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História Like Adam and Eve (Incesto) - Você não vai livrar de mim tão fácil


Escrita por: imlouisex

Capítulo 3 - Você não vai livrar de mim tão fácil


É incrível como a memória funciona, não é mesmo? Lembramos de coisas insignificantes, esquecemos de coisas importantes. Recordamos de marcos que nos mudaram profundamente, algo que talvez só seja importante para nós mesmos. Quando cheguei com Owen em casa, lembrei de uma vez em que eu caí em nossa antiga casa - me estabaquei no quintal e ralei o joelho. Eu estava com o meu urso de pelúcia, o Sr. Urso - muito criativo, eu sei - e eu estava mais desesperada pelo fato de sujar o Sr. Urso de sangue do que com o meu próprio machucado. Meu pai veio correndo me ajudar, e Owen veio atrás. Meu pai cuidou do meu machucado e meu irmão levou o meu bicho de pelúcia para dentro de casa, onde ele estaria a salvo. Owen não me perguntou se eu estava bem, mas o simples fato de se preocupar com o meu urso me deixou feliz. 

 

Meu irmão tinha evaporado durante a festa. Tinha umas cem pessoas naquela casa - e eu nem sabia que cabia tanta gente. Era quase impossível de se deslocar para lugar algum. Quando chegamos as bebidas e a comida já estavam lá. Um dos amigos dele, Adam, conseguiu que entregassem trinta garrafas de vodka, cinquenta packs de cerveja e umas quarenta pizzas antes mesmo de nós sairmos do Walmart. Adam era alto, moreno e de olhos verdes. Ele era muito, muito bonito. Ele me ajudou a descarregar o carro enquanto Owen adentrava a porta para cumprimentar os convidados. 

- Então você é a famosa Kate - comentou Adam pegando um fardo de cerveja do porta-malas. 

- Em carne e osso.

- É por isso que o Owen nunca apresentou você pra gente.

- Por quê? - indaguei.

- Você é muita areia pro nosso caminhãozinho - riu ele.

Corei e peguei a última garrafa de Absolut que tinha no carro. Nos esprememos por entre as pessoas até chegarmos no cozinha. Céus! A casa estava uma completa bagunça, e tecnicamente a festa havia começado há uns vinte e cinco minutos. Meu pai vai me matar…

Adam abriu uma cerveja e entregou pra mim:

- Acho que você precisa dar uma relaxada, Kate.

- É só que… meu pai vai ficar louco - peguei a cerveja e dei um gole.

- Não era esse o objetivo?

***

Passei grande parte da noite encolhida numa ponta do sofá - no único lugar que ninguém estava se agarrando - e observando gente estranha me olhar e apontar “essa é a irmão do Owen”. Fiquei encarando a minha garrafa vazia de cerveja. Nossa, primeira e única da noite. Não era como se a festa estivesse ruim, é que eu não conhecia ninguém com exceção de Owen e Adam. 

Meu irmão não fez questão de me apresentar a ninguém. Ele pegou a mão de uma garota com uns peitos bastante grandes e subiu as escadas com ela, me deixando sozinha na festa. 

Não tardou para três caras puxarem a mesa de centro, jogar tudo que estava em cima no chão e sentarem na minha frente. Assim que o loiro abriu a boca, o bafo de bebida me fez tossir.

- Eu sou o Alex - disse ele com a fala bastante arrastada - e esses são Todd e Thomas. 

Alex apontou para os gêmeos que estavam um de cada lado. Eles eram também loiros, e todos os três eram bonitos, mas algo me dizia que eles não eram o tipo de gente que eu queria para fazer companhia. 

- Você é a irmãzinha do Owen? - perguntou o gêmeo que estava no lado esquerdo, Thomas. 

- Pode-se dizer assim - respondi secamente. 

- Uau, se eu soubesse que você era tão gostosa assim eu tinha ido pessoalmente te buscar - disse Alex.

- Uma suruba no avião ia ser legal - falou Todd, quase desmaiando de tão bêbado que estava. 

- Vocês são nojentos - declarei.

