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História Like This - The guy


Escrita por: DREWSOMERZ

Capítulo 2 - The guy


   Acordei na terça-feira sem vontade nenhuma de sair da cama cujo colchão eu podia ouvir gritando pra que eu ficasse.
   Minha universidade era um pouco longe de casa, e com dezoito anos já é de se esperar que uma adolescente normal saiba dirigir. Meu pai quase não parava em casa por conta do trabalho e bom, eu não conhecia minha mãe. Fui adotada e, segundo a diretora do orfanato, fui deixada lá ainda bebê por uma mulher aparentemente nova demais para ser mãe.
   Nunca me interessei por esse assunto, afinal, se ela não me quis, porque eu a procuraria? Meu pai, adotivo mas pai, sempre cuidou de mim exercendo papel dos dois. Viemos morar nos Estado Unidos quando eu tinha 15 anos, mas nunca deixei meu laço com o Brasil se quebrar.
   Como forma de agradecimento e retribuição à tudo que Lorenzo fez para me criar, sempre fiz tudo para agradá-lo, tanto que entrei pra faculdade de química por que ele me incentivou. Não é que eu não gostasse de química, mas não era a matéria que eu me dava melhor.
   Sempre gostei de todo tipo de arte. De pintura à música eu conhecia um pouco de cada. Quando mais nova fiz teatro por dois anos e aulas de canto meio semestre ano passado, as quais tive que interromper porque precisei focar nos estudos para conseguir uma bolsa na Universidade de Los Angeles.
   Desci as escadas do apartamento em que morava encontrando apenas o silêncio que pairava por todos os ambientes. Fui até a cozinha e encontrei um bilhete de Enzo avisando que me levaria pra almoçar depois da aula.
   Peguei uma maçã e fui até a garagem. Minha desanimação era nítida, mas não queria decepcionar alguém que sempre cuidou de mim.
Liguei o carro e segui até o bairro de Alessia. Ela me pedira no dia anterior para que desse à ela uma carona.
Alguns quarteirões depois parei em frente à um edifício amarelo e branco. Lessi se sentou no banco carona e dei partida. Depois de deixá-la em minha antiga escola me dirigi à faculdade.
   No pouco tempo que estive por aqueles corredores, eu não tinha feito amigos ou coisa do tipo. Não era o meu propósito naquele lugar. Alessia era o suficiente para toda minha vida. Eu gostava dela. Nos conhecemos numa festa relacionada ao trabalho do meu pai. Ela estava trabalhando como ajudante na coisa, porque segunda ela a mãe havia cortado sua mesada mas ela precisava comprar um celular novo. Quando nos encontramos pela primeira vez, ela derrubou sorvete em mim, e desde então não paramos de nos falar. Desde então que eu digo, dois anos mais ou menos. Ela era um ano mais nova que eu. Com 17 anos era a garota mais bonita que eu já havia visto, e digamos que eu sou extremamento  observadora.
   Ao fim das extensas aulas daquela manhã, passei apressada pelos corredores do campus e me dirigi à  saída. Antes que pudesse ir para o lado de fora, pude ver um aviso destacado de vermelho e azul entre tantos outros em um dos murais da escola. Era um convite para um show acústico de amadores. Pensei em ir mas era na noite daquele dia. Por precaução, peguei o papel do mural e coloquei em minha bolsa.
   Esperei por Enzo na porta da faculdade por 5 minutos e assim que vi seu jeep renegade se aproximar dei alguns passos e esperei até que o mesmo parasse para que eu pudesse entrar. Depois de cumprimentá-lo fomos à uma espécie de barzinho gourmet misturado com restaurante, bem fofo por sinal.
   Caminhamos até uma mesa vazia e discreta no canto do local, de onde era possível ter uma boa visão do mini palco, agora vazio. Fizemos nossos pedidos e enquanto esperávamos, contei para meu pai sobre a experiência universitária à qual eu estava exposta. Nada muito interessante. Apenas horários, matérias e cronograma de projetos.
   Durante o almoço meu pai sugeriu que fôssemos ao cinema, pois ele viajaria de madrugada. Notícia a qual ele me deu de última hora e que quase me fez cuspir o suco de laranja. Depois de satisfeita, peguei meu celular para checar os filmes em cartaz enquanto Enzo ia ao banheiro. Nesse tempo encontrei um ou dois filmes que pareciam apropriados para pai e filha. Ainda com os olhos atentos na tela de meu iPhone, pude perceber alguém subindo no palco próximo a mim e se ajeitando para apresentar algo. Continuei meu "processo cinemístico" e printei a tela do smartphone com as informações de horário e local. Bloqueei a tela do celular e pus meus olhos em um cara iniciando alguma música no violão que estava em seu colo. Prestei atenção até identificá-la. Estranhei por um momento e franzi o cenho olhando para o moreno, aparentemente alto, à minha frente. Como ele conhecia aquela música? Ele era brasileiro? Vi que ele olhava pra mim também, mas com a sobrancelha arqueada, provavelmente não entendendo por que uma louca olháva-o daquele modo. O garoto que não sabia o nome voltou sua atenção para o instrumento e eu apreciei por um momento apenas a melodia de uma das minhas músicas preferidas de Chico Buarque: construção.
Quando dei por mim meu pai estava de volta, pegando seu paletó dando sinal para o garçon e logo pagando a conta.
Dei uma curta olhada para trás e fui seguindo meu pai até o estacionamento.


Notas Finais


Adicionei umas coisas nesse capítulo pra que ele não fique tão curto. Não esqueçam de comentar o que estão achando. ❤


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