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História Link - Marcado?


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Espero que gostem e boa leitura.

Capítulo 13 - Marcado?


Fanfic / Fanfiction Link - Marcado?

Foi tudo muito rápido...

Quando senti a mordida do alfa no meu pescoço, tudo ficou diferente...

Senti uma onda de prazer percorrer meu corpo inteiro, como se eu tivesse tido mais um orgasmo, minha visão ficou mais aguçada, assim como os outros sentidos, todos os meus machucados foram instantaneamente curados, todas as dores que eu sentia sumiram, e eu juro, que por um momento, eu ouvi a voz do Jeon sussurrar alguma coisa, mas eu não distingui o que foi.

Jungkook tirou os dentes do meu pescoço bem devagar e passou a beijar o lugar, com muito carinho e cuidado. Eu sentia sua respiração sobre minha pele, ele estava ofegante e seu coração batia rápido.

– Você é meu. – Ele sussurrou no meu ouvido. – Para sempre.

– Você vai se arrepender por isso. – Respondi no mesmo tom. – Eu não sou fácil.

– Eu aguento. – Essas foram as últimas palavras que eu ouvi saindo da sua boca. Depois disso, eu dormi profundamente.

JUNGKOOK ON

Acordei com o sol batendo no meu rosto. A janela estava aberta e a cortina balançava delicadamente, permitindo a entrada da brisa fresca da manhã.

Taehyung dormia tranquilamente nos meus braços. Seu rosto virado para o lado, deixava à mostra seu pescoço, agora marcado por mim.

– T e J. – Não pude deixar de sorrir ao ver a marca muito bem desenhada, com nossas iniciais juntas. Ficou lindo, parecia trabalho de um artista. A marca um pouco avermelhada por ainda ser recente, contrastava com a pele branca do ômega, o que a deixava bem em evidência e isso me deixava feliz, já que agora todos veriam que ele era meu.

“Eu vou cuidar de você, Bombonzinho” – Pensei.

Tae se virou na cama e ficou de frente para mim, com os olhos ainda fechados, o que me deu certeza de que ele ainda dormia.

Depositei um beijo na sua bochecha e me levantei devagar, indo na direção do banheiro para tomar um banho.

Parece que depois de tudo o que aconteceu, minha mente resolveu clarear e me esclarecer algumas coisas. Confesso que estava achando estranho o Taehyung ter me beijado e ter se entregue muito fácil a mim, no dia que fomos interrompidos pela Ji Yoon. Ele é uma pessoa extremamente difícil e complicada, mas aí, do nada ele começa a falar que era o meu ômega. Sou obrigado a admitir que eu gostei bastante disso. Seu jeito marrento ainda estava lá, mas Tae não se entregava totalmente a ele. E aquele cheiro? Que cheiro era aquele que ele estava emanando? Pelos deuses, eu tive que me segurar muito para não fazer uma besteira, mas parece que a presença do outro me ajudava nesse controle. Eu sei muito bem que eu não fiz isso tudo sozinho, e como sei.

Terminei meu banho e saí do banheiro, encontrando Tae debruçado na cômoda, de cabeça baixa.

– Bom dia, Bombonzinho. – Falei calmo, enquanto me aproximava da cômoda.

– Dia. – Ele falou simples.

– O que você tem?

– Jungkook, me deixa um pouco sozinho?

– O que foi, Tae? O que aconteceu? Eu machuquei você?

– Jeon, você me marcou. – O ômega levantou o olhar sério para mim. – E eu deixei.

– Bombonzinho?

– Não. Por favor, me deixe.

– Taehyung, eu te perguntei se podia. Não coloque a culpa em mim.

– Desculpa. – Ele falou sério e se virou para mim, envolvendo minha cintura com os braços. – O diretor vai matar nós dois.

– Eu quero conversar com você antes de irmos falar com ele.

– Tudo bem. – Caminhamos até a cama e sentamos sobre ela.

– Tae? – Levei minha mão até o seu rosto e o fiz olhar para mim. – Você está bem? Eu te machuquei?

