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História Linguagem Secreta das Flores - Centáureas


Escrita por: cactae

Notas do Autor


oioioi <3

ignorem todos e quaisquer erros, não betei.

Ah, LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!!!

Boa leitura~

Capítulo 16 - Centáureas


A correria era palpável, que dizer, estávamos na véspera do festival de primavera, o bloco de cultura e arte estava agitado, os cursos que faziam parte dali estavam ajudando uns aos outros, já que cada um ia apresentar-se de alguma forma.

O bloco de Jimin não era exatamente o mesmo que o meu, mas era perto e, graças ao seu horário maravilhoso, ele não tinha aula naquele dia e estava me ajudando com os preparativos finais do desfile, já que eu não conseguia ficar parado dando os últimos retoques nas peças, mas não era para menos, por ser o presidente do centro acadêmico, eu tinha responsabilidades demais e não conseguia focar em uma só coisa.

Ainda não havia visto Namjoon hyung – que provavelmente estava em seu bloco agora, que era um tanto longe do meu – tampouco Hoseok hyung, que quase nunca parava quieto em algum canto e provavelmente estava tendo alguma aula aleatória ou com Jin hyung, já que eles não se desgrudavam e eu não duvidaria que logo logo o Jung apareceria com quilinhos a mais por não sair mais da cafeteria do Kim mais velho.

Eu estava gostando da forma que as coisas se encaminhavam para os meus hyungs, e para mim também. Jimin e Yoongi hyung estavam mais unidos, talvez o problema que meu melhor amigo estava tendo com sua família tenha os aproximado mais, porque tinha em mente que, às vezes, Jimin precisava de um tipo de apoio que eu não sabia se poderia dar, ainda que estivesse sempre para ele e por ele, independente de qualquer coisa ou pessoa que pudesse cruzar nosso caminho. Hoseok e Jin hyung não se assumiam como namorados, mas era bonito como se davam bem juntos, pareciam duas crianças quando brincavam, mas também eram como dois pais ao se preocupar conosco, já em relação a mim e a Jeongguk, bem, as coisas estão indo, não sei para onde, mas estão, e talvez eu esteja gostando do rumo que elas estão tomando, seja ele qual for.

— Parece no mundo da lua hoje, pequeno. — Jiminnie deixou um selar em minha testa, afagando meus cabelos e pegando mais uma pedraria para costurar na linha da princessline do vestido que eu havia produzido. — Aconteceu algo?

— Não, não. — Pigarreei. — Só estou nervoso por conta do desfile, estou com medo de, por estar envolvido em muitos projetos, não tenham ficado como devem, sabe? Ainda que falte alguns semestres para eu me formar, não quero que olhem para o meu trabalho e digam que parece coisa de estudante. E, não me chame de pequeno, sou maior que você.

— Ser maior que eu não significa dizer que você vai deixar de ser o meu pequeno, porque não vai. — Mostrou a língua. — E não fique nervoso, está bem? Eu estou aqui e nossos amigos logo estarão também, além de suas peças estarem ótimas. Quem diria que o seu romance com o vizinho bonito das flores resultaria em uma coleção conceitual para esse festival de primavera, hum? Você tem um talento, dom, habilidade, seja lá do que você chama isso, incrível, Taetae. Aposto que os empresários que estarão assistindo isso concordarão comigo e logo você receberá uma proposta de emprego tentadora, e se receber, por favor, aceite, você precisa ser o cara rico, bonito, estiloso e gostoso que irá me sustentar.

— E eu? — Yoongi hyung surgiu abraçando o namorado por trás, fingindo falta indignação com aquilo. — Achei que eu seria o cara rico, bonito, estiloso e gostoso para você, sem a parte de te sustentar, é claro, porque não sou nem obrigado.

— Exatamente por isso você será o amante, honey. — Park deu de ombros.

— E por que tu não vai trabalhar, criatura? Está fazendo faculdade para quê, então? — Semicerrei os olhos.

— Para ter um diploma e esfregar na cara de geral, não é óbvio? Você vai ser meu sugardaddy e eu, seu babyboy, mas sem a parte fetichista disso, claro.

