História Lights - Admitir

POV HOSEOK

Isso estava se tornando ridículo. Desde que viu V pela última vez, não esbarrava com Taehyung há três dias. Agora ele estava ali, em frente a sua academia de dança, como daquela vez que veio tirar satisfação.

- Isso está se tornando estranho. – Hoseok declarou, ao ficar frente a frente com Taehyung. O mais novo apenas olhou os próprios sapatos e depois o encarou.

- Preciso da sua ajuda.

Aquilo não surpreendeu Hoseok. Ele esteve mantendo contato com Jungkook e algo dizia que Taehyung em algum momento iria recorrer a ele. Hoseok ainda se sentia mal por ter traído sua confiança considerando que passara a noite toda com V.

- Certo. Aceitou que eu posso ser útil em lidar com as suas outras personalidades?

- Mais ou menos – resmungou e enfiou as mãos no seu casaco. O dia estava incrivelmente frio.

- Eu estava indo dar uma aula para alunos do fundamental, por que você não me acompanha?

- Como assim? – perguntou claramente desconfiado.

- Só venha, tudo bem? Pode ser divertido.

Hoseok procurou se manter neutro para que nada daquilo o afetasse indiretamente.

Taehyung aceitou quando Hoseok prometeu que conversariam melhor depois. Seguiram até a ampla sala e enquanto o mais velho arrumava as coisas, Tae deixou suas coisas em um canto, sentou-se para observar as 8 crianças que chegavam e quinze minutos depois ele estava claramente interessado na aula. Era uma aula básica de hip-hop, a maioria dos alunos não tinha mais de 13 anos. Taehyung nos primeiros minutos apenas balançava a cabeça e sorria, vendo-os ali seguindo os passos básicos da música.  Quando os alunos colocaram tudo em prática já com a música definida, Taehyung aproximou-se e começou a imitar os passos dos meninos, que diante de um cara mais velho e bonito começaram a se divertir. Na parte do Rap, Taehyung improvisou uns passos, imitando aqueles rappers famosos, fazendo os meninos rir e alguns sentir vergonha alheia. Hoseok não conseguia disfarçar o sorriso. Era curioso e ao mesmo tempo gratificante vê-lo feliz e solto daquele modo. Era o mais próximo do Taehyung que Jungkook citava as vezes.

- Eles são muito bons! – Taehyung exclamou quando os meninos se retiraram da aula (depois de uma longa despedida e brincadeira entre eles.) – Eu não conseguia dança assim nessa idade.

- Eles são bons mesmo. – Hoseok comentou sorrindo. – Eu fico muito orgulhoso no final de cada semestre.

Uma sensação agradável, mista a encanto e constrangimento brotou entre eles. Hoseok, assim que encarou Taehyung soube do que se tratava. Era a mesma admiração que V sentia por ele, mas dessa vez contida pela sensatez – algo que a outra personalidade parecia não ter.  

- Er... você pode voltar mais vezes. – Hoseok soltou, repentinamente sem jeito. Por que ele se sentia assim? Talvez por que pela primeira vez Taehyung lhe transmitia sentimentos?  

O garoto lambeu o lábio superior e virou-se como se não quisesse olhá-lo. Hoseok soube que ele estava constrangido pelo que acabava de sentir.

- Só se você quiser, é claro.

- Sim, sim, pode ser divertido. – soltou em um sussurro e Hoseok decidiu não falar mais nada. Informou que sairia para se trocar e que poderiam se encontrar na saída para tomar um café. Taehyung não disse nada além de concordar com a cabeça, entretanto, antes de Hoseok sair, ele começou a falar:

- Eu não fui sempre assim.

- Assim como?

- Tímido e sem jeito. Eu nunca soube lidar com as pessoas, mas eu me esforcei muito em conseguir me aproximar delas.

- Por que você está me dizendo isso? – Hoseok perguntou, sem malícia ou cobrança, mas apenas como se pedisse para ele refletir.

- Eu não sei...

