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História Like a rollercoaster - Primeiro dia de um quase inferno


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


Oieee, lindezas, voltei pré enem pra ajudar todo mundo a dar uma relaxadinha antes da prova (e pra quem não for fazer, só pra deixar o dia de vocês mais felizinho <3).
*Divirtam-se*

Capítulo 3 - Primeiro dia de um quase inferno


Como prometido, Sírius apareceu para ver a casa nova horas mais tarde, dizendo que ficaria ali até o fim da semana, quando as aulas das meninas começariam. Ele chamou as irmãs em seu quarto (que na verdade só tinha o básico para quando ele fosse dormir ali) e conversou com Alaska com um pouco mais de calma e paciência no sábado à noite antes de sua ida definitiva para o apartamento novo. Explicou-lhe que precisaria morar longe dali, mas que sempre voltaria para vê-la algumas vezes. 

– Eu comprei uma coisa pra vocês – ele tirou duas caixinhas do bolso. – Pra que sempre se lembrem de que podem gritar quando precisarem. 

Astrid e Alaska abriram suas caixinhas e tiraram anéis de dentro delas, olhando para as inscrições. 

– "O inverno está chegando" – Astrid disse e sorriu, observando o anel prata com uma pedra preta em cima.  

– O meu é vermelho – Alaska disse e Astrid leu as inscrições dela. "Ouça-me rugir." 

– Onde comprou isso? 

– No mesmo lugar em que encontrei isso – ele mostrou o próprio anel. "Nossa é a fúria." 

– São lindos, Sírius – Astrid disse e abraçou o irmão, se dando conta finalmente de que não morariam mais juntos apenas naquele momento. Ela o apertou mais forte e sentiu Sírius também segura-la com mais firmeza. – Vou sentir sua falta, Sí. 

– Eu também vou sentir falta de vocês – ele respondeu e as soltou. – Mas eu sempre vou estar aqui quando precisarem, ok? 

Elas assentiram e os três subiram para dormir. Astrid viu Alaska segurar o pescoço do irmão e balançar a cabeça quando ele disse que ela tinha de dormir em seu próprio quarto. Sírius então desistiu e foi para seu próprio quarto, com a pequena ainda presa a seu pescoço. Ele se virou para Astrid enquanto abria a porta e a chamou. 

– Tem lugar pra mais uma se quiser – ele disse e Astrid sorriu, pegando seu travesseiro e indo se deitar ao lado do irmão, vendo Alaska deitar em cima do mesmo e, minutos depois, cair no sono, assim como ela própria. 

*** 

No dia seguinte, depois de terem se despedido do irmão – duas vezes – Astrid teve de pensar rápido em algo que deixasse a irmã feliz. Nunca havia visto Alaska tão tristinha como daquele jeito, então, depois de falar com os pais, trocou de roupa, chamou Alaska e chamou um táxi. 

– Onde nós estamos indo? – Alaska perguntou. 

– Nós duas vamos passar o dia no shopping – Astrid disse e pediu para Alaska não se mexer enquanto prendia seus cabelos em duas tranças.  

– Sério? Podemos ir no parque? Podemos tomar sorvete? Podemos comprar brinquedos? 

– Ok, Al, vai com calma – Astrid disse e terminou de prender os cabelos dela. – Nós podemos ir ao parque e tomar sorvete, mas não tive permissão para comprar brinquedos pra você – ela viu a irmã fazer um bico. – Mas nós podemos ir ao cinema ver algum desenho – Alaska voltou a sorrir e Astrid pagou o táxi antes de descerem em frente ao shopping. 

Astrid pediu alguma informações e passou direto pelo cinema, indo até uma livraria ali do lado. 

– Al, eu preciso ver se tem um livro que eu quero aqui – ela apontou para a sessão infantil. – Pode escolher um que você queira por ali e eu te encontro daqui a pouco. 

– Tá bom. 

– E de preferência, algum livro que você ainda não tenha, ok? 

