Kyungsoo e Chanyeol entraram na casa e encontraram os meninos tomando café da manhã.
— Bom dia... — Sehun, Baek e Chen cumprimentaram com um sorriso malicioso.
— Bom dia. — Responderam meio sem graça.
— Venham comer. — Lay chamou, pegando um pouco de arroz.
— Obrigado, hyung, já tomamos café. — Kyungsoo deu um beijinho na bochecha do beta e foi em direção aos namorados, dando um selo em cada um.
— Aposto que sim... — Baek sorriu ladino ao notar os cabelos molhados — E sei até qual foi o prato principal. — Apalpou a bunda do ômega, ganhando um tapinha no ombro.
— Pelo amor dos deuses, você só pensa em sexo, garoto? — Kris, que entrava na cozinha, tinha pegado a conversa pela metade.
— Só quando eu tô perto do Soo, ou pensando nele, ou sonhando com ele... — Respondeu dando de ombros, vendo o dito cujo corar e morder os lábios. Mandou um beijinho soprado e piscou para ele, voltando a comer.
— Nada que um balde de água gelada não resolva. — Jongdae disse risonho, desviando da colher que voou em sua direção.
— Soo, tenho ótimas notícias! — O Byun virou-se para o outro ômega e deu um sorriso radiante, que o sorrir em resposta involuntariamente. Amava os sorrisos verdadeiros do ruivo. Não que não gostasse dos maliciosos também, mas vamos deixar isso para lá.
— Boa só se for pra você. — Sehun disse com escárnio.
Baek apenas ignorou-o e voltou a falar.
— Vou morar aqui por um tempo! — Disse feliz, levantando-se e abraçando o moreno.
— Sério?! — Kyungsoo abraçou-o de volta, suspirando aliviado.
Tinha dado a ideia do mais velho conversar com Yixing, Suho e Yifan e ver se poderia ficar ali até estabilizar sua vida, já que seus pais não o ajudariam. Conhecia seus hyungs e tinha certeza que eles não deixariam Baekhyun desamparado, assim como não o tinham deixado meses atrás.
— Vou ter que aturar essa praga aqui também? — Chanyeol perguntou com desânimo, fazendo um biquinho e cruzando os braços.
— Falou o cara que me abraça enquanto eu durmo... — Baek olhou-o ferino, vendo-o desviar o olhar e fazer uma carranca emburrada.
— Ainda bem que eu quase não fico em casa. — Yifan disse com alívio, se levantando e ajeitando sua gravata.
— Não estou me sentindo bem aceito. — O ruivo disse com falsa mágoa, fazendo um biquinho trêmulo e se agarrando mais a Kyungsoo, aproveitando-se para tirar uma casquinha do moreno.
— E onde ele vai dormir? — Kai perguntou.
— Na sala. — Chanyeol respondeu rápido.
— Nem pensar, vou dormir no cantinho do Soo.
Kyungsoo sentiu a mão ousada do mais velho se esgueirando para dentro de sua blusa, alisando sua cintura em um carinho suave.
— Ah, mas não vai mesmo! E a gente? — Sehun entrou na conversa.
— Você só pode dormir com ele no seu dia. —— Jongin resolveu se impor também, apesar de falar mais baixo.
Baekhyun ia retrucar quando Kyungsoo o puxou e colou os lábios em seu ouvido.
— Se você não criar briga, peço pro Min-hyung levar a gente no sexshop que você tinha pedido e nos mostrar o que devemos comprar pro seu cio. E eu deixo você comprar uma fantasia pra mim. — Acrescentou, tentando evitar uma discussão desnecessária.
Baek sorriu largo e olhou para os outros.
— Tudo bem, eu durmo na sala. — Disse feliz, o sorriso em seu rosto só aumentando.
Todos olharam desconfiados para os dois, querendo saber o que Kyungsoo dissera que fez o mais velho mudar de ideia tão rápido.
— Boas notícias, Chanyeol. Você vai ficar no café sozinho essa manhã.
— O quê? Por quê?
— Porque eu sou seu chefe e estou mandando. Eu e Soo vamos fazer umas coisinhas...
— Que coisinhas? — Os olhos do platinado de estreitaram.
— Nada que seja do seu interesse. — Respondeu ferino. — Chama o Minseok, vou te esperar no seu quarto. — Disse para o moreno, dando um selo em seus lábios, saindo saltitando porta afora.
Kyungsoo sentiu o olhar pesado dos alfas sobre si e sorriu amarelo, coçando a nuca.
— Er, Xiuminnie, eu e o Baek precisamos da sua ajuda.
Jongin se engasgou com o chá que tomava e Suho tentou ajudá-lo, dando uns tapinhas em suas costas.
— Hoje não era seu dia de descanso? — Sehun perguntou, franzindo o cenho.
