História Lilium Caelum - Me perdoa?

*Gabriel*

Já se passou uma semana desde que eu e Blake brigamos. Por várias vezes eu enviei cartas pedindo desculpas e nada, até onde Louise me contou, Blake as queimas sem nem as ler, de fato eu mereço isso, mas eu não quero perde-lo, então eu estou indo até o bordel de Louise para conversar com a mesma. Está de manhã, hoje a primavera está no auge, tanto que hoje é dia de Amoralis (O dia do amor), ele é comemorado de acordo com as fases do dia, de manhã passamos o tempo com nossas famílias (mas a minha está longe), há tarde com os amigos a há noite com a pessoa amada, mas graças a minha atitude só poderei comemorar há tarde, isso se eu não conseguir o perdão de Blake a tempo, eu andava pelo distrito comercial com um capuz (pois que iriam pensar, um guardião indo a um bordel), eu cheguei até o tal bordel, era uma casa enorme com um jardim belíssimo, eu bati a porta discretamente, e uma jovem abriu uma fresta.

-Pois não? -Ela perguntou.

Eu levantei um pouco o rosto para que ela pudesse ver melhor

-Ah -Ela disse -O senhor dever ser Sir Gabriel Ali D’Argento -Ela abriu um sorriso -O que traz o senhor nesta casa de prazeres?

-Octaviana com quem tu falas? -Um garoto brotou do lado dela -Oh!

-Eu desejo falar com Louise -Eu disse -Um assunto de negócios.

-Entre -A garota disse. -Bem-vindo ao Piaceri Rosa.

Aquele bordel era luxuoso, havia várias cortesãs e cortesãos, alguns eram mais velhos outros da mesma idade que a minha. Eu fui guiado por um corredor com as paredes pintadas de carmesim com várias Fleur de Lis douradas pintadas nas mesmas paredes, finalmente chegamos a uma porta, a jovem que me guiava bateu e entramos juntos no aposento. O aposento tinha dois andares sendo o segundo um mezanino que parecia conter um quarto, já no primeiro andar um escritório. Louise estava sentada sobre a escrivaninha.

-Sir Gabriel -Disse Louise -Venha sente-se, eu sei porque veio aqui.

-Sim -Eu respondi me sentando de frente para ela, e a mesma fez sinal para dispensar a jovem que me acompanhava -Como ele está?

Louise suspirou.

-Ele melhorou um pouco, mas ainda assim está triste.

-Isso é tudo culpa minha -Eu disse.

-Culpa dos dois, ambos erraram, mas acontece com os melhores casais, o importante é perdoar.

-Eu realmente quero conversar com ele, eu só disse aquilo pôquer estava com raiva.

-De fato Gabe -Ela fez uma pausa -Seja como for não podemos esperar, você está com o presente de desculpas?

-Sim.

-Então vamos.

:

Eu entrei com Louise no quarto de Blake, ela nos deixou sozinhos logo depois. Blake estava deitado na cama com os olhos abetos, sua expressão era triste.

-Blake...

-O que você quer? -Ele disse friamente.

-Eu quero pedir desculpas pelo que fiz.

-Só desculpas não basta.

-Sendo assim, eu quero te dar isso.

Então eu peguei o presente que carregava e entreguei para ele e ele se sentou na cama para abrir o presente. O presente era uma adaga bem afiada, eu gastei muito, mas eu realmente queria me redimir com Blake.

-Blake, eu fui um idiota.

-E como -Ele respondeu um pouco mais calmo.

-Mas esse idiota ainda te ama, e vou fazer de tudo para você me perdoar.

Ele se virou para mim com lagrimas nos olhos.

-Eu -Eu disse me aproximando dele -Eu realmente mereci aquele tapa...

-Eu devia não ter batido é que...

-Eu fui muito orgulhoso -Eu interrompi -Mas eu te amo, e não quero ficar brigado com você, mesmo porque até onde eu fiquei sabendo ambos sofremos com a briga.

-Gabe, de fato ainda estou um pouco bravo com você -Ele disse quase chorando-Me magoou quando você me chamou de demônio, você falou como se eu fosse um doente.

-Eu sinto muito.

-Mas agora eu quero fazer as pazes com você.

-Gabe...

Eu não deixei ele terminar, eu o puxei para um beijo, que saudades de sentir a língua dele. Então eu deitei ele na cama e fiquei por cima dele, suas pernas estavam em volta da minha cintura, o parei o beijo para tirar a camisa dele e logo depois tirar a minha, e assim voltei a beija-lo, mas parei um momento só para olhar melhor o corpo sem camisa dele (eu e ele temos mesma estrutura física, incrível, não?), ele corou um pouco e isso bastou para me deixar um pouco animado, então eu lambi o mamilo esquerdo dele fazendo-o soltar um gemido, eu não aguentava mais, eu estava prestes a tirar a calça dele quando alguém bateu na porta.

-Gabriel- Era Laylah -Eu sabia que você devia estar aqui, bem seja como for você precisa vir comigo, temos assuntos a tratar no forte.

Eu não queria saber como ela chegou tão rápido aqui, mas que eu estou com vontade de acabar com ela estou.

-Pode esperar mais cinco minuto senhorita Laylah? -Blake disse.

-Vou precisar de mais que cinco minutos para fazer o que eu quero com você -Eu sussurrei no ouvido dele e senti uma tremedeira vindo do mesmo.

Mas Laylah era insistente.