– Ah, ok – a pequena reclamou e foi para onde ficavam os livros infantis, sendo atendida por uma moça que começou a lhe mostrar alguns livros depois de trocar olhares com Astrid, que voltou sua atenção para os livros a sua frente. Ela pegou o título que queria e foi para um dos sofás ali perto, começando a lê-lo para ver se gostaria mesmo.  

– Está gostando? – ela ouviu alguém dizer e, quando ergueu a cabeça, teve de pensar seriamente em sua resposta.  

Seu livro não estava tão interessante quanto a imagem do garoto a sua frente. 

– É, estou sim – ela sorriu envergonhada e lhe mostrou a capa. – Eu acabei de começar, mas várias pessoas já me recomendaram. 

– Então é seguro compra-lo? 

– Acho que sim – ela sorriu de novo e o garoto retribuiu, o que fez alguma coisa dentro de Astrid tremer ligeiramente. Claro, os olhos castanhos e o cabelo ruivo bagunçado já haviam chamado muita atenção da menina, mas sorrisos sempre haviam sido seu ponto fraco nas pessoas e aquele era, definitivamente, um dos mais adoráveis que tinha visto. 

– Posso perguntar o que faz aqui? 

– Trouxe minha irmã pra passear – ela olhou pra trás, se lembrando de Alaska e a vendo sentada numa mesinha. – É uma longa história. 

– Sorte a minha que tenho tempo – o menino sorriu novamente e Astrid ponderou se deveria contar. 

Então pensou: por que não? 

Resumiu toda a situação pela qual estavam passando e o motivo de a irmã estar triste. 

– Então é por isso que nunca a vi por aqui antes – o menino concluiu. 

– É sim – ela respondeu e ouviu Alaska lhe chamar. 

– Trid, eu já escolhi – ela disse enquanto ia na direção da irmã mais velha com um livro nas mãos. – Podemos levar esse? 

– Claro que sim – então ela se lembrou do que estava fazendo. – Essa é minha irmã, Alaska. Al, este é...  

– Rupert. Rupert Rivers – ele estendeu a mão para a pequena e Astrid se sentiu um pouco envergonhada por não ter perguntado o nome dele até aquele momento. 

– Que nome legal – a pequena sorriu. 

– Obrigado. O seu também é muito bonito. E seu cabelo também. 

– Mas é igual ao seu – Astrid sorriu e balançou a cabeça. 

– É verdade. Parece que somos dois beijados pelo fogo, não? – Astrid ergueu uma sobrancelha. 

– Minha irmã me disse isso uma vez – Alaska olhou para a irmã e ela assentiu. – Trid, vai levar esse pra mim? 

– Vou sim. Termine de guardar os que não vai levar enquanto eu pago esses aqui – a pequena assentiu e Astrid ficou de pé, indo até o balcão. – Então o senhor assiste Game of Thrones? 

– Então o seu nome é Trid? – ele respondeu e Astrid riu, explicando seu verdadeiro nome enquanto pagava pelos livros. Rupert assentiu e Astrid chamou pela irmã, saindo de mãos dadas com ela da loja. 

– Nós vamos ver um filme agora – ela disse. – Gostaria de se juntar a nós ou veio encontrar alguém? 

– Na verdade eu vim, mas meu amigo cancelou de última hora e eu ia embora. 

– Nesse caso, espero que goste de animações. 

– São os meus favoritos – Rupert sorriu e os três foram até o cinema, comprando ingressos para o próximo desenho disponível. Quando eles saíram, Alaska perguntou se poderia ir no parque e Rupert as levou até lá, indicando para Astrid onde comprar bilhetes para a pequena.  

– Ok, Al. Nós vamos estar aqui na frente te observando, viu? Quando for mudar de brinquedo, me avise. 