— Só porque eu já estava te imaginando de meias três quarto e sainha pregueada. — Fingi um muxoxo, recebendo um tapa no braço dado por Jimin. — Você acaba com minhas fantasias assim.

— Vocês são ridículos. — Yoongi riu, entrando na brincadeira também. — Se essa palhaçada fosse real e oficial, você, mocinho. — Apontou para mim. — Seria um sugar doente, ops, daddy morto e esse outro, que eu chamo de namorado, seria um babyboy viúvo.

— Por que iria matar a mim e não a ele?

— Porque aí ele receberia toda sua herança e eu aproveitaria, não posso ser burro e matar o lado miserável da história.

— Isso foi ofensivo, Yoonie. — Jimin virou para o namorado, todo manhoso. — Não precisa ser tão possessivo e mal assim, eu sou só seu. E do Taetae também, mas são tipos de interesses diferentes.

— Vocês são ridículos. — Foi a minha vez de dizer, afastando-me deles, que agora estavam dando beijos apaixonados como se não tivessem o que fazer.

Passei meus olhos pelo local, vendo se já estava tudo pronto para o outro dia, já que estava quase a escurecer e eu não podia dar-me ao luxo de alguma coisa dar errado, já que era um evento do bloco e a reputação de todos os cursos dali dependerem disso, até porque, quando se decide ser de algum curso voltado a arte, já exigem de você toda uma condição que superem as expectativas para coisas que puxem essa área, ou seja, quase tudo.

Logo mirei em uma criatura curiosa, analisando uma escultura de alguma coisa que eu não soube o que era, mas soube que era sua, já que ele denotava um olhar de devoção sobre a obra de arte. Ri contido, afastando-me do meu trabalho, decidido a curtir um pouco o ócio ao lado de um alguém específico.

Cruzei o pátio – que estava com a decoração sendo finalizada com luzes de led, flores de plástico reciclado e cordões de arbustos artificiais – logo chegando por trás do ser humano em questão e o abraçando, depositando um breve selar em sua nuca e rindo do pequeno susto levado pelo garoto.

— Taehyung, não chegue assim, eu quase derrubei a escultura que eu fiz para você. — Jeongguk virou-se para mim, dando-me um selinho rápido.

— Pra mim? Quero ver! Posso ver?

— Poder pode, mas não agora. — Afastou-me um pouco de si, para, assim, me puxar pelo pulso, impedindo-me de ver o que eu tanto estava curioso. — Aliás, você não tem o que fazer não?

— Nossa, eu venho todo bonitinho passar um tempinho com você e você, praticamente, me expulsa. Assim você parte meu coração, Jeon Jeongguk.

— Ei! Não é isso, seu bobo. — Puxou minha cintura para si, colando nossos corpos. — Mas achei que o senhor presidente do centro acadêmico do Design-moda estivesse ocupado demais para dar atenção aos meros plebeus.

— E eu até estou. Mas arrumo um tempinho para você, já que é meu plebeu favorito.

— Sou é? Então, mereço um tratamento especial?

— Todos que quiser. — Mordi seu queixo de levinho, antes de roubar um selar demorado daqueles lábios. — Acho que está me acostumando mal, me mimou demais com seus beijos que agora não sei se posso aguentar mais do que poucos segundos sem eles.

— Acho que vou continuar mimando então, porque eu não quero que você aguente.

Quando íamos, finalmente, começar um beijo de verdade, senti dois corpos sendo jogados contra os nossos, nos fazendo bater os dentes um no outro e cair na grama fofinha, logo escutando risos exagerados e bonitinhos dos nossos hyungs, já sabendo de quem havia sido a ideia brilhante de atrapalhar nosso momento.

Alternei meu olhar de Jeongguk – que estava caído, rindo e me puxando para si – para Jimin e Yoongi hyung, que se encontravam no chão também, e depois para Namjoon hyung que estava com os cabelos molhados, indicando que acabara de sair de alguma aula prática, já que cursava educação física.

— Em minha defesa, eles que pediram para serem empurrados. — Namjoon hyung deu de ombros, sentando-se na grama, próximo a nós.

