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História Lilium Caelum - O culpado


Escrita por: NorthernLigths

Notas do Autor


Oiii. Desculpa a demora, mas vamos ao que interessa.
Boa leitura!!!!!

Capítulo 9 - O culpado


*Blake*

Eu e Louise corríamos feito loucos pelos telhados até o forte dos guardiões, eu e ela nos equipamos com peitorais de couro e também nos equipamos com bandoleiras carregadas de facas de arremesso, porém uma coisa nos parou, vimos o secretário de Pablo caminhando em direção a um beco, nós o seguimos ainda pelos telhados, ele se encontrou com dois guardas da família Costa.

-Então como está indo o trabalho? -Perguntou Mauro o secretário de Pablo.

-Estamos tentando... -Disse um dos guardas.

-Tentando! -Mauro retrucou com indignação -Já deveriam ter completado, pois ele está na minha pele, exigindo o sucesso.

-Sim senhor -Respondeu o outro guarda-Nos esforçaremos mais.

-Eu acho bom, pois se a Ombra Della Luce ou Os Guardiões de Amuriel descobrirem estaremos fritos.

-Sim senhor, tomaremos cuidado.

E com isso Mauro voltou pelo mesmo caminho que viera, enquanto os guardas voltaram para dentro da construção, não tinha dúvidas de que Pablo era inocente e o secretário estava agindo pelas costas dele, ou isso ou estavam trabalhando juntos, eu e Louise não podíamos mais perder tempo, tínhamos de ir até o forte.

:

Chegando no forte Gabriel nos aguardava no enorme portão, ele usava um peitoral feito de prata resistente, nós nos abraçamos e depois nos beijamos por um tempo até Laylah aparecer e como sempre dizer que devemos nos concentrar na missão, adentramos o pátio de treinamento que já tinha alguns cavaleiros treinando.

-Esses são os tais recrutas? -Eu perguntei observando Miguel treinando alguns homens e mulheres adultos, isso é realmente estranho, pensei que os guardiões treinassem desde pequenos, não era para aqueles homens serem recrutas.

-Esses não são recrutas, e sim agentes dos guardiões. -Ele respondeu.

-Agentes?

-Sim -Ele fez uma pausa e continuou -Há três tipos de guardiões, os guardiões divinos são aqueles que portam asas de ouro o que é muito difícil de conseguir pois você não nasce com asas douradas e sim pratas, enfim, segundo temos os guardiões celestiais que são aqueles que possuem asas de prata, e por últimos os agentes, estes não possuem asas e nem poderes, eles apenas se alistaram no exército, pois caso contrário nossa ordem seria pequena se não fosse por eles.

Disso eu não sabia.

-Interessante -Eu apenas respondi isso e depois voltei o assunto para missão -bem, meus homens e mulheres aguardam na entrada das catacumbas desse distrito, entraremos sorrateiramente.

-Tem alguma prova de que o secretário é o culpado?

-Bem -Eu disse meio sem jeito -Encontramos algumas provas no escritório da casa, mas uma guarda entrou e tivemos de matá-la.

-Matá-la?! -Ele perguntou gravemente.

-Louise apenas quebrou o pescoço dela e depois criamos uma cena, fazendo com ela tivesse tentado investigar, mas na tentativa de fuga sofreu um acidente.

-Não precisava matá-la!

-Gabe, o que é mais importante? Toda estrutura de Parità ou a vida de uma mulher que possivelmente trabalhava para um conspirador?

-Os dois, ela podia não fazer ideia da natureza de Pablo e muito menos de seu secretário!

-Não importa agora! -Eu respondi um pouco irritado -O que está feito está feito, ela está morta, vamos nos concentrar em ir logo para as catacumbas e encontrar essa base subterrânea.

-Está bem! -Ele bufou.

-Vamos -Eu disse tentando anima-lo -Quem sabe depois que resolvermos tudo isso, não continuamos com que começamos alguns dias atrás?

Ele se entusiasmou um pouco. Para um guardião ele é um pouco pevertido.

:

Estávamos seguindo o mapa à risca, eu tenho certeza de que copiei certo pois o local ia mudando constantemente, ora catacumbas, ora cavernas, eu, Gabriel, Louise, Laylah, Celeste e Miguel seguíamos na frente, enquanto meus assassinos e os agentes de Gabriel se mantinham atrás, até que demos de cara com uma porta de madeira com detalhes de ferro, solicitamos para que nossos agentes aguardassem do lado de fora até o meu sinal, pois Gabriel não assovia muito bem.

