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História Link - Poderes?


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Espero que gostem e boa leitura.

Capítulo 14 - Poderes?


Fanfic / Fanfiction Link - Poderes?

Enquanto caminhávamos na direção da sala do diretor, eu fiquei tentando entender o porquê do ruivo.

– Ruivo? – Perguntei pela terceira vez.

– É, Tae, ruivo. – Yoongi respondeu impaciente. – E está clareando, estava bem vermelho e já está laranja.

– Eu acho que você devia cuidar desse nariz, antes de ir para o diretor. – Jungkook andava colado em mim, tentando me afastar de Hoseok.

– Você que não devia ter me machucado. – Falei sério.

– Foi sem querer, Tae. Você acha que eu te machucaria de propósito?

– Cala a boca, Jungkook. – Xinguei, quando finalmente chegamos na sala.

– Pai? – Nam abriu a porta e espiou lá dentro. – Precisamos conversar com você, podemos?

– AH MEUS DEUSES, NÃO VAI ME DIZER QUE TAMBÉM MARCOU O SEU ÔMEGA?

– O que? Não! – Namjoon coçou a cabeça. – É sobre o Tae.

– O QUE ACONTECEU? – O diretor deu um grito e antes que ele desse um treco, eu já apareci na porta, revelando minhas madeixas ruivas. – KIM TAEHYUNG... O QUE?

– Eles descobriram os poderes dele, pai. – Nam apoiou os braços nos meus ombros e dos ombros do Jeon. – Ou melhor, parte deles.

– Vocês só podem estar brincando comigo... – O mais velho se levantou da cadeira e tirou os óculos, caminhando até a mim e fitando meus cabelos bem de perto. – O que aconteceu exatamente?

– Os alunos do metal fizeram algo na arena deles, que voou metal para o lado de fora e nós estávamos no meio do caminho... – Nam começou. – Tae caminhava mais a frente com Hoseok e Jin, quando isso aconteceu. Nós assustamos e quando menos esperávamos, tínhamos um campo de força como um redemoinho de fogo rodeando todos nós... Taehyung fundiu o fogo e o campo de força dos primos. – Namjoon pigarreou e continuou. – E mais atrás, Jungkook fundiu os meus poderes com os do Yoongi, nos deixando invisíveis e fazendo com que o campo de força do Tae virasse um redemoinho.

– Taehyung e Jungkook, vocês são Merges! – O diretor ficou extasiado.

– E o que seriam Merges? – Cochichei.

– Que incrível, isso! Meninos, vocês...

– O que são Merges? – Insisti.

– Ok, ok, sentem-se, vamos conversar. – Nos sentamos nas poltronas e ficamos todos encarando o diretor, que não tirava os olhos de mim. – Pessoal, Merge é uma raça que existiu há muito tempo. Eles eram os mais poderosos e todos os respeitavam. O último deles, morreu há uns 20 anos, exatamente na época em que você nasceu, Tae.

– E o que exatamente significa Merge? – Cochichei.

– Merge significa “Fundir” em latim. Apenas os Merges têm a capacidade de fundir poderes alheios.

– Ah, e se eu e o Jungkook somos iguais, por que meu cabelo mudou de cor e o dele não?

– Porque você é mais poderoso. – Namjoon falou simples. – Você absorve os poderes dos outros, quando tem contato com eles, Jungkook aparentemente não faz isso. Mas... – Ele abriu um sorriso enorme e ficou me olhando.

– Mas o quê, peste? Fala logo! – Comecei a ficar estressado.

– Mas você pode transmiti-los a ele. Os dois controlam, só você absorve, mas você pode compartilhar isso com ele.

– Então eu não tenho poder nenhum e o Tae já controla o fogo e campos de força? – Jeon parecia mais confuso do que eu.

