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História Lights - Negação


Escrita por: OperaLuv

Capítulo 6 - Negação


Fanfic / Fanfiction Lights - Negação

POV NAMJOON

- Então, o quê iremos fazer? – Namjoon perguntou, quando percebeu que ninguém abriria a boca para dar uma solução.

Hoseok, Jimim e Jungkook já estavam sentados ali há quase cinco minutos sem dizer uma frase completa. Não os culpava, a situação era no mínimo estranha. O único que ele conhecia bem era Hoseok, Jimim era um amigo esporádico, que surgia nas rodinhas de conversas em situações específicas, as vezes ia visita-lo no trabalho, mas não eram exatamente próximos. Jungkook era a figura desconhecida ali, novo, calado e tímido, era a pessoa menos ideal para conduzir uma conversa. Ele e Jimim pareciam ser conhecidos, mas hoje em específicos nenhum dos dois demonstrava qualquer tipo reconhecimento.

Namjoon suspirou alto. Até um minuto atrás ele estava bem, realmente empolgado. Depois de sair da casa de Jin e concluir que ele não estava necessariamente enlouquecendo e imaginando coisas, conseguiu até esquecer de Suga por algum momento.

A imagem de Jin veio imediatamente à sua cabeça, assim como todas suas interações nos últimos dias. Ele sabia que isso era ridículo, mas era impossível não pensar a respeito quando o garoto simplesmente chegou nele se declarando gay.

Nada contra gays. Eles lá, Namjoon aqui, todo mundo feliz, fazendo o que quiser com suas vidas.

Especialmente agora quando ele tinha outros assuntos para pensar.

Suga era um deles.

- Eu sei que é tudo bizarro, mas a gente tem que pensar em algo.

Nos últimos 20 minutos eles tinham conversado sobre as estranhas habilidades que eles tinham adquiridos. Se perguntaram como aquilo tinha acontecido e se mais pessoas também estavam envolvidas, mas a única coisa que suspeitavam era de ser um fenômeno isolado, que seria melhor manter discreto, pois do contrário, vários problemas sociais poderiam surgir. Hoseok não soube explicar exatamente como sua habilidade funcionava, era uma espécie de sensibilidade fora do normal, o que explicou suas ações no terraço, e suas adivinhações a respeito de uma série de atitudes. Jungkook explicou seus desenhos, e mesmo que Namjoon desconfiasse de suas suposições, ele preferiu não dizer nada. O garoto podia manipular o futuro ou simplesmente adivinhá-lo? Eles não saberiam até que algo de concreto acontecesse. Jimim falou da sua capacidade de manipulação e foi algo chocante, principalmente quando ele casualmente pediu para Hoseok beijá-lo, e Namjoon teve que fazer uma cena para que sua amizade não ficasse marcada para sempre. Depois eles conversaram sobre Jin, e Taehyung e suas múltiplas personalidades convencendo todos de que ele não era um suicida, pelo menos não intencionalmente. Jungkook insistiu várias vezes naquele assunto e pediu desculpa e disse o quanto lamentava em mais algumas. Mas eles ainda não tinham discutido o mais importante: 

O esquecimento de Jimim e do detetive, a pessoa da mensagem e principalmente por que Suga tinha retornado para a universidade.  

Esses eram os pontos mais suspeitos.

- Eu acho que alguém estar por trás disso. – Namjoon comentou. – E talvez seja perigoso para nós assim como foi para Suga.

- Como assim?

- Suga não deveria estar ali... Mas de alguma forma ele foi. Eu tenho pensado nisso... Ele seria a única pessoa que saberia dizer quem o convenceu a voltar.

- Ou talvez ele não se recorde também, certo? – Jungkook comentou.

Era uma possibilidade, mas até o atual momento, era a única tentativa plausível.

- Nos resta esperar Suga acordar.

Hoseok disse. Então lhe veio um nome: Jin.

Ele poderia acordar Suga.

POV HOSEOK  - Dia seguinte

Após a reunião do dia anterior Hoseok e Jungkook combinaram de visitar Taehyung. De algum modo uma parceria calada tinha formado entre os dois, até então desconhecidos. Hoseok não era de fazer amizades concretas com calouros, Jungkook era quase quatro anos mais novo do que ele e mesmo que eles fossem do mesmo curso eles nunca tinham tido oportunidade de se encontrarem no mesmo local. Mas agora, estavam ali, Jungkook o esperando na entrada do hospital, como se tivesse alguma espécie de receio de esbarrar com alguma das personalidades do amigo.

