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História Lights - Amado


Escrita por: OperaLuv

Notas do Autor


Desculpas a demora, final de semestre, trabalhos para entregar e todas essas coisas de final do ano. Estou pensando em minuir os capítulos para eu conseguir atualizar com mais frequência, algo em torno de 2.000 palavras. O que vocês preferem?

Obrigada aos comentários irei respondê-los quando o sono me abandonar haha

Vocês são umas lindas <3

Vocês viram os meninos ganhando o prêmio máximo do MAMA? Ninguem chorou aqui né? haha

Capítulo 13 - Amado


Fanfic / Fanfiction Lights - Amado

POV JUNGKOOK

Jungkook e Jimim acabavam de se despedir dos meninos na saída do hospital e seguiam pelo estacionamento em busca da moto do mais novo. Andavam lado a lado próximos o suficiente para se esbarrarem, e aproveitarem o mínimo de contato possível que eles podiam ter, considerando os maus olhados.

Quando já estavam próximos do seu destino, Jungkook sentiu-se sendo segurado pelo braço e jogado contra a moto. Sua boca foi ocupada logo depois. Jeon muito resistente o afastou. Logo depois duas enfermeiras que seguiam para casa passaram por eles – os olhares como sempre enviesados. Jimim o encarou emburrado e confuso. Não conseguia lidar com o fato de não poderem se abraçar ou se tocar em público.

- É complicado... – Jungkook disse, pronto para explicar a situação novamente.

- Você tem vergonha de mim?

Jungkook se esforçou muito em não girar os olhos. Às vezes Jimim tinha aqueles comportamentos inseguros, principalmente em relação ao seu corpo ou o fato dele não ter experiência alguma com homens.

- Não é isso. Eu adoro você, mas as pessoas não estão habituadas a casais gays, você sabe.

Jimim não disse nada, apenas pegou o seu capacete e colocou na cabeça pronto para ir embora. Jungkook suspirou mentalmente e começou a dirigir. O namorado não morava tão longe dali, ficava em um aglomerado de prédios, barato suficiente para um universitário estável como Jimim ser capaz de pagar.

Assim que chegaram, o mais novo olhou para o alto do prédio perguntando-se se um dia ele teria oportunidade de conhecer o local que Jimim comia, dormia e passava parte significativa da sua vida. Quais tipo de bobagens ele teria em seu quarto? Seu pensamento desapareceu quando sentiu Jimim descer da garupa.

O ruivo lhe entregou o capacete, lhe ofereceu um sorriso mínimo e disse que subiria pois estava cansado. Ele estava claramente chateado e, mesmo julgando aquele comportamento como extremamente infantil, Jungkook percebeu que essa situação não poderia continuar do jeito que estava.

A rua estava vazia, então o puxou pela blusa e o beijou. Lento e calmo. Permaneceram assim por um tempo, até que Jimim se afastar e o encarar com um sorriso. Mesmo que ele ficasse chateado com muita facilidade, ele rapidamente voltava ao normal.

- Você beija bem dongsaeng.

Jungkook sorriu revelando seus dentes de coelho. Jimim ainda o abraçava, com suas mãos sobre sua cintura.

- Você tem um corpo lindo dongsaeng. – prosseguiu e Jeon riu de leve. –  Eu gosto do seu riso também dongsaeng. – Jimim fez uma careta antes de continuar – Estou sendo muito brega?

- Um pouco.

- É diferente namorar com um cara. – refletiu, não como uma crítica, apenas um comentário óbvio. – Às vezes eu me sinto inseguro em relação a isso. Não que eu esteja te cobrando alguma coisa.

- Eu sei... você não precisa fazer nada de diferente.

Jimim sorriu e olhou pra baixo.

- Até ser brega desse jeito?

- Até ser brega desse jeito. Não consigo pensar em nada que você possa fazer para eu gostar menos de vocês.

- Aish! – Jimim se desvencilhou dele, sorrindo sem jeito. – E eu que sou brega?

