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História Limite da vida - O fim do sofrimento... Ou apenas o começo?


Escrita por: BrubsMalfoy

Capítulo 18 - O fim do sofrimento... Ou apenas o começo?


Finalmente, quando os alunos voltaram para suas salas comunais, Scorpius disse, sentado no sofa:

-Nossa... Vou descansar agora, isso cansa muito.

Porém, quando ele se levantou, logo caiu e desmaiou. Estava ardendo em febre e tendo mais um de seus ataques.

-Scorpius!! Alvo, vai chamar alguém, rápido!

-Não é melhor levarmos ele para a ala hospitalar, Rose?

-É, claro. Vem, me ajuda...

Os dois o levaram para a ala hospitalar, onde foi cuidado pela enfermeira, Rose ficou ali , enquanto Alvo foi atrás de alguém.

-Ah! Tia Mione! Que bom te ver, vem comigo, rápido!

-O que foi? Alvo? Calma!

-O Scorpius desmaiou, de novo.

-Por Merlin! Chama o Draco aqui, eu vou lá.

Ela chegou lá, e levou um susto. Scorpius estava pior do que jamais estivera. Seu rosto estava todo roxo e inchado, suas mãos pareciam patas de elefantes, tamanho era o inchaço.

-Rose!

-Mãe! Olha ele, mãe!

Ela chorava muito.

-Temos que levar ele para o hospital.

Os medibruxos apareceram ali e levaram Scorpius para a área de oxigenação.

-O Draco tem que saber disso. Tia, posso ir chamar ele?

-Claro, Alvo. Vá.

Alvo foi até a recepção.

-Sim?

-Eu preciso falar com o sr. Malfoy, é urgente.

Draco apareceu ali.

-Ah, Amelia, qual é meu próximo paciente?

-Ah, sr. Malfoy, este garoto quer falar com o sr. Parece ser muito urgente.

-Ah, Alvo! O que houve?

-É o Scorpius. Ele passou mal novamente, mas dessa vez foi pior. Ele teve que ser trazido para cá, está lá na área de oxigenação. Tia Hermione e Rose também estão lá.

-O quê?

Draco saiu correndo até a sala, Alvo atrás.

-O que houve? Scorpius! Meu filho!-Draco disse, eufórico e espantado.

-Calma, Draco... Estamos de olho nele para ver se ele vai reagir.-disse uma das medibruxas.

Draco olhou para Rose e disse:

-Rose... Fique calma. Olha... Eu tenho que te contar uma coisa.-Ele olhou para Hermione, que olhou assustada para ele.

-Draco... Não. Ainda não é tempo deles saberem.

-Do que estão falando?-perguntou Rose.

-Hermione, é bom contarmos de uma vez... Rose, vem aqui.

Draco pegou nas mãos da filha e sentou ao lado dela no sofá que ali havia.

-Há muitos anos, eu e sua mãe não nos dávamos bem. Vivíamos brigando por coisas bobas... Eu me tornei um comensal, lutei ao lado de Voldemort, mas depois minha família, inclusive eu, fomos inocentados. Um tempo depois, me tornei um medibruxo, sua mãe trabalhava no ministério, e nos encontramos. Acabamos namorando por um ano... Até chegamos a casar.

-Quê?

-Sim. -Foi Hermione que continuou.-Então eu engravidei, e na noite que eu ia contar a ele que teríamos um filho, ele se separou de mim, dizendo que não me amava mais como antes.

-Por quê?

-Nem eu nunca soube o motivo. Eu amava demais a sua mãe, e não posso negar que, no fundo, ainda sinto algo por ela. Mas então, ela se casou com o Ronald, e os bebês nasceram. Foi tudo muito rápido.

-Espera aí. “Os bebês”?

Naquele momento, Scorpius voltava, silenciosamente. Ele apenas ouvia Draco contar a história, não conseguia se mexer direito.

-Sim, Rose, os bebês. Eu tive gêmeos.-disse Hermione.

-Quê?

-É, e eu fiquei tão surpreso, assustado e rancoroso com a novidade, que não pensei duas vezes e fui ao tribunal. Eu queria a guarda de pelo menos um dos bebês. Você ficou com a sua mãe, e... O Scorpius ficou comigo.

Rose deu um pulo da cadeira naquele momento. Ela foi à janela e ficou ali, processando tudo aquilo.

-Espera... Se a minha mãe teve gêmeos, e um deles ficou com você...

-É, Rose. Você e o Scorpius são irmãos!

-Quê?!-Scorpius gritou, arrancando de si a máscara de oxigênio, extremamente espantado com aquilo.

-Scorpius!

-Eu e a... Rose... Irmãos! Eu não... Eu não consigo... Eu não... Eu...