– Tá bom – a menina respondeu e correu para o primeiro dos brinquedos enquanto Astrid e Rupert se sentavam num banco. Os dois estavam conversando sobre coisas aleatórias, sobre o Rio, sobre São Paulo e sobre suas famílias. Astrid acabou mencionando o fato de a irmã ser adotada e Rupert disse também ter irmãos adotados, dois na verdade. 

– Eles são adoráveis quando você os conhece melhor – eles riram. – O quanto conhece da cidade? 

– Não muito. Essa semana nós tivemos de arrumar nossas coisas e terminar de decorar a casa nova, então isso é provavelmente o ponto mais turístico que conheci de São Paulo, se desconsiderarmos as lojas de móveis e decoração. 

– Bom, seria um prazer apresentar-lhe a cidade qualquer hora – Rupert sorriu e Astrid retribuiu. 

– Seria ótimo – ela ajeitou os cabelos e viu Alaska vir em sua direção. 

– Você namora, Astrid? – Rupert perguntou e ela viu que ele olhava para o anel que Sírius havia lhe dado. 

– Na verdade, não. Foi um presente de meu irmão – ela respondeu e ia perguntar se ele namorava, mas Alaska foi mais rápida ao pedir para ir embora. – Tem certeza que não quer mais brincar? 

– Tenho, eu só quero mais um sorvete. 

– Tudo bem – ela tentou não parecer tão decepcionada e ficou de pé em frente a Rupert. – Acho que precisamos ir. 

– É, meus pais vão ficar preocupados se eu demorar muito mais. 

– Me passa seu número pra, você sabe, quando tiver um tempinho pra me mostrar a cidade – Rupert sorriu e passou o número para Astrid, pegando o dela também. 

– Vejo vocês qualquer dia – ele disse e se abaixou até ficar na altura de Alaska. – Foi um prazer conhecê-la, Alaska. 

– De nada – ela respondeu sorrindo e Astrid soltou uma pequena exclamação, morrendo de vergonha. Rupert apenas riu, ficando de pé.  

– Foi um prazer conhecê-la também, Astrid. 

– De nada, Rupert – ela riu e aceitou ao abraço que ele lhe deu, acenando enquanto ia até a sorveteria com a irmã. Tempos depois, quando já estavam em casa, jantando com os pais, a mãe de Astrid perguntou como havia sido o passeio. – Melhor do que você pode imaginar, mãe – ela respondeu, sorrindo para Alaska. 

*** 

– Trid, por que não posso ir com você? – Alaska perguntou enquanto as duas estavam no carro com o pai. 

– Porque nós estamos em salas diferentes, Al – Astrid respondeu, virando-se no banco. – Não se preocupe, você vai ficar com a parte divertida da escola. 

Então Astrid desceu com a irmã em sua escola e, depois de lhe mostrar o parquinho e a apresentar para outras duas crianças, Alaska parecia ter esquecido de que a irmã e o pai estavam ali, o que foi a deixa perfeita para os dois saírem de fininho. 

– E você? Nervosa? – o pai lhe perguntou assim que pararam em frente à escola da menina, poucos quarteirões à frente da de Alaska. 

– Um pouquinho – ela respondeu. – Não vai ser a mesma coisa, não conheço ninguém aqui. 

– Vai se sair bem, filha – Ruan respondeu e Astrid beijou a bochecha do pai, agradecendo quando ele disse boa sorte para ela. 

Então a loira respirou fundo e, tentando parecer o mais confiante possível, caminhou em direção as escadas. 

*** 

Astrid se preparava psicologicamente para ter que dizer seu nome algumas vezes enquanto andava até a secretaria. Uma moça a atendeu e chamou por um garoto que passava, pedindo para ele acompanha-la até a sala. Ele sorriu e respondeu com toda a educação do mundo que levaria a menina até a sala, o que, para Astrid, já foi uma atitude extremamente simpática: se quer conhecer alguém de verdade, observe como a pessoa trata os funcionários ao seu redor. 

– Aluna nova? – ele perguntou, indicando o corredor para Astrid. 

