História Like we used to be - Naruto - Revelações - Part 2

Três anos atrás

Já fazem dois meses que eu e Hinata nos beijamos, e desde então me sinto esquisito....

Comecei a reparar na forma em que ela tirava o cabelo do rosto e colocava atrás da orelha. Eu ficava minutos fitando a boca dela e pensava em como eu fui sortudo por ter a beijado.

Mas aquilo era muito estranho, ela era minha melhor amiga! E eu gostava de Sakura não é? Ela foi única garota legal comigo que não me achava um zero à esquerda, única garota além de Hinata é claro. Ela sempre foi legal comigo, mais do que legal ela sempre foi presente, gentil, carinhosa.

Acho que estou nutrindo uma quedinha pela Hinata.

As coisas começaram a ficar mais esquisitas quando Hinata ficou amiga de Kiba, um calouro da escola. Como se não bastasse aquele estranho do Toneri para atrapalhar minha vida. Eu não sentia ciúmes de amigo, era um ciúmes diferente, para falar verdade eu não conseguia explicar.

Tentei me afastar de Hinata por precaução. Ela tirava minha concentração na maioria das vezes, e o pior é ano. eu não sabia nomear ao certo o que eu sentia por ela.

Eu sei que fui um grande imbecil, mas nutrir um afeto romântico por alguém que eu via como minha irmã era algo estranho.

Ficamos uns dois meses sem se falar foi um grande sacrifício pra mim, mas eu precisava me afastar. Foi uma grande surpresa pra mim ela aparecer na porta do meu quarto com vários livros e cadernos para estudarmos. Eu e Hinata sempre estudávamos juntos desde da segunda série, pois eu sempre tive muita dificuldade de aprender por ter nascido com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, mais conhecido como TDAH. Fiquei perdido quando paramos de no falar e Hinata era única que sabia e me entedia, e eu era tão orgulhoso e envergonhando, que não tive coragem de pedir para nenhum dos meus amigos. Nem Sasuke, Sai. Nenhum. Fizemos as pazes e ela me ajudou em todas as matérias foram longas noites de estudo, muitas vezes sem dormir, mas que valeram a pena pois passei de ano

No nosso ultimo de aula marcamos de todos nós irmos em uma balada para comemorar nossa entrada da faculdade. Todos conseguiram entrar como bolsistas, e para minha surpresa eu também. Hinata iria cursar turismo, Ino moda, Sai design, Sasuke engenharia, Kiba veterinária, Tenten educação física e eu iria cursar química. Infelizmente Sakura iria passar dois anos em Londres fazendo um intercâmbio, mas ela estava lá na balada com a gente. Eu fiquei triste por ter que ir, mas não tão triste. Na verdade eu não me sentia mais apaixonado por ela, mas eu gostava de pensar que sim. Admitir para mim mesmo que gostei, até demais de beijar minha melhor amiga, era algo que ainda eu não estava pronto.

Gostar da Hinata, não era uma opção eu não poderia gostar dela. Pois eu não acredito que exista um cara nesse planeta que realmente a mereça. Ela é simplesmente a melhor pessoa que já conheci. Eu desejo o melhor para ela e eu não sou o melhor.

Hinata e Toneri não estavam namorando, mas estavam tendo alguma coisa, foi decisão mútua acabar a relação. Toneri iria se mudar com o pai para Austrália onde ele iria abrir uma empresa com filiais junto com um diplomata amigo da família. Hina não estava triste, mas estava meio descontrolada.

A balada era legal, bem confortável e tinha músicas agradáveis. Mesmo pra mim que eu curtia só músicas de mais de 20 anos.

E naquele dia eu descobri que quando Hinata ficava bêbada ela costumava ficar muito sincera.

— Ei Sakura! - ela gritou com um copo na mão quando a música parou de tocar — O Naruto te ama! — eu tinha que agradecer o destino aquela salvação outra música começou a tocar e Sakura apenas apontou para o ouvido e negou com a cabeça, deixando claro que por meio daquele gesto, que não estava ouvindo nada. Hinata fez menção de sair do lugar para conversar com Sakura, mas eu a impedi.

— Acho que você já chegou no seu limite — Eu gostava da Hinata bêbada ela não era tão travada e tão tímida perto das pessoas, mas ela meio que estava incomodando as pessoas.

— Sai porque você era tão bosta de chato no ensino médio? — ela disse para Sai no seu primeiro drink de vodca.

— Sakura o seu cabelo é muito lindo, mas sabe eu nunca tive coragem de te perguntar… Não! Na verdade, eu sei! Eles não são naturais! É impossível alguém nascer com o cabelo naturalmente rosa — ela deu risada sozinha, enquanto eu e mais alguns dava risada e outros estavam estupefatos a olhando — Me diga… Qual numero de tinta você usa? — ela disse para Sakura no seu segundo drink, mas dessa vez de whisky.

