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  3. Cap. 31 - PILLOWTALK

História Lines - Cap. 31 - PILLOWTALK


Escrita por: yuu-holly

Notas do Autor


Estou ficando sem as capinhas dos capítulos porque ainda estou sem computador, então, está difícil de fazer, e nem sempre upa pela app, então...

Nem me perguntem como e porquê estou escrevendo tão rápido de repente, ainda sem pc. Nem eu sei. :Y

Well, não vou falar muito, o capítulo já ficou grande e vai ocupar o tempo de vocês. Boa leitura! E espero que gostem! ❤

Capítulo 32 - Cap. 31 - PILLOWTALK


- Afinal, quem é você, Suzuki Akira?!

Apesar do silêncio a seguir, imperfeito apenas pelo barulho da água do chuveiro caindo no azulejo alaranjado, não precisei repetir aquela pergunta.

O loiro não pareceu perceber que eu segurava seu celular, ou julgou aquilo como irrelevante. Pareceu refletir ao retribuir meu olhar fixo, e não demorou para que fechasse o registro ao seu lado. Tão logo, pegou sua toalha, sem desviar o olhar que recaia sobre mim.

Enquanto não me incomodava com o seu olhar penetrante – ou com o fato dele estar nu na minha frente -, o smartphone vibrava em minha mão levemente estendida em sua direção. Por mais que tocasse, continuamente, não me atreveria a atender. Não me importava com qual Takashima teria que falar. Qual fosse, eu estava disposto a evitar até o meu último segundo na Terra.

Por pouco, não suspirei ao observar Akira enxugar seus cabelos de leve. Ele era tão bonito que poderia fazer um comercial de sabonete ali mesmo, naquela hora. Continuava em silêncio, como se tentasse me seduzir inocentemente com o olhar, terminando de enxugar os cabelos e enrolando a toalha em sua cintura.

Saiu da área da banheira, recolocando a faixa em seu rosto e retornou ao quarto em que antes estávamos. Apenas o segui, sem largar seu telefone e, certamente, irritado por ele continuar vibrando. Por que a ligação era tão importante para Takashima? E por que Akira parecia tão pouco interessado em atender?

Akira se sentou na poltrona, onde permaneceu calado por alguns segundos. E apenas me mantive em pé, a pouco mais de um metro de distância dele.

- Meu nome é Suzuki Akira. – Quebrou o silêncio, parecia estranhamente confortável diante à situação. – E eu sou seu colega de curso. Sou aluno do segundo ano de dança.

Cruzei os braços ao ouvir aquela explicação simples. A verdade era que não era sobre aquilo que me eu interessava em saber inicialmente, mas achei que deveria ouvir um pouco mais – antes que perdesse a paciência com seu smartphone e o arremessasse contra a parede por não parar de chamar.

- Não foi o que me disse antes. – Acusei. – Você disse que não fazia dança.

- Eu sei. – Ele suspirou de leve, sem desviar o olhar. – E eu não menti pra você.

Ele fez uma pausa, olhando-me de forma curiosa, como se me analisasse por um segundo.

- Sem joguinhos. – Continuou. – Eu havia desistido do curso. Estava vindo buscar o restante das minhas coisas quando te encontrei. Acontece que, depois da festa, mudei de ideia, e decidi me rematricular no curso.

- E por que não me contou?

- Não achei que fosse importante. – Então, ele semicerrou os olhos levemente ao continuar. – E achei que você acabaria pesquisando sobre mim na Internet. Como todos os outros fazem...

Eu não havia pesquisado.

- Gosto da versão das pessoas. – Expliquei, estendendo o celular a ele. – A Internet possui muitas histórias caprichadas.

Ele olhou o smartphone em minha mão, mas não fez nenhum pergunta sobre o mesmo.

- Não preciso atender. No fim, Kouyou vai acabar desistindo. Ele sempre desiste depois de um tempo.

O nome “Kouyou” saindo de seus lábios provocou um leve arrepio em minha espinha, mas eu não disse nada. Observei Akira se levantar, pegar o aparelho que lhe foi oferecido, voltar a se sentar e deixar o mesmo sobre a mesinha ao seu lado.

- Meu pai é dono de uma das maiores empresas farmacêuticas do país. – Ele voltou a se “apresentar”, emendando com sua explicação. – Hoje, houve um acidente de avião. O avião pertence à empresa Takashima. Estão investigando se a causa do acidente foi por terrorismo, falha mecânica, falha humana, ou até mesmo acidente, por conta das drogas que estavam sendo transportadas. Provavelmente, meu pai não está respondendo as perguntas de ninguém. Consequentemente, eu sou o próximo alvo. Imprensa lota minha caixa de e-mail e, os poucos interessados que possuem meu número de telefone pessoal, não desistem de entrar e contato comigo, mesmo que eu não atenda as ligações desde de manhã. E isso se resume, principalmente, ao Takashima Kouyou, filho do presidente da companhia aérea.

