História Like the first time - Black to the normal world

SELENA GOMEZ POV

Aqui estou, novamente indo para casa, uma casa que eu diria não ser minha. Faz uma hora e meia que sai da clínica, não uma clínica normal, mas uma para pessoas anormais. Lembro muito bem quando estava dentro desse carro indo para la, minha mãe ao meu lado chorando, meu pai dirigindo feito louco pela cidade dizendo que tudo iria ficar bem. A um ano atrás tentei suicídio, cortei meus pulsos, por "sorte", meu pai chegou a tempo de impedir tão coisa. As imagens de tudo que aconteceu a um ano voava sobre meus pensamentos, tudo que eu tinha aprendido na clínica não mudaram muito meu modo de pensar, tive que fingir estar bem para poder sair de lá. 

-Seu quarto ficou lindo, nessa época tudo fica iluminado com a luz do sol. - Minha mãe acabou me tirando dos meus pesamentos com tal comentário. Apenas sorri fraco para ela, não queria falar no momento, na verdade, só queria chegar em meu quarto. 

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Quando entrei em meu quarto foi como reviver tudo, as imagens, vozes e tudo veio em minha mente como um soco. Estava no centro do meu quarto olhando tudo, estava tudo igual como havia deixado, ah não ser por as imagens estranhas que tinham em minha parede, meus pais obviamente teriam as tirados de lá. Meus pais não são ruins, na verdade eles sempre fizeram de tudo para que eu pudesse ser feliz, eu não botaria a culpa neles por eu ser assim. Levantei da minha cama indo ao meu guarda roupa, peguei uma short e um moletom grande dos quais eu gostava. Depois de tomar um banho, resolvi deitar em minha cama, finalmente minha cama, as camas da clínica eram duras e desconfortáveis. acabei pegando no sono depois de alguns minutos. 

Acordei com o sol bem no meu rosto, achava isso ate legal, meu quarto antigo era completamente fechado e mal entrava ar. Percebi que tinha dormido de mais, já eram 06;00, oque me deixava um pouco com raiva. Antes de volta para cá, meus pais me fizeram prometer que voltaria a escola, me comportaria e seria uma garota normal, obviamente eu prometi, já estava a um ano naquele lugar, queria poder ir para casa. Olhei em minha volta e minha mãe tinha deixado meu uniforme pendurado no cabide, peguei e fui para o banheiro tomar um banho. 

Depois de me arrumar, desci as escadas da minha casa, estava desconfortável com aquela roupa, tive que usar um dos meus casacos, ainda existia marcas dos meus cortes e não queria que ninguém me olhasse diferente. Minha mãe estava na sala pronta para sair, esse era o defeito dos meus pais, trabalhavam muito. 

- Querida o Carlos irá levar você para a escola é busca, espero que goste da escola e tenha um bom dia. - Ela beijou meu rosto e cutucou Carlos nosso motorista, eu sei oque significava aquilo, era tipo "fique de olho nela". Sorri e comecei tomar meu café. 

No caminho da escola lembrei porque odiava tal lugar, era cheio de pessoas idiotas e fúteis sem nenhum conteúdo a se aproveita. Carlos me deixou em frente a escola e saiu, me deixando ali no meio dos tubarões. Entrei na escola e me senti como um animal em um zoológico, todos me olhavam e falavam uns com os outros. Todos naquela escola sabiam oque eu tinha feito, sabiam tudo oque tinha ocorrido comigo é isso me fez querer sair correndo de lá. Continuei andando até minha sala e sentei no fundo perto da janela, queria fica um pouco longe daquelas pessoas que me viam como se eu fosse louca. 

A aula havia começado, professora de filosofia falava sobre felicidade e de como era importantes na nossa vida, eu não conseguia presta atenção no que ela falava, estava desenhando em meu caderno, quando alguém bate na porta e agradeço mentalmente pois só assim pra fazer a professor se calar um pouco. 

- Desculpa professora, o treinador não me deixou sair cedo. - Falava o menino com cabelos loiros, estava vestindo uma blusa grande e uma calça rasgada nos joelhos. 

-Mas  um atraso seu Bieber e sera suspenso. - A professora apontou para a cadeira em minha frente para que ele se sentasse ali, o menino me olhou e sorrio abaixando sua cabeça e andando ate o lugar selecionado. 

Assim que ele se sentou pude sentir o cheiro do seu perfume, era encantador, sorri mesmo sem querer e balancei minha cabeça voltando a desenhar em meu caderno, mas dessa vez, estava desenhando os olhos do menino a minha frente..