— Sempre achei que você fosse gay e que você iria se descobrir na faculdade — ela disse para Sasuke quando ele cantou uma menina no bar. Sai e Kiba engasgaram quase cuspindo suas bebidas. Seu terceiro drink.

— Neji! A Tenten sempre te achou uma gracinha! — Seu quarto drink. Neji ficou completamente ruborizado, apenas assentindo para Hinata.

Tenten ficou vermelha e se afastou rapidamente com a desculpa que precisava ir ao banheiro junto com Ino. E assim aos poucos ninguém mais queria ficar perto da Hinata por medo da avalanche de verdades e constrangimentos que ela faria eles passar.

— Hinata essa é sua quarta dose acho que já chega — eu disse perto de seu ouvido por causa da música alta, tirando o copo de vodka da sua mão.

Ela fez bico.

— Deixa de ser tão careta, estamos formados! Indo para faculdade! Você não vai estragar meu momento, tentando ser certinho agora — Ela apertou minhas bochechas me fazendo olhar para ela.

— Eu fui certinha a minha vida toda. Hoje eu posso e tenho direito de extravasar. Eu passei em primeiro lugar em Turismo! — ela dizia enroladamente.

— Eu sei disso, você é brilhante. Mas acho que está na hora de irmos embora! — eu coloquei as mãos nos ombros dela.

— Mas, porque? Acabamos de chegar e está cedo ainda

— Hinata, são 3:00 horas da manhã! Ninguém te aguenta mais e sinceramente lindinha nem eu estou! — eu disse rindo pra ela.

Eu não a achava insuportável bebada. Todas as verdades que ela tinha soltado ela já tinha me dito. Ela era engraçada daquele jeito, mas ela não precisava abusar tanto.

— Mas o que eu fiz?

— Sabe, eu até conseguiria te aguentar se você não ficasse falando para cada garota que passa na nossa frente você não falasse para elas que eu olho pra bunda delas.

— Mas você olha! Quer que eu minta?

— Quero que você omite! Elas não precisam saber!

Hinata resistiu um pouco em sair, mas depois de um tempo ela acabou cedendo. Pedi um taxi e indiquei o endereço de sua casa. Ela estava extremamente sonolenta no carro eu só esperava que ela não entrasse na fase bêbada que chorava aos prantos. Não demoramos muito para nós chegarmos, entreguei dinheiro ao taxista e ajudei Hinata a sair do carro.

— Naruto eu perdi meu sapato! Droga não era meu! — ela disse quando saiu do taxi.

— Hina seu sapato está na sua mão. Você tirou para entrar no táxi lembra? — ela negou.

— Preciso lavar meu pé!

Entramos na casa dela e a guiei para o banheiro, já que ela estava muito desnorteado e cambaleando. Ela entrou banheiro e fechou a porta. Dei risada sozinho, Hinata era engraçada. Mas com certeza ela teria uma bela de uma ressaca pela manhã. Sentei na cama de seu quarto pegando uma revista em seu criado mudo para ler, quando eu ouvi o chuveiro ligar. 

Dei umas cochiladas, mas acordei. Completamente quando senti Hinata me cutucar.

— Quanto tempo eu dormi?

— Não sei. Cara estou morta! — ela disse se deitando do meu lado da cama. Ela deitou a cabeça em meu peito e eu passei meu braço pelo seu corpo. Costumávamos fazer muito isso quando éramos mais novos, mas desde da nossa briga era primeira vez que nos deitávamos assim. Ela colocou sua mão em minha barriga e depois cutucou, levantou a cabeça e me olhou.

— Você era tão franzino e magrinho… O que aconteceu com você? — eu a olhei de volta a dirigindo meu típico sorriso convencido.

— Acho que talvez você tenha dormido alguns anos.

Ela voltou a deitar em meu peito.

— Eu não lembro de você ter gominhos.

— E que passou o tempo em que tomávamos banhos juntos Hina — damos risadas juntos e ela voltou a me olhar.

— Você ficou bonitinho.

— Acho que ouvir de uma amiga que você ficou “bonitinho” é bom — Ela se levantou, sentou na cama e me olhou. Mesmo com um pijama de pinguim e sem maquiagem nenhuma, Hinata conseguia ser a garota mais bonita que eu já tinha visto. Ela inclinou a cabeça para baixo para me olhar fazendo que seu cabelo caísse pelo lado esquerdo de seu ombro escondendo um pouco seu rosto.

— Estou dizendo como uma mulher, agora.

Senti ela tocar com um de seus dedos minha boca e escorregar seu dedo pelo meu pescoço, passando entre em meu peito por cima da blusa, descendo pela barriga até chegar ao botão do meu short. Novamente meu corpo se arrepiou, excitando-me no mesmo momento.