– Não... eu, eu estou bem.

– Não minta para mim, se eu tiver te machucado, me fala.

– Eu não estou mentindo. Você não me machucou.

– Tudo bem. – Levantei as mãos. – Como você está se sentindo?

– Eu estou bem. Tudo ficou tão diferente depois da marca...

– Doeu?

– Não. Pelo contrário, foi gostoso. – Kim abaixou a cabeça e ficou corado. – O que foi que nós fizemos?

– Você se arrependeu? – Perguntei receoso, mas ele não respondeu. – Ah, Taehyung, eu devia ter mandado te sedar. – Levantei da cama e fiquei procurando meu celular. – Eu nunca mais vou me render a um pedido seu. Eu não sei o que é pior, se foi eu aceitando ficar com você sem contestar nada ou se foi eu acreditando que você realmente queria ser meu.

Olhei de lado e notei que ele continuava com a cabeça baixa.

– Foi tudo mentira?

– O que, Jungkook?

– Tudo, Taehyung. A marca, eu, você, o desejo, o “meu ômega”, o “seu alfa”... foi realmente tudo pelo cio?

O moreno continuava de cabeça baixa e eu comecei a ficar nervoso, sabendo que era ele quem estava assim, mas agora, seus sentimentos iriam interferir muito mais em mim.

Resolvi não insistir no assunto. Eu não queria ficar falando sozinho e não queria deixa-lo mais aflito... eu deveria lhe passar confiança.

– Está debaixo da mesa da TV. – Ele disse simples.

– O que?

– Seu celular está debaixo da mesa da TV. – Tae se levantou da cama e foi na direção do banheiro. – Vou tomar um banho, depois nós vamos conversar com o diretor.

**

TAEHYUNG ON

– MARCADO? – O diretor deu um grito e se levantou da cadeira. – ONDE É QUE VOCÊS DOIS ESTAVAM COM A CABEÇA?

Não conseguia responder a uma pergunta sequer, abaixei a cabeça covardemente e deixei que apenas ele falasse.

– Kim Taehyung, logo você? Logo você que não chegava perto de um alfa de jeito nenhum? O que foi que aconteceu?

– Me desculpe.

– Não, Tae. Você não tem que pedir desculpas para mim. Você tem que pedir desculpas a si mesmo e ao próprio Jungkook.

– Me desculpe, Jungkook.

– Não precisa se desculpar. – Ele disse sério.

– E você, Jeon? Me conta aqui o que foi que deu em você, para cair nos encantos desse garoto e aceitar marca-lo? Ele estava no cio e não sabia nada do que estava fazendo. Mas você, mocinho, você não estava. Devia ter se controlado.

– Eu controlei o máximo que eu pude... não sei se conseguiria fazer mais alguma coisa. Eu falhei, me perdoem.

– Meninos, vamos conversar agora, direito. A primeira coisa que eu quero saber é: vocês usaram camisinha?

– Não. – Respondemos em uníssono.

– VOCÊS ESTÃO BRINCANDO COMIGO?

– Não. – Falei sério.

– Taehyung, você vai sair daqui agora e procurar a Dra. Park, vai contar tudo para ela e eu quero ver você medicado de hoje em diante.

 – Tudo bem.

– Jungkook, você vai ser obrigado a tomar conta desses remédios junto com o Tae, e pelo amor dos deuses, deixa algumas camisinhas guardadas para questões de emergência.

– Não precisa medicar ele para sempre. – Jeon falou baixo. – Isso não vai voltar a acontecer.

– Como não. – O diretor parecia tão confuso quanto eu.

– Eu não vou mais encostar nele.

– Ah, eu não acredito em você.

– Eu não toco mais nele, te prometo.

– Querido, agora vocês dois estão ligados pelo resto da vida. Vocês precisam se tocar.

– Por quê? – Perguntei assustado.

