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História Linhagem de Sangue - (Hiatus) - Vigésimo Sexto Ato - Tempos tortuosos


Escrita por: AnjoFaux

Notas do Autor


Perdoem-me pela demora, mas tive um bloqueio horrível neste capítulo por isso não ficou tão grande como deveria. Espero que gostem desta segunda fase da estória tanto quanto eu, pois ela é bem mais turbulenta que a primeira.

Imagem ilustrativa: Toneri Okotsuki
Música: Letters from the fire - At war

Capítulo 27 - Vigésimo Sexto Ato - Tempos tortuosos


Fanfic / Fanfiction Linhagem de Sangue - (Hiatus) - Vigésimo Sexto Ato - Tempos tortuosos

Palácio de Placentia, Greenwich - Inglaterra

As pessoas corriam de um lado para o outro, espremendo-se, empurrando terceiros para deslumbrar o magnífico torneio de justas com a ilustre presença de sua majestade, o rei. Era um dia calmo, repleto de paz por toda Inglaterra. Tendo em vista tal ponto, o homem de cabelos lisos e sebosos pela falta excessiva de cuidados, quase sentiu asgo de um reino como aquele.

Viu o homem tolo que se dizia governante supremo daquele país derrubar habilidosamente seu oponente com a lança sob o cavalo, e quase sorriu em escárnio.

– Patético! – Sua exclamação causou um certo incômodo ao homem, que jazido ao seu lado estava.

– Por certo meu senhor. Mas sugiro que não fale algo assim perto do rei. Toneri não é conhecido por ser um homem piedoso. – Terminou arrumando seu óculos de forma nervosa.

Aquele era um passo crucial para rebelião da Escócia, e nada poderia dar errado. Só precisavam convencer o braço direito do rei… Hizashi Hyuuga.

Orochimaru bufou contrariado e voltou seus olhos em busca do chanceler Hyuuga. – Dizem que o filho dele ajudou na rebelião contra França! Se tivermos sorte, o pai vai ser tão punha quanto o filho.

– Por certo meu senhor, mas o barão se mostrou bem indeciso quanto ao "à seguir".

– Tenho impressão que o pai é mais decidido que o filho meu jovem. – Orochimaru sorriu de lado e juntos os dois passaram em direção ao antigo bordel da cidade.

Lá seria o começo para o fim da dinastia Shimura da Escócia.

A casa estava visivelmente abandonada a alguns anos, o cheiro horrível de fezes de animais e sujeira acumulada de anos logo preencheram o nariz dos homens, causando um certo nojo e desconfiança em ambos. Desceram alguns poucos lances de escada que rangia de tão velha e avistaram dois homens parados rente à uma porta em estado melhor que o resto da casa, e Orochimaru logo olhou seu parceiro incerto.

– Meu senhor os aguarda! – Um dos homens parados perto da porta que segurava uma lança pontiaguda na mão direita, abriu espaço junto ao outro para que ambos entrassem.

Assim o fizeram.

– Alteza! – Orochimaru disse olhando diretamente para o Hizashi sentado em uma luxuosa cadeira de veludo e madeira negra. – Obrigada por nos receb-

– Não tenho tempo para lisonjeiros homem. Seja breve, meu rei espera por mim. – A voz de Hizashi o cortou friamente.

Orochimaru sorriu de forma contrariada, e seguiu para frente em direção ao chanceler inglês.

– Creio que sabes sobre a recente aliança entre a Escócia e a Áustria?! O jovem príncipe Sai se casará com Ellena de Vitorio, a primogênita do rei Cassius...

– Assuntos banais que certamente não interferem em nada no tratado com a Inglaterra. – Respondeu impaciente. – Sugiro que seja mais direto senhor Orochimaru, não arrudei e fale de uma vez vossa pretenção de vir aqui. O que quer do meu rei?

Hizashi estava impaciente, e Orochimaru percebeu que daquele homem não se podia esperar muito sem nada em troca.

– Desejo que a Inglaterra declare guerra a Escócia.

Sua proposta arrancou uma risada alta vinda do canto mais escuro da sala, chamando atenção dos homens ali presentes, exceto de Hizashi que à muito sabia da presença do outro no cômodo.

– E porque tórrido motivo eu entraria... ou melhor, levaria meu país para uma guerra militar em tempos de paz mundial?

Orochimaru não podia negar que a presença daquele homem era poderosa ali, e quase sentiu-se acuado. – Majestade! Não sabias que a cá estava.

O rei vestido em vestimentas casuais, passava um charme inexplicável ao companheiro de Orochimaru, que nervoso arrumou os óculos na face novamente sem pretensão de olhar tal poderio nos olhos.

– Fiquei sabendo do caos instalado na Escócia pelo ministro Iruka, que coincidentemente está em meu palácio agora mesmo para tratar do mesmo assunto que vós agora trata com meu chanceler. – Toneri alisou sua barba esbranquiçada calmamente enquanto encarava Orochimaru. – Me diga senhor, porque entraria em tal guerra sem sentido?