- Só um pouco. – Jungkook o respondeu e o puxou de volta.

- Desculpa, eu sou um idiota.

Jungkook ficou em silêncio enquanto depositava um beijo em sua testa.

- Você vai concordar comigo? - Jimim se afastou, mas ele tinha um sorriso no rosto.

- Larga de ser idiota,

Voltou a abraçá-lo. Ficaram assim uns minutos até Jimim se afastar.

- Você acha que Suga vai ficar bem?

- Eu não o conheço. Você diz psicologicamente?

- Sim. Eu me lembro de Suga das aulas de basquete, nós estudamos no ensino médio, sabia? Ele era muito fechado, chegava ser engraçado.

- Nós vamos ajudá-lo, afinal estamos nessa a mais tempo.

- Eu fico pensando, será que eu não machuco as pessoas mentalmente quando eu as faço esquecer das coisas?

Jungkook piscou pensando em algo.

- Jimim... Você disse que não se lembra de conversar com o delegado, nem com a pessoa que marcou com você atrás do ginásio, certo? - o ruivo concordou com a cabeça - Será que você não fez isso de propósito? Sabe, apagar sua própria memória?

- Isso faz sentido... mas por que eu faria isso?

- A gente pode conversar sobre isso com o Namjoon e Hoseok-hyung amanhã.

- Eles você chama de hyung, não é?

- Está com ciúmes deles? Eu não gosto daqueles caras.

Ficaram em silêncio por um tempo, até que Jimim ergueu o rosto, aproximando sua respiração. Jungkook fitou seus olhos inchados e castanhos, a curva da sua boca, o nariz levemente largo. Às vezes achava que o amava, por que nada justificava a maneira como se sentia. Era um pensamento ingênuo, ainda mais vindo dele que nunca teve um relacionamento sério.

Beijou-lhe no alto da bochecha. Não estava acostumado com aquele tipo de afeto. Ele nunca tinha namorado, os seus relacionamentos foram na sua grande maioria sexuais, e o que tiveram um pouco de afeto, eram marcados por introduções de carinho, mas que sempre acabam na cama. Com Jimim isso não era possível.

E apesar disso o ruivo não ajudava.

Como agora.

Jimim o segurou pela blusa e o puxou para um beijo intenso. Ele colou seus corpos, deixando seu peitoral sobre seu, e suas pernas encaixada nas deles, deixando seus quadris colados. E durante o beijo Jimim ficava nas pontas dos pés e logo depois abaixava puxando-o para si, para logo depois ficar nas pontas dos pés e novamente voltar a descer, friccionando assim seus corpos. Desse jeito Jungkook ficaria excitado e mal conseguiria disfarçar.

- Jimim... – sussurrou entre um beijo e outro. – Não é melhor vocês descolar de mim? Veja minha situação.

Jimim o olhou confuso.

- Que situação?

Jungkook girou os olhos.

- Ah, essa situação. – Jimim levou suas mãos até seu pênis sobre o jeans. Graças a deus ninguém passava por perto, por que Jungkook não conseguiu disfarçar um gemido de leve. – Desculpa por isso... – o ruivo pediu, mas não parecia realmente se importar, pois logo em seguida depositou um beijo na curva do seu pescoço, puxou-lhe o lóbulo da orelha com os dentes enquanto sua mão permanecia lá.

Repentinamente ele se afastou com um sorriso travesso enquanto erguia as mãos para o alto.

- Me declaro culpado. – respondeu se afastando sem lhe dar as costas.

Jungkook riu enquanto o via entrar pelo prédio. Mesmo quando Jimim tinha sumido do seu campo de visão ele não conseguia conter o sorriso.

POV JIN  

Assim que sentiu sua boca na sua, qualquer receio ou insegurança foi embora. Antes de bater na sua porta pensou em um milhão de desculpas para não fazer algo que poderia se arrepender profundamente. Droga, era Namjoon do futuro, uma pessoa, que se ele parasse e pensasse, ele não conhecia direito. Um desconhecido que beijava deliciosamente bem e tinha uma pegada ótima, pois assim que se jogou nos seus braços Namjoon reagiu e o jogou na parede levando suas mãos até o rosto e o beijou profundamente.