Entramos e demos de cara com dois mezaninos divididos, o nosso do lado direito e o outro do lado esquerdo ambos separados sem nenhuma ligação, e no andar de baixo se encontravam caixas, barrias, potes e sacos com brasões de famílias diferentes, não eram os símbolos originais, foram pintados com tanta precisão que mal dá para ver a diferença, mas ainda assim eram selos falsificados, nós seis descemos por uma escada que estava em um lado do nosso mezanino, eu queria ver melhor aquelas caixas, eu abri uma e não era nada mais nada menos que frutas, Gabe passou a espada em um saco e aquilo era cevada (ingrediente usado para a cerveja), Celeste abriu um pote e aquilo era mel, ela cheirou um pouco.

-Interessante -Celeste comentou.

-O que? – Todos perguntamos para ela ao mesmo tempo, com exceção de Gabe que cheirava atentamente.

-Quase não dá para sentir -Gabe comentou.

Eu cheirei melhor a frutas e senti, aquilo era raiz da floresta morta (uma raiz muito venenosa, que quase não se sentia seu cheiro).

-Verdade -Eu concordei.

-Um plano bem inteligente -Louise acrescentou -Envenenar ingredientes e falsificar os selos, assim caso alguma coisa acontecer a família cujo o selo foi falsificado será acusada pelo envenenamento, mas para que tudo isso?

-Uma pergunta maior ainda -Miguel disse- Como conseguiram trocar os ingredientes?

-De fato -Laylah concordou -Seja lá quem estiver fazendo isso, se não o ou a impedirmos, vários inocentes irão para a cadeia.

Nesse momento alguém entrou do lado esquerdo do mezanino e com isso nos escondemos nas sombras embaixo do mezanino direito. Era “dois” homens entres aspa pois um estava usando capuz e não dava para distinguir nem adivinhar pelo tamanho pois nosso campo de visão era diferente, o outro era um homem de meia idade, eu tinha certeza de que o que usava capuz era o secretário, o outro eu não conheço. Dois guardas apareceram.

-Senhor -Disse o guarda -Estamos indo muito bem no trabalho de envenenamento, todos produtos estão prontos para troca, e nosso pintores estão melhorando muito em copiar os selos.

O ser com capuz sussurrou no ouvido do homem de meia idade.

-Bom trabalho -Disse o homem de meia idade -De fato não tivemos nenhum problema, com exceção de um.

-Qual? - Um dos guardas perguntou.

Novamente o ser sussurrou no ouvido do porta-voz.

-Nada, apenas uma espiã que tentou roubar os documentos importantes de meu escritório -O homem repetia -Mas ela na tentativa de fugir, caiu e quebrou o pescoço, por sorte eu recolhi os documentos, alguns eu queimei, outros eu envie para a conspiração, eu realmente não precisava de todos esse documento.

-Por que não senhor? Quero dizer todos os documentos são importantes -Novamente um dos guardas perguntou.

A mesma cena se repetiu, o ser sussurrando no ouvido do homem de meia idade.

-Os documentos de que eu preciso estão no escritório daqui eu realmente não sei porque mantive os outros em meu escritório.

-Bem se o senhor insiste, retornaremos ao nosso...

-Espero que tenha ouvido o suficiente intrusos -Disse o ser da capa, a voz dele era familiar -Eu sei que vocês estão aí, não se escondam.

De fato, não tinha mais motivos para nos escondermos, então todos saímos para luz já armados, Miguel com sua lança, eu com uma espada curta, Laylah com arco e flecha, Celeste esticou as mãos para cimas e no mesmo instante surgiu uma foice feita de um metal prateado, Gabriel segurava sua espada e Louise seu leque-adaga.

-Eu devia ter previsto isso -Disse o ser com o capuz, a voz dele era realmente familiar.

-É prazer revê-lo conspirador -Disse Gabriel com uma reverencia -Ou melhor, Lorenzo Costa.

O ser tirou o capuz, e todos menos Gabriel e Celeste se espantaram, de fato era Lorenzo, só que a voz dele era séria, não aquela voz doce ridícula e gentil que ele usou para nos cumprimentar no baile. Lorenzo bateu palmas sarcasticamente.

-Incrível, não? -Ele falou rindo -Eu devia saber, quando vocês chegaram.

-Por um momento eu pensei que fosse Mauro -Louise disse.

