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História Lilium Caelum - Sabedoria Ancestral


Escrita por: NorthernLigths

Notas do Autor


Oii!!
Aqui está mais um capítulo, espero que gostem.

Capítulo 14 - Sabedoria Ancestral


*Gabriel*

Eu cavalgava com muita pressa pelo distrito portuário, eu infelizmente acordei um pouco tarde, eu não dormi direito nesses dias, eu realmente me sentia um pouco triste, eu espero não ter magoado muito Blake, eu não sinto vergonha dele, mas eu não posso sair por aí dizendo “Eu estou namorando um Pendragon”, claro que eu vou apresenta-lo para minha irmã, mas mesmo assim precisamos ter muita cautela. O único consolo que eu tinha era o clima que está esse dia, do jeito que eu gosto, uma chuva misturada com o sol, dá uma visão muito bonita no mar, aquele céu cinzento e chuvoso no mar com alguns fachos de luz saindo das mesmas. Finalmente cheguei na entrada da grande basílica que se encontrava na beira do mar cercada por rochas, ela foi dedicada a Sofía, a deusa da sabedoria e do conhecimento. Quando cheguei, todos estavam à minha espera.

-Por que demorou tanto? -Laylah perguntou -Eu sei que a chuva está bem fraca, mas do tempo que você demorou nós estaríamos encharcados se não fosse por este telhadinho da porta principal.

-Cala boca Laylah, e vamos entrando. -Eu disse.

Eu sei que fui um pouco grosso com ela, mas eu não estava no meu dia, e ao que parecia Blake também não, só essa aventura para nos distrair um pouco.

A basílica estava destruída, porém, os vitrais se mantinha de pé, eles eram amarelados e alaranjados dando um aspecto dourado em toda a basílica, lá no fundo havia um altar com a estátua da deusa em tamanho médio, uma mulher usando um manto com capuz, ela segurava um livro esculpido de pedra em uma mão e um castiçal com uma única vela na outra, e em seus ombros havia uma coruja.

-Então... -Disse Miguel- O que fazemos agora?

Isabela puxou um rolo de papel e o abriu, aquele papel continha letras em Sanctum ancestral.

-Eu encontrei essas palavras na lateral do altar, não foi difícil de copiar, eu só precisei de um papel e um pedaço de carvão e com isso pintar por cima e..... Bem vocês já entenderam.

-Deixe-me ler -Disse Celeste pegando o papel.

A luz suspensa sob a sagrada entrada, deve ser abaixada.

Para a divina deve se voltar.

O pedestal da sabedoria ancestral tocar.

Abaixo da luz maior aguardará, mas cuidado para esta não o matar. ”

-Típico dos guardiões -Celeste comentou -É muito simples, a “luz suspensa sob a sagrada entrada” significa o primeiro lustre da basílica, ou seja, o da entrada deve ser abaixado.

-Isso vai ser impossível -Laylah comentou -Não podemos voar estamos em solo sagrado, seria um desrespeito.

-Eu vou -Disse Blake correndo para uma parede e escalando a mesma.

-Cuidado -Eu disse.

Blake subiu sem dificuldades, mas mesmo assim eu estava preocupado, ele estava muito no alto, por duas ou três vezes eu senti vontade de voar até ele, mas eu não podia, ele por fim chegou até a altura do lustre e se preparou para pular nele, assim que ele pulou e os pés dele aterrissaram nos lustre o mesmo violentamente começou a cair parou alguns metros do chão, todos levamos um susto principalmente eu, mas por sorte ele se agarrou com força e isso impediu que ele sofresse algum dano, e como ele não estava longe do chão só precisou saltar do lustre.

-Pronto -Blake disse respirando apressadamente por causa do susto -E agora?

-Bem... – Disse Celeste olhando o papel – O próximo passo é bem simples, “para a divina deve se voltar”.

Com isso todos nós voltamos para a estátua da deusa, e na frente dela cresceu um pedestal dourado.

-Essa parte você não precisa citar -Disse Isabela.

-Depende -Celeste comentou -Quem deve tocar o pedestal?

