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História Like a Rolling Stone - Amigos...


Escrita por: likeashey

Notas do Autor


Olá, dessa vez não demorei, achei que não conseguiria postar antes do Enem, mas aí está!
divirtam-se!

Capítulo 10 - Amigos...


Enquanto Ben fazia a retirada de sangue na sala de doação, os irmãos John e Mary Elizabeth aguardavam na sala de espera.
— Quase não dá pra acreditar no que está acontecendo, John... Depois de tudo que a Susana fez para o Ben...
— Sim, é mesmo uma grande ironia do destino. Ela o maltratou tanto e agora será ele que irá salvar a sua vida.
—Você não acha que foi uma grande coincidência? Sabe, eu fico  assustada quando esse tipo de coisa acontece... é como se estivéssemos recebendo um aviso claro de que há alguma força poderosa acima de nós, uma força que nos rege e que definitivamente sabe o que está fazendo.
— Eu concordo...
—Ben a ama de verdade, não é?
— Sim, ele a ama tanto que se dispôs a salvá-la, Susana tem sorte por tê-lo em sua vida.
—Sempre disse isso a ela em relação ao Bem, ela tem muita sorte de ter um rapaz tão bom praticamente aos seus pés, mas ela nunca deu ouvidos nem a mim nem a Anna.
— Acho que dessa vez ela muda de ideia.
—Eu espero que sim.
Nesse momento Ben voltou da sala de doações, ele segurava um curativo em seu braço esquerdo e tinha no rosto uma expressão completamente diferente. Seus olhos estavam iluminados.
— Ben, como você está? — perguntou John.
— Melhor do que nunca!
— Deu tudo certo?
—Sim, eles estão fazendo as últimas análises no meu sangue para encaminhá-lo a Susana.  — sorriu ele.
— Você está feliz, não está?
— Muito, eu sei que meu sangue vai salvá-la, tenho plena confiança nisso... Algo me diz que... Algo me diz que esse é o motivo para eu estar aqui.
— Muito obrigada, Ben... obrigada por ter se disposto a salvar minha amiga, mesmo ela tendo sido tão rude com você... — disse Mary Elizabeth com os olhos cheios de gratidão.
—Sabe, Lizz, eu teria sido muito mesquinho se me recusasse a salvar uma vida por causa de uma mágoa... A vida dela é muito mais importante do que isso, o que ela fez já esqueci.
Os dois irmãos se olharam, agora com expressões mais calma. Pela a mente dos dois irmãos passou exatamente a mesma coisa: Susana é uma garota de muita sorte.

Com Susana fora de perigo, os três jovens estavam totalmente aliviados, principalmente Ben, ele passou os últimos três dias no hospital, queria ter absoluta certeza que Susana ficaria bem, ele queria tanto abraça-la e dizer que estaria sempre ali e que tudo ficaria bem, mas quando Susana acordar ele não quer a importunar, apesar de não ter mágoas dela, ele sabia que não era uma companhia agradável para ela, mas por enquanto ele estava lá, ao seu lado velando seu sono. Tinha sido os piores dias da vida dele, só em pensar na possibilidade que ele tinha de perde-la para sempre o causava uma enorme dor, ele nunca a deixaria ir embora.
Ben acariciou seus cabelos, depositou um suave beijo em sua testa, sussurrou um “eu te amo” e saiu do quarto e foi embora, John e Mary Elizabeth haviam o convencido de passar aquela noite em casa, mas algo o dizia para não fazer isso.

Paul Starkey estava confiante de que teria obtido sucesso, a notícia do que acontecera com Susana chegou rapidamente em seus ouvidos, Ela tem que morrer. Se dirigiu até seu macabro altar para falar com Tash.
—Ó Grande Tash!
— Rabadash, deveria parabeniza-lo, foi um plano muito bom, finalmente mostrou que tem um mínimo de inteligência...
— Ela já está em seu País, senhor?
— Não me interrompa, seu idiota. Com tudo você fez novamente jus a seu nobre título. Caspian X é o protetor dela, por isso está aqui...
—Mas Senhor, o que ele poderia fazer?
—Calado! Ele doou seu sangue para salvar aquela vadia.
—Então ela não morreu...
—Ainda não, seu imbecil, mas ainda há chances...
Depois do diálogo com Tash, ele se lembrou de tudo que fez por Susana, colocou a vida de muitos homens em risco na guerra que ele provocou para consegui-la, ele havia se humilhado a ela totalmente, ela sempre o pagou com a ingratidão.
Á noite, se dirigiu ao hospital onde Susana estava internada, roubou trajes de um médico para disfarce  e foi a procura do quarto onde a Pevensie estava internada, ele precisava fazer algo, ela tinha que morrer. Se deparou com a imagem de Susana na cama do hospital, sua pele estava mais pálida que o habitual, seus lábios rosados não tinham cor alguma, em seus pulsos haviam curativos escondendo os profundos cortes, Paul não poderia ter visão mais satisfatória. Pegou um travesseiro e o pressionou contra o rosto de Susana, impedindo sua respiração, estava quase lá, porém havia passos no corredor, os passos iam ficando cada vez mais próximo, então ele teve que desistir, fugiu dali, se esquivando habilmente da enfermeira que ia cuidar de Susana, mais uma vez ele foi derrotado.

