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História Lilium Caelum - Carta para um familiar


Escrita por: NorthernLigths

Notas do Autor


Oiii!!!
Desculpa a demora a boa noticia é que não tenho aula a semana que vem interia!!!!
Provavelmente eu poste com muito mais frequência (do que eu já posto).
Enfim Boa leitura!!!

Capítulo 13 - Carta para um familiar


*Blake*

Nós seguimos a garota pela catedral, admito que no começo fiquei com um pouco de ciúmes, mas depois eu vi que a garota é como posso dizer muito animada, ela falava animadamente sobre a catedral enquanto a seguíamos, eu e Louise ficamos um pouco para trás, Louise me olhava com muita curiosidade.

-Vocês não fizeram nada mesmo ontem à noite? -Ela perguntou.

-Não te interessa Louise.

-Que saco Blake eu sempre te falo como passei a noite, como ontem mesmo eu sonhei que fazia amor com uma bela jovem, o que é um pouco estranho pois normalmente sonho com rapazes, mas ainda assim o sonho foi ótimo, ela era tão carinhosa e fofa, e corpo dela era o de uma deusa -Essa última palavra ela falou um pouco alto, e então eu dei um tapa na nuca dela.

-Fale baixo -Eu disse notando que algumas pessoas olhavam para nós, inclusive nosso grupo. -Mais respeito, estamos em um templo, não pode dizer essas coisas aqui.

-Tanto faz, vamos logo seguir eles.

Com isso retomamos a caminhada pela catedral

:

A garota nos legou até um scriptórium muito bem mobilhado com estantes de pedra recheadas de livros e escrivaninhas de mármore, era de fato um local muito bonito para trabalhar e com muita luz devido a um vitral colorido no teto que dava luz e cor a todo ambiente. Nós nos sentamos em sofás de veludo vermelho, a jovem pediu para que aguardássemos aqui e assim ela saiu da sala e minutos depois ela voltou com uma badeja contendo taças e uma jarra com Aurum Ale, é basicamente uma cerveja feita por monges com cevada e mel dando um aspecto dourado na bebida parecendo ouro (por isso o nome), depois de servidos ela se sentou junto conosco.

-Então -Ela disse voltando-se para Gabe e Celeste -Por que não me enviaram uma carta antes?

-Bem... -Gabe parecia sem jeito.

-Quero dizer -Ela interrompeu -Gabe chegou o ano passado pelo que eu soube, e se não me engano Laylah também.

-Sinto muito Isabela -Disse Gabriel -Eu tive alguns problemas, principalmente este ano.

-Como o fato de você ter salvado um Pendragon? -Ela perguntou soltando uma risadinha.

-Como você sabe? -Gabe perguntou assustado.

Estranho eu me lembro de cobrir a marca de nascença.

-Simples -Ela disse -Não contem para ninguém, mas o bispo em pessoa que me contou, ultimamente ele tem visitado a catedral e com isso acabei fazendo uma amizade com vossa santidade, eu ri muito quando ele me contou que o inquisidor não gostou nada, nada do resultado de tal julgamento.

-Não conta para ninguém -Gabe disse ameaçadoramente.

-Claro que não vou contar, eu sei que sua reputação foi posta em jogo naquela hora.

Eu fiquei um pouco chateado, será que Gabe sentia vergonha de mim, quero dizer não seria legal para um nobre como ele ter relações intimas com um demônio, mas de qualquer forma me magoou um pouco.

-Eu não me preocupo só com minha reputação -Disse Gabe logo após de dar um bom gole da taça cheia de cerveja -Eu me preocupo com Blake também, ele fugiu de casa, provavelmente se descobrirem que ele está aqui provavelmente o pai fará com que ele volte a força para casa.

De fato, isso era verdade, e ele dizer isso me consolou um pouco.

-Basta -Disse Miguel -Vamos mudar de assunto, o que queria nos mostrar?

-Esperem aqui -Isabela indo em direção a uma estante, e com ajuda de uma escada subiu na prateleira mais alta e pegou um livro.

Ela colocou o livro em cima da mesinha que tinha na nossa frente, era um livro de cor azul celeste com um símbolo em ouro, eu já tinha visto aquilo, eu o vi quando Laylah enviou a carta para oferecer uma aliança, aquele era o brasão dos guardiões (duas espadas cruzadas atrás de um escudo, e no escudo continha o símbolo de duas asas).