- Desculpa o meu irmão, ele já tá meio podre da bebida.

- Não diga…

Os três riram do meu comentário, e Alex se levantou e se esmagou no sofá ao meu lado. Me ajeitei e me afastei o máximo que pude. O garoto sorriu pra mim e passou a mão na minha coxa. Olhei incrédula, e afastei a mão dele dali. “Ele está bêbado”, pensei. Mas Alex não desistiu, ele colocou a mão entre as minhas pernas. Levantei-me indignada:

- Você tá louco, cara? Tira a mão de mim! - gritei.

- Calma, docinho - disse Alex.

- A gente não vai te machucar - falou Todd. 

Dei um soco na cara do Alex e tentei sair dali, mas Thomas agarrou o meu pulso. Desesperada, tentei me desvencilhar já com lágrimas nos olhos. A sala estava cheia, mas as pessoas pareciam muito bêbadas para ligar. Os dois que estavam ao meu lado no sofá já estavam desmaiados. Todd, que havia caído da mesa de centro, agarrou o meu tornozelo e me fez cair. Bati com a cabeça na estante e desabei no chão. Quando virei pra trás, um garoto surgiu furioso e começou a perguntar aos berros o que estava acontecendo.

Adam estava furioso. Disparou um soco no rosto de Alex que o fez cair. Thomas me soltou para ajudá-lo, mas Adam o socou também - assim como Todd. A essa altura todos estavam parados olhando a cena. Adam socou Alex mais algumas vezes, até um garoto magricela afastá-lo dali. Outros dois caras surgiram e começaram a empurrar os babacas pra fora dali. Os três saíram cambaleantes da casa, esbarrando em tudo pela frente. Quando o garoto conseguiu afastar o moreno, meu amigo veio correndo falar comigo:

- Kate, você está bem? O que eles fizeram com você?

Olhei para os três que estavam caídos. Outros três caras, fortes e musculosos, carregavam os imbecis para fora da casa. Adam se ajoelhou ao me lado e segurou o meu rosto para avaliar o que tinha acontecido.

- Está tudo bem, minha cabeça só está latejando um pouco.

- Tem um corte aqui, mas é superficial. Você sabe onde sua mãe guarda o kit de primeiros socorros?

- Nem faço ideia se ela tem um. 

Adam me encarou e abriu um sorrido de “eu sinto muito”. Ele ajeitou a mecha de cabelo que grudou no sangue do corte acariciou o meu rosto. Olhei para os seus olhos verdes e me perdi em pensamentos por um instante. Confesso que se não tivesse umas trinta pessoas olhando eu ficaria bastante tentado a beijá-lo.

Alguém desceu as escadas feito um furacão. Owen, ainda abotoando a calça, desceu furiosamente e veio em minha direção, me tirando do transe. Logo atrás dele veio a garota que estava com ele. Meu irmão parou em frente ao Adam com uma expressão de raiva:

- O que aconteceu? - perguntou olhando para a mão do amigo.

Adam tirou a mão do meu rosto e se afastou um pouco.

- Adivinha - falou ele, apontando para a bagunça que eles fizeram na sala.

- Alex - rosnou Owen.

O amigo acenou com a cabeça, e meu irmão levantou:

- Eu vou matar aqueles três!

- Calma, eles já saíram daqui - falei.

Tentei levantar rapidamente, mas me senti tonta. Adam me ajudou a sentar no sofá, enquanto Owen berrava para a multidão:

- Acabou a festa! Todo mundo pra fora! AGORA!

Como se tivessem recebido uma ameaça de bomba, as pessoas saíram rapidamente da casa. Os únicos que ficaram foram Adam, os três que tiraram Alex, Todd e Thomas da casa, e a garota que meu irmão estava transando. Não sei se ele estava furioso pelo que tinha acontecido ou pelo que o acontecido custou à ele. 

Owen foi até a garota e a mandou ir embora. Depois, se sentou ao me lado no sofá e perguntou:

- Kate, o que exatamente aconteceu?

- Owen, o kit de primeiros socorros - interrompeu Adam.

- Ah, claro. Na terceira gaveta da cozinha.