– Porque se vocês se afastarem, você morre. – O diretor disse simples e com um pesar em cada palavra. – Isso não é um casamento, é a marca. Vocês entendem a importância disso? Sabem de coisas sobre a marca? Vocês são um do outro. Um precisa estar com o outro. Então, meu querido Tae, você agora vai ter que ficar com o Jungkook e vice-versa.

– Eu morro? – Acho que de tudo o que ele disse, eu travei exatamente nessa parte.

– Morre. Vocês estão ligados. Vocês têm um elo e se esse elo for quebrado, a parte mais fraca infelizmente morre.

Senti a mão do Kookie afagando meu ombro direito e eu direcionei meu olhar para ele.

– Vai ficar tudo bem.

– Tae? – O diretor me chamou e segurou o queixo. – Me diga uma coisa, quando Jungkook marcou você, doeu?

– Não. – É claro que eu não ia contar que senti praticamente um orgasmo.

– Não doeu? Nada? Nem um incômodo?

– Não, senhor.

– Que bom, meninos. – Ele abriu um sorriso e apoiou de volta na cadeira. – Pelo menos não doeu. – Outro sorriso apareceu nos seus lábios e ele ficava alternando o olhar entre eu e o Kookie. – Sabe que vocês até ficam bonitinhos juntos?

– Já acabou? – Perguntei desesperado.

– Vá na Dra. Park agora. Eu não estou pronto para ter um neto. – O diretor apontou a caneta para mim e logo em seguida para o Jungkook. – E você vai com ele.

– Ok.

Levantei da cadeira e andei na direção da porta. Sentia meu coração batendo pesado e uma vontade enorme de chorar, mas eu não sabia exatamente o porquê. Jeon caminhava atrás de mim e não falava uma palavra, ele simplesmente me acompanhou até a enfermaria.

– Doutora Park? – Chamei.

– Ei meu amor, como você está? – A morena se levantou e caminhou até a mim, me dando um abraço. – Ei meu bem. – Ela se direcionou ao Kookie e também lhe deu um abraço. – Em que posso ajudar?

– Eu fui marcado.

– MARCADO?

– É, por favor, o diretor pediu que você me receitasse remédios porque nós... bem, eu... sabe?

– Transamos sem camisinha e temos que evitar a gravidez. – O alfa ao meu lado disse simples e sorriu para mim.

Que vergonha.

– Ah sim, venha, vou examinar você e vou te passar os remédios necessários.

Depois de me virar do avesso e me injetar alguns remédios, a Dra. Park pediu que eu e Jungkook assinássemos uns papéis, confirmando que nós estávamos cientes da importância de tomar os remédios e etc.

Saí da enfermaria sendo seguido pelo outro, que depois de me fazer passar vergonha, não disse mais nada.

Chegamos no quarto e eu guardei os remédios na gaveta da cômoda.

– Kookie? – Chamei ao ver que ele estava deitado na cama, com o braço sobre os olhos.

– Oi?

– Você ficou bravo comigo? – Me sentei ao lado dele e segurei seu braço.

– Não, Kim, está tudo bem.

– Kim? O que houve com o Bombonzinho? – Tentei criar um clima mais amigável.

– O Bombonzinho mentiu para mim. Ele disse que era o meu ômega, mas ele não queria nada disso.

– Mas agora eu sou o seu ômega.

– Mas não porque você quis. Está estampado na sua cara que você se arrependeu.

– Não é bem assim.

– Tae, eu tentei me segurar, mas eu não consegui. Eu foquei toda a minha concentração em não machucar você e eu não estava totalmente são do que eu estava fazendo. Seu cio me afetou muito e eu agi por impulso, fiz o que eu queria fazer sem pensar nas consequências.

– Você não queria me marcar?

– Eu queria que você fosse meu, queria que nós dois... eu queria, mas de que adianta ter te marcado, sendo que você se arrependeu? Eu sei que não tem como voltar atrás. Se o maior prejudicado não fosse você, eu me afastaria, só para essa marca deixar de existir.

– Não fala uma coisa dessas. – Comecei a ficar aflito e não sabia o porquê. – Não repita isso.

