História Like a Dream (JiHope) - Bônus

Sentei-me em uma cadeira fria, enquanto passava rapidamente minhas mãos em meus braços cobertos por apenas um moletom, o que não me adiantara nada naquele inverno.

Aguardava Hoseok em uma mesa afastada do local enquanto o mesmo esperava em uma fila longa sua vez de fazer um pedido, que, finalmente depois de alguns longos minutos tomando friagem, decidimos entrar em algum local por perto que vendia vários tipos de bebidas quentes e cookies.

Essa cafeteria era a preferida de Jung Hoseok, o mesmo me contou sobre adorar passar suas tardes frias aqui, aproveitando ao máximo a comida oferecida que era a sua predileta. Com muita insistência o moreno conseguiu me tirar do sereno e me trazer para esse lugar mais quente e confortável.

Meus pés ainda doem um pouco, por isso Hobi pediu-me para lhe aguardar sentado enquanto pegava algo para a gente comer e ver o tempo passar.

Por ser um lugar favorito de muitas pessoas, a cafeteria costumava ficar lotada, mas não por horas seguidas, já que todos preferiam comer no caminho do serviço ou colégio. Então, antes mesmo de ser a vez de Hoseok comprar, o lugar já esvaziava rapidamente.

-Café americano? –A voz suave de Hobi interrompe meus pensamentos. –Aqui, pegue. –Ele estica suas duas mãos com uma xicara cheia de um liquido escuro.

-É o meu favorito. –Digo ao pegar o pequeno recipiente. –Como sabia?

-Deduzi. –Diz entre um sorriso e outro. –Me senti a vontade para fazer os pedidos, espero que goste de torta.

Observei-o enquanto passava o pedaço de torta de um prato para o outro, calado, o olhava atentamente a cada movimento que fazia. Agora, esse homem que tanto desejei, pertence á mim e o que me deixa mais feliz é saber que seus sentimentos correspondem aos meus.

Passei aquela tarde mais observando do que falando. De inicio Hoseok estranhou, mas logo se adequou e continuou animando o dia que passamos juntos.

Hoseok me convidara para passar o começo da noite em sua casa, para que eu pudesse experimentar sua comida que era tão elogiada por todos. O mesmo nega que sua comida seja excelente, porém, quem prova não economiza nos elogios.

Ele sabe que adoro comer, ainda mais em sua companhia, estava tornando tudo perfeito naquele dia.

Decidimos ir andando para sua casa que não era tão longe assim de onde estávamos, pois queríamos aproveitar cada segundo juntos, uma vez ou outra deixávamos nossas mãos coladas e no final sempre acabávamos andando abraçados de lado.

Não demorou muito e já estávamos em sua casa. Quando adentrei na mesma, seus pais estavam presente o que me fez acanhar e me sentir um pouco incomodado.

Sem falar nada, Hobi caminhou direto para o último cômodo, então o segui depois de cumprimentar seus pais timidamente e de forma rápida, os mesmos responderam com um sorriso simpático e não descolaram os olhos de mim.

-Deve ser o garoto que Hoseok falou anteriormente, ele é bem mais bonito do que imaginava. -Ouço sua mãe comentar enquanto eu saía do local.                       

Sem que eu percebesse já estava na cozinha daquela casa, onde tinha visto o garoto entrar. Senti minhas bochechas quentes ao encontrar o olhar de Hobi, que me aguardava encostado em uma mesa de braços cruzados e deixando um sorriso de canto no rosto.

O encarei silenciosamente, em seguida senti duas mãos sobre meus ombros e virei minha cabeça lentamente para ver quem era, Sra. Jung se apoiava em mim ao começar a falar diretamente com seu filho.

-Vamos buscar sua irmã no aeroporto, não temos hora pra voltar, querido.

Fitei Hoseok que assentia tranquilamente com sua cabeça e seu sorriso de costume. Logo senti dois tapinhas em minhas costas e percebi que dessa vez era seu pai, a essa altura já estava sentindo minhas bochechas queimarem e desejava sair logo daquela situação, pois me deixara acanhado.

-É difícil ele ir pra cozinha, então, aproveite e coma muito, garoto.

Acenei a cabeça sem o fitar e já se fez sua ausência.

-Não sabia que estariam aqui. -Passou uma de suas mãos pela nuca ao dar uma pausa. -Me desculpe pelo desconforto.

-Tudo bem ter eles como companhia para o jantar, adoraria conhecer sua irmã. -Olhei rapidamente em direção a sala. -Devemos espera-los?

-Eu avisei que você viria, foi exatamente por isso que saíram.