Adam foi até a cozinha e os outros três foram esperar no corredor.

- Kate, me fala - pediu ele segurando o meu queijo para ver o corte. Era cerca de cinco centímetros na testa do lado esquerdo. Ainda estava latejando, mas era - como dissera Adam - superficial.

- Os três puxaram a mesa e começaram a falar comigo. E então o Alex passou a mão na minha coxa e…

- Espera, ele o que? - Owen engoliu em seco. Ele ficou ainda mais vermelho de raiva.

Quando Adam chegou com o kit, meu irmão pediu para que ele descobrisse quem tinha convidado os três, porque certamente ele não tinha o feito. Depois, dispensou os quatro amigos e disse que cuidaria bem de mim. Eles foram embora e Owen molhou a gaze com soro fisiológico para limpar o corte. 

- Ai!

- Desculpa - pediu ele. 

- Tudo bem.

- E-Ele… Alex te tocou? - indagou Owen, terminando com a gaze. Ele pegou um curativo e colocou gentilmente enquanto ele esperava uma resposta.

Fiz um pequeno resumo dos fatos e meu irmão pareceu enjoado.

- Eu sinto muito, muito mesmo, Kate. Eu nunca devia ter te deixado aqui sozinha, não quando você está tão…

- Tão o quê? - perguntei, esperando uma resposta como “indefesa”, “à espreita” ou “oferecida”.

- Tão linda. 

Congelei. Uau, por essa eu não esperava. Estava realmente surpreendida por meu irmão ter algum lado dele que exale compaixão e doçura. Não consegui conter um sorriso, e pelo visto nem ele. Corei um pouco, e apertei a mão dele.

- Tá tudo bem, o meu soco foi dos bons - Owen riu.

- Você vai ver o que é soco dos bons quando eu moer esses moleques.

- Owen, por favor, não faça nada que você se arrependa depois.

Owen tentou me abraçar colocando minha cabeça em seu ombro, mas não o deixei a fim de não manchar a camisa com o meu machucado.

- Ei, tá tudo bem, mocinha. Eu não sou o Sr. Urso, eu posso me sujar de sangue.

Parei o meu raciocínio por um instante. Ele se lembrava. Ele lembrava que me ajudava - mesmo que indiretamente. Era uma memória tão insignificante, mas ele também lembrava. 

- Você lembra! - eu ri.

- Claro que eu lembro. Eu passava horas pensando se eu devia queimar aquele urso ou molhar inteiro no ketchup.

Dei um tapa de leve em seu ombro, arrancando risadas de nós dois. E então, Owen me abraçou. Foi um abraço sincero, do tipo que não demos em muitos anos. Mas o abraço dele era tão bom. Não parecia um abraço fraterno, de família. Parecia ter um carinho a mais. Foi… foi muito bom. 

***

Minha cabeça estava latejando antes mesmo de eu me levantar da cama. A dor não era tão grande, mas incomodava. Nem ao menos me lembro de ter chegado no meu antigo quarto ontem. Levantei-me devagar e não tardei a observar o ambiente. Tudo estava a mesma coisa, assim como eu havia deixado há quase dois anos. Os mesmos livros, os mesmos enfeites, os meus lençóis. Cama de casal, escrivaninha, televisão e banheiro: apenas tinham deixado-os limpos; no mais, ninguém mexeu em nada. 

O cheiro do perfume de ambiente doce e floral que Sarah usava estava impregnado por todo o cômodo. Não que não fosse agradável, mas parecia contrastar com o aroma de madeira que Martha espalhava pela casa. 

Eu ainda usava o vestido de ontem, por isso tratei de vasculhar o guarda-roupa para ver se eu tinha deixado algo lá. Abri aquela porta com a esperança de ver ao menos um vestido velho, mas estava vazio. Ótimo. 

Olhei com mais atenção e vi que Owen havia deixado uma camiseta velha e um par de calças de moletom. Fiquei surpresa com o fato de ele pensar que eu precisaria dessas peças ao acordar. 