— Eu não pedi nada, foi o Jimin. — Yoongi hyung se defendeu, sentando-se e limpando os resquícios de terra em suas vestimentas.

— E o Nammie, como bom cunhado que é, fez isso por mim. — Jimin não se sentou, só aproveitou as coxas do namorado para repousar sua cabeça nelas.

— Uma atitude nada infantil a de vocês, admito. — Mostrei o dedo do meio para eles, aconchegando-me mais no peito de Jeongguk.

— Vocês estavam bonitinhos demais, eu precisava atrapalhar. — Jimin e seus ciúmes. — Mas nem foi por isso que viemos até aqui mesmo, nós queremos chamar vocês pra sair para comer, sabe? Passamos o dia trabalhando aqui, merecemos um descanso e muita comida.

— Nossa, sim! Estou com tanta fome. — Jeongguk acariciava meus cabelos ao falar com os hyungs. — Mas para onde iríamos? A Soul Jin’s não vende o tipo de comida que eu quero.

— Lógico que a Soul Jin’s não vende a comida que você quer, já que Kim Taehyung à alguma coisa não é um prato muito pedido — Jimin e suas piadinhas a nível de Jin hyung. — Brincadeiras a parte, eu já falei com o Hobi e ele vai passar na cafeteria para levar o hyung de moto, ele disse que estava com saudades de comida ocidental e que a gente passasse o endereço de algum restaurante de comida assim que iríamos para lá.

— Ele decidiu o que nós comeríamos por nós? Que ótimo. — Yoongi e seu eterno pé atrás com Hoseok hyung.

— Poupou meu trabalho de libriano de ter que decidir alguma coisa, amém. — Jimin um, Yoongi zero.

— Certo, certo, mas só quem tem carro aqui é o Namjoon hyung, e nós somos... Nossa, dá certinho. Uhul! — Jeongguk riu, beijando o topo da minha cabeça.

— Então, vou eu com o meu irmão na frente e os três mais novos atrás, tudo bem? — Joonie hyung indagou, olhando para nós.

— Certo, mas para onde vamos?  Há restaurantes ocidentais por toda parte.

— O Chim tem razão, hyung.

— O Hobi hyung é brasileiro, não é? Já que ele está com saudades de uma comida ocidental, nada melhor do que ser do próprio país, ele deve sentir falta de lá.

— Jeongguk, você é um gênio, eu só não te beijo porque você não me atrai, mas considere-se presenteado de alguma forma.

Todos rimos, menos o Min, já que parecia ainda não saber lidar ainda com o fato do namorado ser metido a engraçadinho daquele jeito. E isso foi provado quando todos levantamos, prontos para partir em direção ao carro, já que a fome era enorme, e pudemos escutar o Yoongi hyung brigando com o Jiminnie, imitando sua voz enquanto dizia que ele não beijaria o Jeongguk porque ficaria com a boca costurada para parar de falar tanta besteira por metro quadrado. E eu até pensaria que o meu melhor amigo estava digerindo tudo aquilo ou até mesmo levando uma mísera palavra sequer em consideração, mas isso não pode ser constatado, já que, quando eu e Jeongguk olhamos para trás, observando a discussão dos mais velhos, vimos que o mais novo entre o casal se segurava para não dar gargalhadas.

E eu muito agradecia que ele não fizesse isso, já que eu ainda queria voltar com um melhor amigo vivo para casa.

 

 

O trajeto até o restaurante havia sido uma verdadeira bagunça, já que Jimin quase não colocava o cinto por ser inquieto demais e ter feito questão de sentar entre mim e Jeongguk, segundo ele, impedindo-nos de fazê-lo segurar vela, o que seria meio impossível já que ele teria o Min para conversar – já que não ousaríamos distrair os olhos do Nam hyung da estrada – além disso, o garoto ainda levantou uma pequena discussão sobre qual música deveríamos ouvir e isso gerou uma briga tremenda.