– Calma. – Jeon segurou minha mão e fitou meus olhos. – Eu não vou fazer isso. Fica calmo, seu nervosismo está me afetando.

– Então é com isso que você se preocupa?

– Tae, eu não posso ficar nervoso. Eu posso te machucar se isso acontecer.

– Você não vai me machucar.

– Como você sabe?

– Namjoon falou que tem algo em mim que faz você se controlar. Então, você não perderá o controle perto de mim.

– Por falar em Namjoon, precisamos contar para eles.

– É, vou chama-los para o quarto do Hoseok. – Estiquei a mão e peguei meu celular.

– Taehyung?

– Oi?

– Quarto do Hoseok?

– Lá é o nosso ponto de encontro. E vai ser lá, sim. – Ignorei a cara de bosta que o alfa fez e mandei a mensagem no nosso grupo.

“Tenho que conversar com vocês, podemos nos encontrar no quarto dos gêmeos?”

“Já estamos aqui, Tae. Estamos te esperando.” – Yoongi me respondeu.

– Eles já estão lá. Vamos?

– Okay.

**

– MARCADO? – Todos dentro do quarto deram um grito em uníssono.

– Já é a terceira vez que eu ouço isso hoje. – Falei de má vontade.

– Puta que pariu, Taehyung deixou um alfa marcar ele. Me amarrota porque eu estou passado.

– Yoongi, se você não tivesse que seu alfa na sua cola, eu te dava um soco no nariz.

– Aprendeu a respeitar? – Jimin disse convencido.

– Se falar assim comigo de novo, eu quebro o nariz dos dois. – Provoquei.

– NÃO COMEÇA. – Namjoon deu um grito e assustou o Jin. – Me desculpe, amor.

– Grosso. – O ômega reclamou e saiu de perto dele, vindo analisar a marca. – Ficou tão lindo. Ah que amor.

– Para com isso. – Cochichei, quando percebi que Jungkook estava nos observando.

– Mas ficou lindo, não ficou Yoongi? – Ele insistiu.

– Deixa eu ver? – O loiro já levantou da cama com um sorriso sarcástico. – É, para falar a verdade, ficou mesmo. Bem legal. Você não gostou, Tae?

– Para falar a verdade, eu nem a vi direito. Só pelo reflexo do celular e nada mais. – Falei baixo, o que fez Jin me puxar pelo braço e me levar para um canto, juntamente com Yoongi.

– Tae, ele te marcou a força?

– Não. Eu praticamente pedi.

– E por que você parece que está triste? – Min se manifestou.

– Eu não estou triste. Só não acostumei com a situação, ainda.

– Entendi, mas isso vai se resolver rapidinho.

– Eu fiquei com uma dúvida. – Pigarreei. – Se o cio de um ômega dura quase uma semana, por que o meu já acabou?

– Porque você foi marcado. – Yoongi disse simples. – O cio serve para as pessoas se completarem, seja com apenas sexo, gravidez ou a própria marca. Jungkook te completou, então seu cio foi encerrado. – Ele deu de ombros. – É o que dizem.

– Doeu quando ele te marcou? – Jin perguntou, curioso.

– Por que vocês perguntam isso? – Fiz uma careta. – Não doeu, não.

– Não doeu nada?

– Não.

– Ah gente. – Dessa vez, ele começou a rir e encarou o Yoongi, que estava tão confuso quanto eu. – Vocês não sabem o que significa?

– Não. – Respondemos juntos.

– Você está apaixonado, Tae.

– Jin, deixa eu te falar uma coisa, você bebeu alguma coisa muito vencida no café da manhã. Vá à enfermaria, a Dra. Park vai te ajudar.

– Se não quer acreditar... – Ele deu de ombros.

– Aceita que dói menos, Kim. – Yoongi balançou meu cabelo e sorriu. – Outro dia você estava todo se doendo porque o Jungkook estava conversando com uma beta.

– Você não sabe do que está falando. Me dê licença. – Enfiei meus braços no meio deles e saí andando.