Jin sentiu-se praticamente derreter, como se uma aflição interna se desmanchasse vagarosamente durante todo o momento que seus corpos permaneceram juntos até se afastarem. Não por falta de ar, ou por necessidade de autocontrole, mas por que eles simplesmente precisavam olhar um para outro.

- Senti tanta falta disso. Da sua boca, do seu cheiro. – Namjoon disse e logo depois depositou um beijo leve, mas demorado. – Não sabe o quanto eu me segurei.

Jin não disse nada, apenas continuou o olhando. Aquele rosto, aquela boca, aqueles olhos escuros e levemente curvados. Era real, certo?

- Só me beija, tudo bem? – pediu por que não queria estar enganado, nem que aquele momento se desmoronasse com a realidade. Namjoon rapidamente o respondeu e o beijou enquanto sorria, depositou leves beijos até que o puxou com mais força e mordiscou de leve seu lábio inferior. Jin sentiu as bases tremerem, mas Namjoon o segurava pelos braços enquanto era levado até o sofá. Foi jogado, e quando se apoiou nos cotovelos pode ver Namjoon de pé o encarando com desejo.

A maneira como Nam o olhava sempre o deixava assim, meio bobo. Mas agora, algo dentro de si desejou que ele pudesse brincar um pouco. Queria que o desejasse loucamente, ansiando desesperadamente para tocá-lo. Nam inclinou-se para agarra-lo, mas Jin levantou uma das pernas o afastando.

- Calma. – disse.

- Não faça isso Jin. – praticamente suplicou, mas ele simplesmente o ignorou e ajeitou-se no sofá retirando lentamente a própria camiseta. Nam crispou os lábios sem deixar de olhá-lo. Jin aproximou-se enfiando suas mãos por debaixo de sua blusa indo em direção a curva de sua barriga até as costas, onde depositou suas mãos na altura do cóccix. Todo o movimento sem deixar de encará-lo.

Repentinamente sentiu-se sendo agarrado e jogado contra o sofá. Namjoon encaixou-se entre suas pernas.

- Não me provoca. – sua voz soou rouca enquanto suas mãos seguravam firmemente sua coxas cobertas pela calça jeans. – Eu sei exatamente tudo que você gosta...

Ele começou um beijo lento em seu pescoço.  Eram pequenas sucções, nada de língua ou dentes, exatamente do jeito que deixava Jin mais excitado.   Suas mãos, grandes e ásperas seguravam suas mãos na altura da cabeça, até deslizarem pelos ombros enquanto desciam seus beijos pela clavícula, peito e barriga, onde sua respiração já afoita provocava ondulações.

Jin olhou seus cabelos azulados, e sua boca depositando os beijos em toda a extensão de seu troco. Respirou profundamente. Não acreditava que aquilo estava acontecendo. Ele ganharia um boquete de Namjoon? Aquilo realmente estava acontecendo?

Suas dúvidas cessaram quando seu tênis foi retirado e logo depois sua calça foi puxada bruscamente. Namjoon sorria, enquanto retirava também suas meias.  Depositou-lhe beijos no calcanhar em seguida nas coxas, até que chegou na cueca, onde o volume era aparente.

- Namjoon, você não precisa fazer isso...

Como se lhe respondesse apertou seu pênis sobre o tecido.

- Preciso sim.

Puxou-lhe a última peça deixando-o totalmente nu. Namjoon não fez cerimônia, simplesmente o chupou intensamente sem frescura. A boca molhada tentava chupá-lo completamente. Jin suspirava pesado, sem conseguir deixar de olhá-lo fazendo aquilo. Namjoon começou uma masturbação lenta enquanto sua língua mantinha-se sobre sua glande, e succionava-a de leve.