Eu estava super de boa com qualquer coisa que os mais velhos quisessem escutar, desde que não fosse poluição sonora. Até sugeri colocar algum clássico dos anos noventa, mas fui ignorado – era de se esperar – Jeongguk também sugeriu, mas ninguém ali aguentava Justin Bieber a não ser ele, e isso até me fez ficar com dó do coitado, só que não. Já o park parecia se embalar de uma batida sensual imaginária, já que mesmo com suas sugestões sendo ignorado com total sucesso, ele balançava-se no ritmo de um rap estadunidense como se fosse a própria Nicki Minaj, ainda que o rapper em questão fosse um que não tinha muito meu apreço, mas não questionaria, afinal, não queria ser jogado no meio da rua por questionar o gosto musical duvidoso dos irmãos.

Quando chegamos ao restaurante, ficamos um tempo esperando os outros chegarem ainda. E eu até acreditaria na desculpa dada por Jin hyung quando ele disse que tiveram que parar para abastecer, mas não era bem aquilo que aquelas marcas no pescoço de Hobi diziam.

Comemos com tranquilidade até, mesmo que o Jung ficasse reclamando de faltar tal tempero brasileiro em tal comida, dizendo que não era daquele jeito que a picanha deveria ficar, chegou até mesmo a chamar o chef do local – que era um brasileiro muito bem apessoado – e lhe explicar que agora, no Brasil, eles usavam umas formas de tratar a carne diferente e que aquilo poderia melhorar o sabor e a maciez da comida em questão. E isso nem foi a coisa mais estranha da noite, já que Hobi e o chef trocaram seus telefones – sob o olhar atento de Seokjin – na promessa de conversarem mais sobre o país que viveram a maior parte de suas vidas.

Claro que depois que o chef voltou ao seu posto, Jin hyung quase fuzilou o pseudo-namorado com o olhar, imitando sua voz e dizendo que ele deveria parar de se engraçar para o lado do cozinheiro, já que ele tinha um que era todo seu para lhe satisfazer – nessa hora até eu me arrepiei – e que, ainda que eles fossem um casal de sagitariano e aquariano, eles tinham que ter em mente que eram um casal e ponto final.

Obviamente, todos nós na mesa não seguramos o riso e as facetas de surpresa. Os “twoseok” tinham, finalmente, assumido que estavam em alguma coisa, ainda que não se denominassem namorados e nem precisassem se rotular em alguma coisa, mas era divertido zoá-los, ainda mais quando isso deixava o Joonie hyung com uma careta em direção ao Jung, ameaçando-o e dizendo que deveria tratar seu melhor amigo como ele merecia e caso Jin quebrasse até uma unha em sua presença, ele deveria confortá-lo.

No mais, a noite seguiu-se com mais algumas risadas, algumas piadas toscas da parte do Kim mais velho, alguma dança esquisita por parte do meu melhor amigo e alguns outros beijos trocados entre mim e o meu vizinho bonito.

Até estava tudo as mil maravilhas, isso até chegar a conta e termos uma pequena discussão de quem pagaria o que e para quem. Certamente, eu não hesitei em pagar o meu e o do Jimin, já que este estava passando pelos tais problemas familiares e ainda não tinha recebido seu primeiro salário no novo emprego na cafeteria do hyung. Namjoon e Yoongi dividiram uma boa parte e Jin hyung decidiu pagar por si e pelo parceiro, já que Hoseok já tinha gastado com a gasolina. E, Jeongguk, como tinha esquecido a mochila com dinheiro no carro, ficou de pagar o combustível para que pudéssemos voltar para casa.

— Acho que a noite foi bem proveitosa. — Abracei Jimin por trás quando chegamos em casa. — Comida brasileira agora tem um lugar especial no meu coração.

— E no seu estomago também. — entrelaçou suas mãos as minhas. — Obrigada... Por pagar a minha parte, sabe? Eu detesto depender das pessoas, mas...

— Ei, você não está dependendo de mim. Considere isso como um investimento, está bem? Eu estou investindo no futuro do meu melhor amigo. Sei que daqui um tempo você me recompensará.

— Mas não se esqueça de que a parte de ser sugar daddy é com você ainda.

— Não esquecerei. — Tive de rir, subindo com ele para nosso quarto. — O Gi hyung ficou mesmo bravo com você naquela hora?

