Um mês depois...
Havia se passado um mês desde que as filhas de Kakashi haviam chegado, foram a eventos, festas e bailes para apresenta-las a sociedade, lá conheceram várias pessoas influentes, como o Príncipe, o Chanceler e o Rei. No último baile em que foram, Ino as acompanhou junto com Sasuke e seu pai, o Duque Fugaku que era muito apegado à filha caçula de Kakashi.
Como era de praxe foram logo registrados seus noivados, mesmo sem conhecerem os noivos ainda. Gaara tinha viajado para Itália por questões políticas e voltaria em dois dias, Naruto estava muito ocupado para sair do Pálacio, e mesmo estando ansioso para conhecer a noiva, não tivera tempo algum para tal coisa.
Naruto andava emburrado e irritado, seu irmão não o deixava respirar em momento algum desde que chegara, tinha ido sair e beber, seu irmão lhe dera um sermão a semana inteira. Sua cabeça doía como nunca e estava cansado a um nível extremo, suas olheiras denunciavam claramente aquilo. – Milord? – Um dos guardas do Rei lhe chamou brevemente.
– Sim? – Respondeu cansado.
– Lorde Gaara acabou de chegar e pediu para que vossa senhoria fosse até ele rapidamente. – Naruto estranhou.
– Pensei que ele só chegaria daqui a dois dias. – Comentou já seguindo o guarda em direção as aposentos do primo.
– Ele acabou por resolver tudo mais cedo do que o esperado, e agora está no quarto com vossa alteza o príncipe e vosso irmão.
Naruto massageou as têmporas cansado e seguiu o resto do trajeto sozinho e rápido. Ouviu vozes do quarto do primo e logo deu duas breves batidas na mesma. – Oh! Naruto, venha entre. – Sai havia o atendido animado.
– Vossa Alteza. – Reverenciou o primo. – Gaara.
– Você está péssimo meu primo. – Comentou Sai risonho. – Menma deve estar acabando com você.
Seu irmão sorriu de canto. – Estou apenas fazendo meu trabalho.
Gaara Sorriu. – Muito bem pelo visto.
Naruto fez uma careta em desgosto. – Não acho que me chamaram aqui só para observar meu cansaço eu suponho.
– Certamente, nós estávamos falando da nossa visita amanhã a nossas noivas. – Gaara arrumava a espada, enquanto falava. – Já se passou um mês e nosso noivado já foi até registrado por nosso tio e o Conde Dampierre, obviamente temos que corteja-las, mas no momento eu só quero conhece-la. – Se referia a Sakura.
– Se não fosse tão importante esta aliança com a Áustria, eu certamente teria me casado com uma das filhas de Kakashi. – Sai comentou bem humorado. – É uma mais bonita que a outra.
– Não compramos nada para as damas meu primo, e você só me avisa agora em cima da hora.
– Não se preocupe, eu trouxe alguns presentes da Itália para elas, em nome da rainha Francesca. – Puxou o pequeno baú recheado de colares, brincos e anéis dos mais variados tipos de pedras preciosas.
– A rainha é bem generosa. – Sai sorriu debochado.
– Eu diria que ela estava de olho em Gaara, mas não irei comprometer a integridade da mulher. – Menma sorriu em negação, assim como Gaara.
Sai puxou um belíssimo colar de esmeraldas e deu a Gaara. – Este combina perfeitamente com vossa noiva Gaara.
– Como sabes? – Sai suspirou fingindo paixão.
– Um homem não esquece uma mulher bonita, ainda mais quando ela tem os olhos de uma pedra.
– Eu odeio admitir mas, Lady Sakura parece um anjo imaculado de tão formosa. – Todos ficaram surpresos com a declaração de Menma, pois ele nunca reparava em damas. – Mas a outra também não fica atrás certamente.
– Realmente, Hinata é muito bonita também. – Sai concluiu.
Olhei para Gaara que também me encarava curioso. – Está na hora de conhece-las então. – Naruto sorriu em concordância.
…
Tinha se passado dois dias desde que Gaara chegara, as irmãs Dampierre foram comunicadas pelo pai da visita que receberiam aquela tarde. Sakura estava nervosa e ansiosa, Hinata estava irritada para variar, e seu pai foi bem categórico quando pediu a ela que fosse educada com seu noivo. Karin havia voltado para casa junto com Itachi. Sasuke não aparecera muito desde o último baile em Edimburgo.