– Me mudei há pouco tempo – ela respondeu. 

– Veio de onde? 

– Rio de Janeiro. 

– Sério? – ele parecia bastante surpreso. – Sem sotaque nenhum? 

– Minha família e eu vivíamos nos mudando, então não consegui ficar tempo suficiente pra pegar sotaque algum – o menino assentiu e abriu a porta para ela. 

– Entendi. E qual é seu nome? 

– Astrid Foster – ela viu o garoto erguer uma sobrancelha e reparou um pouco mais nele. Cabelos castanhos, olhos extremamente azuis e um sorriso de dar inveja em qualquer um. – E você? 

– George Rivers. 

– Rivers? – ela juntou as sobrancelhas. – Seu nome não me é estranho. 

– O sei também não – George respondeu, cruzando os braços. – Astrid, por um acaso você estava no shopping ontem à tarde junto com uma criança? 

– Como é que você... – eles ouviram o barulho da porta e Astrid não podia acreditar em sua sorte, ou no que seus olhos viam. 

Ela deixou a bolsa em cima da mesa e, sem se desesperar e correr em direção ao menino, abraçou Rupert assim que o viu, começando a ver um ponto positivo naquilo tudo. 

– Por que não me disse que estudaria aqui? – Rupert disse e eles andaram até onde George estava.  

– Eu não sabia o nome da escola até hoje de manhã. E ainda não tenho internet em casa, então não podia conversar – ela respondeu, se perguntando se ele havia mandado alguma mensagem desde ontem. – Pelo menos não vou ficar sozinha. 

– Nossa, Astrid, obrigado – George respondeu e Rupert revirou os olhos, explicando o que estava acontecendo. George, como Astrid já havia suposto, era um dos irmãos de Rupert e sua gêmea, Charlotte, ainda não havia chegado. Eles continuaram conversando sobre outras coisas até Astrid perceber outras pessoas chegando na sala, cutucando o braço de Rupert e apontando para elas. 

– Sua irmã está ali no meio? 

Os meninos se entreolharam e começaram a rir, o que deixou Astrid confusa, perguntando o motivo. 

– Se conhecesse Charlotte, acredite, você também estaria – Astrid observou as garotas, ainda sem entender o motivo, e perguntou o que eles queriam dizer com aquilo. – Astrid, sabe aquele tipo de pessoa que não tem respeito com os outros a não ser que seja obrigado? Que pisa em cima de qualquer um só por prazer? – ela assentiu. – Charlotte tem um ranço gigantesco desse tipo de gente e, para azar daquelas meninas, elas já tentaram fazer nossa irmã de boba uma vez. 

– Entendi – Astrid respondeu, ouvindo a porta se abrir novamente e viu George sair um pouco desesperado de seu lugar, indo até a menina que entrava.  

Astrid achava que, mesmo sem a pequena cena que o menino estava fazendo ao abraçar e girar a menina no ar, qualquer um ali teria notado sua presença. O motivo: os incrivelmente coloridos cabelos dela. A loira já havia visto quem pintasse alguma mechas, as pontas e as vezes até a metade, mas nunca havia visto pessoalmente um cabelo rosa tão lindo quanto o dela. 

– Acho que posso dizer que sentiram minha falta – ela disse e sorriu para George, indo até Rupert e o abraçando também. – E quem é a novata? 

– Angie, essa é Astrid – George as apresentou e Astrid acenou timidamente. – Astrid, nossa melhor amiga, Angie McLean. E não pergunte o nome completo dela porque você provavelmente nunca vai usá-lo a não ser que queira morrer – ele completou e a menina deu uma cotovelada em sua barriga. 

– Não liga pra ele, eu sou uma amor de pessoa – ela deixou sua bolsa na frente da de Astrid e se sentou na carteira onde Rupert estava, de frente para ela. – Mas eu realmente não gosto que me chamem de Angélica, então se puder evitar, eu agradeço. 