— Que hora? A que eu brinquei com você ou a que, segundo ele, eu dei em cima do seu namorado?

— Jeongguk não é meu namorado. — Ele olhou-me com a sobrancelha arqueada após eu ter dito aquilo. — Ainda. — Complementei. — Mas sério que ele não levou na brincadeira?

— Não sei, não entendo muito sobre Min Yoongi. Ele me deixa confuso. Mas não é como se eu não gostasse.

— De fato, mas, Minnie, papo sério agora... Você já pensou em terminar com o hyung?

— Talvez sim, talvez não. Deixo no ar. — O Park retirou a camiseta e a calça, ficando apenas de cueca enquanto caminhava em direção ao banheiro. — Quer tomar banho comigo?

— Talvez sim, talvez não. Deixo no ar. — Ri ao imitá-lo, logo o observando aparecer no encosto da porta do banheiro quase a me fulminar com o olhar. — Estou indo, estou indo, bravinho.

 

 

A sequência de aplausos que se seguiu após a última peça do desfile quase me acalmou, quase. Ainda que o sentimento de alivio de dever cumprido tenha se instaurado em mim, eu ainda estava nervoso, já que o curta-metragem que era o inicio do trabalho de conclusão de curso de Yoongi hyung seria julgado por um dos maiores diretores de cinema da Coreia do Sul, e eu até queria passar um pouco de confiança para ele, como seu melhor amigo, mas eu mesmo me encontrava quase tendo uma sincope.

Minhas mãos estavam entrelaçadas com as dele enquanto assistíamos a sua obra juntos, torcendo de dedos cruzados para que nada desse errado, ainda que talvez ele tenha se arriscado demais com o tema que escolheu para retratar ali.

Ora, a sociedade ainda não era tão tolerante com casais que não fossem compostos por um homem e uma mulher, e o filme do hyung tratava-se justamente das outras diversas formas de amor, mostrando até mesmo o vídeo que Jimin gravou de mim e Jeongguk quando descobri que ele quem me mandava as flores, além de um depoimento de Yerim e Yuna que também cursavam moda, só que eram de outro semestre. E nossa apreensão era notável na forma que apertávamos os dedos um do outro.

— Tae, e se eles odiarem? — Meu hyung indagou, com os olhos fixos no projetor.

— Ai eles seriam loucos de não dar valor a um cara tão talentoso como você, hyung. — Beijei seu ombro, tentando transmitir algum sentimento bom que fosse.

Observei o curvar singelo nos lábios finos do mais velho assim que proferi aquilo, ele parecia realmente tocado com as minhas palavras, e aquilo significava muito pra mim, já que sabia que ele sentia falta de um apoio e de uma companhia que lhe tirasse o peso da vida adulta por alguns instantes.

Eu tinha a noção de que, depois do que houve com Jimin e sua família, meu hyung se culpava de alguma forma, mesmo que aquilo não fosse por sua causa e sim pelo preconceito alheio. Sabia também que ele sentia falta do namorado, não na presença física, mas sentimentalmente falando, já que já havia me segredado que Jimin fazia falta, mas que não cobraria nada por saber todas as dificuldades que o mais novo passava.

— Me desculpe por usar um vídeo seu e de Jeongguk, o Park disse que não tinha problema. — O mais velho riu, fazendo-me rir também.

— Bom, ele não falou com os protagonistas da cena para que autorizássemos as imagens, mas não tem problema mesmo, até gostei de me sentir um ator famoso por alguns poucos segundos.

— Você daria mesmo um bom ator. — O Min parecia realmente sincero. — Você tem pinta de galã.

— Talvez seja um dom que eu ainda não descobri. — Dei de ombros.

— Mais um dom? — Senti uma mordida fraquinha sendo deixada em meu ombro esquerdo e mãos rondearem a minha cintura. — Posso roubá-lo só um pouquinho de você, hyung?

Yoongi assentiu, olhando para mim e depois para Jeongguk, apertando meus dedos mais uma vez como quem dissesse que estava tudo bem, que eu poderia ir, se eu voltasse antes dos resultados serem anunciados. E claro que eu voltaria, queria ver a cara do meu hyung quando ele ganhasse, porque, ainda que não aceitassem o assunto do tema retratado, ninguém podia negar que o garoto era realmente talentoso.