Ouvi toda a sua explicação, raciocinando enquanto observava o visor ligado do celular, que voltava a tocar próximo ao seu braço. Ele parecia decidido em continuar a ignorar a chamada. De uma forma que eu não conseguir entender, pois somente o tremor do aparelho já me deixava irritado, como se fosse uma tortura.

Por algum motivo não aparente, decidi medir as palavras:

- Mesmo sendo seu amigo, - supus que Kouyou fosse, por ele ter admitido que aquele era o seu telefone pessoal. – você prefere não atender a ligação a admitir que não sabe de nada?

- Takashima Kouyou não é meu amigo. – Suas palavras foram simples e frias, sem rastro de algo mais.

Suspirei de leve, assentindo para que demonstrasse que havia entendido.

- Eu parei de trabalhar com o meu pai, mas isso não quer dizer que eu não tenha contatos. Contatos que possam me dar uma dica sobre o que pode ou não ter acontecido. – Ele explicou, finalmente, desviando o olhar de mim para o telefone ao seu lado.

Pousei o olhar sobre o aparelho que ainda vibrava, não escondendo meu incômodo. O qual o loiro não deixou de reparar. Logo em seguida, ele pegava o smartphone em mãos e o estendia à mim:

- Você quer atender? Pode dizer que estou muito ocupado para falar...

Suspirei profundamente, dando as costas aos dois e me deitando na cama. A última coisa que eu gostaria naquele momento era falar com meu ex sobre explosões aéreas.

- Não. Só preciso descansar.

Era o começo da noite, não estava com sono, mas preferi fingir aquilo. Podia sentir o olhar de Akira sobre mim, mas não me incomodei. Ele parecia levemente curioso, ou até mesmo impressionado, quando ouviu meu pedido:

- Pode desligar o telefone? O barulho dele vibrando me incomoda... – Eu não menti, o smartphone tocando era realmente um incômodo.

E ele não parava de tocar.

 

 

Ele era moreno. Sua pele era clara, mas estava moreno pelo sol. E também era coberta por tatuagens pretas em seus braços – e, talvez, pelo resto do corpo, não poderia saber. Seu olhar parecia sempre desafiador e sexy, combinava bem com sua barba bem feita. Era, sem dúvidas, o homem mais charmoso e sedutor naquele curso. Os cabelos negros eram bem cuidados e curtos. Arrepiados, possuíam luzes acinzentadas nas pontas. E, passaria o tempo que fosse, e não achava que entenderia como havia o conseguido como meu primeiro instrutor.

- Então, pelo que ouvi falar, - Avery descruzou os braços, olhando-me como se me analisasse. – o seu problema maior está em saber e decorar as coreografias.

Assenti de leve com a cabeça, concordando e tentando manter meus olhar em seus olhos castanhos. Mas era difícil diante daquele corpo definido. Naquele momento, estava preocupado em como conseguiria chegar perto dele sem começar a ter pensamentos impuros em minha mente. Estava começando a duvidar sobre aquilo ser sorte. Afinal, ele era uma distração. Acreditava que ninguém conseguiria dançar perto dele, concentrado.

- Para começar, quero que assista a algumas coreografias que enviarei para você agora. Escolha uma, ou partes de várias. Assim, na primeira aula, vou ver o que posso fazer por você.

E piscou um dos olhos para mim, sorrindo de canto antes de dar as costas e me deixar naquele corredor deserto.

 

 

 

 

 

- Eu não sei como proceder. – Admiti, segurando o riso enquanto me abanava com uma pasta de plástico.

Estava sentado no lado de fora do prédio, em um lado deserto da lanchonete. Deixei meu notebook aberto sobre a mesa branca, em cima de alguns papéis com textos sobre a história da arte. Era para eu estar fazendo meu trabalho, mas não conseguia me concentrar.

- É tão complicado assim? – Kai perguntou, segurando o riso do outro lado da tela.

- Ele é muito gostoso! – Admiti, sem perceber meus olhos brilhando. – Sério! Não sei como vou fazer para ter aulas com ele.

- Estou surpreso que não tenha transado com ele ainda! – Meu amigo admitiu, brincando. – Aliás, estou esperando que me diga que mentiu e que transou com o campus inteiro.

- Credo, eu não sou tão vadia assim!

Rimos com a bronca, antes de percebermos que os assuntos acabaram. Bocejei com o cansaço, mas estava evitando conversar com Akira desde o dia anterior. Por algum motivo, sentia como se estivesse escondendo alguma coisa dele ao não revelar que já namorei seu amigo-não-amigo Kouyou. A todo momento, sentia vontade de contar aquilo a ele, como se fosse uma obrigação. Entretanto, ao mesmo tempo, parte de mim se recusava a aquilo. De jeito nenhum, parecia uma boa ideia revelar.

Era estranho ter transado com o amigo-não-amigo do meu ex? Eles se conheciam. Eu não sabia sobre o passado deles, mas eles tinham algum tipo de relação – poderiam ser ex-amigos, ex-namorados, ex-ficantes, ex-integrantes de Reality Show ou, até mesmo, x-coleguinhas de acampamento. O quão estranho seria eu ter transado com os dois?