Evitei contato visual com qualquer alfa que estava ali e saí do quarto, querendo sossego.

Como assim apaixonado? Jin está louco? Eu gostava dele, sim, mas apaixonado? Não é pra tanto. Eu acho que nem chega a ser gostar mesmo, talvez é só uma atração forte.

– Tae? – Jungkook entrou no quarto atrás de mim. – Eu quero te perguntar uma coisa.

– Quer saber se doeu ser marcado? Não, Jeon, não doeu.

– Não é isso.  – O alfa fez uma carinha chateada, que me deu dó por ter sido tão ignorante.

– Me desculpe, Kookie. Eu estou nervoso e não sei o porquê. Está tudo tão confuso, meu coração está disparado desde a hora que eu acordei, sinto uma vontade imensa de chorar, eu quero quebrar esse quarto inteiro e desaparecer desse lugar.

– Calma. – Ele se aproximou de mim e pegou minha mão. – Então depois a gente conversa.

– Eu quero chorar. – Falei já com os olhos cheios de água. – Eu quero bater no Yoongi e no Jin.

– Não chora. – Kookie me puxou pela cintura e me abraçou. – Por que você quer bater neles?

– Porque eles disseram que... aaah. – Empurrei Jungkook e tentei sair de perto, mas ele não deixou.

– Calma, Taehyung. O que está acontecendo com você?

– EU NÃO SEI.

– Tudo bem, vamos fazer alguma coisa para você ficar melhor. Quer jogar vídeo game?

– Não. – Eu realmente não sabia o que estava acontecendo comigo. Eu sentia uma bagunça de sentimentos, era tristeza, era raiva, era afeto e tudo bagunçava, o que estava me deixando louco.

Sentei na cama e Jeon se afastou, pegando o celular. Pouco depois, a porta do meu quarto foi aberta com força.

– Taehyung? – A Dra. Park entrou de uma vez e chegou perto de mim. – Fica calmo, amor. Seus hormônios estão bagunçados. Eu vou te dar uma injeção, que vai fazer eles normalizarem, tudo bem?

– Por favor, faça isso. – Estiquei o braço e deixei que ela aplicasse a injeção em mim.

Foi instantâneo, eu já sentia o efeito do remédio correndo pelas minhas veias e me deixando mais calmo.

– Se precisar de qualquer coisa, não hesite em me chamar. – Ela disse para o Kookie, que apenas acenou positivamente.

O olhar do alfa veio na minha direção, assim que a doutora fechou a porta.

– Você está melhor?

– Sim. – Falei simples. – O que você queria conversar comigo?

– Nada, pode deixar. – Ele se aproximou de mim e sentou do meu lado, começando a afagar meus cabelos. – Como estão seus machucados?

– Eu não tenho mais machucados. Eles foram curados depois que você... sabe?

– Sei sim. – Jungkook deixou escapulir um sorriso soprado. – Pelo menos para alguma coisa boa eu servi, não foi?

– Não fala assim.

– Tae, eu fiz uma coisa com você, que é irreversível. Você não queria isso e mesmo assim eu fiz...

– Kookie, eu deixei. Fui eu que deixei, então não se culpe. – O alfa estava nervoso e eu via isso porque ele não parava de morder o lábio inferior. – O que você queria falar comigo? Fiquei curioso.

– Eu já sei a resposta, não preciso perguntar.

– Mas eu quero saber o que era.

– Ah, Tae. Eu queria saber se você teria ficado comigo aquele dia que a Ji Yoon chegou.

– Você já me perguntou isso.

– Perguntei, mas quando eu perguntei, você já estava sendo afetado pelo cio que estava chegando.

– Eu teria ficado com você, Jeon. E não me arrependeria depois.

– Nós podemos conviver como amigos, certo? – Kookie sorriu de lado. – Não se preocupe, porque eu não vou forçar a barra com você.

– Tudo bem. – Respondi receoso. Será que era isso o que eu realmente queria? Ou eu queria que nós vivêssemos como um casal?

– Vamos comer alguma coisa? Acabei de perceber que ainda não comemos nada.