— Nós não vamos fazer nada disso que estão pensando. Parem de ser pervertidos! — O ômega fez uma careta e olhou feio para eles.
— Duvido. Pro Baek ter sorrido daquele jeito e mudado de ideia tão rápido, coisa boa não é. Ainda mais com o Xiumin no meio. — Jongdae disse e logo viu o mais velho lançando-lhe um olhar mortal.
— É coisa do Baekhyun, por isso não posso contar pra vocês. Se fosse sobre mim eu não esconderia de vocês. — O moreno fez sua melhor carinha fofa e se aproximou dos meninos, vendo as expressões de descontentamento em seus rostos diminuírem aos poucos.
— Confiamos em você. — Sehun disse e puxou o menor para um beijo tranquilo, acariciando as costas macias por cima do tecido fino da blusa.
Kyungsoo sorriu entre o beijo e afundou os dedos nos fios loiros, puxando o alfa mais para si. Tinha sorte em ter namorados tão perfeitos e compreensivos. Eles tinham suas briguinhas? Sim. Mas eram coisas bobas e passageiras, e todos eles sempre procuravam um jeito de se resolver. Se separou do mais alto e foi até Jongin, sentando-se no colo do moreno, que prendeu a respiração e acariciou a perna do ômega de leve.
— Tenha uma boa aula, Nini. — Disse baixinho, os lábios roçando nos lábios macios do mais novo, logo pressionando-se contra eles.
Kai sentiu seu coração dar um pulo em seu peito, seu estômago dando umas voltas engraçadas ao ouvir o apelido e sentir a boca grossa e quentinha contra a sua.
— Obrigado, hyung. — Respondeu meio trêmulo. Deu um beijo na testa do mais velho e o abraçou apertado, sentindo o calor bom do corpo alvo contra o seu.
Kyungsoo levantou-se e puxou Minseok pelas mãos, passando por Chanyeol e dando um beijinho no grandão, sorrindo para ele e vendo-o retribuir com um daqueles sorrisos lindos.
— Bom trabalho, Chany. Nosso encontro foi perfeito, eu adorei. — Sussurrou para o mais velho, acariciando a nuca do mesmo com suavidade, sentindo a pele se arrepiar.
Deixou os três com um sorriso no rosto e uma expressão meio boba nas faces.
— Ai que horror, vocês vão babar. — Chen disse e fez uma cara de nojo.
— É o amor, ChenChen, é o amor. — Lay disse e começou a colocar as coisas na pia, vendo os mais novos perdidos nos próprios pensamentos.
— Eu trouxe ele, você fala. — Kyungsoo entrou no quarto e fechou a porta, vendo Baek esparramado em sua cama.
— Xiumin, nós precisamos da sua ajuda. — O ruivo se sentou e chamou os dois com a mão, indicando que se sentassem ao seu lado.
— Para? — O beta estava visivelmente curioso.
— Meu cio está se aproximando, e eu quero passar com o Kyungsoo. Liguei para o Luhan ontem e ele disse que tudo bem, desde que o Soo respeite seus limites e não se esforce demais.
Minseok continuou olhando entre um e outro sem entender muito bem onde ele entrava naquela história.
— E...? — Incentivou-o a continuar.
— Você sabe que, sem um alfa, as ondas de calor vão vir com mais frequência, e o Soo não vai se recuperar tão rápido. Então, já que você é escritor e entende muito bem sobre essas coisas, queríamos que você fosse em uma loja com a gente comprar uns brinquedinhos pra nós usarmos nos intervalos em que o Kyung estiver cansado.
Os olhos do beta se arregalaram sutilmente e ele olhou para o moreno, que tinha a face corada e apertava os lábios entre os dentes. Não podia evitar imaginar os dois ômegas se dando prazer usando dildos e plugs diversos. Fechou os olhos por alguns segundos tentando tirar a imagem de sua cabeça.Não podia ficar excitado, pelo amor dos deuses.
— Ah, tudo bem. — Disse depois de alguns segundos, vendo o sorriso do ruivo aumentar.
— Ótimo, vou trocar de roupa e vamos. — Baek se levantou e começou a tirar a roupa ali mesmo, fazendo o beta desviar o olhar, fixando-o no rosto de Kyungsoo, que mantinha os olhos no colchão e uma expressão de vergonha no rosto.
— Não precisa ficar assim, Soo. É normal comprar essas coisas. — Sorriu para o mais novo e deixou um beijo nos lábios fartos.
— Eu nunca fui em um lugar assim. — Disse baixinho.
— Por isso mesmo que eu vou com vocês. — Sorriu doce. — Vou levá-los num lugar que eu já conheço e que é super discreto, pode ficar tranquilo.
— Sabia bem que você tinha cara de quem gostava dessas coisas. — Baek sorriu de lado, abotoando a calça apertada.