Catherine orientava a filha mais nova em como se portar diante de seu noivo, para não acontecer o mesmo que ocorreu com o príncipe da França. – Ele provavelmente irá lhe presentear, e será muito respeitoso. – Sakura assentiu nervosa.
– E o que eu tenho que fazer?
Sua mãe sorriu. – Seja você mesma, já será o bastante.
– Mais e se eu errar na fala, ou ser uma completa atrapalhada diante dele? – Sua mãe sorriu achando graça do nervosismo da filha.
– Seria mais fácil ele ficar atrapalhado meu anjo. – Sakura sorriu agradecida.
– O que devo vestir?
– Nada muito estravagante, será apenas uma visita de praxe, provavelmente ele vira apenas conhece-la e não acho que fique muito. - Ascentiu.
– Certo. – Levantou-se da cadeira e subiu os lances da escada nervosa.
Viu Hinata sentada no parapeito da janela do corredor com o olhar perdido para o horizonte. – Pensei que estivesse no seus aposentos minha irmã. – Hinata não disse nada. – Está nervosa?
Hinata suspirou baixo e olhou para irmã mais nova. – Por que estaria?
– Sei lá, talvez porque conhecerá seu noivo em algumas horas. – Hinata revirou os olhos.
– Nervosa eu ficaria se o Rei exigisse minha presença, nesse caso só estou entediada mesmo. – Sakura sorriu em negação.
– Sempre tão engraçada Hinata.
– Porque? – Sorriu debochada. – Por acaso estas nervosa?
– Diferente de você, eu realmente tenho curiosidade no homem que provavelmente ficará comigo para sempre.
– Para sempre é muito tempo Sakura. – Suspirou. – A eternidade só vale a pena se ele for o homem certo.
Sakura sabia que sua irmã se referia ao outro, mas não quis entrar no assunto. – Vou para o meu quarto. – Saiu elegantemente sendo observada pela irmã.
Hinata olhava um ponto fixamente, a muralha de pedra das terras do pai, queria sair um pouco sozinha, mas seu pai dizia que era perigoso para uma dama. – Ah, se ele soubesse. – Murmurou sorrindo de canto.
Desceu da janela lentamente e se pôs a andar para o quarto da irmã. – Sakura? – Chamou firme.
– O que foi? – Ela estava apenas de camisola de banho, quando abriu a porta.
– Mamãe viria a loucura se a visse atendendo alguém assim. – Sakura corou envergonhada.
– Entre logo. – A puxou para dentro. – Estava me banhando, aconteceu alguma coisa?
– Pensei em te convidar para um passeio a cavalo fora das muralhas. – Sakura revirou os olhos.
– Papai nos mataria se soubesse.
Hinata sorriu faceira. – E quem disse que ele precisa saber?!
– Hinata! – Sakura a repreendeu, mas não diria não a irmã, porque também estava entediada. – Tudo bem, mas não vamos muito longe.
– Certamente. – Sinto cheiro de encrenca no ar.
– Eu vou me vestir, você vai até os estábulos e peça para Ryuu preparar nossos cavalos. – Hinata revirou os olhos.
– Eu já ia fazer isso senhora mandona. – Sakura lhe deu língua e voltou ao banheiro.
Eram onze da manhã ainda, Sakura vestiu suas roupas de montaria assim como Hinata, que apareceu em seu quarto já impaciente para saírem de uma vez. - Que demora Sakura. – Resmungou montando em seu corcel castanho e Sakura em seu Rob, que depois de muita insistência conseguiu trazer para casa de novo.
– Cale a boca e vamos de uma vez, nossos noivos chegaram breve e certamente não queremos demonstrar rebeldia a ambos. – Hinata deu de ombros sorridente.
– Que seja!
…
Itachi seguia seu pai calmamente em seu corcel negro. – O Marquês é realmente muito atrevido, não sei como consegui lidar com aquela gente. - Seu pai falava calmamente irritado.
Haviam saído para tratar de políticas com o Marquês e seu filho mais velho Kisami, mas ambos eram de uma falta de interesse absurda para um Lorde. – É preciso ter paciência meu pai. – Fugaku sorriu orgulhoso do filho mais velho.
– Você será um Duque melhor do que eu fui. – Itachi sorriu de canto envaidecido.
