história que fiz semana passada. Um grande D- estava me apavorando. Como eu poderia me sair tão mal em minha primeira prova?

Josh, que estava ao meu lado, espiou minha prova, franzindo um pouco o cenho ao perceber a nota.

- É sobre a segunda guerra mundial, Holy. Estudamos isso diversas vezes. – Ele disse, como se eu já não tivesse notado isso.

Enfiei a prova no meio do meu caderno.

- Você se lembra o que aconteceu semana passada, não lembra? – Perguntei.

A expressão de Josh mudou drasticamente de confuso para preocupado.

- Ah, claro. – Ele disse, escolhendo melhor as palavras. Eu queria que ele tivesse notado antes para que eu não precisasse explicar. Ele sabia que a traição de Zack ainda me afetava. – Como pretende recuperar essa nota?

- O que acha que devo fazer?

- Falar com o professor, talvez. – Ele sugeriu. – Talvez ele te dê algum tipo de trabalho, não sei. Mas você poderia tentar.

Assim que o sinal bateu, esperei que todos os alunos saíssem de dentro da sala de aula, e depois caminhei até o professor. Tentando parecer mais decidida possível.

- Licença. – Pedi, e o professor olhou por cima de seus óculos para mim.

- Senhorita Petterson, no que posso te ajudar? – Perguntou.

Limpei a garganta, nervosa.

- Gostaria de uma recuperação para esta prova. – Respondi – Semana passada, estive com alguns problemas e, bom, isso atrapalhou grande parte dos meus estudos...

Ele tirou os óculos, colocando na gola de sua camisa. E respondeu:

- Senhorita, não posso dar alguma recuperação assim tão cedo para você. Isto também depende do que a direção pode decidir fazer com suas notas. 

- Entendo... – Não, não entendo. – Mas o senhor não poderia conversar com eles sobre isso... É que...

- Sei de sua “história”, senhorita. Boas notas. Bom comportamento. Boa família. Boas intenções. – Ele me intrometeu. Em seguida, me avaliou dos pés a cabeça. – Mas, eu posso fazer algo por você.

- Claro. Ótimo.

- Tenho um aluno que não é nada fácil de lidar. – Ele começou. – Ele falta bastantes vezes, e têm muitas notas baixas. A senhorita aceitaria o ajudar?

- Ah... Claro, eu acho.

- Acha, ou tem certeza? – Ele me interrogou, com um sorriso debochado. Então ele realmente achava que eu não seria capaz. Mas eu vou mostrar o quanto ele está enganado.

- Tenho certeza. – Disse firme. – Qual o nome deste aluno?

- Grayson Riggs. Converse com ele assim que você sair daqui. Está liberada, senhorita.

Ah, não.

Droga! Preciso desta nota. E novamente os Riggs’s estão se infiltrando na minha vida. Seria Grayson um problemático também?

Dei de costas, e caminhei pelo corredor. A procura de Grayson, ou até mesmo de Chandler.

Encontrei Grayson sentado em uma arquibancada da quadra de basquete, isolado. Ele comia um sanduíche, enquanto seus olhos eram atraídos pelos peitos das garotas que ensaiavam alguma coreografia de líderes de torcida.

Subi as arquibancadas, sentindo o suor começando a descer por minhas costas. Exercícios físicos não são minha praia. Até pareço uma sedentária.

- Oi, Grayson. – Cumprimentei, e finalmente ele notou minha presença.

- Oi... – Ele fez um gesto com a mão, esperando saber meu nome.

- Holy. – Completei.

- Oi, Holy. – Repetiu. – Nos conhecemos?

- Na verdade, não. Mas já jantamos juntos, não sei se você se lembra. – Ri, envergonhada. – Então, o Sr. Jiltoz me mandou vir falar com você...

- Deixe-me adivinhar. Você tem que me ajudar a estudar?

Percebi que não era a primeira vez que Grayson dependesse de alguém que o ensinasse. Então o problema é sério.

- É, isso mesmo. – Disse por fim.

Grayson deu risada.

- Tá bom. Aonde você prefere “me dar aula”? – Perguntou, achando graça em tudo aquilo. – Não me diga que quer que seja em minha casa. Porque isso já me irritou tanto das outras vezes.

Franzi meu cenho. Eu realmente não iria sugerir a casa dele.

- Quer passar um tempo com meu irmão também? Deixe-me avisar: Ele tem namorada.

Ah, entendi aonde ele quer chegar com tudo isso. E se ele pensa que quero alguma coisa do irmão ridículo dele, ele está muito enganado.

- Não sei com que tipo de pessoa você acha que está falando. Mas você deveria repensar em suas palavras. Não quero nada do seu irmão ridículo. Estou aqui apenas porque preciso de nota. E vou deixar bem claro que, você também precisa. Precisa muito.

Ele ficou calado o tempo todo, deixando que aquele sorriso idiota saísse de seu rosto.

- Então se estiver disposto de aprender alguma coisa, me encontre às 15h no estabelecimento da Tia Nacon. Não vou te esperar por muito tempo, sugiro ser pontual.

Desci as escadas antes mesmo de lhe dar tempo de me responder.

Ser ignorante é de sangue?

 


Notas Finais


Até o próximo CAP!


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