História Linhagem de Sangue - (Hiatus) - Décimo Sexto Ato – Imensidão negra

O dia estava bonito, Naruto queria sair e caminhar pelos jardins, mas seu corpo não o obedecia. Tudo em sua cabeça, em seu coração, em seu âmago mais profundo, queria estar com Karin, tudo nele, desejava tudo nela.

Entre um suspiro e outro, embainhou sua espada e seguiu vagarosamente até a sala do trono. Queria conversar com alguém, queria tirar aquela mulher da cabeça, mas desanimou assim que viu o estado deplorável de Gaara, e a face distante de seu primo Sai.

Ambos pareciam estar em um mundo completamente paralelo a este, e talvez, só talvez, Naruto os entendesse. – Me parece que todos estamos a devagar hoje. – Comentou em um riso contido. – É patética nossa situação. Todos aqui, aceitando o destino designado a nós… – Sentou-se perto da janela, enquanto era observado por Sai e Gaara. – E me parece que daqui para frente, tudo só tende a piorar.

Sai suspirou baixo. – Vivemos em um século limitado, só podemos ser, aquilo que todos esperam de nós.

– Ou o que nossa linhagem nos guarda. – Gaara concluiu distante.

Os três ficaram em um silêncio confortável, tudo parecia melhor assim. Era totalmente bom ser correto, nunca infringir as regras ditadas pelos mais velhos, contudo, era somente aquilo que eles aumejavam para suas vidas? Dizer o querer e o não querer, é tão simples quanto tomar água, mas impor seus desejos e faze-los tornarem-se realidade, poucos faziam.

Era nisso que Naruto pensava, quanto mais tentava soterrar os sentimentos pela mulher de cabelos vermelhos, mais fortes e dolorosos eles voltavam. Até sua irmãzinha conseguiu o coração do homem que ela queria, passou por cima de um casamento arranjado, por cima do pai , da mãe, e até mesmo do Rei, mas o fez por amor.

Mas então, porque parecia tão difícil?

Sua pergunta ficou afastada assim que as portas do salão real foram abertas com certa brusquidão.

– Conde? – Sai perguntou com estranheza. – Meu pai não disse que teríamos uma audiência hoje…

– Preciso de um médico, rápido! – O homem, cuja face era coberta por uma máscara, não escondia o pavor em seu rosto.

Gaara sempre contido e educado, foi o primeiro a perguntar. – Aconteceu algo meu sogro?

Kakashi com a voz embargada, respondeu. – Karin…

Então Naruto sentiu o peito fechar. – O-o que houve com ela?

– Ela está grávida, me parece que depois de uma briga com Hinata, ela sentiu uma forte dor e não para de sangrar. – Naruto nunca sentiu tanta culpa na vida, como naquele momento.

– O-o que? – Gaara tocou seu ombro solidário sem que o sogro percebesse, e o ajudou a sentar-se em um dos bancos da sala.

– Sai eu lhe imploro, peça para Kabuto atende-la. Ele é o melhor médico da corte. – Sai gritou um dos guardas no corredor, que logo se apressou em chamar o homem.

Kakashi tremia de nervosismo, Sai ajudou o Conde a tentar manter-se calmo, mas parecia impossível. – …se ela perder esta criança, eu nem sei…

– Não vai! – Afirmou o príncipe carinhosamente.

Sai tinha Kakashi como um segundo pai, e odiaria vê-lo a sofrer daquela maneira.

– Alteza! – Kabuto chegou afoito perto do príncipe. – Me pediram para ver-lhe com urgência, fiquei temeroso.

Kakashi e Sai levantaram-se rapidamente. – Preciso que nos acompanhe até as terras do Conde. Uma de suas filhas está grávida e sangra muito, precisamos de sua eficiência neste momento.

Kabuto já analisava a situação em sua cabeça. - Há quanto tempo ela está sangrando? – Perguntou formalmente.

– Algumas horas, o sangramento para, mas logo volta. – Explicou o Conde.