- Está com medo de encontrar com “V”? – Hoseok perguntou enquanto subiam as escadas em direção ao quarto de Taehyung.

- Sim, eu não sei o que esperar, tenho medo de fazer alguma bobagem. E pelo que você disse podemos nos encontrar com outras personalidades, certo?

Essa era uma questão que o afligia. Quais outras facetas Taehyung demonstraria?

- Sim... mas de qualquer forma, acho que sua presença vai ser importante.

- Como assim?

- A gente tem que descobrir como essas personalidades surgem. Você melhor do que ninguém pode identificar isso.

- Entendo... – Jungkook soltou um longo suspiro. Hoseok sorriu com aquilo. Sabia o que viria a seguir. – Fico aliviado que você esteja aqui, de verdade. Eu não sei exatamente do que você é capaz, mas de algum modo você vai entende-lo melhor do que eu, certo?

- Provável... aish eu só me meto em problema. – disse e riu, apenas para amenizar o clima.

Na entrada do quarto, quando estavam prestes abrir a porta, um homem fardado surgiu de lá. Hoseok rapidamente soube que era algum parente. Talvez seu pai.

- Senhor Kim. – Jungkook fez uma reverência. O homem, beirando aos 50 anos, fez um aceno com a cabeça. Era rígido como uma pedra.

- Jungkook, que bom que está aqui.

Senhor Kim em seguida olhou para Hoseok como se perguntassem de quem se tratava.

- Ele é um amigo de Taehyung também, é nosso veterano. – Jungkook explicou e Hoseok o cumprimentou com um sorriso. O homem não contribuiu manteve-se na formalidade, e em seguida voltou-se para Jungkook ignorando-o completamente.

- Podemos conversar em privado?

Hoseok imediatamente entendeu a indireta. Deu um sorriso largo e se despediu dizendo que entraria primeiro.

No quarto, Taehyung estava deitado na cama. Ele dormia de lado, abraçando o travesseiro como uma criança, mesmo com o gesso no pescoço e no braço direito. Aquilo fez Hoseok sorrir, ao notar que o garoto era tão infantil quanto imaginava. Sentou-se na beirada da cama, fazendo o colchão afundar. Escutou um murmurinho manhoso e em seguida Taehyung virou-se revelando o rosto amassado pelo sono, e os olhos apertados ainda sonolentos. Hoseok sorriu para ele, perguntando-se mentalmente “quem” seria a pessoa ali.

- Taehyung?

O garoto sorriu lento, com os olhos fechados.

- Você está louco para vê-lo, não é mesmo?

Hoseok riu percebendo se tratar de “V”.

- Sim, quero muito vê-lo. – disse ainda sorrindo.

- Vai ter que se contentar comigo.

O garoto se levantou esfregando o rosto.

- Ele já acordou? – Hoseok perguntou se referindo a Taehyung.

- Não, ainda está fugindo da realidade.

Olhou carrancudo para o braço com a talha.. Hoseok sorriu ao perceber que ele estava irritado com seu limite de mobilidade.

- Você deve ficar assim por alguns dias ainda.

- É... uma droga isso. Mas você ficou sabendo? – ele virou-se bruscamente claramente feliz. – Seremos liberados essa semana. Você vai me levar para comer, não é?

- O que você gostaria de comer?

V fechou a cara, surgiu uma expressão desconfiada.

- Você está me tratando como uma criança, mesmo que você claramente esteja afim de mim.

Hoseok abriu a boca para responder, mas não saiu nada. Ele estava chocado com a ousadia do garoto, mesmo que ele não conseguisse não sorrir com a situação. Ergueu um dedo, fingindo uma expressão indignada.

- Você é um pequeno abusado, você deveria respeitar o seu hyung.

- Hyung é? – ele usou uma voz levemente afetada, os olhos em formato de lua claramente enviesados.

- Quê? Não me olhe assim – Hoseok levantou as mãos como se protegesse o corpo - me sinto sendo despido por você.

V riu, e Hoseok sentiu uma ponta de constrangimento em torno do mais novo. Ele claramente também gostava dele, e provavelmente usava todas aquelas insinuações para disfarçar essas sensações. De alguma forma, Hoseok achava aquilo muito fofo.

Ouviram a porta se abrir e Jungkook surgiu de lá. Antes que o moreno pudesse dizer qualquer coisa, V saiu correndo em sua direção e o abraçou. Hoseok pode ver a expressão do Jeon primeiramente surpreso e depois relaxar, e em seguida retribuir o abraço.

