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História Ligados pelo sangue - Bata forte ou fraco.


Escrita por: NinaLinann

Notas do Autor


Acho que não tenho o direito de dizer minha falinha de sempre...
Sério, desculpe por não ter postado mais. Eu estou tentando de tudo para trazer mais capitulos, mas gente, tá ficando tão difícil! Vocês não tem noção. Eu sei que vocês querem ler logo, então vão nessa... e me desculpe novamente.
Boa leitura!

Capítulo 21 - Bata forte ou fraco.


HOLY PETTERSON

Chandler dirigia por ruas movimentadas, a maioria, jovens saindo de boates e caminhando pelas ruas sem preocupação. Como se não tivessem bebido o bastante. Todos eles me fazem lembrar de Josh e seu problema com bebidas. Talvez ele não demonstre que realmente tem, e nem precisa, claro, mas isto não quer dizer que ele já superou o problema. Toda vez que ele bebe, ele faz alguma coisa ruim, graças à bebida. E eu preciso me certificar de que nada aconteça. Não só a ele, mas também a mim.

Sou acordada de meu transe quando sinto a mão de Chandler segurando a minha.

- Está preocupada com alguma coisa? – Ele pergunta, ainda prestando atenção na estrada.

- Não. Tá tudo bem. – Respondi, sorrindo. Ele soltou minha mão para trocar de marcha, e depois a segurou novamente. Essa é a hora que eu me derreto toda? – Onde estamos indo?

Posso ver um sorriso se formar em seus lábios, mas ele trata de não me responder.

- Não faça esse joguinho comigo, ok? – Disse, rindo.

- E quem disse que estamos jogando? – Ele perguntou, desta vez olhando para mim. – Você disse que iria a qualquer lugar comigo, então aqui estamos.

Pensei por um momento naquelas palavras. E, realmente, são verdadeiras. Estou me esquecendo dos sentidos das palavras quando estou perto dele, e não sei dizer se isso é algo bom.

- Você vai gostar. – Ele assegurou, virando em uma rua menos movimentada. Eu não reconheço esta parte da cidade, mas olhando para Chandler, e vendo o sorriso em seus lábios, percebo que ele se sente bastante a vontade aqui. Como se fosse o lugar dele, de verdade. E isso é bom. – Mas tem que me prometer uma coisa.

O encarei, desconfiada.

- Ok, você acabou de me deixar curiosa.

- Prometa que não vai rir de mim. – Ele disse, desta vez não estava com aquele sorriso nos lábios. Ele realmente estava se importando, estava preocupado.

- Não vou rir. - Assegurei. – Prometo.

Ele suspirou aliviado, e virou em mais uma rua, agora, completamente deserta e escura. Eu estaria mentindo se dissesse que não estou com medo. Ele desligou o carro, e nós descemos. Nem havia percebido que ele pegara o cadeado, os papeis e uma caneta que não faço a mínima ideia de onde tirou.

Caminhou em minha direção, e segurou minha mão, me guiando para perto da névoa que se formava logo em nossa frente.

- Está com frio? – Perguntou, e eu responderia que não, mas ele já tirara o casaco e colocara em meus ombros. Ótimo, agora estou com pena por ele ter que enfrentar o frio. – Há uma ponte, logo ali.

Assenti, ainda não conseguindo enxergá-la por causa da névoa. Ele seguiu me guiando, e quando ficou difícil de enxergar alguma coisa, ele acendeu a lanterna de seu celular. Pude ver o início das grandes grades da ponte, e bem ao lado, havia uma árvore enorme e um pouco velha. Nos sentamos em baixo da árvore, em cima de folhas velhas. E eu cuidei de que o casaco dele nos cobrisse, pelo menos um pouco.

- Eu... Este é um dos meus lugares favoritos. – Ele disse, segurando minha mão. – Eu não costumo contar para as pessoas que venho aqui, então você e a Brianna são as únicas que sabem.

Assenti, compreendendo. Eu não sei o que ele realmente esperasse de mim, porque ele pareceu bem delicado em contar isto. Está tudo bem, e eu não vejo nenhuma complicação.

- Eu não sei se você já ouviu sobre aquela ponte em que os... casais escrevem seus nomes em um papel e depois prendem nas grades da ponte. – Continuou ele, e eu já fui capaz de compreender tudo. – Bem, esta é minha ponte. E, isso pode ser bem cafona, mas eu queria que você fizesse parte dela.