Kabuto arrumou seus óculos na face. – Temo que a criança já esteja perdida. – Disse normalmente, Kakashi deixou uma lágrima culposa lhe cair a face. – Contudo, preciso ir de qualquer forma, se ela continuar sangrando com essa força, poderá correr risco de vida.

– Por Deus, vamos de uma vez. – Naruto puxou o médico sem delicadeza alguma a carruagem que os esperava.

Sua cabeça estava um borrão, e tudo o que pedia era que SUA mulher ficasse bem…

…

Sakura caminhava completamente atordoada em direção ao quarto da irmã mais velha, que era analisada pelo melhor médico da corte, à algum tempo.

Para surpresa de todos, Kakashi veio com uma comitiva inteira de guardas e curandeiros do Rei. Sai insistiu em vir pessoalmente com o Conde, acompanhado de Naruto que não conseguia esconder sua preocupação evidente.

Itachi havia saído do quarto a um bom tempo e não voltara desde então, para Sakura, aquilo era medo e culpa pela mulher e um filho que nem dele era. – Trouxe mais toalhas quentes. – Entrou apressada a mais nova.

Kabuto lhe sorriu agradecido, certamente tinha ficado fascinado pela caçula do Conde. – Não sei como, e nem com que milagre isto aconteceu mas, o bebê ainda vive em Karin. – A ruiva chorou emocionada e agradecendo fervorosamente a Deus.

– Mas porque está face de preocupação Kabuto? – Perguntou Catherine preocupada.

– Karin perdeu muito sangue, e por um milagre a criança não se foi, porém ela está em gravidez de risco, não poderá fazer nada brusco durante a gestação, ou ter fortes emoções, sugiro repouso absoluto a partir de agora. – Mesmo temerosa, a mãe de Karin ascentiu.

– Onde está Itachi? – Karin perguntou com a voz fraca.

– Poupe esforços minha irmã, vou chama-lo. – Sakura sorriu doce a ruiva, que mesmo fraca retribuiu.

A rosada andava a passos largos em direção aos aposentos da irmã e do cunhado. Itachi parecia aéreo enquanto olhava a paisagem dos jardins, mas Sakura sabia que ele olhava outra coisa lá embaixo.

– Meu cunhado? – Chamou calmamente.

Itachi virou-se lentamente até Sakura. – Como ela está?

– Está em gravidez de risco, mas tomaremos conta dela. – Itachi suspirou. – Ela deseja vê-lo.

Ele ascentiu e seguiu a cunhada a passos largos.

Logo embaixo, Hinata chorava silenciosamente olhando para o nada. Era tudo culpa sua, era só no que ela pensava. Colocou as duas mãos na face e baixou a cabeça tristemente.

– Posso sentar-me contigo? – Hinata olhou desconfiada para Lord Uzumaki.

– Por favor. – Afastou-se para que ele sentasse ao seu lado.

– Eu a amo Hinata. – Declarou ele pesadamente.

Hinata sorriu de lado. – Eu sei…

– Ela está grávida dele. – Murmurou Naruto desolado.

Mais uma vez fora passado por Itachi Uchiha, e outro elo inquebrável entre os dois, era formado.

– Não! – Sorriu tocando o ombro do loiro. – Aquele filho não é de Itachi.

Naruto após o momento de estranheza, finalmente arregalou os olhos. – M-Meu…?

Hinata sorriu em concordância. – Seu pequeno tesouro Lord Uzumaki. – Naruto sentiu o coração ser preenchido por algo tão magnífico que acabou ficando sem palavras. – Me perdoe Naruto, a culpa é minha por Karin…

Naruto abraçou-a de lado. – A culpa não é sua. Você é muito forte Hinata, Karin não a culpa, tenho certeza.

– Até que tu não és tão desagradável. – Naruto gargalhou.

– A lisonja lhe abrirá portas querida. – Hinata o acompanhou na risada.

Naruto se pôs de pé e antes mesmo que pudesse ajudar Hinata a levantar-se, sentiu seu rosto virar bruscamente para o lado.

Hinata colocou ambas as mãos na boca. – Mas diabos é isto? – Naruto perguntou segurando o nariz quebrado. – Estas louco?