Vesti-as e desci as escadas para tomar café. Enquanto descia os degraus eu pensava em uma boa desculpa para o corte que deixou toda a área do supercílio roxa. Meu rosto não estava tão ruim de acordo com a rápida averiguada de dei no espelho.

Quando cheguei na cozinha notei que ninguém estava a postos daquela mesa enorme. Na verdade, ela estava vazia. Isso parecia ecoar em toda a casa; não tinha ninguém, aparentemente. 

Peguei a cafeteira e tratei de fazer meu próprio café durante o tempo em que esperava as minhas torradas ficarem prontas. Ouvi o barulho de chaves na porta e não tardou para meu irmão adentrar a cozinha. 

- Ah, você acordou - disse ele seco. 

- Sim, e obrigada pelas roupas - respondi acenando para as minhas calças. 

- Imaginei que você precisaria delas. 

Owen nem ao menos olhou na minha cara. Ele colocou um prato na mesa, pegou as minhas torradas e passou uma generosa camada de Nutella. Como da água para o vinho, meu irmão passou de um idiota completo para um cara tolerável e voltou a ser um babaca. 

Bufei e peguei outras duas fatias de pão e as coloquei na torradeira. 

- Richard pediu para você ligar pra ele assim que acordasse - anunciou mesmo com a boca cheia de comida.

- Você disse algo para ele sobre a noite passada? 

- Não. Nem ele e nem mamãe voltaram para casa ontem, não tinha porquê falar. 

Abandonei as torradas na torradeira e me dirigi para sala a fim de usar o telefone. Disquei o número do meu pai mas ninguém atendeu. Estranho, meu pai estava sempre pendurado ao celular. 

Voltei para a cozinha e Owen havia preenchido as torradas com Nutella e as colocado em um prato ao seu lado da mesa. 

- O mínimo que você tinha que fazer - falei ao pegar o prato e ir para a sala comer no sofá. 

Assim que me sentei o telefone tocou. Owen foi mais rápido e atendeu. Seu sorriso tipicamente sarcástico foi dando lugar a um semblante sério, rígido. 

- Kate, é pra você. 

Pulei do sofá e fui correndo atender. Como eu temia, era meu pai.

- Filha? Você está bem?

- Oi, pai. Tá tudo bem, você me deixou preocupada.

- Eu sinto muito filha, mas no momento estou no aeroporto desembarcando em Zurique. Peguei um voo de madrugada.

- Quê? Como assim? O que aconteceu?

Em cinco segundo pude imaginar todo o tipo de coisa ruim que poderia ter acontecido para fazer meu pai abandonar essas sagradas férias em família e voltar para a Suíça. De sequestro à incêndio na empresa, tudo de mau me ocorreu naquele momento.

- Nada grave, filha. Fique tranquila. Martha andou pelo hospital depois de um mal súbito, mas ela já está bem. 

- Tem certeza, pai? Quer que eu vá para ajudá-la ou algo assim?

- Não precisa, querida. Já está tudo resolvido, mas temo que eu tenha de desligar agora para passar na imigração. Sinto muito que eu tenha te abandonado aí, mas logo vou voltar. Me dê três dias! - desculpou-se com sinceridade.

- Que isso, não tem problema, pai. Te amo - desliguei. 

Para ser sincera, tinha sim problema. Não queria ficar com Sarah e Owen ao passo que Martha tinha sabe-se lá que problema de saúde. Eu queria voltar para a Suíça naquele mesmo momento, mas me reaproximar de minha mãe e meu irmão era tão importante para o meu pai que eu fiquei culpada por querer comprar as passagens naquele mesmo momento. 

- Você se importa mais com ela do que com a sua mãe - disparou Owen do fundo da sala. 

- Ela é mais mãe do que a minha própria - rebati.

- Você vai ficar aqui ou no hotel pra poder, sei lá, afogar o ganso?

Pensei duas vezes antes de responder. Minha boca quase discorreu que eu ficaria no hotel, pois ao menos lá tinha puteiro. Mas pensei duas vezes e a melhor coisa que eu poderia fazer era ficar naquela casa e perturbar o meu irmão até meu pai retornar. 