E eu quis repetir com os dois. Essa era a semelhança incomum.

- Você devia dormir, está cansado. – Kai fez mensão de desligar a chamada.

- Não! Preciso terminar esse trabalho. Me mantenha acordado. – Pedi, enquanto fingia dissertar algo no bloco de notas. Eu estava só fingindo mesmo. – Como estão as coisas por aí?

Percebi-o pensar um pouco, desviando o olhar e dando de ombros.

- A mesma coisa, não tenho novidades.

- E sobre o Ruki? Ele me contou do novo emprego...

- O Ruki entrou em contato com você? – Ele pareceu surpreso.

Assenti de leve, contendo o riso.

- Entrou, diretamente de Fukuoka.

Kai negou levemente com a cabeça, como se não aprovasse o gesto do amigo.

- Você não devia falar com ele. Para o bem de vocês dois...

- Que besteira. – Dei de ombros, tentando parecer despreocupado.

- Não, estou falando sério, Yuu. Ele não está batendo bem da cabeça, fazendo aquelas coisas... Não instigue ele, por favor.

Prometi com um gesto de cabeça, mesmo que achasse a reação do meu amigo exagerada. Era um pouco preocupante sim, mas era o jeito do Ruki. Sempre fora assim, não seria ali que iria mudar.

“Falando no demônio...” Pensei, quando recebi uma mensagem de texto:

Ruki: Posso te ligar?

- Kai, preciso dormir, vou desligar.

E, antes que ele pudesse questionar minha mudança de comportamento repentina, nos despedimos e realizei uma chamada de voz com Ruki.

- Pode me dizer o que anda acontecendo? – Perguntei, antes de qualquer saudação.

- Você primeiro: pode me dizer como consegue atrair tão facilmente os caras mais lindos e ricos que chegam perto de você?

Ri baixo, aliviado pelo meu amigo não estar irritado com aquela situação. Pelo contrário, parecia empolgado com o que eu havia me metido.

- Você tinha tantos para fisgar no outro lado do planeta, e escolheu justamente Suzuki Akira?

- Por quê? – Senti meu sorriso se desfazer aos poucos. – É tão problemático assim?

- É sério, nunca vou entender como você não dá uma pesquisada sobre a vida das pessoas na Internet antes e nem depois de transar com elas. É perigoso, sabia? Por um acaso, você gosta de ser surpreendido? Porque tem muitas informações na rede, sabe? E você NUNCA transaria com o Akira se procurasse sobre ele na Internet...

- Ruki... – Tentei interrompê-lo, mas ele não parava de falar.

- Quero dizer, talvez você até transasse... Mas, depende do que se passa na sua cabeça, claro. Dependeria do objetivo, seria até um aspecto interessante, se você deixasse cair alguma mídia do momento sem querer de propósito na Internet.

- Ruki, me explica logo o que você achou!

Eu já estava prestes a procurar, tamanha a curiosidade – embora, parte de mim me repreendia, como se eu esperasse que Akira, ou Kouyou, me contasse sobre o ocorrido. Mas Ruki já havia me mandado uma imagem.

A foto não demorou para carregar. Era de uma rede social de imagens, conhecida entre os famosos. Pude sentir minhas sobrancelhas erguidas quando encarei a foto, mal deixando espaço para que Ruki falasse.

Na imagem, haviam muitas pessoas. Mas, o foco estava somente em duas. Kouyou, de lado, no meio da multidão. Apesar de não ver seu rosto inteiro, era possível ter certeza de que era ele. Colada em seu corpo, a loira parecia extremamente eufórica e feliz. Dançava empolgada, de costas para meu ex, com o rosto virado para que retribuísse um beijo eufórico do loiro.

- Ashley. – Constatei, engolindo em seco e deixando Ruki surpreso.

- O quê!? Você também conheceu “ela”?

Mordi meu lábio inferior, antes de confirmar com a cabeça, mesmo que Ruki só pudesse me ouvir.

- Ela está na minha turma. – Expliquei. – E é uma vaca.

- Ah, ela é isso mesmo. – Percebi ele rir, mal crendo no que conversávamos. – Caramba, isso é muito complicado.

- Não sei o que pode ser tão complicado. – Dei de ombros de leve, refletindo. – A vadia vive ficando com o Akira. Mas ele não fica só com ela também, vive com outros. Eu fui um deles, não é surpresa que ela o traia também.

- Pode ser assim agora, mas, não era assim na época. – Ruki começou a contar, como se estivesse em um programa de fofocas. – Ashley namorava sério com o Akira. Dizem os boatos que ele já estava prestes a pedi-la em casamento, quando ela pulou a cerca. Kouyou e Akira, pelo que entendi, não eram melhores amigos; mas se encontravam de vez em quando. Em convenções, festas, pareciam se dar bem. Até o dia que a amada resolveu ficar com os dois e melou tudo. Yuu, eles pareciam apaixonados...