-Talvez Isabela -Disse Louise propôs -Afinal ela é uma escriba.

-Sou apenas uma escriba, uma humilde serva, apenas. -Ela respondeu.

-Sendo assim minha segunda opção por mais infeliz que seja -Celeste disse brincalhona -É Gabriel, afinal ele foi nomeado líder da Ordem dos guardiões de Parità, ou seja...

Eu não perdi tempo perguntando porque eu, andei até o pedestal dourado e toquei com a mão que escrevo (Esquerda), o pedestal brilhou e assim que eu tirei a marca de minha mão ficou brilhando no mesmo pedestal. Barulhos de mecanismos escoavam pela basílica.

-A última parte devemos ficar abaixo do lustre principal da basílica e o maior lustre de toda -Disse Celeste entregando o papel de volta para Isabela -Eu só não entendi a parte do matar.

Nós posicionamos no centro da basílica abaixo do lustre, o som de mecanismos continuava, eu não entendia o que era todo aquele barulho, então eu olhei para a estátua da deusa, e por um momento eu vi a estátua movendo a cabeça e olhando para nós, então um barulho incrivelmente alto ecoou, e o pior esse barulho vinha do lustre principal, todos olhamos para cima e o lustre tremia como se fosse cair.

-Merda, vamos sair de Baixo -Mal eu terminei essa frase e o lustre caiu.

Nenhum de nós fomos acertados pelo grande lustre e foi por pouco pois até onde eu vi todos estávamos próximos dele quando caiu, mas em compensação assim que o lustre atingiu o chão o mesmo chão de mármore negro se quebrou e revelou um buraco que parecia ser sem fundo onde todos caímos, nem tivemos chance de segurar na borda do piso fixo.

:

Nós caiamos e íamos cada vez mais fundo, por fim passamos por uma sala hexagonal de teto muito alto, e em cada lado da sala havia a estátua de um ser com asas.

-Guardiões - eu pensei

Eu não conseguia libertar minhas asas, eu não conseguia me concentrar direito. Estávamos alcançando chão da sala que era de madeira, mas para nossa sorte o lustre atingiu antes e o quebrou, mas para nosso azar o chão revelava um buraco ainda mais fundo. Blake, Louise e Isabela eram os que mais gritavam, afinal nenhum deles possui asas, e mesmo Blake com os podres dele, não conseguiria flutuar por muito tempo.

O buraco terminava em algo que parecia uma ravina enorme subterrânea com um rio no final, esta mesma raiva era iluminada pelo sol através de alguns buracos enormes.

-Gabe socorro! -Disse Blake.

Louise, e Isabela gritavam a mesma coisa só que para pessoas diferentes. Foi Blake me chamar que na mesma hora eu me concentrei o máximo que podia, e por fim minhas asas apareceram (Eu não precisava me preocupar com questão ao respeito, afinal estamos abaixo da basílica e não nela), eu peguei Blake antes que ele caísse no rio, ele era um pouco pesado (será que esse peso extra vinha da bunda redonda dele?), calma eu preciso me concentrar, eu aterrissei na superfície mais próxima ou melhor eu capotei com Blake na superfície mais próxima. Ficamos deitados lá olhando para cima.

-Obrigado -Ele disse me abraçando.

Miguel vinha carregando Louise, e Laylah e Celeste carregavam Isabela pelos braços.

-Blake está tudo bem? -Disse Louise correndo até Blake assim que Miguel a pôs no chão.

-A pergunta certa é -Ele disse se levantando -Onde nós estamos?

-Embaixo da terra -Disse Laylah.

-Eu não acredito! -Disse Isabela andando pela superfície de pedra.

Logo a frente havia um enorme portão de ferro com um arco em volta e havia duas estatuas de pedra branca com asas.

-Chegamos! -Laylah disse vitoriosa.

-Espere um momento -Blake disse recuperando o folego um pouco melhor. -Eu pensei que vocês fossem os primeiros guardiões a virem aqui.

-Somos os primeiros a instalar uma ordem aqui, não os primeiros a vir aqui -Celeste disse.