– Vamos sim. – Levantei da cama e ajeitei meu cabelo na frente do espelho, dando uma olhada rápida na marca. Realmente, ela parecia ser bonita.

Saí do quarto com Jungkook e nós fomos até a cozinha para pegar alguma coisa. O alfa encontrou sua amiga Ji Yoon por lá, e ela disse que faria um lanche especial para nós. Pouco depois, a beta chegou com duas bandejas cheias de comida.

– Vamos comer no quarto? – Ele me chamou.

– Pode ser.

Jeon pegou as duas bandejas e saiu andando sendo seguido por mim. Ao chegar no quarto, abri a porta, nós entramos e sentamos na cama, um de frente para o outro. Um silêncio pairou sobre nós e aquilo já estava me incomodando.

– Então quer dizer que eu sou lindo? – Falei baixo, só para colocar um clima agradável entre a gente.

– Muito. – Ele sorriu e pegou seu copo com vitamina, dando uma sugada no canudinho. – E quer dizer que você sempre quis que eu te pegasse de jeito?

– Isso é mentira. – Gargalhei e tampei o rosto com as mãos.

– Não precisa ficar com vergonha.  – Kookie puxou meus braços e fez eu olhar para ele.

– Tudo bem. Sei que vou me arrepender de perguntar isso, mas, quer dizer que eu sou gostoso?

– Taehyung... – Ele semicerrou os olhos e lambeu os lábios. – Você é MUITO gostoso, em todos os sentidos. Mas teve uma coisa que eu queria provar e não consegui...

– Cala a boca. Não continua. – O interrompi e escondi o rosto de novo. – Vamos mudar de assunto?

– Podemos mudar de assunto, mas me responda só uma coisa.

– Que coisa?

– É verdade que você fica durinho por mim?

– Jungkook... – Respirei fundo e comecei a gesticular. – Eu... eu estava... nós dois... você e eu... – O alfa não conseguiu segurar e caiu na gargalhada.

– Não precisa responder. Eu já sei que fica.

– Gostosa essa vitamina, não está? – Falei rápido.

– Está uma delícia, assim como você.

– Chega, Jeon. – Enchi a boca de biscoito e fiquei encarando ele, com as bochechas gordinhas.

– Desculpa. – Ele diminuiu a risada e ficou me encarando. – Come devagar, você pode engasgar.

– Tá. – Falei de boca cheia.

Dessa vez, eu resolvi não inventar outro assunto, já que qualquer coisa faria Jungkook falar alguma merda. Depois de comer, chamei o alfa para treinar um pouco, já que eu não sentia mais dores.

É claro que ele aceitou na hora. Colocamos umas roupas mais confortáveis e saímos do quarto, afim de matar a saudade dos arcos e flechas.

Quando passamos pela sala, encontramos com os meninos sentados lá.

– Pessoal, eu e o Jungkook vamos treinar, vocês não querem vir?

– Ah eu quero. Treinar com você é ótimo. – Hoseok se manifestou e foi o primeiro a se levantar do sofá.

– Também quero. – Jin sorriu e também se levantou, com todos se levantando junto.

Fomos andando na direção da arena e eu caminhava mais a frente com o alfa que fazia Jungkook coçar de ciúmes.

– Acho que nós poderíamos fazer um jogo, o que vocês acham? – Hoseok comentou.

– Que jogo? – Namjoon perguntou desconfiado.

– Desde que não envolva assustar as pessoas, eu aceito. – Jin fez um bico e olhou para o namorado.

– Eu ainda prefiro treinar. – Jeon cruzou os braços e me fuzilou com os olhos.

Acho engraçado, porque o Hoseok não demonstra nada além de amizade comigo e o Jungkook tem neura com ele. Eles são amigos, mas o ciúme fica nítido, quando estamos todos juntos.

– Eu quero jogar. – Falei simples e sorri para o meu alfa, que mordeu o lábio, nervoso. – Temos rede e bola aqui, vamos jogar vôlei?