Susana abriu os olhos de supetão, sentia uma enorme falta de ar sem explicações. “Então é isso, estou mesmo viva” pensou. Aos poucos as imagens foram se tornando nítidas, ela conseguiu distinguir as paredes, o teto, sem dúvidas era um quarto de hospital, logo ela percebeu que havia alguém ali, era uma jovem enfermeira.
— Olá querida! —Sorriu a enfermeira.
—Olá... — Susana respondeu com a voz fraca.
—Como a senhorita está se sentindo?
—Bem... eu acho. Há quanto tempo estou aqui?
—Há 4 dias.
— O que? 4 dias?— Susana perguntou espantada.
—Não fique assustada, é normal. Nunca passei por essa situação mas deve ser muito estranho acordar depois de dias...
Quatro dias...? Pra mim pareceu apenas algumas horas... Bom, porque o estranhamento? O tempo em Nárnia sempre correu de modo diferente, provavelmente no País de Aslam também.”— pensou.
—Bem, se me der licença, vou avisar ao doutor que você já acordou, até mais!

Ben chegou ao hospital logo pela manhã, ao chegar à sala de espera Mary Elizabeth também estava lá.
— Bom dia, Lizz.
—Bom dia, Ben.
—Onde está o seu irmão?
—Está resolvendo algumas coisas, talvez venha a tarde.
Nesse instante os dois perceberam a chegada do médico.
—Senhorita Wotton e Senhor Wittaker, bom dia.
—Bom dia doutor, como está Susana? —Mary Elizabeth perguntou.
—As notícias são ótimas! ela já está acordada, como eu disse antes; a transfusão foi um sucesso! Talvez ela só precise de mais um dia internada para recuperar as forças.
Mary Elizabeth abriu um enorme sorriso, os olhos de Ben estavam brilhantes.
—Algum de vocês quer vê-la? Ela já pode receber visitas.
Ben estava imensamente feliz, a ponto de explodir de tanta alegria, mas ao mesmo tempo ficou absolutamente nervoso com a possibilidade de vê-la, era o que ele mais queria, porém a sua insegurança em relação a ela voltou como um furacão.

—Você quer ir Ben?— perguntou Mary Elizabeth percebendo o nervosismo do rapaz.
—Não, Lizz, é uma má ideia, não quero importunar... ela precisa se recuperar.
—Ben, você não existe!— Disse Mary Elizabeth sorrindo incredulamente para Ben, ele acabara de salvar a vida dela e agora está com medo de importunar... —Bom, eu vou então, mas fique aqui, logo trarei notícias.

