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História Limites - Perspectiva


Escrita por: DoubleRainb0w

Notas do Autor


AÔOOOOOOOOO TILÁPIA, de boas glr? Espero que sim.


Boa Leitura

Capítulo 27 - Perspectiva


Corpo e mãos trêmulas, um frio repentino e uma dor latejante tornavam-se um Takanori totalmente indefeso, logo cruzou os braços na frente de seu corpo para obter calor enquanto as sirenes policiais ecoavam por toda a extensão da avenida. Poucas luzes iluminavam o asfalto com alguns desníveis e a atenção de Akira estava totalmente ali, mordia os lábios ansioso para que chegasse num atalho tão conhecido por si e cada vez que aproximava-se deste local a iluminação sumia e apenas aquele longo caminho era iluminado pelo o sol que já raiava lentamente alertando que já era outro dia. Todo aquele cansaço parecia estar acumulado, mas a sensação de alívio de não haver nenhum impasse para que livrar-se de tudo aquilo percorria pela pele que arrepiava-se ao ouvi a respiração lenta do loiro ao seu lado. As sirenes já não eram captadas e pode finalmente respirar fundo e reduzir a velocidade, o farol da Skyline já estava médio, o céu já apresentava uma coloração alaranjada com a mistura de azul e poucas nuvens deixando ambos relaxados.

 Akira não tinha preocupações sobre Yuu, sabia mais do que ninguém que o moreno sabia se virar e logo iria encontrar uma maneira de ficar livre daqueles policiais.

 Aproximando-se do destino, Takanori ergueu seu corpo para ajeitar-se no banco com cuidado, a lateral de seu corpo ardia como o inferno e como impulso trincou os dentes gemendo baixo o suficiente. Um galpão velho estava perto, Akira tratou de estacionar a Skyline rapidamente, desliou o automóvel saindo do mesmo e dando a volta para ajudar o menor, assim que capturou-o pelos braços travou o carro e o pegou no colo, Takanori sentiu suas bochechas queimarem, olhou para este que o carregava sentindo uma onda quente em seu peito, como se algo estivesse sendo aquecido dentro de si. Com o pé o loiro empurrou a porta com força ouvindo o barulho do trinco destravar, era um cômodo pequeno e surpreendente limpo e arrumado, havia dois colchões empilhados um sobre o outro, uma estante de ferro com papéis cobertos por plástico em toda sua extensão com adesivos organizando todo aquele excesso em ordem alfabética, armários espalhados de frente aos colchões e por fim uma outra porta. Akira colocou o Takanori cuidadosamente sobre os colchões e correu até a porta fechando-a, agachou-se abrindo os armários e retirando uma maleta transparente com uma cruz vermelha indo até o loiro que o acompanhava com o olhar, sentou-se na beira do colchão abrindo a maleta retirando algodões e água oxigenada própria para ferimentos, segurou a mão de Takanori delicadamente analisando os pequenos cortes que ali estava e molhou o algodão na solução, tocou lentamente nos cortes e Takanori gemeu manhosamente pela leve ardência.

- Foi mal – Desculpou-se Akira – Há mais algum ferimento?

Takanori apenas concordou com a cabeça sem retirar a atenção de Akira, com a outra mão ergueu a camiseta azul marinho mostrando ao loiro o arranhão que latejava.

- Eles fizeram algo mais com você? – Akira questionou pegando outro bolo de algodão vendo o loiro discordar com a cabeça – Ainda bem.

O sorriso aliviado de Akira contagiou Takanori, o loiro deu um rápido e simples sorriso ainda sem retirar a atenção dos movimentos do maior.

- Você me assustou quando atirou em Satoru – Confessou – Nunca lhe vi desta forma.

- Ele teve o que merecia – Takanori respondeu em um tom baixo de voz – Espero que o Yuu e Kouyou fiquem bem.

- Eles sabem se virar – Comentou – O pior do problema é que a polícia irá intervir em qualquer corrida atrás de quem assassinou Satoru.

- Tanto faz, Satoru nem deveria ter sido liberado – Bufou – Que lugar é este?

Akira pegou a maleta dando a volta e sentando-se olhando para o ferimento que estava na lateral do corpo de Takanori, pegou mais algodão molhando-o e pincelando suavemente sobre os arranhões vendo-o a solução borbulhar com o contato no sangue.

- Eu costumo vir aqui quando estou com a cabeça quente – Suspirou.

- Nunca me falou sobre ele – Retrucou fechando os olhos – Quando o descobriu?

- No início do ano retrasado, eu estava estressado com algumas coisas da oficina e resolvi dar uma volta – Pausou fazendo o curativo sobre os arranhões – E encontrei este galpão, apenas o arrumei para que ficasse mais confortável.

- Entendi.

A blusa de Takanori foi abaixada e Akira levantou-se levando os algodões usados até um cesto de lixo, vasculhou mais uma vez nos armários e encontrou um pacote de batatas chips, voltou a sentar no colchão e abriu-o estendendo para Takanori que levantou o tronco sentando-se.

- É a única coisa que tem aqui e está na validade – Riu – Mais tarde providencio comida de verdade e procuro contato com Yuu. 

- Sem problemas – Deu um sorriso de lado pegando uma pequena porção – Tenho uma pergunta.

- Pode dizer – Akira disse com a boca cheia recebendo um olhar repreendedor.

- Ainda está com raiva de mim Aki?

Por um milésimo o coração de Akira passou a bater mais rápido, ajeitou-se no colchão fitando o chão mordendo o lábio inferior.

- Não, não estou – Respondeu de maneira curta – Você não é culpado pelo acidente do Yuu, seu avô nunca tolerou que nós dois tivéssemos um relacionamento e cedo ou tarde ele iria propor algo para nos separar.

- Ele conseguiu não é? – Questionou Takanori sentindo seu peito contrair-se – Digo...

- Não, ele não conseguiu.

Akira limpou as mãos na calça que vestia e aproximou-se de Takanori, segurou o queixo do loiro e fitou os orbes que dilataram, selou os lábios do outro mantendo-os unidos por alguns segundos. Quando separou-se sorriu para Takanori que já deixava finas lágrimas escorrerem de seus olhos e pingassem contra a embalagem do pacote que estava em seu colo.

- Nós dois temos uma promessa não é? Jamais iremos deixar um ou outro – Completou sorrindo – Você precisa descansar, quer beber algo?

- N-não – Gaguejou limpando as mãos e o rosto – Só queria lhe dizer algo...

Suzuki levantou-se pegando o pacote e colocando-o sobre um dos armários, virou-se para encarar Takanori.

- Obrigado por não desistir de mim.

Não demorou para que um sorriso estampasse a face de Akira que caminhou lentamente até os colchões e deitou-se abrindo os braços para que Takanori aconchegasse em seu peitoral.

- Não há nada o que agradecer! Você sabe que eu te amo


Notas Finais


(O capítulo ficou beeeem fraco... aff! Perdoem-me! Yuri on Ice me destruiu ;-; )
Beijo sabor Yasuo


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