Eu não escutei mais palavra alguma sobre o que ele dizia. Não conseguia desgrudar os olhos daquela foto. Por mais que ele enviasse mais, dentre elas, de Kouyou e Akira se divertindo como meros amigos, e outras de Akira com Ashley em passeios românticos. Todas aquelas imagens estavam me deixando deprimido. E eu não conseguia parar de retornar os olhos para a primeira foto, por mais que Ruki falasse e enviasse mais e mais imagens, uma eterna tortura.

- De quando é essa foto, Ruki?

Eu não queria procurar sobre o ocorrido, não queria me torturar, não queria saber mais do que o meu amigo acharia que eu poderia aguentar sabendo – ou, pelo menos, acreditava que ele poderia amenizar as coisas para meu bem, ao invés de querer ser um irritante sabe tudo.

- Foi há cinco meses atrás. – Ele pareceu refletir um segundo, suspirando ao lamentar. – Me desculpa, Yuu...

Senti um pouco de mágoa transbordar pelos meus olhos, torcendo meus lábios, enquanto lutava para parecer estável.

- Tudo bem, Ruki. – Admiti. – Você não tem culpa...

E respirei fundo, sentindo parte do meu ódio esvair enquanto observava a loira na imagem. Já não bastava ela estar com Akira, ela também havia ficado com Kouyou.

E o maior esforço para me segurar, eu não sabia qual era: ligar para Kouyou, xingá-lo e perguntar por que ele havia feito aquela loucura; ou sair, pelo campus, a procura de Ashley, dar na cara dela.

 

 

 

 

 

Os dias foram se passando e parecia que minha amizade com Akira estava normal. Ao contrário do meu comportamento perto de Ashley. Aparentemente, estávamos começando uma guerra nas aulas. Eu estava até treinando mais coreografias, para que não ficasse tão defasado perto dela. Embora ela fosse mais fria e dura ao dançar, robotizada, o fato de eu não saber muitos passos não me ajudava muito.

- Quero que você se foque neste vídeo que eu te mostrei. – Avery explicou, apontando para a moça do meio. – Foque na MayJ Lee*. Quero que você aprenda os passos dela, nesta dança. No final do semestre, Alecia pedirá que seus alunos façam uma apresentação para análise. Sua e minha. Quero que se apresente com essa coreografia. É bem simples, só o refrão da música. Sei que você consegue, mas precisa treinar bastante.

Ele tentava me acalmar, enquanto eu assistia ao vídeo de apresentação. O refrão que tocava era de uma música do Zayn, PILLOWTALK. Eu achava a música agradável, então, não achei ruim. E, apesar dos passos parecerem fáceis inicialmente, eu perceberia que era um pouco mais complicado decorá-los ao mesmo tempo que tentasse concluí-los com desenvoltura.

 

 

 

 

 

 

Estava no meu dormitório, cansado fisicamente demais para treinar meus passos. Por outro lado, tentava ver aquele vídeo diversas vezes, no modo normal e no modo lento, na esperança de aquilo me ajudar a decorá-lo. Passava das três da manhã, e demorei para perceber que Akira estava acordado.

Olhava para o teto, imóvel por um bom tempo antes de começar a falar. Precisei baixar um pouco o volume da música para que pudesse ouvi-lo.

- Ela está transando com Avery.

Palavras simples, um fato simples que provocava grandes sensações. Ele parecia extremamente triste em falar aquilo. Talvez, antes, não quisesse falar. Mas, precisou se abrir para alguém.

E eu, talvez, não fosse a pessoa certa para ouvir aquilo. Já odiava a garota por ter ficado com meu ex. Depois de ouvir aquilo, conseguia odiá-la mais um pouco por estar fisgando também meu instrutor. E conseguia ficar com mais ódio ainda por perceber como ela machucava meu amigo ao fazer aquilo.

- Ela é uma vadia.

Ele me olhou, não como se me repreendesse pelo que eu disse. Parecia machucado, sensível como eu não havia o visto antes. Em seus olhos, vi que ele ainda a amava, e aquilo conseguiu me irritar profundamente.

Ele voltou a fitar o teto escuro acima de nós, escolhendo as palavras cuidadosamente para aquela conversa.

- Não éramos assim. Mas acho que você já deve saber...

- Hm. – Assenti de leve, tentando ser compreensivo. – Quero saber por você mesmo. A Internet tem muitas histórias caprichadas.

E aquelas palavras repetidas novamente pareceram reconfortá-lo de alguma maneira. Provavelmente, eu era, entre muitos, um dos poucos que não ficava apontando-o pelas costas, fazendo suposições sobre o ocorrido e sobre seus sentimentos. Ao contrário, eu dava espaço para que ele os revelasse para mim.

Ele não demorou muito para falar.

- Eu conheci a Ash em um evento nacional de dança há alguns anos. – Ele parecia estar trocando confidências com o teto, sorrindo de leve em algumas partes da história. – Ela foi tão doce... Amava a dança, como eu. Pensava em fazer o mesmo curso que eu. E nem me toquei de que ela sabia quem era minha mãe... Uma das maiores e mais conhecidas coreógrafas da América. Não pensei que ela seria fã da minha mãe. Às vezes, esqueço, que as pessoas são fãs da megera.