Ele respirava com dificuldade. Entrou numa espécie de convulsão, Draco se levantou rapidamente da cadeira para tentar ajudar o filho. Diversos medibruxos apareceram ali para ajudar. Mas, aos poucos, os olhos de Scorpius foram perdendo o movimento. O cinza escuro deu lugar a um azul quase branco, seu corpo foi ficando cada vez mais imóvel. Quando Hermione se aproximou e Rose pegou nas mãos do irmão, a máquina que controlava seus batimentos cardíacos simplesmente parou de funcionar, e os “beeps-beeps” deram lugar a um longo e interminável assobio. Scorpius Malfoy estava morto.

-NÃÃÃÃÃÃOOOO!!!-gritava Draco. Ele sabia que o filho morreria, mas não imaginava que seria ali, naquele momento.

Rose caiu de joelhos ali, ela só chorava.

-Scorpius! Não! Não pode ser! Meu... Irmão... Volta!! Por favor!! Volta!

Alvo deu um abraço nela.

-Rose, calma. Olha, eu sei que não é fácil, mas você tem que tentar se acalmar. Tia, ainda bem que você e o Draco contaram, eu não aguentava mais segurar isso.

-Alvo... Você sabia? Então era por isso que você estava todo estranho!

-Sim, eu sabia, e ia te contar se a tia Mione não te contasse.

-Alvo, eu vou conversar com ela. Vai lá na recepção e liga pro Ron por favor, conta a ele o que houve. Pro Ron, não, fala com sua mãe. Eu vou falar com a Minerva.

-Tá bem.

Alvo saiu dali e foi até a recepção do hospital. Hermione saiu dali. Draco não se moveu desde que o aparelho do filho parou de funcionar. Pareceu ter sido petrificado.

-Com licença?-pediu Alvo à uma das recepcionistas quando chegou ali.

-Sim? O que deseja?

-Posso fazer uma rápida ligação? É urgente.

-Claro.

Alvo pegou o telefone e ligou para casa. Foi Harry quem atendeu.

-Residência dos Potter?

-Pai? Pai, sou eu, Alvo!

-Alvo? O que houve? De onde você está ligando?

-Do St. Mungus.

-O quê? O que faz aí?

Gina apareceu ali.

-O que foi?

-O Alvo está no hospital.

-Quê?

-Não precisam se preocupar comigo.-disse ele, do outro lado da linha.

Harry colocou no viva-voz.

-Alvo, o que houve?

-Não foi comigo, não, mas é com a tia Mione. Mais precisamente, com o Scorpius.

Harry e Gina se entreolharam naquele momento.

-O que foi?

-O Scorpius tá morto.-disse Alvo.

Gina se pôs a chorar.

-Por Merlin. A Hermione deve estar arrasada.

-Ela está. Ele morreu na frente de todos nós. Incluindo a Rose e o Draco. E foi justamente na hora que o Draco contava à Rose a verdade.

-Verdade? Do que... Ah, não...

-Ele contou que se apaixonou pela tia Mione, toda a história que vocês já devem saber, e que ela e Scorpius eram irmãos, e foi justamente nessa hora que ele acordou e arrancou o balão de oxigenação de si. Como ele estava com um nível muito baixo de oxigênio no corpo, não tinha como ele ter sobrevivido.

-A Hermione, como ela está?

-A tia Mione... Ela foi para a escola, para contar à diretora Minerva. A Rose ainda está lá na sala de oxigenação, junto com o Draco.

No hospital...

Draco ainda não acreditava que seu filho morrera.

-É tudo culpa minha...

-Não fala isso, Dra... Pai.

Ele olhou para ela, os olhos marejados em lágrimas.

-Do que me chamou?

-Pai. É o que somos, não? Pai e filha. Olha, você pode pensar que tenho raiva de você por ter deixado a mamãe na hora que ela mais precisava, mas... Eu não guardo rancor de ninguém. Não consigo...

-Se eu não tivesse contado isso a você... Vocês... Isso não teria acontecido...

-Uma hora nós teríamos que saber mesmo... Agora algumas coisas fazem sentido.

-Como assim?

-Não sei se se recorda, mas... Naquele dia em que fomos à Olivaras, no primeiro ano... As nossas varinhas são irmãs. Nada mais faria isto acontecer.

-Verdade. Eu não havia pensado nisso.

-E o jeito que o Al ficava quando me via com o Scorpius... Como ele soube?

-Foi num dia em que ele e Harry estavam em sua casa, nas férias. Eu liguei pra falar com a sua mãe, pois era errado vocês namorarem, e o Alvo atendeu. Eu achei que estava falando com sua mãe, falei tudo, Harry me disse que ele ficou num estado de choque por uns 15 minutos por saber a verdade.

-E porque ele não contou nada?