“Por que eu quero que você me entenda”

Esse pensamento voou pela cabeça de Hoseok e seu coração vibrou por um momento. Era repentino, principalmente por que Taehyung sempre bloqueava seus sentimentos. Mas agora ele parecia estar abrindo uma brecha.

- Tu-tudo bem. Só vou me trocar e já volto.

Merda, ele não queria ter gaguejado. Saiu de lá totalmente sem jeito.

(...)

Eles foram até a cafeteria, mesmo que uma onda de constrangimento fosse quase palpável entre eles. O início da conversa foi tímido e sem jeito, mas aos poucos foram se acostumando um com outro e começaram a trocar informações pessoais como se já se conhecem há bastante tempo. Hoseok tentava manejar o assunto de maneira intimista, mas sem constrangimentos desnecessários evitando que Taehyung se sentisse desconfortável em falar sobre si. Quando ele quisesse finalmente tocar no assunto do seu problema, eles simplesmente conversariam e com o tempo, Hoseok com alguma sorte, conseguiria tocar em alguns pontos do seu trauma.

- Então você mora sozinho? – Tae perguntou.

- É só por enquanto. Minha irmã é casada, mas ela e o marido estão construindo uma casa, de maneira que eles acabaram roubando meu quarto para que pudessem guardar dinheiro.

- De qualquer forma você pode voltar se quiser, não é? – perguntou levemente ansioso como se fosse algo muito importante.

Hoseok concordou com um sorriso. Taehyung realmente queria ter uma família, e provavelmente estava projetando seu desejo nele. 

- Sim.

Ele suspirou alto.

- Isso é ótimo hyung. – Taehyung comentou realmente aliviado e Hoseok, sorrindo, ficou o encarando. O achava adorável, queria tanto que ele sorrisse mais daquele jeito.

O mais novo tomou um gole de mocaccino, criando um pequeno bigode de espuma. Hoseok, intuitivamente levou um guardanapo até sua boca limpando-a.

- Aish, você é mesmo uma criança heim. – comentou irritado, mas ambos sabiam que era apenas fingimento. Tae olhou para baixo, levemente constrangido, mas claramente feliz com aquele ato.

Então Hoseok lembrou-se de Tae Mim pedindo-lhe para que pudesse conceder o desejo de Tae de ser cuidado por alguém. Ele poderia fazer aquilo com coisas pequenas como aquelas?

Sua pergunta beirou no ar quando Taehyung fechou a cara, enquanto olhava fixamente para fora da loja. Hoseok virando o pescoço pode ver o que ele observava embasbacado. Mesmo que tivesse o visto apenas uma vez, ele logo reconheceu o pai de Tae acompanhado de uma mulher, provavelmente próxima dos seus quarenta anos. Eles estavam de braços agarrados, um sorrindo para o outro enquanto caminhavam sem perceber na presença do garoto no lado de dentro do café.

Hoseok voltou seus olhos para Taehyung o vendo engolir em seco enquanto seus olhos brilhavam prestes a chorar. Jungkook nunca comentou a respeito do pai de Tae ter uma segunda mulher e pela maneira como o mais novo olhava a situação, provavelmente ele não sabia.

- Taehyung...

O chamou, mas o garoto apenas se levantou bruscamente.

- Só um momento, eu já volto... – murmurou e logo depois seguiu em direção ao banheiro.

Hoseok suspirou e bagunçou os cabelos perguntando-se por que ele estava reagindo daquela forma. Decidiu que esperaria seu retorno e perguntaria a respeito apenas se sentisse que ele estava aberto a conversar. Entretanto, os minutos foram passando, e Taehyung simplesmente não retornou.

Quando deu dez minutos decidiu ir atrás.

- Taehyung? Abra a porta pra mim, tudo bem?

Tentou mais duas vezes e nada.

- Vamos Tae, por favor...

A porta foi lentamente sendo aberta, criando uma pequena fresta onde Taehyung revelou seu rosto meio choroso e estranhamente desconfiado.

- Eu não quero sair daqui Hoseokie-hyung...