“Ficamos próximos rapidamente. Não demoramos para nos apaixonar. E, apesar de algumas pessoas falarem que ela estava comigo por interesse, preferi não acreditar. E, para falar a verdade, acreditei que ela gostava de mim. Talvez, não tanto no começo, mas depois de tantos anos juntos, ela estava realmente me amando. Então, eu decidi dar uma festa. Naquele dia, propus o casamento. Não com um noivado oficialmente público, primeiramente, falei com ela a sós. No próximo ano, eu estaria terminando o curso de dança. Ela, começando. Seria uma nova fase em nossas vidas.

Por algum motivo, aquela noite não foi suficientemente importante. Ela ficou com um dos meus amigos, na frente de todos. Ela podia ter me privado da humilhação, mas não. E ele não era exatamente apagado da mídia, sabe? Se não fosse alguém influente, talvez, não virasse notícia. Mas, toda aquela situação...”

Eu o escutava com tanta atenção que não me atreveria a interrompê-lo. Fosse para consolá-lo, ou xingar Ashley, Kouyou ou, até mesmo, o destino.

- Depois daquele dia, as coisas ficaram diferentes. – Ele continuou. – Eu repeti o ano no curso porque não consegui notas na apresentação final. Por isso, não preciso de notas em todas as matérias, porque só faltou a aprovação dos jurados na apresentação final. E eu não estava em condições de pedir uma nova apresentação. Não tinha ânimo para continuar com o curso.

“Passei as férias de verão evitando Ashley. Era quase impossível, não conseguia me afastar. Por fim, resolvemos ficar juntos, tentaríamos um relacionamento aberto. Nunca estive em um, mas resolvi experimentar.

No começo, não conseguia ficar com mais ninguém, ao contrario dela. Ela me cobrava um pouco, como se eu a sufocasse. E eu teria de fazer por ela. Se não pudesse tê-la inteira, precisava mantê-la perto de mim, que fosse por uma parte dela. Então, colaborei.”

Akira parecia decidido em justificar suas ações, como se eu estivesse o julgando mal.

- Então, comecei a ficar com outras pessoas. Mas não sei o equilíbrio. – Ele virou o rosto em minha direção, os olhos tristes. Era a vez que ele parecia menos indecifrável para mim. – Não sei como ficar de vez em quando com alguém. Ou me apego, ou não me apego nem um pouco. Às vezes, para não sufocá-la, preciso fingir desinteresse ou preocupação. Porque, ela está tão diferente. Se fico demais no pé dela, ela me afasta, e eu não quero isso.

“Eu a amo. E, por mais que ela pareça insensível, com tudo o que nós passamos, com todas as coisas que aconteceram para isso, pisando em meus sentimentos; eu a amo mais do que amei qualquer outra pessoa em minha vida.”

Quando ele terminou de falar, tive a impressão de ver seus olhos marejados, mas não pude ter certeza, por conta da pouca luz que havia no quarto. E não me atreveria a acender qualquer luz para vê-lo melhor. Ele parecia ter demorado parar criar coragem de falar algo, por mais que quisesse colocar os sentimentos para fora. E eu não pioraria aquele momento para ele.

Também tive uma incrível vontade de me levantar e abraçá-lo. Mas, não sabia se aquilo era apropriado. Ele estava triste e queria um abraço, mas não o meu abraço.

O espaço da cama nos separava e parecia bem representativo. Era como nossa relação. Naqueles meses que se passaram desde que descobri sobre Ashley e Kouyou, Akira havia se tornado meu amigo. Eu já havia transado com ele uma vez, mas nunca havíamos tido uma intimidade daquele tipo, sentimental. E, apesar dele estar se abrindo para mim, eu ainda não tinha coragem de me abrir para ele.

Eu podia contar como eu também estava chateado. Que o ocorrido também me chateou, pelo lado do Kouyou. Podia revelar como tudo aquilo me atingiu de alguma maneira, mas, por algum motivo, aquilo pareceu perder a importância. Parecia inadequado ou perigoso falar algo, como se pudesse estragar a amizade que tínhamos. Afinal, eu namorei aquele amigo dele que havia estragado sua vida.

Suspirei de leve, não demonstrando a aflição que sentia diante às confissões naquela conversa de travesseiros com ele. Somente quis encurtar a distancia que tinha entre nos, estendendo a mão para que pudesse tocar a dele de leve.

Estava com ele, e ele precisava saber daquilo.

 

 

- Tudo bem, eu achei que não precisasse dizer para você se soltar, isso eu sei que você sabe. – Akira coçou levemente a cabeça após observar minha apresentação.

Ele estava me ajudando.

Estávamos em uma das salas vazias, uma que ele havia conseguido a chave.