– Estou louco e tu estás morto miserável. – Retrucou o moreno vermelho de ódio.

Naruto olhou para Hinata em busca de entendimento sobre o que estava acontecendo, mas só achou confusão assim como ele. – Posso saber do porquê está me batendo gratuitamente?

Itachi agarrou a gola da camisa de Naruto, fazendo o loiro arfar. – Por você ter fudido a minha ESPOSA e enganar minha CUNHADA. – Naruto engoliu a seco.

– E-Eu posso explicar, caso tu deixe… – E antes que Naruto terminar a fala, Itachi já o socava brutalmente e sem piedade.

– CÉUS ITACHI! PARE! – Hinata gritava desesperada. – Tu vais mata-lo. – Então ela agarrou a cintura do moreno e tentou puxa-lo, mas o que ganhou foi um grande empurrão para trás. – Ai!

Itachi saiu de cima do Uzumaki rapidamente, Hinata segurava o pulso dormente, enquanto Naruto sangrava no rosto e tinha hematomas nos braços e abdômen. – Droga! – Murmurou sofrido o loiro.

Sasuke, Sasori, Kakashi e até mesmo Sai, saíram para ver de onde vinha tamanha gritaria.

– HINATA! – Kakashi gritou a filha, olhando-a com cara de dor no chão. – O QUE ESTAS A ACONTECER AQUI? – Perguntou entre a raiva e a confusão.

– Naruto tu estás bem? – Sai ajudou o primo a por-se de pé com muita dificuldade.

– Esse animal me agrediu. – Acusou Itachi que só olhava para Hinata preocupado.

– Itachi. – Seu sogro lhe tirou de seu transe.

O moreno atordoado, pegou sua espada e colocou no pescoço do Uzumaki, que arregalou os olhos. – Merda! – Sai suspirou resignado.

– Podemos conversar como pessoas civilizadas? – Hinata falou chamando atenção de todos.

– Eu vou mata-lo. – Itachi declarou bufando.

– Não. Você não vai matar ninguém, então eu sugiro que tu pegue está maldita espada e a embanhe novamente, enquanto seguimos tu, papai, Naruto e eu para o escritório. Agora! – Hinata não pediu, ela mandou.

Com um pouco de dificuldade a morena levantou-se com a ajuda do pai e seguiu em frente, enquanto Itachi e Naruto com ajuda de Sai, seguiram atrás.

Catherine e Ino jaziam sentadas totalmente aflitas no estofado da sala. Após colocar Naruto sentado em uma das cadeiras, Sai pôs-se a fazer companhia as damas.

Itachi transpirava raiva, isso era perceptível a qualquer um. – Quem dos três me dará uma explicação plausível para tamanho ato de brutalidade lá fora? – Kakashi introduziu olhando nos olhos de cada um alí.

Hinata suspirou. – Aconteceu tanta coisa ruim hoje que sinceramente, eu vou resumir a traição toda. – Itachi olhou indignado para Hinata. – Naruto e Karin tiveram um romance no passado, romance esse que voltou quando nos tornamos noivos, Itachi e eu fizemos coisas erradas também, passamos a ter fortes sentimentos um pelo outro, por mais que ele não admita. – Naruto arregalou os olhos desacreditado. – Naruto engravidou Karin, tenho quase certeza que Itachi descobriu e agora quer mata-lo. Esta bem resumido papai? – O Conde estava perplexo.

– Tu falas com tamanha tranquilidade, o diabos tu tens na cabeça Hinata Liana Dampierre? – A morena segurou a vontade colossal de revirar os olhos ao pai.

– Estou cansada, e francamente papai, não sou eu quem está grávida de outro homem. – Itachi quis rir pela ousadia da mulher, mas estava furioso demais para aquilo.

Kakashi abria e fechava a boca sem saber o que dizer.

Naruto avaliando a situação, se pôs a falar. – Me perdoe pelos infortúnios meu sogro mas, para que Karin não saia prejudicada na história, eu proponho a anulação do casamento dela para que possamos nos casar. – Itachi sorriu maleficamente.