- Estava com saudade Kook. – V o abraçava escandalosamente, se esfregando como um gato em seu dono. – Quero jogar WoW, como fazemos?

Jungkook se afastou e sorriu. Hoseok pode ver gotinhas se acumularem nos cantos de suas pestanas.

- Hei chorão. Tá tudo bem, Taehyung está bem. – V disse.  A expressão de Jungkook mudou e depois olhou para Hoseok como se perguntasse algo.

- Esse é o V. – respondeu com naturalidade.

- Yah, eu sou o V. – disse sorrindo enquanto fazia um “V” com os dedos.

Jungkook não reagiu a princípio, ficou apenas olhando para ele, a expressão ausente. Um clima tenso se pendurou por um instante e Hoseok percebeu que V, o garoto sempre agitado e aleatório, parecia realmente preocupado. Lembrou-se de suas palavras, tratando Jungkook como a razão de sua existência. Ele com certeza tinha medo de não ser aceito.

- Kook eu...

- Seu sorriso continua o mesmo. – Jungkook o interrompeu – Quadrado e esquisito como sempre.

V retornou a abraçá-lo como se agradecesse por aquela resposta. Hoseok pode sentir que ele chorava de leve, mas assim que concluiu esse pensamento V se afastou e perguntou extremamente animado.

- Bora viajar Kook? Eu quero muito viajar. Hoseok hyung pode ir também, o que você acha? Hum?

Hoseok riu com aquele comportamento. V realmente era uma pessoa aleatória. Começaria um assunto do nada, constrangeria os outros com grande facilidade, correria, riria alto, seria uma criança louca e frenética sempre que tivesse espaço suficiente para isso.

E de algum modo ele desejou muito ver aquilo. Vê-lo correndo, rindo, se divertindo.

- Eu adoraria fazer uma viagem.

Hoseok disse sorrindo. Por dentro ele suspirava resignado. Não poderia nunca mentir para si mesmo, não com essa estranha habilidade. E foi por isso que ele concluiu: ele realmente gostava muito, muito daquela criança estranha.

 

POV JIN

A gripe estava no seu ápice. Jin se sentia até meio zonzo, preso em uma outra realidade, incapaz de respirar direito, sentir o cheiro da comida ou se mover plenamente. Era seu segundo dia de cama e ele no fundo só queria dormir profundamente por um dia inteiro.

Mas não.

Namjoon estava ali. Ignorou completamente seus “avisos” sobre ficar os dois sozinho em seu quarto e até mesmo de visitá-lo com tanta frequência.

- Vai embora. – disse quando o garoto surgiu na porta do seu quarto.

- Sua irmã me deixou entrar.

- Mas que maravilha... – resmungou e voltou-se para sua cama embrulhando-se no cobertor.  – O que você quer?

- Eu tenho um pedido para te fazer.

Jin, até então com os olhos fechados, voltou a encará-lo. Namjoon parecia ansioso –  mesmo em suas condições, Jin conseguia perceber isso. Estava ansioso por estar ali perto dele? Por estar perto de um gay assumido? Provavelmente, por que ele não estaria? Eram todos assim.

Droga. Estava tendo pensamentos irracionais. Tudo culpa dessa gripe maldita.

- O que é?

- E quero que você acorde Suga.

- Desculpa? – perguntou por que realmente não estava entendendo.

- Eu quero que você acorde Suga.

- Sim, eu ouvi.

- Então, você pode fazer isso?

- Você quer que eu tire seu amigo do coma, sendo que eu ficarei em coma?

Namjoon piscou.

- Sim, mas será apenas por um tempo.

- Você bebeu? Nós nem sabemos como isso funciona. E se eu não retornar?

- Você vai retornar, você só precisa tocá-lo de volta.

- Ai você vai acordar o seu amigo e falar o que? “Hei Suga, te acordamos, mas daqui a pouco você volta”?

Namjoon piscou novamente, como se não tivesse pensado nisso. Levantou-se então bruscamente de onde estava sentado e começou a bagunçar os cabelos platinados.

- Nós precisamos acordá-lo. – declarou como se dissesse mais para si mesmo do que para ele.

- Aposto que sim.

- Precisamos saber quem estar por trás de todos esses acontecimentos. Podemos estar em perigo sabe. Suga é o único que pode nos dizer quem é.