A verdade era que, enquanto Avery se mantinha ocupado com “atividades extracurriculares” com Ashley, Akira havia decidido me ajudar. E ele, realmente, não era mal dançarino. Aliás, me perguntava como não havia conseguido as notas na apresentação final. Em poucas semanas, ele já conseguia fazer a coreografia inteira. Coisa que eu estava começando a duvidar que aprenderia nos cinco meses que tinha – ao todo, porque ali, naquele momento, eu só tinha mais dois para o fim do semestre, e não desenvolvia os passos com facilidade ainda.

- Aqui, entre o quarto e quinto passos, você precisa ser ainda mais desinibido, não tenha medo de parecer impróprio... – Ele se postou atrás de mim.

Foi impossível segurar o riso com ele tão perto, encostando em mim. Com Avery, eu não permitia toques, e ele não insistia em um método do tipo. Porém, com Akira, eu permitia tudo, e ele fazia o que podia para achar o melhor método de me ensinar.

Controlando meus movimentos como se eu fosse um boneco, às vezes, funcionava. Em outras, eu ficava um pouco nervoso com sua aproximação. Como se fosse algo proibido.

- É sério, Yuu, não ria. Pense em como vai ser bom fazer isso lindamente na cara da minha mãe.

Mas só consegui ficar sério por Ashley. Nunca admitiria aquilo para ele, mas era para superá-la, ser melhor que ela, que eu me esforçava tanto.

Então, permiti que ele ficasse atrás de mim, mostrando como eu deveria fazer os movimentos com as mãos. Pude sentir as mãos dele deslizando pelo meu tronco, ao mesmo tempo em que eu pendia levemente o pescoço para trás, em seu ombro.

Era para eu ser leve naqueles movimentos, mas sua aproximação não deixava.

- Você está muito tenso, precisa relaxar. – Ele estava levemente irritado, como se ele se sentisse impotente naquela situação, um mau professor.

E eu não podia negar que era realmente culpa dele. Simplesmente, eu não conseguia relaxar com ele tão próximo de mim.

- Vamos, Yuu. Feche os olhos e relaxe. – Ele pediu baixo em meu ouvido, como se, desse jeito, pudesse ajudar. - Esquece os passos que decorou. Vá pelo ritmo da música...

E, conforme pedia aquilo, moveu levemente o corpo colado ao meu, segurando firmemente minha cintura. Era somente uma tentativa de me fazer relaxar, mas estava me instigando de uma maneira diferente do que ele queria – ou, pelo menos, eu achava.

Principalmente, quando ele começou a sussurrar a letra da musica em meu ouvido:

- Ooh, climb on board... We'll go slow and high tempo... Light and dark... Hold me hard and mellow...

Senti minha respiração pesar diante aquele movimento leve, esquecendo que estava em uma sala de aula. Esquecendo que estava no campus, no planeta.

- I'm seeing the pain, seeing the pleasure, nobody but you, 'body but me... 'Body but us, bodies together... I love to hold you close, tonight and always... I love to wake up next to you... I love to hold you close, tonight and always...I love to wake up next to you...

E, quando dei por mim, não permiti que ele cantasse o refrão da música daquela forma sexy no meu ouvido. Já havia virado para ele e tomado a atenção de seus lábios em um beijo faminto. Um beijo contido por todos aqueles dias, e que ele retribuiu.

Aquele era o jeito de aliviar minha tensão. Conforme a música tocava ao fundo, senti as mãos dele percorrerem o meu corpo, como se ainda ensinasse aquele movimento a mim, mas com uma vontade diferente explicita. Passei as unhas de leve por sua nuca, enquanto esfregava meu corpo de leve no dele, no ritmo da música, logo sentindo minhas costas no espelho gelado atrás de mim.

De repente, o beijo parou e olhei-o nos olhos. Eu estava aflito. Estava com medo dele me repreender, mas ele não o fez, nem de perto. Tinha medo de ver vingança em seus olhos ou nos meus, afinal, a vadia da namorada dele devia estar fazendo algo parecido em alguma das salas do campus com o meu instrutor. Mas não vi vingança ou confusão. Ele estava certo do que queria quando rocei os lábios nos dele, olhando-o nos olhos.

- Você tem que se soltar... – Ele dizia sem se afastar dos meus lábios, deslizando as mãos pelo meu corpo.

Enquanto ele falava, media seus toques, esperando meus movimentos em busca deles. Principalmente, quando uma de suas mãos parou próxima do meu membro, ameaçando acariciá-lo por cima da calça.

- Sabe a hora você se solta todinho durante a transa? – Ele mordeu o lóbulo da minha orelha, ainda sussurrando. – Então... você precisa fazer o mesmo na dança. Deixe que os movimentos aconteçam naturalmente. Sem forçar nada. E não tenha medo de julgamentos, liberte-se.

- A-akira... - Resmunguei baixinho, mal prestando atenção sobre aquelas palavras sobre dança.

O que eram lições sobre dança naquele momento?

Porém, ele me virou contra o vidro, fazendo-me ficar de costas para ele novamente. Não parou com os toques, a contrario, senti ele pressionar meu corpo com o próprio contra o espelho. Até podia ver nossa respiração embaçar o vidro, enquanto ele voltava a cantar baixinho em meu ouvido:

- Then we're free, it's a thin line... I'm seeing the pain, seeing the pleasure...

