História Like I Would - A culpada não é ela

Olho chocada para Bex, que parece tranquila.

- Deve haver algum engano, eu… - os outros dois policiais puxam ela e colocam as algemas. - Bex! – tento falar, mas ela impede.

- Fui eu. – ela olha pra baixo.

- Vocês continuam essa conversinha de namorada depois. Vamos levá-la para a delegacia. Vai vir ou não garota? – ele me olha sério. Como um homem tão bonito pode ser tão insensível e ranzinzo? Mas diante das circunstâncias…

- É claro, eu vou… pegar a minha bolsa. – olho para Bex, que nem se quer olha pra mim. Mas que merda foi essa de “fui eu”? Vou para o meu quarto e pego minha bolsa, mais um pouco de dinheiro, caso precise. Deixo um bilhete para o meu pai e saio. No carro, com outros dois policiais (não me deixaram ir no mesmo carro que ela), ligo para o meu pai.

- Pai?

- Oi… só um momento… - ele deve estar em uma reunião. – o que foi, querida? Eu lhe disse que estaria em uma reunião.

- Pai, a bex foi presa.

- O quê? Por quê?

- dizem que é pelo assassinato do Dylan e da Bella. Ainda não tô acreditando que foi ela… eu… preciso que o senhor arrume um advogado! E rápido!

- Tudo bem, eu vou mandar o Sawyer.

- Obrigada pai. Te amo. Bj.

- Também te amo, bj.

- Essas crianças riquinhas. – o policial louro diz pro outro.

- Acham que resolvem tudo facilmente só pq tem dinheiro hahahaha

- Eu queria ver como vocês iriam reagir se a filha de vocês estivesse sendo presa. – solto.

- Olha o respeito mocinha. – o moreno vira para trás. – posso te prender por desacato. E nós não temos filhas. E com certeza, se tivéssemos elas não seriam lésbicas que namoram lésbicas psicopatas. – eles riem. - na verdade elas nem seriam lésbicas! - eles riem ainda mais. Olho indignada. Não foi a bex… sei que não.

- A imagem do seu pai vai ficar um pouco suja com a situação de agora, srta. Cody.

- Parem o carro. – digo.

- Está dando ordens à dois policiais armados? – o loiro diminui a velocidade e o moreno me olha.

- Eu estou pedindo para que parem o carro. Que eu saiba foi um pedido, não uma ordem.

- Estou começando a ficar sem paciência. Pare, Polanski.

- Você que sabe. – ele para. Eu desço no mesmo instante.

- Vai pra algum lugar específico? – Polanski pergunta e me dá uma piscadela.

- Com certeza não te interessa. – saio andando.

Ligo pro meu pai mas dessa vez é sua secretária Loren que atende. Invento uma desculpa qualquer e vou para a delegacia. Bex já está numa cela e eu não tenho permissão para ver ela.

- Temos duas testemunhas chave! Uma estava por perto quando essa tal de Rebecca saiu da cena do crime, no caso do O’Brien. E outra estava no carro ao lado do carro da Bella, quando o mesmo foi “alterado”.

- Então veremos se essa garota é realmente a culpada. – a policial sai. Meu coração está apertado. Estou ansiosa. Acabo com minhas unhas grandes em minutos, pois anseio por informações e ninguém me diz nada!

- Eu posso ir junto na hora do reconhecimento? – pergunto à delegada nova.

- Você é uma testemunha?

- Mais ou menos…

- O que acha, Ryder?

- Por mim tudo bem. Parece que ela é namorada da garota. – ele faz uma cara de “bah”.

- Algum problema? – a delegada pergunta. – você sabe que sou casada com uma mulher, não sabe? – ela cruza os braços. Estou com vontade de aplaudir!

- Com certeza, delegada Payne. – ele diz e abaixa a cabeça. Mulheres no poder!

- Venha. – ela me chama. Vou rapidamente. Ficamos de frente pra uma sala onde há 5 pessoas sentadas, entre elas, Bex. As duas mulheres se aproximam, uma latina e outra branquela.

- Vocês já devem saber que eles não nos vêem. Para eles, esse vidro é apenas um espelho. Então, sua resposta não será exposta e sua identidade muito menos. – as duas mulheres concordam. – Sra. Mendez, você reconhece algum desses suspeitos? Se lembra de ter visto algum deles na cena do crime de Dylan O’Brien?

Meu coração acelera. Diz que não… pelo amor de deus…

- Aquela garota ali! – ela tenta ver melhor.
- Qual? – a delegada pergunta.

- A de número 4! – ela agora aponta. É a bex!

- Tem certeza?

- Sim! Mas espere um momento! – ela olha melhor. – aquela não foi a primeira a sair! Eu vi essa garota depois, primeiro saiu uma garota de capuz e cabelos azuis, com uma arma na mão que logo escondeu na cintura! – porra, no escuro a senhora enxerga bem ein? – Então, passando um tempo, apareceu aquela garota de número 4! Ela saiu desesperada, mas não foi ela. A outra garota não me viu, por sorte! – ela quase chora. – aquela ali não é a culpada.

- Infelizmente não cabe a você e nem a mim decidir isso, pois encontramos um colar dela na cena do crime. Mas obrigada. – a delegada afaga o ombro da pequena mulher e sorri. – Sra. Jeanne, o que a senhora tem a dizer?

- Não é nenhum desses daí. Eu me lembro muito bem da garota, e ela tinha cabelos curtos e azuis.

Cabelo curtos e azuis… Ashley?

Saio disparada, até a porta da delegacia e respiro. É a Ashley… volto para dentro. Preciso falar com a delegada.

- Srta. Payne, será que eu poderia lhe dar uma informação? – ela se vira para mim.

- Toda informação tem um uso. Pode sim, venha até a minha sala.

- Okay. – sigo ela.

- Sente-se por favor. – me sento. – o que gostaria de dizer, srta. Cody?

- Bom, eu tenho quase certeza de que minha namorada não é a culpada. E as duas testemunhas disseram sobre uma garota de cabelos azuis. Certo?

- Sim, e…? – ela cruza as mãos.

- A ex namorada da minha namorada, da bex no caso, se chama Ashley, e ela tem cabelos curtos e azuis. Hoje eu vi ela, nós conversamos pois ela queria sair com a Bex e tal. E ela disse que iria sair da cidade ou coisa assim.

- Hum… - ela pensa. – e por que você resolveu me contar isso agora?

- Porque…

- Delegada… - entra uma policial. – tem uma garota ali fora dizendo que é a culpada pelos assassinatos de Dylan O’Brien e Bella Thorne.

- Isso está ficando interessante. – nós duas levantamos e saímos. Quando vou ver quem é, tiro minha conclusão: é  ela.