– Não, eu quero jogar basquete. – Yoongi deu o ar da graça.

– Ah não, toda vez que a gente joga, tem que ser basquete só porque você quer. – Reclamei.

– Eu também quero basquete. – Jimin sorriu de lado e abraçou o ômega.

– Vamos ver a maioria então. Quem quiser basquete fica perto do Suga. – Falei Suga com a voz fininha só para irritar. – E quem quiser vôlei, fica perto de mim.

– Eu quero vôlei. Já estou cansado de jogar basquete. – Hoseok ficou do meu lado.

– Eu também quero vôlei. – Jin veio sorridente e pegou na minha mão.

– Okay, eu fico com basquete. – Namjoon saiu sorrindo. – Não quero ter que decidir nada.

– Falta você, Kookie. – Falei com um sorriso doce.

– Ok. Também quero basquete. – Jungkook me lançou um sorriso sarcástico e andou para perto dos outros.

Filho da mãe.

– Okay, já que estamos todos assim, vamos ficar com esse time. – Hoseok disse, enquanto pendurava a cesta.

– Estamos na desvantagem. – Reclamei.

– Meu bem, você tem a mim no time. – Ele sorriu de lado. – Eu tenho várias medalhas por mandar bem no basquete. Sem contar, que temos mais uma vantagem. Jimin e Suga são pequenos.

– Faz sentido. – Sorri.

– Sou pequeno, mas ninguém ganha de mim no basquete. Vocês vão ver. – Yoongi fez um bico e foi pegar a bola.

Nos afastamos para ir para nossas posições, Jungkook fechou a cara para mim e saiu andando.

– Okay, tudo pronto? – Namjoon gritou mais uma vez.

– Nam, se você gritar perto de mim de novo, eu vou criar um campo de força envolta da sua cabeça, que vai impedir qualquer som sair desse lugar. – Jin reclamou e se afastou dele.

– Não paga para ver, porque ele faz isso mesmo. – Jimin gargalhou. – Então vamos lá, eu quero saber se você ainda é o J-Hope. – O ruivo levantou uma sobrancelha para o irmão.

– J-Hope? – Perguntei confuso.

– Sim, J-Hope era o meu nome de jogador, já que tinha outro Hoseok lá.

– Ah sim, então vamos, J-Hope. – Sorri.

– Tudo bem, vamos separar os times e planejar nossas jogadas. – Yoongi puxou seu timinho para um canto e nós resolvemos fazer o mesmo.

– Ok, vamos analisar as coisas. – Hoseok começou a falar. – Jimin é pequeno, mas sabe jogar, porém, ele vai tentar proteger o Yoongi o tempo todo, coisa que vai ser favorável para nós, porque ele vai desviar a atenção do jogo. Namjoon é alto...

– Mas não sabe jogar. – Jin falou rápido.

– Melhor ainda, Nam não sabe jogar. Jungkook só escolheu basquete para provocar o Taehyung, mas não sei se ele sabe jogar, então, vamos nos preocupar com o Yoongi. Vamos ficar na cola do Yoongi.

– Ele é trapaceiro e vai ficar invisível toda vez que lhe for conveniente. Será que vai ser bom proibir o uso dos poderes?

– Não. – Jin falou animado. – Vamos deixar eles usarem os deles primeiro, quando usarem, nós passamos a usar também, e aí... eu crio campos de força que farão aquela bola entrar bem fácil.

– Fechado. – Hoseok gargalhou.

– Ah Jin, tive uma ideia, faça o nosso cheiro ficar confuso também. Eles vão ficar louquinhos, tem três alfas lá. – Sorri.

– Só não exagera, não esqueça que eu também sou um alfa. – J-Hope arregalou os olhos.

– Relaxa, você não vai sentir os cheiros.

– MENININHAS? – Yoongi chamou. – VÃO FICAR FALANDO DO SALÃO DE BELEZA OU VAMOS JOGAR?

– Vamos jogar. – Falei decidido.

