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História Like a Rolling Stone - O Justo


Escrita por: likeashey

Notas do Autor


Olá gente! sei que mereço uma surra por novamente ter passado tanto tempo sem atualizar essa fic.
Mas aconteceram muitas coisas ruins na minha vida pessoal que me impediram de escrever ou fazer qualquer coisa, mas enfim estou começando a me levantar agora.
Notaram que eu mudei a capa da fanfic? Gostaram? Enfim eu sei que a antiga era muito boa, até melhor que essa, mas achei melhor trocar porque essa passa mais a ideia da época em que a fic se passa, pra quem não sabe se passa em 1949 virando para a década de 50!
Enfim, espero que gostem do capítulo e não me abandonem, eu prometi que nunca ia abandonar essa fic, posso demorar, mas sempre volto! Divirtam-se e até lá em baixo ;)

Capítulo 15 - O Justo


  

Os dias estavam passando devagar para Ben, embora ele amasse o mar e navios ele tinha que admitir que a viagem para América era longa e cansativa.
Nas últimas duas semanas sua maior distração era ler os livros que Susana gentilmente havia separado para ele trazer consigo na viagem, porém  sempre no meio da leitura seus pensamentos fugiam e iam parar em Susana, ele imaginava como seria se Susana estivesse ali com ele... Ele ansiava tanto para chegar em terra firme e tentar uma ligação para o alojamento de Susana, ele queria urgentemente ouvir sua doce voz
                                                                    {....}
 

Já havia se passado quase duas semanas desde que Ben havia partido para a América, não havia um só instante que Susana não pensasse em Ben, a todo momento ela ansiava por uma carta ou uma ligação, mas seu lado racional sempre tratava de lhe mostrar que a viagem para a América era demasiado longe e Ben provavelmente ainda não estava em terra firme.
—SUSANA! — Mary Elizabeth e Anna a despertaram de seus pensamentos.
—Por Deus, o que houve?
—O que houve Susana Pevensie? O que houve é que estamos falando com você há horas e você está aí, no mundo da lua. — disse Mary Elizabeth.
—Mundo da lua ou ela está com a mente onde Benjamin Whittaker está? — Anna provocou.
—Querem parar com isso? Eu não estava pensando no Ben, estava pensando em assuntos da faculdade, só isso!—mentiu.
—Ah, Susana! A quem você quer enganar? Desde que o Ben partiu você está assim... triste, pensativa...—Anna falou.
— Isso é coisa da cabeça de vocês.
—Vai negar que sente a falta dele?
—Não vou negar que sinto a falta dele, ele é um ótimo amigo e faz falta sim, mas não é por ele que estou pensativa... — mentiu.
—Então por que é?—Anna perguntou.
Susana não esperava que Anna fosse perguntar, era óbvio que ela estava pensando em Ben, mas ela não queria falar aquilo para elas por que temia que isso fosse chegar aos ouvidos de Ben e dar-lhe falsas esperanças, então ela decidiu falar de um assunto que estava a deixando bastante intrigada.
—Lembram que eu contei sobre o Paul Starkey pedir uma chance para ser meu amigo?
— Chance que você não deveria ter dado. — disse Mary Elizabeth e Anna concordou.
—Pois bem, No último final de semana ele foi até meu alojamento e me chamou para sair, inventei mil desculpas para não ir, mas no fim depois de tanta insistência eu acabei cedendo...
—Quer dizer que você deixou de me fazer uma visita para sair com aquele embuste? —Anna falou em um tom de pura reprovação.
—Mil desculpas. Mas enfim, continuando: Achei que seria a pior noite da minha vida e surpreendentemente não foi! Ele se mostrou uma pessoa totalmente diferente do que eu achava que ele era. Ele é totalmente engraçado e gentil, acabei me divertindo ao lado dele.}
—Susana, você só pode está ficando maluca! Ele é Paul Starkey! —Disse Mary Elizabeth atônica.
—Continuando; Ele me chamou para ir ao museu na quarta feira e como o último ”encontro” foi bem sucedido eu aceitei e mais uma vez ele foi engraçado, gentil e me diverti ao lado dele.
—Susana, eu vou repetir: Você só pode está ficando maluca! Ele é Paul Starkey!
—Eu também achei que estivesse maluca, mas é exatamente isso, Paul Starkey sabe ser uma boa pessoa quando quer.
—Susana, como sua amiga eu tenho a obrigação de te aconselhar. PARE com essa amizade enquanto você pode, nós sabemos muito bem que ele sempre foi obcecado por você, muito provavelmente ele está fingindo ser um cara legal para que você se aproxime dele e ele possa te fazer alguma coisa, você sabe que ele já tentou te fazer algumas coisas... — Disse Anna.
—Eu sei exatamente de todas essas coisas, mas acredito que pessoas podem mudar, eu mudei... porque ele não poderia mudar? Além disso, ele parecia muito verdadeiro em tudo.
—Porque não existe mudança tão repentina Susana, você não deve confiar em pessoas que te querem o mal. E você sabe exatamente a reputação que esse Paul tem com as mulheres.
—Su, você sabe que eu sempre tive um “sexto sentido” com essas coisas não é? E quando eu olho para o Paul me dar uma sensação horrível, os olhos dele transmitem uma coisa muito ruim, é como se ele fosse capaz de fazer um mal muito grande. Por favor, se afasta dele.— Mary Elizabeth falou.
—Além disso, ouvi boatos na faculdade que ele simplesmente odeia o Ben, sabe-se lá o que ele pode fazer... — Completou Anna.
—Vocês falando dessa maneira até parece que ele é um psicopata!
—Sinceramente, eu não duvido que ele seja. —Mary Elizabeth  suspirou.
—Susana, você é estudante de psicologia! Sabe muito bem que o comportamento do Satrkey é completamente obsessivo, como sua amiga eu aconselho; se afaste dele enquanto há tempo! — disse Anna.
—Sim, eu sei disso, mas talvez ele tenha mudado, talvez até tenha feito uma psicoterapia, nunca se sabe!
—Susana, nenhuma psicoterapia é capaz de mudar uma pessoa tão rápido, você sabe...
—Su, por favor nos prometa que nunca mais irá sair com esse cara de novo, por favor. —pediu Mary Elizabeth segurando nas mãos de Susana.
—Eu adoraria, mas infelizmente combinamos de sair hoje novamente...
—Susana, você não pode fazer isso! Você perdeu a cabeça completamente.
—Gente, ele não é o monstro que vocês estão dizendo...
—Claro, ele é ainda pior, eu vejo isso nele.
—Você apenas implica com ele, Lizz.
—Susana, eu adoro você, mas você é muito ingênua. — disse Anna.
                                                             {...}