– Tu achas que é fácil assim Uzumaki? Como ficará minha reputação depois disto? E Hinata? Tu pensou na sua noiva? – Várias perguntas ao qual Naruto sabia todas as respostas.

– Sou sobrinho do Rei, tu és o primogênito do Duque, que só é menos poderoso que o Rei, acredito que conseguiremos facilmente o divórcio desejado, quanto a sua reputação, assim que casar novamente ela será resarcida e obviamente Hinata seria tua esposa. – A morena arregalou os olhos.

– Ei! Não vou me casar com Itachi. – Sua declaração fez com que todos a olhassem espantados. – Oras não me olhem desta maneira, como Naruto mesmo disse, Itachi pode reaver sua reputação após casado novamente, mas não precisa ser necessariamente eu a mulher.

– E porque não? – Os três perguntaram juntamente.

Hinata olhou profundamente para Itachi. – Porque eu não posso, e não quero amar sozinha. – Então deixou a sala, com três homens a pensar no futuro para trás.

Três dias depois…

Três longos dias se passaram desde o incidente com Karin. Kabuto ficou com ela durante este tempo e foi embora ao raiar do terceiro dia. Kakashi havia conversado com Karin o mais tranquilo possível para não afetar sua gravidez e ouviu tudo o que a filha contou sobre seu passado, e não pôde deixar de sentir-se culpado.

Se tivesse deixado Hinata e Itachi seguir com o noivado, Karin poderia ter casado sem represálias com Lord Uzumaki, mas os desígnios da vida são confusos, tudo o que achamos estar certo, muitas vezes não estão.

– Bom dia minha irmã. – Hinata adentrou o quarto de Karin com uma bandeja nas mãos e um sorriso cordial na face.

– Bom dia. – Murmurou sonolenta a mais velha. – Que horas são?

– Pouco mais de sete da manhã. – Abriu as cortinas das janelas do quarto da ruiva, que agora tinha um quarto só seu novamente. – Como foi a conversa com Naruto?

Karin sorriu bobamente. – Ele é sem dúvidas o homem da minha vida. – Hinata sorriu feliz pela irmã.

– Fico feliz pelos dois.

Karin notou a melancolia na voz da irmã. – E você com Itachi?

Hinata ajudou a irmã a sentar-se direito na cama. – Não existe "eu e Itachi", Karin. – Concluiu pesarosa. – Somente dois solteiros em busca de companheiros.

– Não a entendo minha irmã. – A ruiva declarou mordendo uma das suculentas uvas da bandeja. – Duas pessoas que se amam, não deveriam ficar separadas, e convenhamos, Itachi é o partido mais desejado novamente no condado, se não tomar uma atitude, vai acabar ficando sem ele.

Hinata sabia, mas era orgulhosa demais para admitir. – Tenho que ir, Sakura e eu vamos andar a cavalo hoje.

Karin ascentiu enquanto comia. – Não vão se meter em encrencas. – Advertiu ela antes de ver Hinata sair de seu quarto.

Hinata caminhou calmamente em direção aos estábulos com seu belo vestido vermelho de montaria arrastando pelo chão empoeirado do lugar.

Logo mais a frente, viu Sakura acariciando a cabeça de seu belo cavalo branco. – Estas muito bela está manhã minha irmã. – Hinata disse tirando a mais nova de seus devaneios.

Sakura trajava um vestido de montaria parecido com o de Hinata, porém na cor azul, acompanhado de uma rede com pedras nos cabelos. – Obrigada! – Sorriu agradecida.

– Então, vamos?

– Claro. – Hinata pegou um dos cavalos de Sasori, já que o seu havia fugido a a alguns meses, e juntas saíram as enormes terras do Conde.

O vento batia suavemente na face das duas, que trocavam sorrisos faceiros. Sakura sorriu animada ainda olhando para Hinata, que retribuia na mesma intensidade. A morena fez com que seu cavalo corresse ainda mais, fazendo um convite mudo a mais nova que logo tratou de acelerar seu Robb.

Sakura sorriu abertamente quando passou de Hinata, fazendo a morena bufar. – Eu vou ganhar Hina… – Falou alto a rosada olhando para trás.