         Hinata subiu em cima de mim, encaixando seu corpo de igual a igual ao meu e me encarando em seguida.

         Ela riu de algo e desceu seu corpo do meu, sentando-se sobre minhas pernas, suas mãos percorreram pela minha barriga por baixo da blusa, levando-me ao extremo da excitação.

         Eu apenas a olhava com a mesma intensidade de olhar, então ela novamente levou suas mãos ao meu short, que em um movimento rápido foi retirado do meu corpo, eu levantei meu corpo um pouco, mas ela me empurrou contra a cama, fazendo com que eu voltasse a deitar e sua mão pousava em meu peito, me impedindo de levantar. Mas eu tentei levantar novamente.

— Hinata isso não é certo. Você está bêbada.

— Só cala a boca, por favor — Ela sussurrou com uma voz firme e sexy. PORRA! Excitação, excitação.

        Suspirei a ouvi-la.

Hinata deslizou as pontas dos dedos pela barra do meu shorts, ela mordeu o lábio inferior, e  brincou um pouco com a barra do shorts e o abaixou lentamente, deslizando suas mãos pelas minhas coxas. O volume na boxer já era visível, ela abaixou a boxer o suficiente para que o membro aparecesse, passou a língua de leve e lentamente pela cabecinha do meu pênis, soltei  um gemido baixo em aprovação. Colocou a ponta em sua boca e sugou com a pressão e velocidade certas para me fazer enlouquecer. Hina sorriu ao perceber a minha reação e continuou, aprofundando o meu membro cada vez mais em sua boca até já colocá-lo por inteiro. Eu coloquei a mão em sua nuca guiando sua cabeça para que aumentasse a velocidade, o que foi acontecendo aos poucos. Ela deslizou meu membro pelos lábios e suspirou ao senti-lo comprido e duro, deslizando para a parte de trás de sua garganta. Ela rodou sua língua ao longo da cabeça e lambeu sulco que apertava a base de meu pau. Eu fazia carinhos em sua nuca, enquanto ela mãos acariciava minha coxa.

    Senti que logo eu não aguentaria mais e a puxei delicadamente para cima, beijando-a com um desespero desconhecido por mim mesmo. Nossas línguas se encontraram em uma dança sensual, e muito bem coreografada.

Eu a segurei pelas coxas e as apertei com força, a virando para ficar por cima dela e pressionei seu corpo no colchão da cama.Ela tirou a blusa e o sutiã.  Apalpei seus seios, uma coisa que desde que eu tinha 15 anos eu queria muito fazer. Eram seios lindos. Fartos e firmes, e grandes.

Ela ficou em cima de mim de novo fechou os olhos e simplesmente caiu em cima de mim. Fiquei sem reação e imóvel, com Hinata em cima de mim seminua e eu com o pau ereto. A tirei em cima de mim e levantei. Droga! Quase uma merda rolou aqui. Uma merda que eu gostei muito.

***

Eu tinha dormido muito pouco, eu estava meio ansioso pensando no que iria acontecer quando ela acordasse. Talvez uma coisa ruim ou uma coisa boa.

Arrumei o café da manhã na bancada e me sentei. Me servi de um café preto e comi um pão frito. Eu não poderia colocar muito expectativa no que iria acontecer.

Eu não tinha conseguido nem pregar o olho. O que aconteceu com nós hoje de madrugada, só me fez ter certeza eu estava louco por ela. Estava demais e isso era estranho.

— Nossa que dor de cabeça! — Hinata disse aparecendo na cozinha pegando um copo de água.

— Claro! Do tanto que você bebeu — Eu ri. Eu poderia ser muito feliz com Hinata.

— Ai droga! — ela gemeu se encostando na pia — O que eu fiz?

Meu sorriso morreu.

— Você não lembra de nada que aconteceu ontem?

Ela arregalou os olhos.

— Ai não, eu fiz muita merda né? Ai droga! Eu perdi a virgindade?

— O que de tão ruim você poderia ter feito?

— Não sei! O que eu fiz? — eu a ignorei

— Só respondo se você me responder primeiro! — ela pôs o copo na pia e colocou a mão no queixo pensativa.

— Eu não sei! Ter brigado com alguém, ter dormido com alguém! Mas com certeza seria pior se eu beijasse um amigo ou uma amiga! — ela arregalou os olhos.

PORQUE SERIA TÃO RUIM ME BEIJAR?

— Eu te beijei? — Ela colocou as mãos na boca.

— Não seja boba Hinata, claro que não! — eu menti — Você foi sincera com todo mundo, contou um monte de verdades. Mas porque seria tão ruim me beijar? — brinquei e sorri, mas na verdade eu estava dilacerado por dentro.