Susana voltou para seu alojamento, ainda faltava algumas horas para o encontro com Paul. “ Ainda dá tempo de desistir” —ela pensou. Mas logo deixou essa ideia de lado, Susana sempre acreditou que as pessoas poderiam mudar, sair com Paul seria uma grande oportunidade de mostrar isso para Anna e Mary Elizabeth. Ela deitou em sua cama e pôs a pensar em Ben e em como sua viagem estava indo, ela sabia que ele estava aproveitando, afinal ele ama o mar e embarcações...  Logo uma grande sonolência tomou conta de Susana.

 “Quando abriu os olhos Susana demorou para se acostumar com a claridade, quando seus olhos se adequaram a luminosidade ela pode perceber que estava em uma espécie de jardim onde a grama era mais verde, as flores mais vivas e o céu mais azul. Imediatamente ela reconheceu aquele local; era o País de Aslam onde ela havia conversado com Lúcia quando teve sua experiência de quase morte.
—Acordou dorminhoca?
 Ao ouvir aquela voz o coração de Susana descompassou. Ela imediatamente virou-se e mal pode acreditar em quem estava vendo.
—Edmundo? Edmundo!— ela gritou e jogou-se nos braços do irmão que a girou no ar.
—Su! Não faz ideia o quanto eu senti a sua falta... — Edmundo sorriu.
—Eu sinto tanto a sua falta Ed, eu estou tão feliz em te ver! Como você está? Como estão os outros? E papai e mamãe?
—Eu também estou feliz em te ver minha irmã. Estamos todos muito bem.
—Estamos no País de Aslam?
—Estamos.
—Porque? Não vá me dizer que eu...
—Não, Su. Você e o Ben ainda têem muito o que viver na terra. Você está aqui porque
precisamos conversar um pouco.
—Ben e eu?

—Não é sobre isso que vamos falar, Su. Aslam me deu permissão de te mostrar algumas coisas para você recuperar algumas lembranças de Nárnia.
—Aslam? Então quer dizer que...
—Ele só quer ajudar, Su...
—Mas eu não mereço.
—Eu também não merecia quando traí vocês há muito tempo, mas ele é bom e me deu uma segunda chance.
—Se eu ao menos tivesse uma chance d
e mudar as coisas...
—Não se pode mudar o passado, mas você pode começar agora e criar um novo futuro. Palavras dele. Está pronta para lembrar?
—Sim.

—Segure a minha mão, o que você irá ver são lembranças da Idade de Ouro de Nárnia.
Susana segurou a mão de seu irmão e fechou os olhos, quando tornou a abri-los já não estavam no mesmo lugar de antes, o verde intenso da grama deu lugar a um piso gelado, a intensa e bela paisagem do País de Aslam tinha dado lugar a uma espécie de cela.
—Edmundo aonde estamos? — a sua voz deixava transparecer seu medo.

—Em uma cela em Tashbaan.— Edmundo respondeu com naturalidade.
—Tashbaan?
—O Castelo do Tisroc, Rei da Calormânia.
—Calormânia... Isso me dá arrepios!

—ME TIRE DAQUI SEU INFELIZ! EU EXIJO SAIR DAQUI AGORA MESMO!
 Susana se sobressaltou ao ouvir a própria voz que era um misto de medo e transtorno, ao olhar para a esquerda se surpreendeu mais ainda com o que via, ela era própria na Idade de Ouro Narniana, suas vestes eram verdadeiros farrapos, ela estava suja e assustada.
—Edmundo o que é isso?!
—Suas lembranças.