— Eu pesquiso para escrever meus livros.
-A h, claro, é interesse puramente profissional... — Disse com ironia. — Vou precisar de ajuda pra escolher uma fantasia bem sexy pro Soo.
— Fantasia? — Perguntou com a voz meio trêmula, engolindo em seco.
Na mente de Xiumin, um Kyungsoo com várias fantasias eróticas se fez presente. O beta suspirou e levou a mão até os cabelos. Ia ser uma manhã conturbada.
Chegaram em uma portinha pequena, que não dava nenhum indício que ali fosse uma loja de produtos eróticos. Minseok tocou o interfone e se identificou, pedindo para falar com o Heechul ou com o Key. Logo a porta foi aberta e um ômega loiro os recebeu, abraçando o beta assim que o viu.
— Que saudades de você, Xiuminnie! Pensei que tinha abandonado a gente. — Fez um biquinho.
— Até parece, Bummie. Andei um pouco ocupado esses dias. Esse é o Kyungsoo, meu namorado. — Puxou o moreno para si. — Esse é o Key, um dos donos.
— Ai, que coisinha linda! Vem aqui, neném. — Kibum puxou-o para si e o abraçou apertado.
— Vai assustar ele! — Minseok girou os olhos ao ver o olhar meio atônito de Kyungsoo.
— E esse é? — Key perguntou olhando para o ruivo, que ainda estava parado na porta.
— Esse é o Baekhyun, namorado do Kyungsoo. — O beta disse, vendo o sorriso de Key aumentar.
— Oh, quer dizer que estão todos em uma relação? Acho maravilhoso, adoro. — O loiro também puxou Baek para um abraço apertado, mas o ruivo, que era mais atirado, devolveu o aperto na mesma intensidade, sorrindo para o ômega.
— Nós e mais três alfas. — Baekhyun respondeu, vendo o tal Key sorrir mais ainda e dar alguns pulinhos.
— Pelas minhas falecidas pregas, eu já quero conhecer todos! Pena que o Minho não tem a mente aberta pra aumentar nosso relacionamento. A Chula, sortuda, também tem três maridos. — Kibum fez um bico e Minseok riu. Desde que conhecera um alfa chamado Minho, o ômega vinha tentando convencer o namorado a pelo menos fazer um ménage, mas ele estava irredutível.
— Bem, vamos entrando, em que posso ajudá-los?
— O cio do Baekhyun está chegando e ele e o Soo querem algumas coisas para ajudá-los.
— Vão ser só os dois? — Perguntou, sorrindo doce para os outros dois ômegas.
— Sim. — Kyung respondeu baixinho, sentindo o rosto queimar.
— Ah, ele é tão fofo! Quero um pra mim! — Key se jogou de novo no moreno, apertando-o contra si. Agora Kyungsoo tinha entendido onde Xiumin tinha aprendido a dar aqueles abraços esmagadores.
— Ele está grávido, então temos que encontrar coisas que estimulem Baekhyun e que possam retardar as ereções do Soo. — Minseok explicou, vendo Kyungsoo ficar mais vermelho ainda.
— Não acredito que está grávido! — Kibum olhou chocado para o menor.
— De trigêmeos. — Baek respondeu orgulhoso, alisando a barriguinha do mais novo.
Key deu mais um gritinho e voltou a se agarrar no moreno, dizendo que queria ver as crianças, que os visitaria com o namorado, levaria presentinhos para eles e mais um monte de coisa que Kyungsoo nem conseguiu entender direito.
— Se acalma, Key. — Minseok chamou a atenção do amigo, que olhou para si com um biquinho.
— Tudo bem, vamos lá. Vocês querem ajuda ou preferem olhar as coisas sozinhos?
Minseok olhou para Kyung, esperando que o mais novo dissesse o que preferia, já que ele era mais reservado e tímido.
— Prefiro que nós olhemos sozinhos. — Disse baixo, dando um pequeno sorriso para que não passasse a impressão que estava se desfazendo do outro ou sendo grosseiro.
— Tudo bem, qualquer coisa é só me chamarem, estarei no caixa. — Sorriu para eles e se afastou, dando privacidade para o trio.
— Por onde querem começar?
— Por ali! — Baek sorriu grande e apontou para a área onde haviam vários vibradores e plugs anais, de todas as formas e cores que se podia imaginar.
Kyungsoo mordeu os lábios e sentiu o rosto queimar. Queria ir embora e fingir que nunca tinha estado ali. Viu o ruivo pegar um vibrador preto enorme e analisá-lo com certo interesse, logo em seguida batendo-o contra o próprio rosto, rindo como se fosse a coisa mais legal do mundo. Levou a mão até a testa e respirou fundo. Que os deuses lhe ajudassem a passar por aquilo.
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