– Só quero ser o suficiente para o posto e para minha família. – Fugaku tocou seu ombro.
– Tenho certeza que sua mulher já acha isso. – Itachi não discordava do pai, mas certamente não se esforçava tanto para deixar sua mulher apaixonada e feliz.
Era deveras arrogante e sempre era grosso com ela. – Sabe pai, as vezes eu acho que Karin merecia mais do que eu dou a ela. – Seu pai sorriu.
– Ela é uma boa mulher, sempre prestativa e amorosa com você e meu neto, ela certamente é feliz meu filho, nunca a vi ficar triste.
– Eu também não, talvez seja esse o problema. – Sua postura ficou séria. – Pelo menos nos últimos dias ela tem estado de muito bom humor.
– Deve ser por causa das irmãs eu suponho. – Itachi concordou. – E pensar que você poderia ter se casado com Hinata.
Itachi parou o cavalo estarrecido. – Como assim meu pai?
– Mikoto não comentou com você? – Negou rapidamente. – Quando você nasceu, eu e sua mãe vivíamos na casa de Kakashi, isso bem antes dele ser honrado com o cargo de Conde, já que seu pai o Conde Lucas ainda regia sabiamente. Enfim, você era um bebê e os gêmeos de Kakashi também, Mikoto estava encantado com a beleza de Karin, mas assim que a pequena Hinata veio ao mundo, sua mãe ficou maravilhada e pediu a Catherine para promete-los desde pequenos, mas acabou que Hinata foi embora, vocês nunca tiveram muito contato e meu amigo precisava de um marido para a mais velha. – Sorriu com as lembranças. – Acredito que fizemos o certo, pois Karin é uma ótima nora.
Itachi seguiu o resto do trajeto em silêncio. Falou que a pessoa que casasse com ela seria muito infeliz, e para sua surpresa poderia ter sido ele, mas a vida encaminhou os dois por caminhos diferentes e apesar de Itachi não amar a esposa como seu pai ama sua mãe, ele era feliz e gostava dela o suficiente para serem felizes juntos. – Não me imagino casado com Lady Hinata. – Comentou por alto.
– Vocês dois são iguazinhos, talvez por isso não fosse da vontade de Deus a união dos dois. – Sorriu cordial. – Fora que vocês são sérios de mais, nunca teriam dado certo.
Itachi sorriu de canto, talvez por isso se completassem já que todos os momentos felizes de ambos seriam raros e fortes. – Certamente meu pai.
…
As passadas pesadas e rápidas vinham atrás de si furiosas. – Eu não vou me casar com aquele homem ridículo minha mãe. – Naruko estava ultrajada com a oferta de seu pai para casar-se com aquele homem de caráter duvidoso. – Vocês podem ter perdido a razão, mas EU NÃO. – Gritou a última parte recebendo um olhar ameaçador da mãe.
– Naruko Uzumaki Namikaze. – Sua mãe tinha uma espécie de tique nervosa nas sobrancelhas quando estava furiosa. – Você vai voltar pra aquela sala e vai pedir desculpas ao Barão Hyuuga.
– Por Deus minha mãe, aquele homem estava ajudando rebeldes contra a Coroa Francesa, porque achas adequado eu me casar com ele? – Kushina tentou manter seu resquício de paciência com a filha, pelo marido.
– Querida, aquele homem pode ajudar e muito na apaziguação dos rebeldes, e por isso o Rei precisa que você aceite casar com ele, caso contrário seu pai ficará em maus lençóis, não seja egoísta. – Naruko bateu na mesa irritada.
– Os únicos egoístas aqui são vocês, por quererem me usar como posse do reino para acalmar rebeldes. – Ambas estavam soltando faíscas pelos olhos, mas Kushina respirou fundo e acalmou-se. – Não é justo só eu me casar por política.
– Advinha só, a vida não é justa, eu não escolhi me casar com seu pai, mas eu fiz por um bem maior e por Deus garota, eu sou feliz por isso. – Naruko sabia que os pais tinham se casado por um acordo comercial entre a Espanha e a Escócia, e admirava o amor que os pais sentiam pelo outro por isso.
– E se eu não for feliz? – Perguntou com lágrimas nos olhos. – Eu quero me casar por amor, e certamente o amor desconhece a face daquele homem cruel. – Subiu os lances da grande escadaria do castelo e entrou em seu quarto, ignorando os apelos da mãe. – Se pelo menos você me notasse Sasori.