-Blake -Eu disse -Você quer jantar comigo hoje há noite na minha casa?

-Claro.

-E... -Dessa vez eu que corei -Quem sabe você não passa a noite lá também.

Ambos coramos. Então eu me levantei mais antes dei uma lambida no outro mamilo dele, afinal não posso me esquecer.

:

Chegando no forte, o mesmo estava repleto de andaimes e construtores.

-Eu cuidei dos projetos, afinal eu aprendi um pouco de arquitetura -Ela se gabou.

-Sim, mas não aprendeu que é rude interromper um casal em um momento de amor.

-Você pode fazer isso mais tarde, primeiro as responsabilidades, depois o prazer.

-Tanto faz, como ficou a situação, quero dizer sobre essa missão.

-A senescal -Laylah disse -Ficou muito feliz, de fato a perda de Lorenzo foi grave, mas o importante é que todos estão bem, os que trabalhavam com Lorenzo foram presos e os que fugiram não irão muito longe, todos os bens de Lorenzo foram confiscados e o dinheiro que Lorenzo possuía uma parte foi doada aos templos e outra foi dada para nós.

-Como ficou a situação da família Costa depois da morte do filho?

-É uma pena, os pais dele ficaram mais envergonhados pela atitude do que com a morte do próprio filho, a decepção foi tamanha que esta família foi embora da capital.

-Para onde eles foram? -Eu perguntei um pouco mais interessado.

-Não sei, só sei que a casa deles foi posta à venda três dias atrás, e quanto aos negócios deles, bem.... Foram fechados também, afinal quem iria comprar bebida de uma família cujo o filho as envenenava.

-Uma situação bem triste.

-É...

Ficamos em silencio enquanto caminhávamos pelo pátio do forte.

-Tenho de admitir que foi rápido -Laylah quebrou o silencio.

-O que?

-Blake te perdoar.

-Eu também fique achei, até um tempo há uma semana atrás ele queimava minhas cartas, e agora voltamos ao normal.

-Sim, fico feliz que tenha sido rápido.

-De fato, eu mal posso esperar para quando ele for jantar lá em casa... -Eu dei um suspiro -Por favor Laylah, não apareça lá, eu realmente quero ficar sozinho com ele.

-E quanto aos empregados?

-Eu dispenso eles mais cedo.

-Bem, você pode pensar nisso depois agora temos de decidir qual mesa é melhor para colocarmos na sala de guerra.

***************

*Blake*

Eu estava sentado em meu trono, eu não parava de pensar em como seria a noite. Meus pensamentos foram interrompidos com a entrada de Louise.

-Mais rápido do que o esperado, você perdoou ele.

-É como dizem, se você ama perdoa.

-De fato concordo contigo Blake, amar é perdoar e esquecer o orgulho.

-Eu mal posso esperar para de noite.

-Eu realmente gostaria de ver vocês dois fazendo.

Eu corei.

-Por que? -Eu disse.

-Nada -Ela disse com uma risadinha -Eu aposto que Gabriel já disse que você tem uma bunda linda.

Eu corei mais ainda.

-Cala a boca Louise, por que você não vai cuidar do seu bordel?

-Eu não preciso cuidar dele agora, então resolvi provocar você, como sempre.

-Mas isso é uma coisa pessoal minha.

-Ah Blake -Ela disse se sentando no braço do trono -Imagine você e o Sir Gabriel na cama gemendo, e você pedindo “Mais r-rápido por favor” -Ela disse imitando os gemidos e suspiros.

Eu fiquei igual a um tomate.

-Às vezes você me irrita Louise.

-Claro que sim, afinal isso é verdade.

-Me diz logo o que você quer?

-Nada, só estou um pouco entediada, não tem nada de interessante para fazer a não ser deixar você envergonhado.

-Francamente Louise, vá arranjar algo o que fazer, pois eu sei o que vou fazer há noite

-Gemer com o Gabriel -Ela disse rindo e saindo correndo

-Para mim já chega! -Eu disse me levantando do trono e correndo atrás dela.

-Meu filhote vai perder a virgindade -Ela disse cantando pelos corredores, eu me envergonhei um pouco ao ver os meus companheiros rindo um pouco, mas fazer o que, Louise é Louise, e ela está certa, não pera o que eu estou dizendo.

-Gabriel Ali D’Argento e Blake Pendragon debaixo dos cobertores gemendo -Ela continuou.

Aquela brincadeira bastou para me distrair a tarde inteira, literalmente, pois ela não se cansava de percorrer os corredores da guilda cantando coisa diferentes, mas com o mesmo sentido, por fim eu me cansei, e resolvi olhar o relógio, quando vi estava quase na hora do jantar, então tratei de arranjar algumas roupas coloquei tudo em uma mochila de couro, deixei a guilda no comando de Juliet e Louise. Quando estava saindo da guilda Louise veio até mim e disse.

-Se ele não for gentil com você me avise que aí eu -Ela terminou passando o dedo pelo pescoço como se fosse uma faca.

-Ele vai ser gentil, eu só me preocupo com a interrupção de Laylah, essa garota adora para um momento romântico.

-Bom seja como for divirta-se -Ela me deu um abraço- E bom sexo.

Ela não tem jeito, eu não sei se vai rolar algo, mas.... Se rolar, eu não estou nem aí, afinal eu perdoei ele, espero que ele não erre de novo, mas o que importa agora é passar um tempo com ele, e sentir que o amo de novo.

Continua.