-Esta foi uma edição especial sobre minha pesquisa -Disse ela orgulhosa.

Eu e Louise não entendemos nada.

-E sobre o que ela exatamente fala? -Celeste perguntou um pouco curiosa e animada.

-Sobre a passagem dos guardiões pela capital, ou melhor antes desse reino se tornar uma grande capital.

Ela abriu o livro em uma página cujo continha o que parecia uma planta de algum templo.

-Esta é a planta da Basílica de Divina Sapientia, tudo começou quando nós escribas recebemos um pedido vindo da própria imperatriz, para estudarmos e recriarmos a planta original da basílica, para que assim pudesse reforma-la e deixa-la como era antes.

Agora eu me lembro, essa basílica ficou fora de uso a séculos, ela se situa no distrito portuário da capital.

-Deixe-me adivinhar -Louise comentou por fim -Enquanto você estudava a basílica, você encontrou algumas escrituras, e eu não me refiro a pergaminhos ou livros e na própria estrutura.

-Sim citava o nome dos heróis nomeados pelos guardiões.

-E o que você quer que a gente faça -Perguntou Gabriel.

-Simples, venham comigo e desvendem o mistério e quem sabe talvez não encontremos algum artefato ancestral -Ela disse muito animada.

Os guardiões se olharam e olharam para mim e para Louise.

-Você quer vir conosco Blake e Louise? -Gabe perguntou, mas não havia entusiasmo na voz dele e isso me magoou mais um pouco.

-Sim... -Eu respondi.

-Bem sendo assim nos vemos daqui a dois dias na entrada da basílica -Disse Isabela.

E com isso nos despedimos dela e agradecemos a hospitalidade e fomos embora.

:

Naquela mesma tarde nos reunimos na biblioteca de Gabe. Eu e Laylah jogávamos estratégia, era um ótimo jogo e um ótimo treino, jogávamos em uma mesa de pedra retângulas com um mapa do império tomando conta da mesa, eu era as peças douradas e ela as de prata, Miguel e Louise jogavam xadrez, Celeste Lia um livro e quanto ao meu amado Gabe, ele escrevia algo que devia ser uma carta.

Celeste curiosa perguntou.

-Para quem tu escreves? -Ela perguntou.

-Para minha irmã -Ele respondeu não tirando os olhos da folha e da pena.

-Diga a ela que sinto saudades.

-Não vai ser preciso.

-Por que não?

Sinceramente eu nem sabia que ele tinha uma irmã.

-Ela vai vir morar comigo daqui para a frente.

-Mas por que? -Celeste perguntou fechando o livro. -Pensei que estivesse tudo bem lá em Lilium Caelum, quero dizer com exceção das constantes invasões de conspirações, os gurdiões conseguem proteger a própria cidade.

-O problema não é nem esse, o problema é que não nenhum bom ou nenhuma boa pretendente boa para minha irmã, então ela vai vir morar aqui, claro que eu impus as condições como o fato de que meus pais se ocuparão de cuidar da educação dela, e eu só fornecerei os lazeres, roupas e outras coisas.

-Bom seja como for Gabe -Disse Laylah em um tom de brincadeira -Tome muito cuidado com tua letra, ela sempre é bem pequena, aliá se for analisar tudo em você é pequeno.

-Tudo menos uma coisa -Gabe disse.

-Qual?

-O Blake sabe o que é e gostou bastante.

Nisso todos da sala olharam para mim com olhar de malicia, até mesmo Celeste com toda a meiguice e inocência dela olhou para mim daquele jeito, e o pior, era tudo o que Louise queria ouvir.

-Eu espero que tenha sido gentil com o meu Blakinho -Louise disse.

Eu já estava muito vermelho.

-Caso o contraio eu acabo com você -Ela disse ameaçadoramente.

Celeste notando minha vergonha e provavelmente com pena de mim mudou de assunto.

-Eu acho que Miguel seria um ótimo pretendente para tua irmã, mesmo ele sendo quatro ou cinco anos mais velho que ela.

-Engraçadinha -Disse Miguel sarcástico -Esqueceu que sou noivo.

-Há! -Celeste pareceu lembrar -Daquele jovem, como era o nome mesmo dele.

-Eu não estou mais noivo dele, agora estou noivo de uma moça, e pretendemos nos casar aqui na capital, e na catedral onde Isabela trabalha -Ele fez uma pausa para respirar -Todos virão inclusive suas famílias, todos estão convidados, até mesmo Blake e Louise, pelo que posso ver seus pais também virão Gabe.