Mary Elizabeth foi até o quarto de Susana, bateu levemente a porta em seguida a abriu.
—Lizz! — Susana falou o mais animado que sua fraqueza permitia.
—Su, como você está? —Mary Elizabeth a abraçou.
—Eu estou bem, apenas fraca, mas o médico falou que era normal...
—Susana Pevensie, eu lhe proíbo de dar outro susto desses na gente, está me ouvindo?— falou em um tom de reprovação suavizado pelo o sorriso que começava a formar em seus lábios e as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos. —Estou imensamente feliz!
—Me desculpe Lizz... Eu fui uma tola e inconsequente, só pensei em mim mesma...— Então Susana olhou para os curativos nos pulsos; — Quem me trouxe? Quem me encontrou?
—Fui eu, Su. Eu havia ido te chamar para fazer algumas compras e a encontrei.
—Oh, Lizz... lamento por ter feito você passar por algo tão ruim.
—Já passou, Su... o importante é que consegui te trazer a tempo e também conseguimos um doador a tempo também.
—Foi fácil encontrar um doador? Meu sangue é raro...
—Foi mais fácil do que você imagina, o doador estava bem debaixo do nosso nariz!
—Quem?
—O Ben...
—O Ben? Ele dou sangue pra mim?
—Sim.
—Mesmo depois de tê-lo tratado tão mal, de tê-lo desprezado tanto?
—Sim, Su. O que posso te dizer é que ele não hesitou em momento algum, quando o médico disse qual era o seu tipo sanguíneo e ele percebeu que era o dele imediatamente ele se prontificou a doação.
Susana ficou sem palavras.
—Ele salvou a sua vida, Su.
—Eu... eu não consigo acreditar.
—Eu disse que ele era uma ótima pessoa, Su, ele não merecia ser tratado da forma como o você o tratou.
—Meu Deus, eu sou horrível... E onde ele está? Ele voltou ao hospital desde a doação?
—Está brincando? Ele só saiu daqui para tomar banho, trocar de roupa ou buscar algo em sua casa, só ontem convencemos ele a ir dormir em casa, pois sabíamos que você estava fora de perigo, mas ele já chegou e está na sala de espera.
—Então ele está aqui agora?
—Sim... Você quer vê-lo?
—Mas é claro que sim!—Susana sorria ternamente, ela tinha o tratado tão mal e ainda assim ele salvou sua vida.
— Vou chamá-lo.— sorriu Mary Elizabeth saindo em seguida.
Segundos depois, houve batidas suaves na porta e Ben surgiu hesitante, olhou temeroso para Susana que imediatamente notou sua insegurança.
—Ben, pode entrar...— disse Susana com uma voz suave, ela havia percebido toda a hesitação de Ben, ele estava com medo de que ela o magoasse novamente... A culpa era toda dela, ela o tratou tão mal todo esse tempo, mesmo depois dele ter a salvado tantas vezes, e agora ele salvou mais uma, ele não se recusou a dar seu sangue por ela.
— Como você está? —Ben perguntou fechando a porta, mas ainda se mantendo distante.
—Estou bem... Agora estou bem, graças a você.
A felicidade não cabia dentro de Ben, vê-la viva e ainda sendo cordial com ele...Parecia um sonho.
—Ben, chegue mais perto... não tenha medo de mim,  eu não mordo, sabe?— disse ela sorrindo.
Ben sorriu de volta e se aproximou da cama de Susana.
—Sente-se aqui... — falou apontando para a beirada de sua cama.
Ben sentou-se e Susana imediatamente segurou a sua mão, fazendo o coração do rapaz disparar.
—Obrigada Ben, obrigada por salvar a minha vida, eu nunca vou conseguir agradecer suficientemente tudo o que você fez por mim.
—Não precisa me agradecer... Eu nunca poderia ter negado o meu sangue, nunca poderia ter me negado a salvar uma vida. “Principalmente a sua, meu amor” — disse Bem sem verbalizar a ultima frase.
A omissão da frase deu outro sentido a situação;
“Então é isso...Ele teria feito por qualquer pessoa, claro. Ele sabe o quanto o sangue dele é raro. E se ele tinha algum sentimento por mim, provavelmente não tem mais, quem continuaria interessado em uma suicida covarde como eu? Ele deve estar decepcionado comigo... Mas, não era isso o que eu queria? Acho que eu consegui então. Nunca mais irei o maltratar novamente, ele definitivamente não merece. Mary  Elizabeth e Anna tinham razão, ela era uma garota de sorte por ter despertado o interesse de alguém como o Ben e ainda que agora certamente ele não tenha mais nenhum sentimento por ela, ao menos sua amizade ela gostaria de conquistar Afinal, ele era o seu salvador. —Pensou Susana.
 — Podemos ser amigos? —Ela perguntou da forma mais sincera, mantendo a mão de Ben firmemente entre as dela.
O rosto de Bem se iluminou em um largo sorriso, que fez com que o coração de Susana batesse mais forte. Caspian...Era o mesmo sorriso de Caspian, mas agora a semelhança entre os dois não a fazia mais sofrer, Graças a Lúcia ela entendeu que ele nunca havia feito absolutamente nada de errado e que sempre a amou.
— Claro que sim! — respondeu unindo sua outra mão as dela.
Bem mal conseguia acreditar no que estava acontecendo, ele nunca salvaria a sua vida esperando recompensa, mas aquilo era um presente mais que bem-vindo, talvez ele nunca conseguisse conquistar o coração de Susana, mas a sua amizade ele lutaria todos os dias para mantê-la firme.
—Amigos... —disse ele, selando a amizade que acabara de nascer.
—Amigos...—respondeu ela, sorrindo ternamente para Ben.
Então, de repente as palavras de Lúcia voltaram a mente de Susana: “ Eu diria até que ele cruzaria mundos e daria seu sangue por você...”
Dar o sangue por mim... ele realmente deu o sangue dele por mim, Lúcia sabia...”

Susana entendeu finalmente o que sua irmão quis dizer com aquilo, mas ela se ateve tanto ao último trecho que sua mente falhou em dar atenção a primeira parte da frase, talvez ainda não seja o momento para Susana descobrir o que “ Cruzar mundos” significa.













 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Boa sorte pra quem vai fazer o Enem!
Até a próxima, beijos <3
ps: comentem. aheueah


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