- Deixe-me fazer em você tam... – interrompeu-se em um gemido quando  Nam puxou desde a base até o alto e chupou com um pouco mais força. – Namjoo, por favor...

Nunca lhe tinham feito aquilo, não daquela maneira, atingindo todos os pontos certos. Ainda mais durante todo aquele tempo, deixando-o com tesão lentamente, sem se importa com o próprio prazer, mas apenas com o dele.

- Namjoon... vamos parar...

Não queria gozar. Não antes dele ou sem ele chegar perto disso. Mas ele não parecia se importar, por que continuava chupá-lo com intensidade. Droga, ele não sabia se realmente queria que isso acabasse. Levou as mãos até a testa sentindo-a levemente molhada.

- Joonie... por favor...

Namjoon levantou-se um pouco e Jin acreditou por um momento que ele tinha parado. Entretanto, apenas inclinou-se para depositar-lhe um beijo demorado.

- Adoro te fazer gozar. Me deixa fazer isso. – sussurrou, enquanto o fitava. Jin não soube o que responder. Aqueles malditos olhos o encarando com desejo e carinho, como se o amasse de verdade. Começou a sentir vontade de chorar, mas segurou, pois logo depois Namjoon levou seu dedo indicador até a boca e Jin soube o que aconteceria.

- Não vai doer...

Murmurou rouca e depois levou seu dedo até sua entrada, e lentamente o penetrou. Não era desconfortável, mas mesmo assim Jin levou suas mãos até a blusa de Namjoon depositando seu rosto na curva do seu pescoço. Não sabia por que, mas se sentia repentinamente constrangido. Talvez por que Namjoon o olhava daquele modo como nenhum outro cara o tinha encarado antes.

- Vou colocar outro...

Ele começou um vai e vem lento, alargando-o lentamente, provocando-lhe aquela sensação estranha mais gostosa. Sua respiração saia sem ritmo entre os dentes enquanto gemia baixinho. Queria mais. Sem capacidade para raciocinar direito, Jin apertou-lhe ainda mais a blusa e pediu praticamente em um gemido:

- Quero você, por favor...

Namjoon afastou-se um pouco para olhá-lo, sorriu de leve e o beijou. O beijo se arrastou até o pé de seu ouvido:

- Não, ainda não...

Foi um movimento brusco. Assim que Namjoon disse aquelas palavras ele penetrou os dois dedos e os curvou acertando em cheio sua próstata.

- Eu quero ver você gozando para mim.

Namjoon afastou-se, voltando a chupá-lo com a boca enquanto a mão esquerda o penetrava pressionando-lhe a próstata e a outra o masturbava em um movimento frenético.

Jin gemeu alto, abrindo as pernas intuitivamente e apertando o apoio do sofá, a única superfície apertável próxima de suas mãos.

O orgasmo chegou pouco segundos depois.  Sentiu a ponta dos seus pés curvarem e seu quadril inclinar-se para frente intuitivamente. Seu corpo deu rápidos e pequemos espasmos, até paulatinamente relaxar.  Percebeu sua própria barriga suja, e quando Namjoon se levantou para limpar o próprio rosto notou que provavelmente ele tinha gozado próximo a sua boca. Estava morrendo de vergonha. Normalmente eles odiavam quando isso aconteciam. Escondeu seu rosto entre as mãos evitando olhá-lo.  Era irônico, mas ele tinha mais vergonha de encará-lo do que estar nu em seu sofá.

- Desculpa, não consegui avisá-lo.

Sua voz saiu abafada, mas Namjoon simplesmente o ignorou. Logo depois o sentiu deitando-se ao seu lado no sofá, cobrindo-os com uma manta.

- Gostou?

Jin apenas concordou com a cabeça sem tirar as mãos do rosto.

- Fico feliz...

Namjoon sussurrou próximo do seu ouvido e logo depois o abraçou. Jin sentiu o volume do outro próximo o seu quadril e foi quando percebeu finalmente que ele, ao contrário de si, encontrava-se ainda vestido.