-Eu não entendi.

-Veja bem Blake, há muito tempos atrás nossos ancestrais eram nômades, bem pelo menos até se fixarem no império em Lilium Caelum, com isso a única coisa que sobrou deles foram os templos dedicados geralmente a heróis.

-Não faz sentido -Louise disse -Por que construir em um lugar como esse? Tão impossível de se alcançar.

-Os templos foram construídos só para guardiões, e nós temos asas, se você for ver os templos ancestrais são inacessíveis para que não possui asas.

Isabela se concentrava na entrada.

-Gente -Disse Isabela -O que é isso escrito na entrada? Pois até onde eu sei não é Sanctum.

-Isso é Ore Dei -Disse Celeste -Significa Lábios divinos, é a língua dos guardiões.

No mesmo instante Celeste pediu empresta a adaga de Blake. Tendo a adaga em mãos ela fez um corte na mão esquerda e tocou-a na porta deixando uma marca de sangue vivido, esta marca brilhou e a porta se abriu, pelo visto ninguém quis perguntar como ela sabia ou como ela traduziu uma língua tão antiga, eu queria apenas encontrar algo naquele templo e depois ir embora.

*********

*Blake*

A porta dava para um corredor escuro, mas Celeste usou magia para conjurar uma luz que a seguia, eu era o último a entrar, assim que eu atravessei o corredor, o chão tremeu, eu dei uma olhada para fora e as paredes da ravina começaram a rachar e a sair grandes quantidades de água.

-Merda! -Disse Blake me puxando para dentro. -Corram.

-O que está acontecendo? -Louise perguntou assustada.

-Um mecanismo de defesa, pois devido ao fato de ele ser um demônio, ele foi considerado uma ameaça- Gabe respondeu.

Se eu ganhasse uma moeda cada vez que eu ouvisse o que Gabe acabou de dizer, essa seria a primeira vez pois isso nunca aconteceu comigo. Avançamos pelo corredor com Celeste iluminando, eu já conseguia ouvir o som da água invadindo o começo do corredor.

-Carreguem ele -Gabe ordenou me pegando -Não sabemos o que pode acontecer no corredor.

Gabe estava certo assim que eu, Louise e Isabela fomos levantados no ar, o chão se quebrou em poços. Seguíamos pelo corredor, eu e Gabe estávamos um pouco para trás de nossos amigos, e a onda enorme de agua já estava na nossa cola, Gabe parecia cansado.

-Está tudo bem Gabe? -Eu Perguntei.

-Está -Ele respondeu ofegante -Só minhas asas que estão um pouco esgotadas de carregar você, mas não se preocupe.

A situação só piorou quando a onda devido ao baque com uma estátua jogou um monte de água nas asas de Gabe, ele voou mais lento ainda.

-Laylah! -Gabe gritou.

-Gabe depressa!

-Não dá, estou com muito peso, deixe Isabela com Celeste e carregue Blake.

Laylah obedeceu e me pegou, com isso ela voltou a voar mais à frente. Eu só olhava para trás, Gabe parecia esgotado, ou ele morreria afogado pela enorme quantidade de água que estava atrás dele, ou morreria de cansaço.

Laylah apertou o voou tanto que chegamos ao lado que Miguel pois este estava na frente de todos (Afinal ele é musculoso, ele carrega Louise numa boa, mesmo com os peitos enormes dela), finalmente chegamos ao fim do corredor em uma sala que parecia o fundo de um poço, só havia um caminho, voando para cima, Gabe vinha bem atrás ainda sendo seguido pela água.

-Vamos -Laylah disse indo para cima

-Mas e Gabe? -Eu perguntei quase chorando.

-Ele vai ficar bem -Havia preocupação em sua voz.

Mas por fim voamos para cima no último facho de luz que iluminava aquele fundo, eu vi a silhueta de Gabe sendo acertado pela água e indo contra parede do poço com violência.

-GABE!

Continua.


Notas Finais


O que acharam?
Será que Gabriel está vivo?
Não perca no próximo capítulo.
Até a próxima!!!


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