– Sim, senhora. 

– E a irmã de vocês? To com saudades dela, mal os vi durante as férias – ela olhou para George e desviou rapidamente. 

– Já deve estar chegando – eles ouviram o sinal bater e o restante dos alunos entrar. Junto deles, uma menina extremamente parecida com George passou pela porta com uma cara não muito boa e andou até os quatro. 

– Primeiro dia de aula e ela já vem com essa cara pra escola – Angie disse e balançou a cabeça. – Está cada vez mais difícil lhe passar bom humor, Charlotte. 

– Eu poderia estar dormindo – ela reclamou e abraçou Angie. – Mas sim, Angie, eu também estava com saudades. Como foi na casa de seus avós? 

– Ótimo, como sempre – ela indicou Astrid com a cabeça e Charlotte se virou.  

– E essa é? 

– Astrid Foster – a loira respondeu e Charlotte ia dizer algo, mas olhou para o irmão e depois novamente para ela, parecendo fazer a ligação sozinha. 

– Prazer, Astrid. Se nenhum deles ainda disse, o que eu duvido, meu nome é Charlotte, irmã mais velha desses dois aqui – ela indicou os meninos com a cabeça e cruzou os braços, sorrindo e ficando cada vez mais parecida com o irmão gêmeo. – Se não for perguntar muito, poderia me dizer onde estava ontem à tarde? 

– Eu... – o professor entrou na sala e disse para todos irem se sentar. 

– Nós terminamos essa conversa depois, ainda estou curiosa – Charlotte se sentou atrás de Astrid e a loira olhou para Rupert, erguendo a sobrancelha, como se perguntasse "falou de mim pra toda sua família?". Ele apenas deu de ombros e Astrid conteve um sorriso, prestando atenção no que o professor dizia.  

Durante o recreio, depois de pegarem algo para comer, Angie e Charlotte se encarregaram de falar mas sobre a escola para Astrid. Mostraram-lhe o pátio, a quadra esportiva, a sala de dança ao lado da quadra e o anfiteatro. 

– Ah, e nós temos várias atividades extracurriculares aqui – Angie disse e começou a nomeá-las. – Teatro, times de futebol e vôlei, companhia de dança e, é claro, as líderes de torcida, que é basicamente as meninas das aulas de dança, só que cada sala tem sua equipe quando acontecem os jogos entre as classes, mas quando competimos contra outras escolas, a capitã eleita escolhe a equipe oficial. 

– Vamos, Angie, nós sabemos que está doida pra convida-la e pra contar quem é a capitã. 

– Eu não estou não, tá bom? Mas pra todos os efeitos, eu sou a capitã do time do segundo e do time da escola e você está totalmente convocada para fazer parte da equipe. E espero que não tenha de obrigá-la como ano passado, senhorita Charlotte. 

– Droga – Charlotte reclamou. – Achei que com Astrid aqui para distraí-la, ela iria me esquecer dessa vez. 

– Esquecer o amor da minha vida? É isso que pensa de mim? – Charlotte revirou os olhos e pediu para Rupert pegar algum doce para ela na cantina. Astrid se ofereceu para ir junto e, ignorando que todos ali os estivessem observando, ela o seguiu até lá. 

– E então? Vai participar do time? – ele perguntou. 

– Não sei. Eu sou uma escritora, não uma dançarina. Eu até gosto, mas é difícil com tanta gente olhando diretamente pra você. 

– Acredite em mim, Angie consegue fazer você se soltar e descobrir a Beyoncé que existe em você – Astrid riu alto e eles começaram a voltar até que Astrid se assustou levemente com a menina que apareceu de repente em frente a eles. 

– Rupert! Nossa, que saudade! – ela o abraçou e Astrid deu um passo para trás. 

– Sabrina, oi – ele se separou dela e sorriu envergonhado. – O que foi? 