Sorri, achando um pouco fofo e... cafona. Estou rindo por dentro, mas não posso rir por fora.

- Claro que sim. – Disse por fim, impedindo que meu sorriso se tornasse uma gargalhada, afinal eu prometi.

- Você disse que não iria rir. – Ele disse, erguendo uma sobrancelha, ficando levemente incomodado.

- Não estou rindo, Chandler. – Por dentro, sim. ­– Eu gostei do seu... romantismo. – Verdade.

O corpo dele tremeu, e foi só neste momento em que percebi que ele estava rindo.

- Como ousa rir de mim? – Empurrei seu ombro com meu ombro. Babaca. Eu estava me segurando tanto para não rir...

- Você é uma péssima mentirosa, Holy Petterson. – Ele disse, ainda sorrindo. Que vontade de espancar aquele rosto maravilhoso! – Mas você ainda não pode rir, fez uma promessa e agora tem que cumprir. – Ele deitou em meu colo, apenas para saber realmente se eu iria rir.

E como foi difícil segurar minha risada! Minha garganta coça.

Mas quanto mais o tempo passava, mais minha vontade de rir era substituída pelo nervosismo. Aparentemente, meu coração está jogando comigo, acelerando a cada segundo que estou com Chandler. Inútil, coração. Decida-se. Bata forte ou fraco.

Chandler se levantou de meu colo, e impulsivamente ou não, colamos nossos lábios. Eu estava estremecendo por causa do frio, mas no momento em que Chandler me fez encostar as costas no tronco da árvore, um calor subiu por todo o meu corpo. Ora, meu corpo também está jogando comigo.

- Vamos fazer isso logo. – Ele disse, e se não fosse pela neblina, ele veria meu rosto inteiramente vermelho. Tenho certeza.

- Com... Com o que? – Perguntei, envergonhada demais para tentar manter minha voz natural.

- O cadeado, Holy. Foi pra isso que viemos aqui. – Ele disse, rindo. Chandler se levantou, e estendeu a mão para me ajudar, depois foi me guiando até a ponte. – Desculpe, eu não planejava isso para ser hoje, está muito frio.

- Planejava?

Eu diria que Chandler começou a ficar com vergonha. O que eu jamais pude ver já que ele em si era um mistério. Poderia Chandler ficar muito envergonhado com algo tão simples? Como me dizer que planejava isso há muito tempo?

- Você prometeu não rir. – Ele me lembrou.

- E já cumpri. – Disse, entrelaçando nossos braços. – Não sei se você se lembra, mas você me beijou logo depois.

- Eu te beijei? – Ele sorria, tão feliz. – Você me beijou.

Não estou acostumada a conversar com Chandler com toda essa intimidade, na verdade, eu jamais fui tão longe com ele. Será que ele consegue perceber o quanto estou apaixonada por ele? Posso não demonstrar muito, realmente não sei. Mas ele sente? Ele sente que correspondo totalmente com os sentimentos dele?

- O que devemos escrever? – Perguntei, mudando de assusto, segurando o pequeno papel vermelho nas mãos “congeladas”.

- Nada. – Ele disse, pegando o papel e o enganchando no cadeado. – Não escrevemos nosso destino, Holy.

Por um momento, pensei o quanto aquilo foi poético. Chandler sabe realmente falar a sério, digo, quando o assunto realmente o interessa.

- Você está me encarando. Porque está me encarando? Quer que eu te beije de novo?

- Não. – Disse, rápido. – Sim. – Fique a vontade – Pare com isso!

Sorrindo, prendemos o cadeado no arame da grade da ponte. Chandler segurou em minha mão, que estava mais gelada que a minha. É assim que quero passar os dias, ao lado dele se for mais precisa. O frio é confortante, Chandler é confortante, nossos sentimentos são confortantes. E é tudo o que uma pessoa precisa: conforto.

 

- Acorde, Holy! – Josh pulou em cima de mim, me esmagando por completo. – Se lembre que dia é hoje? Você lembra, não lembra?

Não. Era o que eu queria responder, mas ao invés disso, resmunguei alguma coisa que nem eu mesma entendi.

- Vou te dar uma dica: Kiera Cass. – Ele disse, e de repente meus olhos se abriram. Porra! Como pude me esquecer? Hoje eu vou conhecer Kiera.