“Hoseokie-hyung?” nunca que Taehyung o chamaria daquele modo.

- Mas você tem que sair.

- O que eu ganho em troca? – ele fez um adorável biquinho, enquanto sua voz saia levemente manhosa.

Droga... Hoseok não estava realmente acreditando naquilo

- O que você quer em troca?

- Parque de Diversões? – sugeriu claramente tentando o manipular.

Hoseok suspirou mentalmente antes de continuar com a voz falsamente amorosa.

- Tudo bem, nós podemos ir no parque de diversões.

Taehyung saiu rapidamente do banheiro e abraçou Hoseok de volta como uma criança faria com seu pai ao ganhar um presente.

- Tae-tae tá muito feliz.

Oh, deus... Então essa era o nome de mais uma das personalidade de Taehyung. Hoseok pensou, enquanto apenas afagava seus cabelos.

POV NAMJOON

- Você tem certeza que vai ficar até o final? Isso aqui é tudo muito chato. – Suga comentou enquanto sua perna era levantada e abaixada.

Namjoon estava ali há uns vinte minutos acompanhando seu amigo na fisioterapia. Eles não tinham conversado muito sobre o acidente considerando que Suga não se lembrava de nada.   Namjoon o atualizava de assuntos sobre a universidade e tentava resolver problemas como faltas, contas pendentes e outros assuntos que o amigo não conseguia resolver considerando sua situação. Mas no geral eles tinham se entregado a velha rotina da amizade, pois todo o drama e saudade inicial já estava lentamente desaparecendo.

- Eu tô com tempo livre, relaxa ai. – Nam respondeu.

- Você quer conversar alguma coisa comigo, certo? – Suga soltou fazendo o amigo apenas bagunçar os cabelos.

A verdade era que algo o estava perturbando nos últimos dias. E nada relacionado as estranhas habilidades que eles tinham adquirido e a pouca informação que eles tinham ou Seung Mi queria revelar. Há dois dias ele tinha ido se encontrar com Jin para lhe entregar os ingressos da apresentação de Jimim que aconteceria no próximo final de semana – o Park lhe tinha pedido aquele favor por que estava ocupado com os ensaios ou talvez Namjoon tivesse se oferecido para entregar, mesmo que não precisasse obrigatoriamente fazer isso.

Eles poderiam se encontrar em algum intervalo na universidade, mas por alguma razão as circunstâncias o levaram até o estúdio onde Jin realizava um ensaio fotográfico para uma loja de roupas. Nam tinha acabado de sair do seu emprego de meio período e coincidentemente o estúdio estava localizava há três quadras de distância. Ele não se lembrava disso agora, mas também planejava chamar Jin para comer alguma coisa por que odiava comer sozinho – ou pelo menos foi a razão mais plausível que ele achou dentro de si para justificar aquele convite.

Eles conversaram muito rapidamente por celular por que Jin estava se trocando no camarim. Ele perguntou se poderiam se encontrar no restaurante ao lado do estúdio, pois no dia seguinte ele provavelmente não teria tempo para pegar o convite. 

O restaurante estava fechado e uma rala chuva  o impedia de ficar lá o esperando. Decidiu que se encontraria com Jin no estúdio de fotografia. Quando chegou lá foi guiado por uma assistente afoita e no meio da sua fala apressada indicou o camarim onde os modelos estavam se trocando. Ela parecia tão ocupada, carregando tantas roupas e maleta de maquiagem, que nem se importou que um estranho se autodeclarando “apenas um amigo” de um dos modelos entrasse na empresa sem uma boa razão para aquilo.

Era um ambiente totalmente estranho. Pessoas andavam para lá e para cá o ignorando completamente. Esbarrou com pelos menos umas cinco pessoas claramente modelos, uma delas envolvidas em um roupão e provavelmente usando apenas roupas intimas no seu interior. O lugar cheirava a maquiagem e uma música alternativa tocava tentando construir um clima próprio para os ensaios.