Deixei uma expressão séria em meu rosto aparecer sem querer e o mesmo notou. Eu já estava confuso.

-Minha irmã ainda está em outro país, eles apenas querem nos deixar sozinhos. -Continuou. -Me ajuda a preparar o Kimchi?

*  *  *

Não era o melhor prato que havia comido na minha vida, mas era o melhor kimchi de todos os tempos.

Passado dez minutos depois de satisfeitos com essa refeição, me ofereci para lavar a louça antes de ir embora, já que o silêncio pairava sobre nós. Hoseok não recusou, mas disse meio engasgado:

-Vamos assistir a um filme.

Sentei-me em uma ponta do sofá, enquanto confortavelmente ele se deitava apoiando seu rosto em minhas pernas. Ainda não havia me acostumado com toda essa intimidade sua, por sorte, Hoseok tomava muitas atitudes nessa relação, ao contrário de mim, que ainda me sentia inseguro, porém meus sentimentos eram tão sinceros e puros que não saberia o que fazer se um dia levasse um fora do homem que está nesse momento perto de mim.

Estava pensativo que mal consegui prestar atenção no que passava naquela tela. Observava os traços de seu rosto e como seus olhos brilhavam por uma cena que passara rapidamente e tinha o afetado. O sorriso que ameaçava surgir em sua face, seus dedos brincando com o tecido desfiado de minha calça e em instantes seu olhar parando no meu. Era hipnotizante, não queria desviar, não queria disfarçar.

Estava bom olha-lo daquela maneira e senti um desejo intenso de tê-lo mais perto.

Acariciei sua face levemente corada, ele ainda sorria. Senti um frio na barriga ao ver ele se levantando e sentando perto de mim.

Não queria que ele fosse o primeiro novamente a tomar uma atitude ou realizar uma ação. Apoiei minha perna na sua, fazendo com que nossa distância diminuísse, e devagar me aproximava de sua face. Faltando poucos centímetros para que nossos lábios se encostassem, senti uma carícia em meu cabelo, novamente... Essa cena se repetindo. Fechei meus olhos para aproveitar mais aquele toque e me aproveitar de todos meus outros sentidos. Seu cheiro era o mesmo, mas um perfume de odor fraco fora adicionado, o que era delicioso. Sua outra mão deslizava por meus braços e em seguida senti uma forte dor em meu pescoço.

-Yah! -Dei um pulo para trás de susto fazendo com que ficássemos longe um do outro. -O que v-você fez?

-Apenas estou deixando minha marca a quem me pertence. –Sorriu de canto.

“Tenho a leve impressão de que Jung Hoseok é muito diferente quando estamos sozinhos.” - Pensei.  

A atenção de Hoseok voltara para a simples tela da televisão, dei-me conta de que o fitava sem falar nada, me apoiando no assento do sofá me aproximei mais uma vez dele, então delicadamente segurei seu queixo fazendo com que me encarasse novamente. Ainda com minha mão em seu rosto, o puxei para perto de mim, fazendo com que nossos lábios se juntassem sem muita pressa. 

Ficamos assim por um bom tempo.

Agora, eu estava deitado por cima dele, ainda o beijando, enquanto acariciava seus cabelos e apertava seus braços sem muita pressa. Sua mão descia das minhas costas até minha calça de moletom, encontrando minha cueca quase exposta e em seguida depositando fortes apertos ali. Gemi em resposta tirando outro do mesmo, que em um instante já colocou seu corpo em cima do meu, trocando as posições.

Ainda insistia em brincar com minhas calças, enquanto mordia meus lábios entre um beijo e outro. Resolvi sair de suas partes superiores e sem avisar coloquei minha mão por baixo de sua camisa, dando leves apertos e tentando tira-la com minha mão livre.

Assim que feito, puxei para mais junto de mim o beijando com força, deixando gemidos abafados interromper o silêncio que pairava entre nós. Separei-me dele para tomar fôlego, mas o mesmo continuou seus beijos delicados, mas dessa vez em meu pescoço, me causando alguns arrepios, que tirou um sorriso de vitória do mais velho.

-Não farei nada que você não quiser. –Disse me fitando ao cessar seus beijos.

Assustei-me pela situação ter chegado até aqui, não imaginei que passaríamos de beijos e caricias. Seu rosto estava mais perto que de costume, estávamos sozinhos, minutos antes ele me beijava com mais vontade do que normalmente e me abraçava com desejo, confortável, seguro do que fazer nesse momento.

Voltei pra realidade e afastei seu corpo do meu, me sentando ainda de frente para o mesmo, recuperando totalmente o ar e me acalmando.

-Podemos ir para o seu quarto?