- Ainda não acabou, você ainda não... – a palavra morreu na sua boca, pois finalmente tinha parado para olhá-lo.

Nam o olhava com carinho fazendo seu coração acelerar. Sentiu novamente vontade de chorar e sem saber o que fazer um pânico lhe tomou. Levou suas mãos até o corpo de Namjoon ansioso em satisfazê-lo de alguma forma. Ele deveria fazer isso, certo? Principalmente se ele quisesse que Namjoon continuasse gostando dele, não era?

- Jin.

Suas mãos foram afastadas.

- Não precisa disso, tá tudo bem.

- Mas... mas você ainda não...

- Jin, você não precisa fazer isso. Você não precisa me satisfazer, a não ser que você realmente queira isso.

- Mas eu quero.

- Jin... – Namjoon o chamou levando suas mãos até seu rosto. – Você está prestes a chorar, eu nunca conseguiria fazer isso com você nesse estado.

Jin ficou ali o olhando e seu peito se preencheu de uma forma desconhecida. Ele definitivamente estava apaixonado, já sabia disso há algum tempo, mas agora a certeza lhe subiu incontrolavelmente. Começou a chorar baixinho, e não se importou, por que no seu íntimo sabia que Namjoon não se importava também.

 

POV HOSEOK

Olhou o relógio novamente perguntando-se se ele demoraria ainda mais. Logo depois de Suga acordar, ele mandou uma mensagem para Taehyung para que eles pudessem conversar. Marcaram de se verem no mesmo dia em uma praça próxima ao hospital. Hoseok começava a acreditar que aquele excesso de culpa era o fato dominante para a instabilidade emocional e consequentemente de personalidade do Taehyung. A conversa na cafeteria e no pátio só lhe deram certeza daquilo.

Taehyung chegou minutos depois. Usava uma jaqueta de couro e tinha o típico sorriso no rosto. Hoseok sentiu-se estranho, pois imediatamente percebeu se tratar de V. Quem mais sorriria daquele modo? Não mentiria, sentira muitas saudades.

V o abraçou sem cerimônia e Hoseok se martirizou mentalmente antes de contribui-lo. Era muito difícil sentir seu cheiro e não fazer nada. Pediu desculpas mentalmente para Taehyung

- Sentiu saudades? – V se afastou revelando o sorriso infantil que Hoseok tanto gostava. Ele não respondeu, apenas levou suas mãos até seu rosto e o beijou lento e demoradamente. Seus lábios estavam frios e úmidos, além de demonstrar certa timidez com seu ato.

Afastou-se e o puxou pelo braço fazendo-o se sentar ao seu lado.

- Não sei se deveríamos continuar fazendo isso. – ele soltou. V soltou um resmungo, mas não disse nada. – Não é justo com Taehyung...

- Eu sei, eu sei. Sei também que vocês estão bem próximos.

O tom de ciúmes era óbvio e se não fosse quase trágico Hoseok sorriria diante daquela situação.

- Eu preciso ajuda-lo e te ajudar também, você sabe.

- Sim eu sei, não sou idiota, apesar de tudo. Você quer me perguntar não, é? Por que Taehyung é do jeito que é.

Hoseok não disse nada, apenas esperou que ele continuasse.

- Quando Taehyung era novo, ele meio que provocou um acidente. Ele estava brincando quando sem querer empurrou sua mãe e ela caiu. Ela estava grávida e mesmo que com ela estivesse tudo bem, ela perdeu a criança. Logo depois os pais se divorciaram. Ele ficou sabendo disso apenas recentemente, por algum motivo ele tinha esquecido completamente do ocorrido.

Hoseok permaneceu durante todo o tempo em silêncio apenas refletindo a respeito. Cruzou as pernas e os braços e percebeu que aquela história apesar de triste não o surpreendia. Talvez no seu íntimo já suspeitava que algo justificava seu excesso de culpabilização.

- Ele sente falta da mãe... mas se responsabiliza por ela ter ido embora. Taemim não me disse isso. – Hoseok soltou logo

- Ela não sabe...