Senti sua mão deslizar por dentro da minha calça, passando pela barreira da boxer, e ele começou sua tortura psicológica. Já estava arrepiado e excitado sem muito esforço, arfando de leve enquanto sentia os movimentos que ele fazia contra minhas nádegas.

Chegava a me sentir agoniado ao morder meu lábio inferior, não contendo os gemidos enquanto ele massageava meu membro em uma masturbação leve.

Eu já estava implorando por mais quando ele afastou as mãos de mim. Mas, ao contrario do que pensei que veria a seguir, ele não começou a tirar suas roupas ou me jogou pela parede, ou algo do tipo. Ele simplesmente, se afastou e desligou a música.

- Você não ‘tá se esforçando. – Explicou, enquanto se sentava em uma das caixas de som. Cruzou os braços e me desafiou com o olhar.

Pela sua respiração, percebi que ele estava se esforçando para permanecer quieto.

E eu não podia deixar que ele fizesse aquilo comigo. Se tinha uma coisa que poderia me irritar, era me deixar na mão depois de me excitar.

Respirei fundo, tentando ser paciente, enquanto me aproximava dele. Mas passei por ele, para sua surpresa. Ele achou que eu insistiria nos toques de imediato, estava pronto para me torturar, se esquivar e me deixar sozinho.

Mas eu tinha que conquistá-lo com a dança, ou sabia que ele continuaria fugindo, era uma chantagem. Atrás dele, no lado oposto e menos iluminado da sala, havia uma barra de aço que ligava o chão de carpete cinza ao teto. Liguei o som novamente, aquele momento, reproduzindo a música Sweet Dreams, na versão de Marilyn Mason.

No ritmo lento, sob seus olhos distantes, comecei a movimentar meu corpo. Inicialmente, dancei um strip-tease, sorrindo de leve ao perceber a surpresa em seu rosto. Eu não imploraria por seus toques, não precisava.

Dancei um pouco do que sabia com a barra, ali sim, conseguia ser livre nos movimentos, como se confiasse no poste.

- Você conheceu o Pole Dance? – Ele parecia levemente incomodado ao ver eu fazer alguns giros.

Era uma tortura para ele, então, sorri e parei com os giros simples, que seriam mais fáceis para mim, caso o loiro não tivesse me deixado excitado minutos antes.

- Parece, então, que encontramos sua especialidade. – Ele comentou, com um autocontrole que o fazia parecer que estávamos em um café, conversando sobre o tempo.

Afastei-me da barra prateada e fui em sua direção, enquanto terminava de me despir. Se ele tentasse falar, me afastar, eu não deixaria.

Mas ele ficou quieto, mesmo quando segurei seu rosto entre minhas mãos e roubei um beijo, mordendo seu lábio inferior em seguida. Também não me impediu quando comecei a tirar suas vestes. Não sabia se era um truque, se eu havia conseguido me soltar na dança, ou se simplesmente ele havia desistido daquele joguinho. Só sabia que era uma oportunidade que eu não deixaria escapar.

 

 

Soltei meus cabelos de um rabo de cavalo, observando meu reflexo decidido no espelho. Fisicamente, eu não parecia bem. Estava treinando demais. Treinava com Avery, com Akira e sozinho naqueles últimos dois meses. Sem contar que meus treinos com Akira nunca terminavam em só dança. E eu não sabia administrar o meu tempo. Treinava demais fisicamente, sobrando a hora de dormir para fazer os trabalhos teóricos.

Nesta hora, Akira chegou a me ajudar também. Deixou que eu visse seus antigos trabalhos. Eu não podia copiar literalmente, mas serviam como base de algo.

Mesmo assim, era pouco, o tempo que eu usava para dormir. E isso resultava em alguns dias em que eu parecesse uma múmia, de tão cansado que estava. Ainda me sentia como se estivesse colando em uma prova, treinando tanto com meus dois instrutores e com acesso a trabalhos antigos.

Tentei não me preocupar com isso e tomei um gole do meu café forte, em seguida, passando uma base leve em meu rosto, mas que cobrisse minhas olheiras. Era o dia da apresentação na aula de Alecia, e eu sentia que tinha que arrasar até no visual. Marquei bem os olhos e observei se eu parecia ameaçador para Ashley.

Mandei um beijinho para eu mesmo no reflexo do espelho e saí da sala. Não podia fazer como no primeiro dia da aula de Alecia e me atrasar, por isso, quinze minutos mais cedo, já estava na porta de sua sala.

Não demorou muito tempo para chegarem outros alunos. Pude ver Ashley ao longe, chegando com Akira. E, sinceramente, eu não sabia o quanto ela sabia sobre nós. Não sabia se ela se interessava em saber, ou se Akira havia falado para ela, sem que ela perguntasse. Por outro meio, não saberia. Eu ainda tinha meus meios de calar o diretor e suas câmeras.

