História Limón y Sal - Dia dos pais

PAOLA.
Não sei ao certo a hora que o Henrique saiu, eu estava tão cansada que dormi com a Fran e quando acordei para dar de mamar ele não estava mais em casa.
-Papai está demorando no mercado né meu amor 
Pego ela com amor e dou o peito ficando juntinha esperando o Henrique.

HENRIQUE.
Eu gosto muito dos mercados americanos, não nego que adoro uma comida gordurosa daqui, estou com um carrinho dividido entre o céu é o inferno, de um lado as coisas que Paola gosta e do outro minhas coisas, não seguro a risada quando vejo 
-Ela vai ficar putinha comigo comendo tudo isso
Passei as compras e paguei saindo, no estacionamento eu vi um Banner enorme falando que o dia dos pais estava chegando
-Caralho, mas..Ah, as datas aqui são diferentes, mas também nem ligo, o que vai contar é a do Brasil, a Paola nem sabe de datas aqui
Não consigo deixar de ficar meio magoado por não comemorar o dia dos pais aqui, mas tento parar de pensar, afinal não é nosso país, nem posso cobrar isso da Paola

PAOLA.
Eu estava andando pela casa com a Fran, vi o carrinho Dela jogado em um canto e sorri para ela tendo uma ideia 
-Vamos dar uma volta meu amor? Vamos!
Sem demora nos troco e saio com ela para andar pelo condomínio durante o fim de tarde
-Tá gostoso o Solzinho né filha, né meu amorzinho
Falo com ela toda babona e ela solta uns gritos fofos para mim, chegamos na pracinha do condomínio onde tem crianças correndo e brincando
-Olha mi amor, logo você estará correndo assim
Fico curtindo a brisa fresca que bate em meu rosto, sorrindo e falando com minha jóia aproveitando cada momento até que vejo uma mulher passar rindo com um menino que devia ter uns 4 anos
-Eu sei filho, calma, já vamos comprar o presente do seu pai
-MAS TIA VAMOS LOGO! AMANHÃ É EM DOIS DIAS TIA
Estranho a conversa e não me seguro
-Com licença, você...É Brasileira?
-Sou sim! Me chamo Ana Paula!
-Hola! Sou Paola, sabe me dizer se o dia dos pais aqui é diferente de lá?
-É sim, o dia dos pais aqui é em dois dias, totalmente diferente do dia dos pais no Brasil né?
-Nossa! muito! E sabe onde posso comprar presente?
-Olha tem um shopping aqui pertinho, uns 10 minutinhos andando
-Aí que bom, muito obrigada, Ana Paula!
-Imagina, agora me deixa ir pq o pequeno ali está ligado e não para
Ela sai rindo enquanto é puxada pelo menino e eu olho para a Fran que a essa altura já dormia no carrinho
-É filha, amanhã vamos ao shopping 
Volto para casa com ela e encontro Henrique estacionando
-Demorou em!
-Mercado lotado!
-Estás bien?
-Sim
-Nossa, tá bom
-Que foi?
-Nada! Está aí todo seco, não voy falar mais nada
Pego minha filha indo para dentro, encho a banheira que fica em meu quarto e entro com ela sentindo a água quente relaxar nosso corpo, não demora muito para que ela abra os olhinhos e de uns gritos enquanto brinca com a água toda sorridente
-Isso filha! Isso bate na água meu amor
Depois de uns minutos sinto uma figura se estabelecer no batente da porta nos olhando
-Que lindas
-Agora somos?
-Para vai, eu só estava irritado
-No era culpa minha, sabe que não gosto disso
-Tá! Desculpa vai
-Só se vier aqui com a gente
-Pensei que não fosse convidar
Ele tira a roupa e entra só de cueca me abraçando por trás 
-Uiii
-Que isso em Argentina? Tá com tanto tesao assim?
-Para!
-É saudade né amor?
-Sabe que é 
-E o resguardo em? Já acabou né?
-Já, mas Yo estoy Muy bien sem 
-Não parece
-Pois estoy! E o senhor vai ficar de castigo pelo que fez comigo 
-Não é justo!
-Pare de ser mimado e vamos curtir o momento
-Tá bom vai...