Por outro lado, não tive tempo nem de dar um beijinho em Jeon, já que o garoto me arrastava por dentre as pessoas, quase não me deixando responder os acenos e cumprimentos dos meus tutores e de outros alunos que parabenizavam a coleção por mim desenvolvida. Não que eu estivesse reclamando, iria com Jeongguk aonde ele quisesse ir, mas não tinha como evitar indagar porque tanta pressa.

Quando iria perguntar ao mais novo se ele tinha nascido de sete meses pra quase me fazer suar por andar tão rápido, fui calado de súbito quando ele pressionou seus lábios nos meus, parecendo se dar conta naquele instante que não tínhamos nos beijado ainda, e tão rápido foi o beijo que eu tive que puxá-lo pela camiseta de novo, segurando em seu queixo e sorrindo para si.

— Me beija direito.

Assim como o tom do meu pedido barra ordem, Jeongguk beijou-me com destreza, não parecendo ligar se estávamos no meio do pátio ou não. Sua língua acariciava a minha em meio aquela troca de carinho, enquanto suas mãos repousavam em meu quadril, fazendo um carinho calmo por ali. Viramos a cabeça devagar, encaixando melhor nossas bocas em meio ao contato tão ansiado. Os lábios macios de Jeon massageavam os meus ao passo que eu me permitia suspirar um pouquinho, porque era bom estar ali, era bom beijar Jeon Jeongguk, era bom fazer qualquer coisa, se fosse com ele.

— Melhor? — Indagou, ao separar nossos lábios após uma mordidinha por mim deixada ali.

— Bem melhor... Mas por que me puxou assim? Daqui a pouco, terei de voltar.

— Eu sei, mas é que eu terei de voltar mais cedo para casa, meus pais vêm me visitar. E eu não queria ir sem te dar isso aqui.

Assim que olhei para baixo, pude ver em suas mãos a escultura que estava curioso em saber o que era. E me surpreendi ao ver que se tratava de algo tão delicado, com tantos detalhes. E se eu fosse sentimental o suficiente, teria chorado ali mesmo, mas só soube sorrir e esconder meu rosto na curva do pescoço de Jeongguk, sentindo o frescor bom e fraquinho que emanava dali.

— Eles já deram a nota, e eu sei que do jeito que você é desastrado, é capaz de quebrar em algum momento por se tratar de uma escultura de cristais. — Ele riu, beijando o meu pescoço. — Mas eu quis muito fazer algo que simbolizasse você, e aproveitei-me de uma centáurea para isso, já que ela é tão delicada quanto você.

 

 


Notas Finais


Depois de um tempinho, eu resolvi aparecer, mas é que as coisas realmente estão complicadas para mim - tanto no sentido acadêmico quanto na minha vida pessoal - e eu tenho estado cada vez mais desmotivada a aparecer e escrever qualquer coisinha, ainda que não pare de plotar um segundo sequer. buuut, não é sobre isso que eu estou aqui...


Como todos sabem, essa fic está na reta final, deve ter mais uns três ou quatro caps até eu colocar "terminada SIM" ali no topinho, e eu queria muito a opinião de vocês para uma coisa... É notável que o vmin dessa fic é meio suspeito, mas é porque meu coração de vmina não aguenta, não posso colocar o Tae e o Jimin na mesma fic que faço eles terem esse tipo de relação, e, bem, esses tempos me disseram que esperavam uma reviravolta nessa fic e que vmin acabasse se pegando e ficando junto, e eu digo que NÃO, isso não vai acontecer, porque a fic é taekook e sempre será, mas eu posso fazer um final alternativo para vmin, e isso muito me agradaria, mas quero mesmo saber a opinião de vocês... O que acham?

Bem, para qualquer efeito, estarei all the time no twitter em @cactae_, e caso queiram encher meu saco também no curiouscat, basta aparecer por aqui https://curiouscat.me/cactae <3

Xoxo, see you~


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