Namjoon explicou todas a situação, todos os detalhes que o levava a acreditar nisso. Jin não se convenceu, pareceu ser arriscado – quase estúpido na verdade.

- Vou ser sincero. Eu não posso fazer isso. Não no meu estado. Estou doente, eu só quero que você vá embora e me deixe dormir.

- Sim, eu percebi que você está mal-humorado. – O platinado respondeu irônico.

Se seu nariz não estivesse tão entupido, provavelmente Jin riria alto.

- Desculpa se não consigo ser legal com você agora.

- Na real, você não é legal nunca.

- Não com você. Sim, é proposital.

Jin não estava para falsas simpatias. Ele nunca voltaria a ser o cara gentil e doce que era antes, incapaz de enfrentar uma discussão.

Um silêncio incômodo surgiu e então:

- Então, você vai fazer?

Jin apenas virou-se na cama encolhendo-se no cobertor.

- Vai embora.

Sentiu sua cama afundar. Namjoon estava sentado ao seu lado. Droga, ele não iria embora, não importava o que dissesse.

- Certo. – Jin se rendeu – Mas e se eu entrar em coma e não puder retornar?

- Podemos fazer um teste.  Você só precisa estar dormindo.

- Sim... você me espera dormir como uma donzela, toca minhas mãos e descobre se sou seu salvador.

- Não seja dramático, apesar de ser mais ou menos isso.

Jin manteve-se em silêncio pensando. Era arriscado e estúpido, mas no momento ele só queria se livrar daquela situação. Para princípio de conversa, ele começava a discutir e sabia que aquilo era um indicativo que iniciava uma abertura entre eles. Não queria construir falsas sensações com ele, exatamente como fez no ano passado com Do Joo.

- Então você topa? – Namjoon perguntou, mas ele não respondeu.

Se lembrar de Do Joo o fez questionar seu comportamento. Por que ele estava dando abertura para uma proposta idiota como aquela? Sentiu-se mal, lembrando-se como ele era antes: submisso, manipulável, descartável.

- Não, não vou fazer isso. Esqueça isso.

- Como assim Jin? Isso não irá apenas me ajudar, mas ajudar a todos.

- Não posso me pôr em risco assim.

- Não é como se você fosse...

Jin sentiu raiva.

- Você parou para pensar em mim? Se é arriscado para esse cara bem na sua frente?

Namjoon calou-se. Aquela era a resposta que Jin não queria ouvir, mas que era tão clara como se ele tivesse gritado.

- Exatamente. Não vou fazer isso. Agora saia.

Fosse por constrangimento, fosse por raiva, Namjoon saiu de lá sem dizer mais nada.

Jin sentia o corpo doer ainda mais forte e uma vontade tímida de chorar. Não exclusivamente por Namjoon, mas por todas as pessoas que o trataram assim, agindo de maneira egoísta, como se ele, Jin, não importasse.  

POV NAMJOON – No dia seguinte

Terminou de guardar as bebidas na parte debaixo do balcão quando uma vontade louca de fumar tomou conta de si. Ele tinha largado o tabaco por que seu fôlego tinha piorado, e isso estava atrapalhando seus raps. Agora que estava na merda – Suga, Jin, toda aquela porcaria de situação – ele achou que era um ótimo momento para voltar a fumar.

- Por que essa cara? 

Jimim perguntou, ele estava sentado no balcão do bar-café que Namjoon trabalhava como ajudante – era o único lugar que o aceitava mesmo que ele fosse ótimo em quebrar copos e pratos. Um dos trampos que fazia quatro vezes na semana para dar conta do aluguel. Agora que Suga estava incapaz de trabalhar, ele teria que conseguir o dobro de dinheiro para conseguir pagar o proprietário – que também era um merda, como tudo a sua volta.

- Não tá meio cedo para beber? – Namjoon perguntou. Jimim segurava um copo de cerveja. Ainda eram 16h e os clientes daquela hora normalmente buscavam café e bebidas mistas, que nem eram boas, mas que eram o olho da cara. Lembrou-se então que Jimim era um cara rico, do contrário ele estaria no bar próximo a Universidade, onde a maioria dos alunos – para economizar – iam beber.   

- Estou de coração partido, é um direito meu beber, não acha?

Namjoon sorriu de leve com aquilo. Estava de mal humor obviamente, mas ver alguém tão na merda como ele, de certo modo, o acalmava.

- Beba o quanto quiser. Só pague a conta e está tudo bem.

Jimim não disse nada por um longo tempo, apenas fitava sua cerveja.