Ele está longe de ser sua salvação.
…
Sasori andava os jardins de casa com sua bela noiva ao lado que sorria admirada com a beleza das terras do Conde Dampierre. – Estás tão pensativa meu amor, no que pensas? – Christinie sorriu admirando os arredores.
– As terras de seu pai são incríveis, nem posso comparar com as terras frias de casa. – Beijou a bochecha esquerda do noivo agradecida. – Obrigada por me trazer.
Sasori olhou para ambos os lados para ter certeza que estavam sozinhos. – Eu amo você. – Tomou os lábios da mulher com carinho e ternura. – Não vejo a hora de te ver entrando na igreja, de você se tornar minha mulher.
Christinie sorriu amável. – Eu já sou sua mulher, o casamento é só o selo daquilo que já temos. – Lhe deu um selinho rápido. – Nosso amor!
Sasori estava pronto para beijá-la novamente, mas ficou extremamente tenso quando viu Sakura e Hinata indo rapidamente em direção as muralhas em seus cavalos. – O que elas pensam que estão fazendo? – Empurrou a noiva delicadamente de sua frente. – Papai vai arrancar suas cabeças.
– O que houve? – Perguntou sem entender.
– Querida passei mais um pouco e depois vá para dentro ajudar minha mãe com os empregados, preciso evitar um massacre em massa. – Beijou-lhe no topo da cabeça e correu até os estábulos.
…
Sakura tinha quase que plena certeza que aquilo não daria certo, mas Hinata era cabeça dura demais para se ter um diálogo racional sem parecer errada ou equivocada. – Vamos logo Sakura que demora. – Sakura via as muralhas grande e imponentes a frente, assim como uma carruagem que acabara de chegar pelos portões.
Acabou se assustando quando percebeu que aquele poderia ser a carruagem de seu noivo. – HINATA?! – Gritou desesperada. – Pare agora mesmo este cavalo. – Hinata sorriu olhando para trás, e com todo azar que possuía, seu cavalo se assustou com uma pequena cobra e a impulsionou com tudo para trás. – HINATA. – Sakura disparou em direção da irmã caída no chão inconsiente.
A carruagem havia sido parada bruscamente logo na entrada dos portões do Conde, de lá desceram dois homens preocupados e bem arrumados. – Hinata, por Deus você está bem? – Sakura desceu do cavalo e ajudou a irmã a ficar de pé.
Hinata gargalhou sentindo uma dorzinha nas costas. – Ai! Isso dói.
Sakura lhe deu um tapa nos braços. – Sua maluca inconsequente. – Ela queria bater em sua irmã pelo susto que lhe dera, mas seus olhos se arregalaram assim que viu dois lindos, ela diria, cavalheiros na direção de ambas.
– Você está bem senhorita? – O loiro perguntou preocupado.
Hinata o olhou de cima abaixo e sorriu nervosa. – Sim, foi só uma quedinha de nada. – Sorriu amarelo para Sakura. – Mas quem são vocês?
Antes que alguém se pronunciasse, outro cavalo parou ao lado do delas. – Sakura e Hinata, o que pensam que estão fazendo fora de casa? – Era Sasori, Sakura engoliu a seco.
– Espera, você disse Sakura?
– E Hinata? – Naruto completou a frase do primo. – Ora mais que fortuito. – Sorriu largamente.
Sasori olhou irritado para as irmãs. – Lorde Uzumaki me perdoe por isso. – Gaara olhava fixamente para Sakura que tinha a cabeça baixa. – Lorde No Sabaku queira me desculpar por toda esta situação.
Naruto sorriu animado. – Ora não precisa de tanto alvoroço, as moças só estavam se divertindo eu suponho. – Sakura sorriu gostando do jeito do loiro, Hinata nada disse.
– Não deviam estar tão próximas a muralha, é perigoso. – Gaara se pronunciou sem emoção evidente.
Sakura corou, mas não desviou o olhar do ruivo. – Me perdoe Milorde. – Disse curvando-se em respeito. – Sou…
– Sakura. – Arregalou os olhos olhando para trás.
– Sasuke?
– Hinata. – Sua irmã também olhava um ponto fixo atrás de Naruto.
– Itachi!
– Sasori, Sakura e Hinata. – Os três engoliram a seco.
– Papai? – Disseram em um uníssono.
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