Correram por tanto tempo que quando Sakura parou seu cavalo cansada, notou o quão longe de casa estavam. – Céus! – Disse olhando ao longe que nem se via mais as terras do pai. – Hinata estamos muito afastadas, não consigo ver a casa maior.

– Tens razão, é melhor voltarmos antes que notem nossa distância. – Sakura deu água e frutas ao seu cavalo, assim como Hinata e andaram a pé por um tempo, enquanto os cavalos iam de lado descansando.

O tempo havia fechado drasticamente e com isso as irmãs acabaram pegando uma chuva forte, mas não era à chuva que estava incomodando Sakura, e sim o fato de sentir a presença de outra pessoa com elas.

– Hinata?! – Chamou a irmã assustada.

– O que foi?

– Acho que estamos sendo seguidas. – O pesamento de Sakura tornou-se verdade quando três grandes sombras apareceram em sua frente. – Ai meu Deus.

– Deus não vai salva-la docinho. – Um homem de aparência rústica, com uma barba enorme e espessa, disse maliciosamente a rosada

– Me parece que as duas estão bem longe de casa, não é Utakata? – Direcionou a palavra a outro homem alto que tinha uma enorme cicatriz na bochecha direita.

– O que é uma pena. – Disse encarando Hinata.

A morena estremeceu e desceu do cavalo, acompanhada por Sakura. – O que querem de nós?

O homem de barba espessa olhou para Hinata. – De você eu não quero nada amor, já daquele docinho alí. – Sakura arregalou os olhos temerosa.

– Se tocar em minha irmã, eu arranco sua cabeça. - Hinata se pôs em frente de Sakura de maneira protetora.

– Antes disso, eu o faço. – O coração de Sakura pulou de alegria no peito, quando viu Sasuke e Itachi totalmente molhados de chuva e com as espadas apontadas para os horríveis homens a sua frente.

– Mas que merda! – Murmurou um dos três homens.

– Sakura, Hinata, saíam daqui. – Itachi pediu olhando mortalmente para Utakata que o olhava da mesma maneira.

Antes que Hinata puxasse Sakura para longe dalí, agarraram o braço da mais nova e rasgaram em um corte profundo. – AHH! – Sasuke sentiu seu ódio subir níveis animalescos, enquanto o Hinata tentava proteger a irmã, mas fora levada ao chão por um tapa na face.

Com uma força descomunal os irmãos Uchihas pularam em cima dos dois homens, enquanto o terceiro corria medroso dalí. – SE TOCA-LA NOVAMENTE, EU TE BUSCO NO INFERNO PARA MATA-LO DESGRAÇADO. – Sasuke rugia feito um animal selvagem.

Itachi percebeu que o homem a sua frente não tinha domínio com espadas, então em um movimento rápido, lhe arrancou a cabeça. – Que o diabo te receba no inferno. – Disse apoiando a espada no chão.

O homem que Sasuke lutava, não passava de uma bola de carne e sangue, e nem assim a fúria de Sasuke havia passado. – Sasuke? – Itachi tomou sua atenção. – Ela precisa de você. – Mostrou Sakura que sangrava muito com o rosto coberto em lágrimas.

Sasuke largou sua espada ensanguentada no chão e correu até Sakura. – Me desculpe. – Pediu abraçando-a em forma protetora.

Hinata sorriu pela cena a sua frente, e sentiu mãos quentes tocarem sua face ardida. – Me perdoe por isso… – Murmurou desolado.

Hinata olhou aquele magnífico homem a sua frente, com os cabelos molhados e não sentiu mais o orgulho que lhe apossava, somente uma grande e inexplicável vontade de beijá-lo com todo o amor que sentia dentro do peito.

– Ei? – Chamou-o em um sussurro e logo roçou os lábios aos dele. – Eu...

Itachi agarrou sua cintura e a beijou com todo desejo que a tanto tempo lhe tinha guardado. – Não diga que vai amar sozinha Hinata, porque não existe homem que a amaria mais do que eu nesta vida… – Disse ele entre carícias e beijos delicados em sua face.

Hinata sorriu emocionada. – Eu te amo!