– Veja bem vossa majestade, Danzou se mostra um rei exemplar para quem vê de fora, mas só eu sei do que ele é capaz por poder.

– Curioso. Devo dizer que ele nunca me passou tal impressão. – Sorriu acidamente. – Sabes o que acho, que tu queres vingança por algo pessoal tirando-o do poder e tocando o terror naquele país adorável.

Orochimaru sorriu sinistramente. – Não nego que há motivos de força maior meu senhor, mas devo dizer que as histórias contadas sobre vosso pai me fizeram almejar tal guerra. O grande rei Toneri I possuí incontáveis façanhas, reinos conquistados a perder-se de vista… ele tem seu nome gravado na história da Inglaterra e do mundo, e até depois de morto ainda impõe respeito por onde citado é. Entendes onde quero chegar majestade?

– Estás a insinuar que meu senhor não é um rei de poderio e respeito? – Hizashi contrapôs revoltado.

– Jamais me atrevería a tamanha traição alteza. Só acho que paz não impõe respeito à ninguém. Porque Danzou rejeitaria o casamento com a princesa Hanabi da Alemanha, para casar o príncipe com uma herdeira de país inferior? Obviamente trama contra a grande potência que sois a Inglaterra. Muitos acordos foram feitos nos últimos anos sem vosso conhecimento majestade. Quando chegar a hora, Danzou o traíra e o senhor cairá.

Toneri tomou uma expressão fechada e pensativa.

– …só desejo que a ordem se mantenha meu nobre rei, e se para isso guerrear for preciso, não medirei esforços para que a guerra aconteça. Nem que para isso tenha de procurar apoio na França.

Hizashi trincou os dentes irritado. Toneri desencostou-se da grande mesa de madeira a suas costas, e devagar se pôs a caminhar pelo cômodo pensativo.

– Se queres guerra Orochimaru, tu a terás. – Um sorrido ameaçou despontar na face do moreno, mas antes disso o rei continuou. – Irei pessoalmente à Escócia averiguar as atitudes e tratados feitos por Danzou, e se claro ficar sobre sua traição para comigo, a Escócia pagará caindo de joelhos perante a Inglaterra. – O rei aproximou-se bem perto ao miserável homem e o olhou dentro dos olhos. – Mas se caso não haja nada, eu colocarei sua cabeça nos portões do meu palácio para servir de aviso caso alguém se precipite novamente. – Conclui sorrindo sadicamente. – Agora peço que retirem-se.

Com uma reverência rápida, Orochimaru e seu parceiro saíram dali.

– Achas mesmo que Danzou o trairia? – A voz de Hizashi se fez presente mais uma vez no cômodo.

O rei passou a mão pelo cabelo sedutoramente. – É o que vamos descobrir meu caro amigo... E também, tenho assuntos pendentes à tratar com uma senhorita daquela côrte. – Sorriu de canto.

– Refere-se a jovem princesa Leah? Fiquei sabendo que agora é frequentadora da côrte escocesa. – O chanceler comentou incerto.

O rei sempre mantivera vários casos extra conjugais a vida toda, lhe era até duvidoso pergunta-lhe sobre suas amantes.

– Ah, bela Leah… – Suspirou nostálgico. – Tentadora criatura devo admitir. Mas não é ela ao qual me refiro.

– As diplomatas Dampierre então suponho?!

O sorriso luxuriouso do rei foi a resposta que o chanceler precisava.

– No momento Hizashi, só uma me interessa, e esta infelizmente ainda não foi minha.

Por enquanto...

A côrte escocesa aos poucos respirava seus velhos ares de euforia novamente. Fazia seis meses e quinze dias desde a morte de Karin, que certamente abalara a todos no palácio, inclusive ao rei. Para Sakura ainda era surreal a morte de sua irmã, mas o tempo já estava tratando de fechar a ferida recém aberta.

Ainda era difícil olhar para Leonard sua cópia masculina, e não sentir uma certa nostalgia. Estava mais próxima de seu sobrinho, e não era só por Karin, mas também pela paz que a criança lhe proporcionava. Às vezes ficava o admirando e pensando se algum dia teria um filho... Sakura deixou um suspiro frustrado lhe escapar dos lábios, e instantaneamente seus pensamentos vaguearam até Sasuke.

– O que será que estás a fazer agora..? – Perguntou em um sussurro quase inadivel.

– Lady Sakura? – A jovem virou lentamente encontrando os olhos castanhos da serva de Sasuke em sua direção.

– Algum problema TenTen? – Questionou seguindo até a moça. – Estás eufórica, o que houve?

A morena sorriu radiante e puxou algo no decote do vestido que usava. – Meu senhor enviou uma carta direcionada a senhorita.

O coração de Sakura pulou em alegria. – Faz tanto tempo desde a última, pensei que houvesse desistido de manda-las. – Comentou desfazendo o selo de cera na carta.

– E então, ele diz quando volta? – TenTen perguntou curiosa.

Havia desenvolvido um tipo de amizade estranha com Sakura, e confessava que gostava bastante da ideia dos dois ficarem juntos enfim. Mas o sorriso de Sakura fora morrendo aos poucos, e com ele o término da leitura.

