História Like I Would - Droga!

Desço as escadas correndo, Bex atrás de mim desesperada. Atravesso a rua tão rápido que não vejo quando o carro se aproxima demais e me joga na calçada.

º Bex On º

4 dias depois

Estou me arrumando pra festa que Dylan vai dar. Estou animada! Finalmente eu e Hey (é assim que chamo ela agora) vamos nos assumir na frente dos nossos colegas. Termino de me vestir e pego meu celular para ligar pra ela. Mas quando estou prestes à ligar, alguém bate na porta. Deve ser a Carlson ou ela mesma.

- olá, Rebecca. – é a Bella. Merda!

- o que você quer? – digo rispidamente.

- não vai me convidar para entrar? – ela faz uma cara de sonsa.

Dou um espaço e ela entra.

- Por que me ligou, Becca?

- não me chame assim! – aponto meu dedo na cara dela.

- primeiramente, tira esse dedo da minha cara. – ela empurra meu dedo. – segundo, querida, temos coisas em comum, somos tão íntimas! – ela bate os cílios. Ai que vontade de esganar essa garota aqui mesmo! – você me ligou, Bex.

- liguei. Liguei mesmo. Por que você entrou na casa da Hey?

- hey? Que porra de nome é esse? Apelido, seja lá o que for. Eu queria ver ela, ué.

Sinto o sangue subir. Eu quero matar a Bella!

- se enxerga garota, diga a verdade. Você não precisava entrar no quarto dela

- eu queria pensar bem como iria acabar com aquela vagabunda de perto!

- não chama ela assim!

- você tá apaixonada demais, Rebecca.

- não interessa, o que interessa é que eu não quero saber de você entrando no quarto dela de novo, entendeu? – então a porta se abre e Hey aparece, chocada quando vê Bella.

- ah, olha ela aí! – Bella sorri. Hey sai correndo e eu vou atrás dela, deixando Bella na minha kitnet. Foda-se. Cuido dela depois.

- HAILEY! – corro o mais rápido que posso, desço as escadas quase caindo. Mas não consigo evitar quando ela é atropelada por um Cadillac Escalada, de grande porte.

Hey é jogada na calçada, e quando corro ainda mais até ela, vejo que há sangue na sua cabeça. Meu coração dispara. Não, não, não. Ela tá viva, ela tá viva...

Aproximo-me e logo vejo sua pulsação. Ela tá respirando! Ufa! A motorista do carro, uma mulher bem arrumada, loira, se aproxima.

- oh meu deus, está tudo bem? – ela se abaixa.

- é sério que você tá perguntando isso? Você acabou de atropelar uma pessoa e pergunta se está tudo bem? – digo com os olhos marejados.

- vamos levar ela para o hospital mais próximo! – ela diz e pega os braços de Hey, enquanto pego as pernas. Colocamos no carro e saímos.

Chegamos no Hospital Saint Paul, e eu corro com ela nos braços, enquanto a Sra. Maddy ( é o nome da mulher) dá as informações sobre o que aconteceu.

Após 3 horas, a médica sai da sala onde Hailey está.

- e aí doutora? – ela é uma mulher linda, ruiva e de olhos verdes. Seu nome é Bianca.

- ela está bem. Só sofreu um corte na cabeça. Não se preocupe querida. Você é próxima dela?

- sou namorada.

Ela fica vermelha.

- e os pais? Já avisou?

- sim, eles estão vindo pra cá.

Carlson chega correndo, desesperada, no seu salto 15.

- eu vim o mais rápido que pude! – ela se aproxima. – o que aconteceu?

- vou deixar vocês conversarem. A senhorita Hailey poderá receber visitas daqui 2 horas.

- obrigada, doutora. – sorrio.

- por favor, me chame de Bia. – ela sorri e sai.

- eu e Hey tivemos uma pequena discussão, ela atravessou a rua sem olhar e... – meus olhos lacrimejam.

- oh meu bem, calma. – ela me abraça. – conheço a sra. Maddy e ela disse que vai arcar com tudo que precisar.

Balanço a cabeça.

- por que vocês discutiram?

- briga de namorada. Sabe como é. – dou de ombros. Ela me fita como se duvidasse. Desvio o olhar.

- entendo. Os pais dela. – então vejo a Sra. Cloe e o Sr. Jamie vindo. Eles correm até nós.

- cadê ela? – Cloe pergunta.

- ela está bem, só sofreu um corte. – digo depois que ela me abraça.

- e você, está bem?  - Jamie pergunta.

- sim, não sofri nada. Só interiormente, achando que era algo grave. – sorrio envergonhada. Carlson me abraça.

- ela tá bem gente, vai poder receber visitas daqui a pouco.

- ai que bom. – Cloe diz e se afasta, Jamie indo junto. Encosto na parede.

- preciso ir, mas a noite eu volto. Juro! – ela me abraça. – cuide dela, por favor.

Apenas balanço a cabeça concordando. Quando ela sai, desabo e me sento no chão, do lado da porta. Merda! Meus olhos começam a derramar lágrimas, e eu não me importo. Eu deveria ter contado a verdade... Eu sei que ela está bem, mas e depois? Ela nunca vai me perdoar! Nunca! Choro livremente, liberando tudo, raiva, dor, ansiedade. Ainda faltam 1 hora e meia pra eu poder ver ela, então resolvo ir até em casa. Saio correndo e chego em casa em 10 minutos. Tomo um banho rápido, procuro algo fora do lugar, qualquer bilhete da puta da Bella, mas não há nada. Ainda bem. Me arrumo e volto pro hospital. Faltam 20 minutos até eu poder vê-la.

° Hailey On °

Abro os olhos lentamente, uma dor irritante no lado direito da minha cabeça. Me sento na cama, com um pouco de dor nas costas. Ligo a TV e coloco num canal qualquer. Não há nada interessante na TV, pelo amor de Deus. A porta abre de repente. Ah não. Quem eu menos quero ver agora.

- sai daqui. – digo virando o rosto.

- Hailey, eu... – bex tenta falar, mas eu não deixo.

- se for pra inventar mentiras, não fale nada. Por favor.

- eu só quero conversar. – ela diz se aproximando lentamente.

- conversar sobre o quê? Sobre você estar conversando com a Bella sobre ela ter entrado no meu quarto? Sobre ela ter dito como queria acabar comigo e você não ter falado nada? Chega Rebecca! Chega de mentiras! Vai embora daqui, eu não quero mais ver você. – viro o rosto numa tentativa de esconder minhas lágrimas de tristeza e raiva.

- eu amo você. – ela sussurra antes de sair. Pego uma das almofadas e abafo meu grito nela. Logo minha mãe entra, e tenta me consolar, mesmo sem saber o motivo de tanto desespero. Ainda naquela noite, tenho um pesadelo com Bex. Ela e Bella planejando uma morte lenta e maldosa para mim.