Tenho tantas perguntas! Muitas perguntas, de verdade. E espero não começar a me empolgar muito e deixá-la assustada de alguma maneira. Ela vai me ensinar tanta coisa... Já posso me imaginar começando a digitar alguma história nova em meu notebook.

- Andrew ligou, e disse que vem te buscar. – Josh disse, enquanto eu atravessava meu quarto, indo até o banheiro. – Mamãe mandou o dinheiro da passagem, e disse que se precisar de mais, ela pode depositar na sua conta.

- Você realmente vem planejando isso mais do que eu imaginei, certo? – Perguntei, parando na porta do banheiro.

- É claro. – Ele disse, sorrindo. – Vou fazer minha mala.

- Você vai?

- Ora, e você acha que eu teria planejado tudo sem ao menos ter o prazer de ir junto? – Josh já estava na porta, esperando minha resposta. Eu não precisava responder, ele já sabia da resposta. Eu nunca o pediria para ficar e perder a oportunidade de viajar.

Depois de tomar banho, fui para a cozinha comer. Josh fazendo panquecas, e a música que saía de seus fones era incrivelmente alta. Ele dançava, com o seu jeito desajeitado. Não quis o atrapalhar, então fui para a sala, até que as panquecas estivessem prontas.

Bom dia. Quem irá conhecer Kiera Cass hoje mesmo? Li a mensagem que Chandler acabara de enviar. Sorri, sentindo meu coração bater um pouco mais rápido.

Bom dia! E eu não faço a mínima ideia. Deve ser alguém muito sortudo! Respondi.

Eu estou com o Andrew. Nós já vamos passar aí, então esteja pronta. Ele disse que tem um presente pra você.

Ah, é? Você pode me contar que presente é esse? Perguntei.

Holy Petterson, vá comer suas panquecas. Respondeu.

Ora, Chandler! Ele adora me deixar curiosa, absolutamente tudo. Chega a ser frustrante. E, me pergunto se Andrew realmente está livre hoje ou é apenas uma desculpa para me levar até o aeroporto. Ele me disse que a filha dele quer me conhecer. É claro que disse que sim. A família dele parece tão querida, mal posso esperar.

- Porque não me contou que está namorando com Chandler? – perguntou Josh, me assustando. Desgraçado. Odeio quando ele faz isso.

- Não faça isso de novo, Josh. – reclamei. – Você estava lendo minha conversa?

Ele sorriu, e eu soube que sim.

- Ah, no fundo eu já sabia. – Disse, dando de ombros e se sentando ao meu lado. – Você poderia me contado, sabia?

- Não devo nada a você.

Ele fingiu estar ofendido.

- Você também não me contou que estava namorando com a Katelyn, que caso você esqueça, é minha melhor amiga.

- Isso é diferente. – Ele disfarçou, rindo. – E eu sabia que ela iria te contar, então...

A campainha tocou, e para fugir do assunto, Josh se levantou para atender. Eu podia ouvir a risada de Chandler do outro lado da porta, e meu coração saltou. Tendo como acompanhamento, meu corpo. Fiquei de pé, nervosa, talvez.

Josh abriu a porta, e do outro lado, estava Andrew e Chandler.

- Olá, Josh. – Andrew disse, entrando e abraçando Josh. – Onde está minha Petterson? – Brincou. – Ah, lá está ela.

- Oi, velho! – O abracei. – Você está incrivelmente elegante, vejo que seguiu meus conselhos.

- Segui, sim. Adoro esse paletó. Obrigado pelo conselho.

Ele se sentou no sofá, deixando suas sacolas de lado. Então pude notar os olhos azuis sobre mim. Ah, e que sensação! Olhei para Chandler, que nos observava até agora. Josh se sentou ao lado de Andrew, começando a olhar o que ele trazia naquelas sacolas. E eu fui até Chandler.

- Você está magnifica, Holy Petterson. – elogiou, Chandler. – Pronta?

E eu fiz que sim com a cabeça, sorrindo feito boba, por sentir o bem que ele trazia para mim.

[Ah, se eu soubesse que tudo mudaria...]

 


Notas Finais


" [Ah, se eu soubesse que tudo mudaria...] " No final da história, vocês entenderão. Muita coisa vai acontecer...
Até o próximo capitulo!


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