Quando Namjoon se aproximou de onde as fotografias estavam sendo realizadas – jogos de luzes no teto e no chão, maquiadoras, cabelereiras e fotógrafos entorno de um cenário totalmente branco – foi quando a ficha pareceu realmente cair.

Jin era um modelo absurdamente bonito.

Isso era ainda mais óbvio quando Nam o viu pousando para as fotos. Ele tinha aquela expressão que marcava na sua mente, os olhos afiados fixos em você, aquela boca rosada levemente aberta que inconscientemente criava perguntas indecentes na sua cabeça.

- Muito bonito, não acha?

Namjoon virou-se e deparou com um garoto, que apesar de não ser tão bonito quanto Jin, era claramente um modelo. Ele também tinha os olhos fixos em Jin.

- Vocês se conhecem? – o garoto continuou.

- Sim, estudamos na mesma universidade.

- Mesmo? Eu também... eu não me lembro de você no mesmo círculo social de Jin. 

Namjoon virou-se claramente mal-humorado para o garoto que revelava ser tão íntimo do modelo. Óbvio que Nam não percebeu suas próprias emoções.

- Nos conhecemos recentemente.

- Ah... – ele soltou e Namjoon perguntou-se o que aquela expressão poderia significar. – Eu me chamo Kidoh, já fiz alguns ensaios com Jin e ele é meu veterano de curso.

- Hum...

- Não queria comentar isso, mas apesar de ser muito interessante ficar aqui se você for pego é capaz da empresária de Jin não ficar muito feliz.

Nam manteve-se calado esperando a continuação  

- Sabe... Apesar de Jin ser assumidamente gay, nunca é bom trazer o namorado para os sets de fotografia... Não que isso seja...

Namjoon não se lembra, mas ele não quis desmentir aquele comentário. Não sabia por que Kidoh entendeu daquele modo, mas não se importou. Então, sem adicionar quaisquer palavras, ele perguntou:

- Onde eu posso espera-lo então?

Cinco minutos depois ele estava no camarim. Kidoh explicou que como eles eram os últimos a serem fotografados, a maioria da equipe de modelos já tinha se retirado. Dois minutos depois de um silêncio constrangedor entre os dois – Namjoon não estava nem um pouco interessado em fazer amizade com o modelo – ele se retirou, deixando-o sozinho.

- Ele deve chegar daqui a pouco.

Namjoon se lembrava do tom de voz claramente constrangida de Kidoh, e assim que ele saiu da sala, o músico se jogou no sofá se sentindo ridículo. Ele não precisava ser tão prepotente, e nem ter mentido claramente daquela forma. Seguiu até o banheiro para lavar o rosto e, quando estava prestes a sair, ouviu alguém entrar no camarim. A voz de Jin soou, antes dele poder se revelar:

- Quando Kidoh disse que meu namorado estava me esperando, eu achei que fosse você...

Namjoon paralisou atrás da porta do banheiro.

- Você não seria louco de vir aqui, não é?

Nam finalmente percebeu que Jin estava falando no telefone, sem saber que ele se encontrava no banheiro podendo ouvir toda a conversa.

- Espero mesmo que não seja... Uhum...  Para de falar essas coisas eu ainda não me acostumei com isso...

Que merda era aquela? Jin realmente estava namorando com alguém? Namjoon sentiu-se estranho, não com raiva, ciúmes ou qualquer sentimento inteligível em palavras. Talvez ele se sentisse frustrado?

- Joonie... – ele soltou e Namjoon sentiu um leve incômodo por ele falar o nome de alguma pessoa naquele tom tão meloso. – Sim, eu vou sair daqui a pouco e podemos nos encontrar.

Namjoon decidi que não ouviria mais aquela conversa. Deu descarga apenas para anunciar que estava ali, e quando saiu do banheiro fingindo sua melhor expressão de indiferença se deparou com Jin claramente surpreso.

- Me pediram para te esperar aqui. – Namjoon disse.

- Você... você ouviu algo?

- Apenas que você estava marcando algo com seu namorado. – foi direto e seco.