Depois de separar os times e ouvir a tática de jogo do Hoseok, eu já tinha desconfiado que alguém ia brigar. Min adora trapacear, mas ele não aceita que fazem isso com ele. O jogo começou e, inicialmente, estava empatado, até J-Hope começar a fazer pontos demais e o Yoongi brigar com ele. Depois disso, aconteceu exatamente o que havíamos conversado. Jimin passou a proteger o namorado, Namjoon ficou meio perdido na situação e Jungkook usava mais a força do que qualquer outra coisa.

Hoseok fez três pontos numa jogada e eu saí correndo, dando-lhe um abraço, o que fez Jeon ficar me encarando com um bico. Depois dessa cesta de três pontos, aí sim, Yoongi começou a ficar invisível para confundir a gente, o que fez Jin bagunçar os nossos cheiros.

– Isso foi demais. – Cochichei quando passei ao lado do ômega.

Namjoon jogava algumas rajadas de vento – já que ele controla as coisas da natureza – e desviava as nossas bolas, mas Jin criava campos de força e voltava com a bola para o lugar.

Jungkook já estava ficando nervoso por estar perdendo e por ver que nós três éramos incríveis. Ele foi juntando a raiva e acabou descontando ela em mim, me dando uma cotovelada no rosto e fazendo uma falta.

– Você machucou? – Ele se ajoelhou do meu lado.

– Me solta, idiota. – Xinguei e peguei a bola. – Última jogada, se eu acertar, a gente ganha.

Andei na direção da cesta e parei de frente para ela. Bati a bola no chão três vezes e respirei fundo.

Eu sei jogar basquete, eu consigo acertar essa cesta.

Joguei a bola para cima e fiquei analisando, parecia que ela caía em câmera lenta...

– J – HOOOOOOOOOPE. – Gritei quando a bola entrou na cesta, e assim, finalizamos o jogo.

Hoseok e Jin vieram correndo para mim e me abraçaram.

– Tae, seu nariz está sangrando. – Jin me encarou assustado.

– Me dá licença. – Jeon parou na minha frente e passou o dedo perto do meu nariz. – Vamos para a enfermaria.

– Deixa que eu vou sozinho. – Saí andando e percebi que começou a escorrer sangue. – Droga. – Cochichei.

– Não, Tae, você não vai sozinho. – Jin e J-Hope chegaram do meu lado e começaram a andar comigo.

– Ganhamos. – Sorri e abracei o pescoço dos dois.

Caminhamos mais a frente, – ainda abraçados – sendo seguidos pelo restante do grupo.

Continuamos andando até passarmos perto da arena de treino com metais, onde algum grupo fez algo de muito errado, e os metais saíram da arena, vindo na nossa direção.

– Não. – Fechei os olhos e levantei as mãos. Só ouvi o som dos metais caindo, mas nenhum deles nos acertou.

– Tae? – Jin sussurrou e eu abri os olhos, vendo que eu tinha criado um campo de força rodeado de fogo. – Você fundiu os nossos poderes. TAEHYUNG VOCÊ DESCOBRIU SEU PODER..

– Pessoal? – Namjoon chamou assustado, mas quando olhamos para trás, não vimos ninguém.

– Cadê vocês? – Hoseok perguntou confuso, e foi aí que eles apareceram. Jungkook se encontrava na mesma posição que eu e ele havia fundido o poder do Yoongi com o do Namjoon, já que o meu campo de força se movimentava como um redemoinho.

– Vocês são iguais. – Jimin gargalhou. – Gente, vocês descobriram seus poderes.

– Meu pai vai dar um troço. – Nam colocou a mão na cabeça.

– Por quê? – Encolhi minha mão e desfiz o campo de força.

– Você acha que consegue apenas fundir os poderes dos outros? – Ele sorriu de lado. – Vamos até a sala do diretor, temos muito o que conversar.

– Taehyung? – Hoseok se afastou e ficou me encarando.

– VOCÊ ESTÁ RUIVO. – Ouvi em uníssono.


Notas Finais


Twitter@kimiejeon
Beijos.


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