Miguel pensou por um tempo

-Gabe -Miguel disse -O que você vai dizer a sua irmã e a seus pais, quero dizer sobre você e Blake.

-O problema não é meu pai nem minha irmã e sim minha mãe, mas eu não ligo para o que ela vai dizer, afinal sou independente do dinheiro dela, quero dizer meu pai me deu a melhor frota de navios que ele possuía para que eu tomasse conta, e de fato conseguir, ou seja eu não ligo para o que eles vão dizer, mas eu acho melhor esconder isso, bem pelo menos por um tempo.

E com isso não se ouviu mais nada a não ser Layah e eu narrando nosso jogo “Acabo de capturar Greensleeves”, mas por fim ela infelizmente ganhou e disse vitoriosa “Capturei sua capital! ”

Gabe finalmente terminou e assim a dobrou, ele fez todo o processo derreteu uma cera de cor vermelha fazendo-a cair no local onde a carta seria selada e com o anel da família dele ele selou a carta, logo após isso ele fez um buraco em um canto da carta e passou um laço prateado por ele.

-Eu vou enviar isso -Ele disse.

-Posso ir com você? - Eu perguntei.

-Sim.

Subimos pelas escadas caracol, até um terraço com vista para uma boa parte da capital, Gabe foi em direção até algo que parecia uma casa de pombos a diferença é que eram corujas, ele pegou uma e amarrou o laço na perna dela e disse aonde ela devia ir e a libertou de suas mãos. Aquela era a chance para perguntar algo para Gabe.

-Gabe -Eu disse em um tom tristonho -Você sente vergonha de mim?

Ele se voltou para mim.

-Claro que não.

-Eu acho que sim.

-De onde você tirou essa ideia?

-Sei lá só pensei, quero dizer eu quero conhecer seus pais, mas e se eles não me aceitarem?

-Só minha mãe não aceitaria.

Ele veio me abraçar e eu correspondi.

-Gabe.... Você largaria tudo que você tem só para ficar comigo.

-Se você largar tudo também eu largo, eu prefiro viver em uma cabana simples com você do que viver em uma mansão sem você.

Aquele abraço era tão quente e caloroso, eu me sentia um pouco melhor.

-Blake, me desculpa se eu te fiz se sentir assim, as vezes eu sou muito idiota.

-Está tudo bem, foi só um pensamento meu, mas eu não quero ficar sem você só por causa da minha origem.

-Que se dane sua origem, eu te amo muito, e não vou permitir que ninguém nos separe.

Nesse instante eu senti algo húmido cair nas minhas costas, não era chuva pois o liquido era quente, espera.... Isso foi uma lagrima?

Eu ouvia soluços, era Gabe, mas parecia que ele tentava disfarçar aquilo. Eu me separei dele e dei uma olhada no rosto dele, parecia que ele queria chorar, mas se segurava, sua face bela parecia triste, confusa, mas feliz ao mesmo tempo, eu não resisti e o abracei novamente, a sensação do abraço mudou conforme uma lagrima de Gabe caia nas minhas costas mais eu me sentia triste, eu não sabia explicar, eu me sentia triste, pudera eu ser apenas um garoto simples pois assim eu poderia ficar com ele sem ter medo, não medo dele mas sim das pessoas viviam envolta dele como o inquisidor, todas as pessoas que fariam de tudo para nos separar só por causa de minha origem, isso era tão injusto, parece que um enfeitiçou o outro pois ambos sofríamos, e pela mesma razão mas por ângulos diferentes, Eu chorava por ser o que eu sou, um demônio. E Gabe chorava pois se preocupava comigo e com nosso amor, e com isso ainda abraçados, caímos de joelhos no chão chorando, eu era quem chorava mais, embora Gabe também soltasse um gemido de sofrimento, eu estava com medo, mas Gabe estava lá me abraçando, e com isso sussurramos um para o outro.

Ninguém, nem mesmo a terra, nem mesmo os deuses conseguirão nos separar”

E foi essa frase que tornou nosso choro de sofrimento por um amor impossível em um choro de alegria por estarmos unidos e sentindo a mesma coisa.

Puro Amor


Notas Finais


O que acharam?
Espero que a ultima parte não tenha ficado confusa.
Até o próximo capítulo!!!!


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