De todo modo, ela sempre me olhava com nojo. Mas, como era uma expressão sua muito comum, principalmente comigo desde que cheguei, aquilo não era prova de nada.

- Bom dia. – Disse para ela, mas o sorriso foi para o seu namorado.

- Boa sorte, amor. – Akira desejou à namorada com um selinho, e olhou para mim em seguida, desejando o mesmo.

Ou, por ilusão, acreditei que até mais. Não saberia dizer.

- Vou tentar ver sua apresentação pelo vão da porta. – Ele riu baixo ao avisá-la.

Todos os alunos do primeiro ano entraram na sala, que estava agradável por conta dos aquecedores. Fazia frio do lado de fora.

Alecia não demorou com as palavras antes de começar as apresentações. Desejou boa sorte e chamou, um a um, as duplas e grupos dos seus instrutores. Aquilo despertou o nervosismo em alguns alunos, pois a maioria acreditava que a apresentação seria feita individualmente.

- Próximo grupo. – Alecia chamou, impassível de emoções ao ajeitar os óculos na ponte do nariz. – Aprendizes do Avery Simons, por favor.

Então, levantei-me junto com outras duas garotas. Ashley e Caroline. A ruiva era gentil e eu até gostava dela, mas não imaginava que ela tinha Avery como instrutor. Fiquei tão concentrado em superar Ashley, que não pensei na possibilidade de haver outra concorrente além dela.

Para piorar, Ashley parecia extremamente confiante ao subir os dois degraus e se dirigir ao meio da sala, onde Avery nos esperava.

- Escutem. Eu ensinei a coreografia a vocês, se concentrem em seus passos, cada um. Vocês tiveram o mesmo tempo para treinar, não vão fazer feio! Não fiquem prestando atenção no movimento do outro, ou podem se confundir. Tudo ok? – Esperou assentirmos antes de continuar as instruções. – Yuu, fique à frente, no meio. Vocês duas, fiquem um pouco atrás. Ash, fique à esquerda do Yuu. Carol, do outro lado. Colocarei a música assim que estiverem prontos.

Nos posicionamos e nos alongamos brevemente. Olhar os outros alunos nos encarando não era uma coisa que eu estivesse acostumado, mas tentei imaginar que tivesse somente Akira me observando – eu sabia que estava, só não sabia onde.

Mas não podia me sentir melhor. Estava no meio, normalmente, o melhor fica no meio. Tudo bem, que o diferente ficaria no meio de qualquer jeito – um homem entre as mulheres. Afastei esse pensamento negativo da cabeça, concluindo que eu nem era tão masculino assim, para precisarem me deixar no meio.

Quando a musica começou, segui os conselhos de Avery: esqueci a existência das duas garotas. Não sabia se elas estavam indo bem ou não. Não sabia se estávamos sincronizados, e não me preocupei com isso. Somente me preocupei em realizar a coreografia.

O que não esperava era que Avery seguisse literalmente os passos do vídeo. No primeiro minuto, fizemos exatamente os mesmos passos. Mas as duas, como no vídeo, pararam no primeiro minuto. Ele não pediu que elas focassem na garota do meio, como eu. Ou seja, minha coreografia tinha quinze segundos a mais.

Quinze segundos parecem poucos, mas foram o suficiente para me fazer arrasar na apresentação. As pessoas conseguiram ficar ainda mais surpresas, pois a impressão que ficou foi de que, sozinho, e sabia fazer mais que as outras duas garotas, como se elas fossem meras acompanhantes minhas. E eu não poderia ficar mais feliz naquele momento. Nada poderia estragar aquilo.

Nem mesmo o olhar de ódio que Ashley lançou para mim enquanto eu sorria. Ela estava declarando: estávamos oficialmente em guerra. 


Notas Finais


*PILLOWTALK – É o título de uma música do Zayn (ex-integrante do One Direction). A tradução significa “Conversa de Travesseiro”. A tradução da música que o Yuu dança e o Akira canta pode ser encontrada neste link: https://www.letras.mus.br/zayn-malik/pillow-talk/traducao.html (também dá para ouvir ela por este link)

*MayJ Lee é uma coreógrafa coreana. A coreografia que o Avery ensina seus aprendizes é exatamente essa: https://youtu.be/gCVVGSELRn0 (é complicado descrever; como não sei se descrevi a ponto de imaginarem, achei melhor mostrar qual coreografia me serviu de base para o capítulo, se alguém quiser ver rs)

Agradeço a quem comentou os capítulos anteriores, pois foi essencial para que eu continuasse a escrever nesses últimos dias loucos. E peço desculpas por erros (seja gramatical ou de coerência), pois é chatinho escrever pelo celular e tablet. Não me habituei ainda, não essa fanfic, pelo menos. Rs' Mas, enquanto estou sem pc e tenho inspiração, não vou deixar ela se esvair, se consigo escrever nestes outros lugares, né. (Ah, sem contar o meu sono, só quis saber de escrever a madrugadz inteira! <(°o°>)~)

Até o próximo capítulo! Que eu não sei quando é, mas que espero que logo de novo... haha' Beijiinhos 😘


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