– …algum problema milady? – Perguntou meio incerta.

Sakura a encarou brevemente e lhe deu um sorriso fraco como resposta. – Ele está bem. Acabou de sair da corte alemã, partirá em breve a seu último destino, o País de Gales. – A voz entristecida de Sakura causou certa estranheza a TenTen, mas ela preferiu não questionar sobre.

Talvez sua senhora escondesse mais coisas do que realmente acreditava.

– …não quero mais isso Itachi. Ninguém entende o que estou sentindo, arrisco até dizer que ninguém mais se importa. – O loiro fez muxoxo.

Itachi revirou os olhos. – Cada um possuí uma maneira diferente de sentir Uzumaki, não quer dizer que não sofram ou tenham complacência com você e sua dor. – O loiro suspirou.

Itachi estava certo, e de certa forma estava sendo dramático. – Como Leonard está?

O moreno sorriu fraco. – Vivendo... todas as noites ele procura a mãe entre as estrelas e diz sentir sua falta. Eu nunca entendi bem essa ligação forte entre os dois, porque ia além de amor maternal sabe?! Creio que seja esse o motivo pelo qual ainda estou aqui, vivo!

– Como assim?

– Eu não tive coragem para dizer ao meu filho que a mãe dele estava morta! Eu simplesmente não conseguia encara-lo nos olhos e dizer que ele nunca mais ia vê-la… – Naruto assentiu em compreensão. – Eu estou aqui para tentar suprir o vazio que isso causará em meu filho Naruto, e é exatamente o que estou fazendo.

– Eu compreendo.

Naruto perdeu seu olhar por entre as flores do jardim, e finalmente tomou coragem para dizer o que queria dizer. Por algum motivo confiava em Itachi.

– Tenho algo a dizer-lhe… – Itachi parou com as mãos nas costas e o fitou. – creio que tomei uma decisão, que bem ou mal, ajudará a mim e minhas filhas.

– E que decisão seria esta?

O loiro olhou para o céu por breves segundos antes de respondê-lo. – Pretendo partir para Espanha com minhas filhas por tempo indeterminado.

O salão real estava movimentado aquela manhã ensolarada no palácio. Danzou conversava com alguns militares e senhores de terra sobre os recentes ataques em suas propriedades, enquanto Sai redigia alguns documentos importantes a pedido de seu pai para enviar ao chanceler em seu castelo.

Ao ver todos permaneciam perfeitamente concentrados em suas funções, exceto o príncipe, que mesmo escrevendo mantinha seus pensamentos longe dali.

Depois do ocorrido com Karin, Ino se manteve distante de si, quase nunca informalmente. Aquilo era um verdadeiro suplício para Sai que pensava incessantemente no beijo dado a loira meses atrás.

– Sai..?

– Alteza? – A voz grossa do general Jiraya o tirou de seus devaneios sob o olhar reprovador do rei.

– Perdão, o que diziam?

Danzou bufou. – Onde pensas estar com a cabeça em um momento de crise como este Sai?

O príncipe suspirou envergonhado. – Perdoe-me meu pai. Tenho meus pensamentos longe…

– Percebi-se. – Sai baixou o olhar. – Estávamos falando sobre seu casamento com Ellena, e o quanto ele já fora adiado.

– Adiado por motivos maiores o senhor bem sabe.

– Sim, Kakashi ainda está inconsolável. Mas temos uma aliança para cumprir, e estás ciente de que agora não mais poderá ser adiado. – O rei levantou-se do trono e caminhou até seu filho. – Vejo bem como pai que tu não amas aquela jovem meu filho, mas como rei não pretendo me importar com isto.

Sai desviou do olhar fixo de seu pai e irritou-se. – E eu como seu herdeiro devo considerar isso como algo em meu benefício?! – Comentou sarcástico. – Não me leve à mal meu pai, mas isto não é benefício algum à mim, só para o senhor.

Antes de Danzou revidar tal afronta de seu filho, um mensageiro caminhou apressado até o rei que o olhou curioso.

– Majestade, alteza! Perdoe-me pela interrupção mas, chegou uma mensagem com urgência da Inglaterra.

Danzou e Sai trocaram olhares significativos antes do homem pegar a carta com o selo de duas coroas da família Okotsuki.

– O que diz aí meu pai?

Danzou fechou os olhos fortemente e encarou o filho.

– Toneri pretende vir até nós daqui a um mês com sua comitiva real.

Sai arregalou os olhos. – Porque isto agora? – Danzou trincou os dentes raivoso. – Pai?

– Precisamos casa-lo o mais rápido possível, caso contrário, a Escócia vai estar em maus lençóis. 


Notas Finais


Toneri vem dar o ar de sua graça sim minhas irmãs, mas parece que o interesse dele está na outra Dampierre. Pelo menos até ele ver a Hina. Hehe

Como infelizmente minhas férias acabaram, o próximo pode demorar a chegar pois tenho outras fanfics para atualizar.

O próximo vai ter NejiTen. ♡


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