-Porque... A Hermione ia contar. Mas ela nunca encontrava a oportunidade certa para isso, e também tinha medo da reação de vocês. Não sei se mais medo da sua ou da dele. O primeiro ataque que ele teve foi porque eu contei uma parte da verdade a ele.

-O que?

-Eu tinha dito que a mãe dele havia morrido. Toda vez que ele perguntava, eu dizia isso, até que um dia ele me perguntou como ela havia morrido, então resolvi contar que ela não estava morta... Não disse que era Hermione, também, mas foi suficiente para ele passar mal.

-Você disse o quê? Por quê?

-Eu não sei também, foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Me arrependo de tantas coisas... Disso, de ter me separado da sua mãe, de ter deixado ela sozinha num momento em que ela precisava muito de mim... Se arrependimento matasse...

-Pai... Para, por favor. Olha... Vai ser difícil no começo, mas depois... Vamos nos acostumar com isso. Eu estou aqui, e a mamãe também, vamos te ajudar a superar isso.

Ele chorava muito, mas simplesmente puxou Rose para perto de si e a abraçou.

-Obrigado, minha filha. Eu te amo, muito. Vou tentar compensar todos esses anos que passamos longe um do outro. É uma promessa, Rose Malfoy.

-Rose... Malfoy? Por que no dia da cerimônia de seleção a diretora disse “Weasley”, e não “Malfoy”?

-Porque, acredito eu, sua mãe deve ter contado a ela a história, e o Scorpius acharia muito esquisito, afinal ele era dos poucos Malfoys daquela idade. Além de vocês, tem só mais dois primos distantes com a mesma idade que vocês, tão distantes que estudam na Durmstrang.

-A escola de magia da Bulgária?

-Sim. Richard e John. São bisnetos do meu tataravô, só para você ver o quão distantes eles estão de nós.

-Uau... É, realmente faz sentido.

-Eu acho que ele aguentou até demais... Os medibruxos mais famosos dizem que essa doença resiste por, no máximo, quatro, cinco anos, e ele já a tem há oito...

-Sim... Ele atingiu o seu limite da vida.

Enquanto isso, em Hogwarts...

-Diretora!

-Srta. Granger! O que houve? Está chorando?

-Sim. Tenho uma notícia... Horrível.

-O que foi?

-Nosso campeão não resistiu.

-Como assim?

-Scorpius, está morto.

-Como é??

-Eu também queria que isso fosse mentira. Mas não é. Ele morreu na minha frente e na frente do Draco também, lá no St. Mungus. Teve outro daqueles ataques, mas este foi... Irreversível.

-Eu sinto muito, mesmo... Volte para lá, ele precisa de você.

-Obrigada, diretora.

Hermione foi até seu quarto e se trancou ali. Ela estava muito abalada com tudo aquilo.

-NÃÃÃÃÃÃOOOO!!!!!-Ela gritava repetidas vezes.

Uma espécie de ataque de loucura, fúria, raiva e tristeza tomou conta dela, ela seria capaz de matar o primeiro que aparecesse em sua frente.

Dali, ela entrou na lareira e foi até sua casa. Rony e Hugo estavam sentados, lendo o Profeta.

-Hermione! O que houve?

-Mãe!

-Está morto! Ele está morto!

-Quê? Do que está falando? Quem morreu?

-Meu filho! Scorpius!

Ela não parava de gritar.

-Calma, Mione! Eu vou te ajudar.

-Não. Ninguém pode me ajudar a superar isso. Nin... Ninguém.

Ela desmaiou bem na hora que Harry e Gina apareceram ali.

-Hermione!

-Ela está muito mal. A morte de um filho não deve ser fácil.

-Já souberam, então?-perguntou Rony.

-Já, o Alvo nos contou. Ele está lá com a Rose e o Draco.

-Aguamenti! Mione, acorda!-Harry jogou água nela para que ela despertasse.

-Scorpius!-gritou ela, assustando a todos.

-Mione... Calma.

-Meu filho... Está morto! Eu tenho que voltar para o hospital. Draco precisa de mim agora. E eu preciso dele, mais do que nunca.

Hermione aparatou. Gina e Harry ficaram ali, parados.

Assim que chegou ao hospital, ela viu Draco na recepção. Rose estava ao lado dele.

-Hermione, que bom te ver... Aqui, para assinarmos... O atestado de óbito dele.

-O o quê?-perguntou Rose.

-É algo como um... “Comprovante de morte”.

-Ah....

Hermione assinou, Draco logo depois. O corpo de Scorpius foi levado ao cemitério de Godric’s Hollow – apesar de ser um Sonserino e o cemitério dedicado a Grifinórios, era o mais próximo que havia.


Notas Finais


Gente
Eu não sei vocês, mas eu chorei MUITO escrevendo esse capítulo!
Não me matem, por favor. Apenas segui o meu roteiro...
Dramibeijos!
~BrubsMalfoy


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