- Não sabe?

- Ela é o lado carinhoso de Taehyung, se soubesse ela nunca conseguiria agir assim. Ela só sabe que ele sente saudades da mãe e de ser cuidado.

- Entendo. E como você sabe disso?

- Por que eu fui a parte que ele perdeu quando descobriu. Isso foi um pouco antes de tudo isso acontecer.

A situação de Taehyung começava a ficar claro e tomar contornos a partir daquela conversa. Ele sabia que questão profundas concretizavam a existência de V e Taemim, o abandono e a culpa eram a principal razão e Hoseok sabia que eram aqueles pontos que deveriam ser superados por Taehyung.

Mas isso tinha consequências.

Ultrapassar aqueles traumas talvez resultasse no fim das personalidades. E V, ao contrário de Hoseok, se via como uma existência totalmente independente de Taehyung.

V em algum momento iria embora.

Hoseok o olhou profundamente por um tempo e foi engolido por uma sensação desagradável. Sentiu vontade de chorar, e talvez para impedir que as lágrimas viessem, inclinou-se e o abraçou.

O garoto riu sem jeito no pé do seu ouvido, mas contribuiu o carinho.

- O que foi Hyung?

- Não é nada, só saudades mesmo.

- Aish, larga de ser dramático. – V tentou se desvencilhar do seu abraço, mas Hoseok não o deixou.  – Não vai me largar?

- Não, vamos ficar assim.

- O que eu fiz para merecer isso? – perguntou, mas era óbvio que ele estava feliz.

- Ninguém mandou você ser tão bonito. – respondeu, tentando controlar o tom de voz.

- Não sei se eu aguento alguém que me sufoque assim.

- Vai ter que aguentar, por que você gosta de mim. – disse, ainda o abraçando.

- Pior, não é?

Hoseok respondeu com um murmurinho e logo depois se afastou.

O fitou. Os grandes olhos em meia a lua de V denunciavam um estranhamento, mas mesmo assim felicidade. A boca estava levemente inclinada para cima fazendo aquele biquinho caraterístico que se formava quando ele tentava suprimir um sorriso ou não sabia o que fazer com sua boca – isso quando não estava brincando com a língua entre os dentes. Hoseok deu-se conta que sabia de todos os detalhes da personalidade daquele garoto, inclusive seus medos, frustrações e sonhos, mesmo que não soubesse especialmente nada sobre sua vida concreta como onde morava ou sua comida favorita. Era absurdo que ele gostasse tanto de alguém naquelas circunstâncias?  

- Você está estranho Hoseok.

Ele sabia que estava e não valeria a pena negar. Levantou-se em um impulso e o puxou pelo braço.

- Vamos, eu vou te pagar aquela refeição, o que acha?

V o agarrou pelo braço como um casal de namorado e lhe ofereceu apenas seu sorriso quadrado como resposta.

CONTINUA...


Notas Finais


Ai gente esse negócio de lemon é difícil demais, espero que vocês tenham gostado, principalmente por que ele foi meio decisivo para o desenvolvimento do Jin. Sei que tem uns bens melhores por ai, mas como minha primeira tentativa ficou aceitável, espero. Mas em relação a reação do Jin querendo satisfazer o Nam... eu sei, eu sei, meio contramão do que o Jin tem se assumido até aqui. Entretanto ele tá lidando com uma situação estranha - e nem é por que ele tá quase transando com o seu o futuro do seu futuro namorado - mas por que ele tá com um cara que diferente de tudo tá ali dizendo que ele merece ser amado independente de qualquer coisa e isso meche demais com o menino, mesmo ele tendo dificuldade em entender isso. Então perdoem qualquer coisa <3

Ah eu estou travada com o Suga e não sei quando ele aparece novamente - MIL desculpas por isso, mas tá difícil, num tá saindo.

Hoseok está com um probleminha agora, abrir mão de V ou ajudar Taehyung? Eita, que os dilemas vão surgir agora.

Mais uma vez obrigada!

Até breve.


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