- Não era meu namorado.

- Não precisa se preocupar com isso, não irei comentar com ninguém.

- Realmente não era meu namorado.

- Tudo bem Jin, você não me deve nenhuma explicação. Aqui está o seu ingresso.

Logo depois se retirou do local, sentindo-se um merda.

Ele tinha sido tão ridículo. Soltou resmungos e bagunçou seus cabelos pelos próximos dois dias. Amaldiçoava-se pelo seu comportamento infantil, mas principalmente por se sentir tão frustrado, sem entender por que.

Agora estava ali, buscando por palavras de consolo de Suga ou qualquer coisa que o fizesse se sentir melhor.

- Pode me falar. – Suga soltou pela terceira vez enquanto sem muita dificuldade levantava peso com as pernas. Namjoon bagunçou os cabelos e suspirou como se aquilo o ajudasse a juntar coragem.

- Acho que fui um babaca com uma pessoa.

- Sim. – Suga não parecia se importar. Mas Namjoon sabia que era apenas a maneira menos constrangedora deles conversarem sobre problemas pessoais. – O que você fez?

- Eu fui estúpido, não importa porque.

- Hum... tudo bem se não quer falar. Vai lá e pede desculpas.

- Não é algo simples assim.

- É sim, paga uma bebida e peça desculpas. Fala que você estava enfrentando algumas dificuldades e descontou na pessoa errada.

Namjoon nem tinha como argumentar.

- Mas por que você está tão preocupado? Quem é essa pessoa para você?

Agora a pergunta tinha sido complicada. Suga o conhecia bem o suficiente para captar essas nuanças e fazer perguntas capciosas.

- É um amigo...Você ainda não o conhece.

- É o Kim Seok Jin? – ele perguntou como se não fosse nada demais. Entretanto Namjoon sentiu o coração na mão.

- Como você chutou tão bem?

- Não sei, algo me disse que existia algo entre você dois.

Não era a primeira vez que alguém lhe dissera algo como aquilo. O próprio Namjoon sentia que existia algo de estranho neles, algo que puxava os dois e fazia se importarem muito um com outro.

Talvez ele estivesse... se apaixonando por Jin?

Aquela pergunta soou tão repentina na sua cabeça que Namjoon, antes sentado em um banquinho, levantou-se bruscamente sentindo sua boca seca e uma ansiedade invadir seu corpo. Imagens de Jin passaram muito rapidamente pela sua mente, refletindo as vivencias que eram tão poucas, mas que martelavam continuamente.

- O que foi Namjoon? – Suga perguntou surpreso com sua atitude.

- Eu preciso ir, a gente se vê depois.

Namjoon estava cansado de evitar a vida.

POV JIN

Jin acabava de sair da sua aula de cozinha sustentável quando se deparou com Namjoon em pé diante da porta. Eles se olharam por um longo momento. Jin gostava de Namjoon obviamente. Pensava nele frequentemente. Se perguntava quando tudo iria fluir para que eles ficassem juntos. Mas toda vez que ele se encontrava, uma sensação diferente brotava dentro de si. Talvez por que seus olhos eram tão diferentes do Namjoon de cabelos azulados. Tão inseguro, distante e contendo uma raiva calada como se frustrasse e se angustiasse toda vez que se vissem.

Hoje, entretanto, existia algo diferente ali.

Não era o Nam de cabelos azuis.

Mas também não era o Nam de antes.

- Aconteceu alguma coisa? – Jin perguntou se aproximando.

- Nada. Só vi chamá-lo para almoçar.

Era ridículo que seu coração se acelerasse por algo bobo como aquilo?

- Tudo bem. Onde vamos?

- Onde você quiser.

Era como se ele dissesse que não importasse onde, portanto que fossem juntos.

- Você gosta de frango frito?

- Sim. – ele respondeu, um sorriso muito discreto na boca.

- Conheço um ótimo lugar... – continuou controlando-se muito para não ficar vermelho nem sorrir como um idiota.

CONTINUA