- Por que duas pessoas que se gostam simplesmente não podem ficar juntas?

Namjoon quase suspirou cansado. Mas um papo desse? Quantos puxariam assunto com ele discutindo aquela temática? Ele já tinha até a resposta na ponta da língua.

- Eu não sei, nunca gostei muito de uma pessoa.

- Você me acha bonito? – Jimim perguntou repentinamente. Parecia realmente preocupado em ouvir sua resposta.

- Bom, sim... muitas garotas devem te achar bonito.

- Não! Como homem... digo, você acha que um homem me acharia bonito?

Namjoon franziu o cenho. Jimim também era gay? A sociedade estava cheia deles, sabia, mas até alguns dias atrás não conhecia profundamente nenhum gay assumido. Agora tinha dois na sua vida.

- Desde quando você é... – Namjoon procurou a palavra certa. Perguntou-se desde quando estava tão cauteloso com aquele assunto. – Sabe, assumido?

Jimim estreitou os olhos como se não entendesse. Namjoon percebeu que ele já estava levemente alterado, mesmo que ele só tivesse tomado um copo de cerveja.

- Como assim? Você tá me perguntando se eu sou gay?

- Sim, não precisa responder se não quiser.

- Eu gosto do Jungkook, isso me torna gay?

- Não sei, nunca parei para pensar nisso.

Jimim então sorriu alterado pelo álcool, seus olhos fecharam, e suas bochechas cheinhas marcaram seu rosto.

- Não acredito! Acho que sou gay. E pensando bem... eu até assisti um pornô gay ontem sabe, aqueles com Daddy e...

- Tudo bem, tudo bem... – Namjoon o interrompeu repentinamente constrangido com aquela temática. Conversava sobre pornografia sempre, mas de algum modo, aquilo era demais para ele.

- Mas a questão Namjoon... Como eu conquisto um cara? Eu não sei fazer essas coisas.

Namjoon então começou a pensar em Jimim conquistando homens nessas baladas onde as pessoas se pegavam de maneira gratuita. O ruivo era um dos últimos caras que imaginava fazendo isso. Era simplesmente fora do seu imaginário.

Exatamente o oposto de Jin. Agora que sabia da sua orientação sexual, não conseguia imaginá-lo de outra forma. Aquele rosto bonito. Aquele jeito levemente feminino. Até sua boca o lembrava de ser de uma garota.

Lembrar dele ainda dava uma certa raiva, mas de certo modo era meio inevitável perdoar sua decisão – principalmente ao se lembrar de enrolado naquele cobertor, resmungando e brigando com ele. Até aquele momento Namjoon não tinha percebido o quanto que Jin estava na defensiva com ele desde que se conheceram. Por isso, naquela manhã, antes de ir para o trabalho, perguntou a respeito para Hoseok.

“ – Não sei cara... Mas acho que Jin tem problemas com caras héteros. O que é justificável, se a gente parar para pensar que gays são frequentemente perseguidos por aí.”

- Namjoon?

Jimim o acordou de seus devaneios. Namjoon encheu novamente seu copo que já estava vazio.

- Você faria o quê?

- Sobre o que?

- Sobre Jungkook, eu não quero que ele me odeie.

- Então não faça nada para que ele te odeie. – respondeu mesmo não entendendo o contexto.

- Mas eu não fiz nada... digo... – suas orelhas estavam levemente vermelhas e Namjoon decidiu que não descobriria por que.

- Tente convencê-lo a ficar com você, num ponto que ele simplesmente não vai conseguir ficar sem te ver.

Era um conselho bobo, algo que ele tirou de alguma reflexão óbvia e manjada. Mas pareceu dar resultado, por que Jimim sorriu grato.

- Vou fazer isso. Fazê-lo gostar de mim ao ponto dele não poder dizer não. Obrigado, cara.

Namjoon entretanto não disse nada. Uma ideia começava a brotar em sua cabeça.

Era isso que ele faria.

Namjoon seria um cara legal. Seria exatamente o cara que Jin gosta.Seria seu melhor amigo se fosse o caso. Ele seria incapaz de lhe dizer não.  


Notas Finais


Eu sei que o Namjoon fazendo essas coisas é meio que maldade. Mas relaxem, que não é tudo tão simples assim. Gente tô tão ansiosa para mostrar quem vai ajudá-lo a sair do armário hauhauha’

Aposto um cookie imaginário se alguém acertar.

Um beijão!


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