– Nada, só estava com saudades mesmo – ela sorriu. – Nem marcamos nada nas férias. 

– É – Rupert continuou sorrindo estranho. – Quem sabe na próxima. 

– Não irei me esquecer – ela disse antes de acenar e sair dali, nem parecendo notar a presença de Astrid ali. Ela olhou para Rupert com uma sobrancelha erguida. 

– Ainda quer uma explicação? – a loira começou a rir de novo. 

– Se for mais divertida do que o que eu acabei de ver. 

– Talvez Sabrina tenha uma quedinha por mim. 

– Talvez? 

– Ela não sabe ser muito discreta quanto a isso, embora eu nunca tenha dado a entender que queria algo com ela. 

– Bem, boa sorte, ruivo. Vai precisar – ela bateu em seu ombro e os dois voltaram a se sentar. 

Então, quando as aulas acabaram e os cinco estavam saindo, George, Charlotte, Rupert e Angie a chamaram para ir em sua casa. Na casa dos Rivers, mais especificamente. A loira aceitou, pediu o endereço deles e o telefonem já que tinha certeza de que a mãe pediria para falar com os pais deles antes de permitir isso. Depois de se despedirem, Astrid voltou para a secretaria para pegar alguns documentos, lendo-os rapidamente enquanto ia até a saída. Então ela sentiu alguém empurrar seu ombro e, quando olhou pra cima, teve certeza de que havia sido mesmo um empurrão. 

– Nossa, garota, não olha por onde anda? – a menina, Sabrina, gritou um tanto quanto brava para ela. 

– Olha aqui, bonitinha, eu não tenho paciência pra menina sonsa, não – Astrid disse, nervosa. – Vê se desencana de mim porque não tenho tempo pra brigar com neném não. 

– Encanada? Eu? 

– A própria – Astrid sorriu cínica e viu a menina ficar ainda mais irritada. – Eu já entendi qual é a sua. Você gosta de Rupert e tá se sentindo ameaçada porque nos viu hoje. 

– Olha, isso não é... – Astrid cruzou os braços e a menina revirou os olhos. – Ok, talvez seja um pouco verdade. 

– Ok, Sabrina – Astrid deixou seus papeis de lado e juntou as mãos. – Eu tenho outras prioridades além de brigar com a primeira menina que vejo na minha frente por causa de macho, então vamos esclarecer tudo aqui, tá bom? Rupert e eu não temos nada que não seja o começo de uma amizade. 

– Fiquei sabendo que se abraçaram e tudo hoje de manhã. 

– Isso é uma longa história, mas, resumidamente, nos encontramos ontem no shopping e ele me ajudou lá com minha irmã e eu fiquei feliz em ver um rosto um pouco conhecido. Eu vim de outro estado e não conheço, literalmente, ninguém que não seja ele e os amigos dele. Entendeu? 

– Acho que sim – ela resolveu dar o braço a torcer. – Não leve pro pessoal, mas é que nós temos um caso meio antigo e eu ainda tenho ciúmes dele. 

– Bem, então se resolva com ele e não saia se prestando a esse papel por ai com estranhos – Astrid pegou seus papeis. – Até amanhã. 

Sem esperar resposta alguma, Astrid foi para o lado de fora e entrou no carro com a mãe, contando sobre seu primeiro dia de aula mais do que agitado. 

– Meus novos amigos me chamaram pra ir até a casa deles – a mãe dela abriu a boca, mas Astrid a interrompeu. – E eu já peguei o telefone deles pra você conversar com os pais deles. 

– Espertinha você – Thalia murmurou e disse que iria ver o que faria, mas Astrid já esperava uma resposta positiva. Depois do almoço e de uma ligação bastante longa, Astrid deu alguns pulinhos de alegria ao saber que poderia visitar os novos amigos mesmo. 


Notas Finais


Mais rápida que Astrid pra fazer amizades? Desconheço.
Espero que tenham gostado, amores.
Beijinhos.
- A


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