Lorenzo soltou outra risada, só que dessa vez mais maligna.

-Quem? Aquele secretário ridículo? -Ele disse sarcasticamente- Tolos, vocês pensaram que aquela escrivaninha ao lado da de meu pai era de Mauro? -Ele deu um suspiro -Pois se enganaram, Mauro tem seu próprio escritório, aquela era minha escrivaninha, pois eu trabalho junto com meu pai, e pensar que por um momento eu pensei que estava seguro, afinal aquela guarda estava morta, mas.... Vocês são muito mais inteligentes, distrair a todos na festa, enquanto estes dois ruivos -Ele apontou para mim e para Louise -Procuravam provas? De fato, subestimei a todos vocês, mas eu devo mencionar que por via das dúvidas eu sempre deixo a chave da gaveta onde guardo “certos documentos” com o secretário, e por um momento funcionou, mas isso não impediu que descobrissem o meu covil.

-Mas, eu e Louise ouvimos Mauro conversando com alguns guardas de tua família, dizendo que “ele está na minha pele”-Eu afirmei.

-Provavelmente meu pai pediu para descobrir quem estava atuando no envenenamento, afinal nossa família já teve o nome manchado injustamente.

-Injustamente?! -Louise gritou -Ameaçar, matar inocente empregados, fora atear fogo em construções, e envenenar produtos, eu devo dizer que teu tio mereceu morrer, e eu me certifiquei de fazê-lo sentir a dor que causou em algumas famílias.

-Cale-se! -Ele trovejou -Você é apenas uma cortesã, uma puta! Você não tem o direito de falar assim de minha família!

-Ainda não entendo como conseguiu trocar todas essas caixas? -Laylah perguntou.

-Da mesma maneira que esses dois ruivos invadiram meu escritório, meus agentes usaram as gazuas, não é preciso trocar todo o estoque, é como diz o ditado, “Só precisa de uma pitada de açúcar para estraga toda a carne”, uma caixa envenenada basta, fora que não é só produtos para se fazer bebidas, eu decidi também envenenar legumes e carnes, um plano perfeito, e vai ficar maios perfeito sem vocês para interferir -Ele fez uma pausa -É uma pena que terei de matar você Gabriel, teria sido um ótimo pretendente. -Ele soprou um Beijo para meu querido Gabe.

-Não obrigado, você não é digno de meu afeto, afinal tua família tem um nome manchado, e teu tio não passava de um covarde -Gabe respondeu friamente.

Lorenzo ficou vermelho de raiva.

-Matem-nos! -Berrou ele.

Os dois guardas já preparavam os arcos, mas eu e Louise fomos mais rápidos, no mesmo instante Louise sacou uma faca de arremesso e atirou no primeiro guarda, eu (como tenho mais experiência), saquei duas e as atirei, uma acertou o olho do segundo guarda (que já estava pronto para atirar a primeira flecha), a flecha acertou um canto da sala, a outra faca acertou no peito do porta-voz matando-o na hora.

-Guardas! -Berrou Lorenzo.

Mais guardas apareceram do mezanino esquerdo, era nossa deixa, eu assoviei no mesmo instante nossos agentes apareceram, os guardas já estavam cercando nós seis, mas com a entrada de nossos companheiros o jogo ficou empatado, Laylah se desviava dos golpes e atirava em um guarda logo em seguida, ela tinha um boa pontaria, Miguel empalava até três guardas com a lança, e nem se fala em Celeste, com apenas um giro da foice ela matava quatro de uma vez, enquanto meu amado Gabe lutava como um cavaleiro, golpes mortais, e Louise Acertava os guardas com seu leque-adaga e quando necessário, ela abria o leque revelando as abas com laminas diagonais pontiagudas e rasgava o pescoço de um, estávamos ganhando, Lorenzo apenas olhava frustrado, e com isso ele saiu correndo pelo lugar de onde veio.

-Ele está fugindo! -Eu gritei enquanto esfaqueava uma guarda.

-Deixa comigo! -Gabe Gritou de volta liberando suas asas, ele golpeou alguns guardas com a mesma e saiu voando para o lugar de onde Lorenzo fugiu. Eu estava com medo de ele se machucar, então usando meus poderes de demônio eu me transformei em uma poeira negra e saí atrás dele.

Continua.


Notas Finais


Espero que tenha ficado legal. É um pouco difícil escrever cenas de ação (não que esta seja minha primeira mas...)
O que acharam?
Até a próxima!!!!!


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