— Somos melhores amigos Naruto! Já te vi pelado e com três dentes faltando na boca — ela riu e eu ri junto para disfarçar.

— É verdade — levantei da cadeira e a entreguei um remédio para ela tomar — Agora que você ciente, eu vou embora. Ela assentiu e agradeceu.

Atravessei a rua me sentindo um lixo, melhor parte de sermos vizinhos da frente era que eu iria sofrer tanto no trajeto. Porque em nome de Deus eu pensei que teria uma chance como alguém como Hinata? Mas droga eu já estava apaixonado isso era um fato. Só percebi que tinha alguém sentado no banco da minha varanda quando abri a porta.

— Sakura? O que você está fazendo aqui?

Ela estava com o rosto borrado e  estava chorando. Parecia não ter dormido desde da balada. Ela estava com as mesmas roupas.

— Acabei de dizer pro cara que eu gosto que eu o amo e que eu queria perder minha virgindade com ele — ela soluçou — E ele me expulsou dizendo que não transa com virgens.

Fiquei sem saber o que fazer. Sentei do seu lado no banco e bati em suas costas sem jeito.

—  Eu sinto muito Sakura — deixei ela chorar no meu ombro, por algum tempo. Depois que eu senti que ela tinha se acalmado eu disse:

— Sakura eu não quero ser indelicado ou insensível, mas porque você está na porta da minha casa?

— Eu quero transar com você. Eu sei que você gosta de mim, mas Naruto eu não quero te fazer promessas por que eu vou embora — eu continuei a ouvindo sem conseguir acreditar — Mas quando eu voltar eu quero ter algo com você, pois você é o cara que toda garota teria sorte em ter. Eu quero que você me ame hoje e não há necessidade de me esperar voltar, mas se eu voltar e você não estiver com ninguém eu espero que você me dê a chance de me apaixonar por você.

— Sakura você está bêbada — pela segunda vez naquele dia eu disse essa frase, apenas trocando de nome.

— Por favor? — Ela se aproximou do meu rosto colocando suas mãos em minha nuca e colou nossos lábios. Eu retribui sem muito entusiasmo, aquele gosto era diferente do de Hinata. Ela se separou de mim e me olhou esperando uma resposta.

Afinal… o que eu tinha a perder? A garota que eu gostava nem sequer pensava em mim como uma opção.

— Vamos entrar — a puxei pela mão entrando dentro de casa.

    Naquele dia Hinata fez um boquete em mim, e descobri que foi pelo seu beijo que eu me apaixonei pela minha melhor amiga e ela me disse que o pior que poderia ocorrer bebada seria me beijar, pois estragaria nossa amizade. Transei com Sakura e foi muito bom mais do que bom, e foi o único momento no qual não pensei em Hinata depois de meses de a ter beijado. E me fez esquecer que algum dia fui apaixonado por Hinata e, assim idealizei Sakura por dois anos.

***

Dias Atuais 

Depois do Parque de diversões cheguei morto em casa junto com Shikamaru. Sai estava jogado no sofá desenhando rapidamente algo parecendo muito angustiado.

— O que aconteceu com você? — Shikamaru perguntou cruzando os braços. Shikamaru era o único do grupo que tinha capacidade de perceber algo errado com qualquer um de nós.

— Nada, estou perfeitamente bem. Eu só fiz uma grande merda, só isso! — Ele riu sem humor.

— Que merda você fez cara? — perguntei.

— Eu beijei Ino. Droga! Eu sou apaixonado por ela há anos!

— Não, cara! Não fez isso com você mesmo! Não se coloca na zona do amigo, você é melhor que isso.

— Qual é o problema se Sai for apaixonado por ela? —Shikamaru perguntou avaliativo.

— Você vai estragar sua amizade com ela. Ela pode te retribuir ou nunca mais querer olhar na sua cara! O que mais vale pra você uma trepada? Ou a amizade da sua melhor amiga?

— Qual é o seu problema cara? Quem disse que eu quero só transar com ela? Eu quero estar com ela! Eu não sou você! Um idiota que sai transando com qualquer coisa que se move e com alguém que nem ao menos consegue suportar! Vá se foder! Não quero seus conselhos!

Sai saiu da sala e foi para seu quarto enfurecido. Shikamaru me olhou.

— Cara não precisava explodir, por causa disso. Sei que você está com a cabeça cheia depois que viu a Sakura, mas isso não lhe dá o direito de brigar com Sai por causa do que ele senti e não escolhi.

Eu suspirei, confesso que me exaltei um pouco. Mas eu sei muito bem no que aquilo iria dar.

— Eu sei, depois vou me desculpar com ele — Shikamaru apenas assentiu e foi para seu quarto.

Eu estava disposto a dar continuidade a promessa de Sakura eu iria fazê-la se apaixonar por mim.