- Sabe, que irmã eu seria se deixasse vocês sozinhos durante as nossas maravilhosas férias em família?

Você não vai se livrar de mim tão fácil, maninho.

***

Owen saiu logo depois do almoço e eu fiquei alguns minutos refletindo e olhando para a televisão apagada. Férias é sinônimo de diversão, não é mesmo? 

Fui ao mercado comprar pipoca, doce e cerveja. Voltei para casa e comecei outra maratona de série no Netflix. Fiquei cerca de quatro horas em um constante estado de tensão assistindo Blindspot, até que meu irmão retornou.

Seu semblante era calmo e relaxado. Ele se jogou no sofá, pegou um pacote de bala e pôs-se a assistir comigo. Não disse nada, apenas ficou lá - imóvel, compenetrado ao que eu estava vendo. Fiquei a todo momento com o celular ao meu lado para caso meu pai ligasse. Desde que chegou a Zurique só avisou que já havia pousado e que estava tudo bem com Martha. 

- Você ficou o dia inteiro vendo série aqui no sofá? - perguntou ele, finalmente quebrando o silêncio.

- Talvez sim, talvez não - respondi dando de ombros. 

- Fez alguma coisa que eu não deveria saber? 

Owen perguntou em um tom de brincadeira, mas dado a rigidez de seu corpo eu diria que era um pouco diferente disso. Eu não tinha motivos para mentir, mas de algum jeito me pareceu divertido brincar com ele. Na realidade, eu não conseguia entender o que se passava entre nós dois. Em um momento, nos odiávamos; noutro, ele parecia o irmão de anos atrás que realmente se importava comigo. De um jeito ou de outro, ele havia mudado. Ele não era o mesmo menino, e nem eu era a mesma garotinha com quem ele se preocupava. Owen tentava a todo momento construir uma muro entre nós, como se eu fosse alguém com quem ele era bom demais para se relacionar. Muitas vezes ele me olhava como se eu fosse suja, uma pecadora. Talvez ele associasse a sua visão deturpada e machista em relação ao meu jeito de viver a vida ao fato de que ele não me controlava mais - ou me protegia, dependendo do ponto de vista dele -, como antigamente. Hoje, eu fico com quem eu quero e transo com quem eu quero, e não há nada que ele possa fazer ou dizer que vai mudar isso em mim. 

- Não é nem que você “não deva saber”, mas sim que eu não te devo explicação de nada que eu faço - respondi seca. 

- Tudo bem - rebateu grosseiramente.

Ele jogou o saco de balas na mesa de centro da sala e saiu batendo os pés. Pegou uma de minhas cervejas na geladeira e subiu as escadas. 

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele já havia evaporado. Não satisfeita, fui ao segundo andar rumo ao seu quarto. Eu gostava da adrenalina de desafiá-lo, fazê-lo se irritar. E parecia que ele se irritada com tudo que eu fazia ou dizia, e ali estava a minha chance. 

Abri a porta de seu quarto bruscamente. Owen estava deitado na cama dedilhando o violão. Ele estava sem camisa, seus músculos rígidos tentavam me roubar a atenção.

- Porra, vê se bate na porta, cacete! - vociferou.

Por mais que eu estivesse errada, apenas adentrei ao quarto e fiquei parada frente à cama:

- Preciso do número do Adam. 

- Pra quê? - indagou. Ele parou de tocar e me olhou desconfiado.

- Agora que eu vi que estou devendo dinheiro da festa - menti.

Não se por que menti. Foi automático, quase que involuntário. A mentira saiu como se fosse verdade - fácil, sem causar nervoso ou embaraço.

- Deixa na minha mesa que eu entrego pra ele.

- Eu vou falar com ele, dá a droga do celular dele. 

Ele me olhou contrariado e relutante, mas por mais que ele não quisesse que eu conversasse com Adam eu iria fazê-lo - e meu irmão sabia disso. Owen bufou e ditou o número para mim. 

Saí do quarto dele com um sorriso nos lábios: iríamos fazer muito mais que falar…


Notas Finais


Próximo capítulo é mais hot hahaha


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