—Pode gritar o quanto quiser, Rainhazinha, daqui só sairá casada comigo. — Um homem moreno e alto que vestia uma túnica se dirigiu para ela.
—Nunca me casarei com você, Rabadash.
—Teremos um futuro brilhante pela frente Susana! Ao me casar com você serei o novo Tisroc e com a força do meu exercito não só tomarei a Arquelândia para mim como também Nárn
ia estará em meus domínios.
—Você nunca irá...

—Calada!— Ele a esbofeteou. — No seu País não a ensinaram que quando um homem fala a mulher permanece submissa e calada?
—Eu sou uma Rainha, governo e lidero tropas se for preciso e nunca me ensinaram os costumes do seu povo bárbaro e ligeiramente menos evoluído que o meu.
—Cale-se mulher! —Ele a esbofeteou novamente. — Como minha esposa deverás aprender os costumes de meu País, esquecer dos costumes da sua terra infame e principalmente daquele leão ridículo.

 —Respeite Aslam! Ele é o filho do imperador de Além mar, o único o qual deve-se amar, ter lealdade e os que o desafiam devem temer.
—Já vi que vou ter um imenso trabalho para lhe domar.
—Eu não sou nenhum tipo de animal que se deixa de alguma forma ser domado.
—Sua sorte meu amor, é que sou um homem bastante paciente, amanhã nos casaremos e depois colocarei meu plano em prática. Se você permanecer quietinha e calada talvez eu poupe a vida de seus irmãos e os transforme em meros escravos. — Dito isso o homem a beijou contra sua vontade, ela se debatia e esperneava até que ele a soltou e saiu da cela trancando-a novamente, ela se jogou no chão e chorava.

Susana estava atônita com a cena que se passara em sua frente, ela poderia sentir toda raiva e medo que sentira anteriormente.
—Quem é esse infeliz Edmundo?
—Rabadash, Príncipe da Calormânia, acho que não preciso explicar qual seria os planos dele.
Antes que ela pudesse responder o irmão, Rabadash surgira de novo.

—Para provar-lhe que serei um bom marido, não a deixarei passar a noite nessa cela imunda, mandei preparar seus aposentos.
E dessa  vez ela conseguiu  vê-lo claramente, o Príncipe Rabadash era simplesmente idêntico a Paul Starkey.
—E-Edmundo! E-Esse homem eu já o conhecia...
Susana havia ficado em estado de choque, estava em pânico...

—Nã-ão pode ser, Edmundo!!
Logo a cena se desfez e eles estavam de volta ao País de Aslam.
—Acalme-se Su!
—Edmundo, isso foi demais para mim!  Eu sinto medo, ódio daquele homem e ele é simplesmente uma cópia de Paul Starkey, eu não consigo entender!

—Tudo ao seu momento, Su!
—Eu quero respostas agora, Edmundo. Qual seria a finalidade disso tudo se não fosse para obter respostas?
—A finalidade disso é bem clara, Su; Mostrar a você que em alguns casos a maldade é irreversível e que ás vezes um inimigo pode ser mais antigo do que se imagina.
—Algo do que ele disse se concretizou? Ele conseguiu casar comigo a força?

—Não, Graças a Aslam Não. Consegui te resgatar de Tashbaan, fugimos no Espelendor Hialino.  De fato ele provocou uma guerra contra a Arquelândia e Nárnia, mas o máximo que conseguiu foi o nobre título de “ Rabadash, o Ridículo”.
—Como posso ter esquecido de tanta coisa?

—Você não se esqueceu de verdade, está tudo em seu coração, no tempo certo todo o quebra cabeça se encaixará.
—Obrigada, Ed...
—Eu te amo, Su! Eu e toda nossa família, Aslam e os Narnianos.
—Também te amo, e amo todos também.
— Está na hora de despertar, lembre-se: O inimigo pode ser mais antigo do que
se imagina e que o Ben foi capaz de cruzar mundos e dar seu sangue por você.”

Susana acordou de supetão, ela estava suada e seu coração batia freneticamente, ela não se lembrava de tudo que havia sonhado, mas lembrava muito bem de que Rabadash era simplesmente igual a Paul Starkey, como Ben era igual a Caspian... Isso a fez pensar que o universo estava pregando uma peça enorme nela, mas não quis se estender muito  nessa vertente de pensamento.
Ela também lembrava se lembrava do que Edmundo havia dito: O inimigo pode ser mais antigo do que se imagina, mas o que realmente a deixou intrigada foi o que ele falou em seguida: “ O Ben foi capaz de cruzar mundos e dar seu sangue por você”
Era exatamente o que Lúcia havia falado na sua experiência de quase morte, ela havia entendido o que dar os engue significava, pois de fato Ben deu seu sangue por ela, mas cruzar mundos ela não fazia a menor ideia do que significava. Talvez ainda não seja o momento para Susana descobrir o que “ Cruzar mundos” significava.
 


Notas Finais


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