– Você que pensa – a voz do diretor voltou. – Nós não podemos dar certeza de que você também não absorveu nada, mas o Tae absorveu, e podemos olhar pelo cabelo dele. Mas os Merges, Jungkook, eles são incríveis e imprevisíveis, eles podem fazer de tudo. Vocês não terão poderes se apenas tiverem contato com os dos outros, vocês também terão os seus, mas isso é um mistério, pode ser qualquer coisa.

– Então eu praticamente dependo do Taehyung para ter poderes? – Ele insistiu.

– Não, Kookie, ele pode transmiti-los a você, mas você não terá poderes apenas se ele fizer isto. – Namjoon retomou a fala. – Ah, e outra coisa, os poderes que ele compartilhar com você, ele pode tirar de você, também.

– Faça o teste, Tae. – Jin sorriu. – Tenta criar um campo de força.

– E como é que eu faço isso? – Comecei a virar a mão de todo jeito, mas não conseguia criar o campo de força.

– Você precisa se concentrar – ele recomendou.

– Não vou conseguir fazer isso tão cedo. – Reclamei.

– Então faça o fogo. Você não precisa se concentrar para fazer o fogo. – Hoseok disse animado e ficou do meu lado. – Estale os dedos.

Ele falou e assim eu fiz, estalei os dedos e criei uma chama pequena entre os mesmos.

– Ah, nossa! – Gritei e desfiz o fogo.

– Isso, Tae! – Jimin gargalhou. – Agora nós vamos brincar juntos.

– Vai me queimar. – Reclamei.

– Esquenta, mas não queima. – Hoseok segurou minha mão e começou a brincar com as pontas dos meus dedos.

– Mas me queimou. – Reclamei.

– Não queimou, meu bem, só esquentou. – J-Hope sorriu. – Eu te ensino como se faz, no início incomoda um pouco, mas você se acostuma. Nós podemos treinar juntos.

– Okay, agora você tem que ir na enfermaria olhar esse nariz. – Jungkook se levantou da cadeira e segurou meu braço. – Vamos?

– Qualquer dúvida que vocês tiverem e qualquer outro incidente, não hesitem em vir correndo até mim. Estarei esperando. – O diretor sorriu abertamente. – Que orgulho dos meus meninos. – Ele sussurrou, ainda sorridente.

– Tudo bem, nós iremos procurar por você. – Jeon falou sério e me puxou da cadeira. – Vamos, Tae.

– Ai, calma, Jungkook. – Reclamei.

– Seu nariz não para de sangrar. E você tem que olhar isso. – O alfa alterou o tom de voz e eu puxei meu braço de volta.

– Ninguém mandou você me machucar. – Retruquei.

Saímos da sala do diretor e fomos na direção da enfermaria.

– Dra. Park? – Chamei.

– Ei queridos, está tudo bem? Uau, que mudança de visual. – Como sempre, ela veio toda animada nos dar outro abraço.

– Eu tomei uma cotovelada no nariz e preciso que me examine. – Falei de má vontade.

– Nossa, quem fez isso com você?

– O meu alfa. – Revirei os olhos.

– Foi sem querer. – Ele resmungou.

– Não se preocupe, vamos tirar um raio x para ver se quebrou. – A Dra. Park me levou para uma salinha e me deitou na maca. – Fica quietinho aqui, e deixa a cabeça assim.

Jungkook ficou do lado de fora da sala, contra a sua vontade, mas mesmo assim esperou lá.

Depois de tirar o raio x do meu rosto, a médica pediu que nós continuássemos na enfermaria, enquanto o resultado do exame ficasse pronto. Me sentei na maca de observação e fiquei fitando o lado de fora, sentindo meu nariz latejar e o olhar do Jungkook me queimar.

– O que foi? – Perguntei.

– Nada, só estou te olhando. Posso não? – Ele semicerrou os olhos e se levantou da cadeira, caminhando até a mim e apoiando na maca, ao meu lado.

– Olha o que você quiser. – Dei de ombros.

– Então agora você tem o mesmo poder do Hoseok... – Ele comentou e abaixou a cabeça. – Parece que ele gostou disso, não é?

– Parece. Bom que nós podemos treinar.

– Hum... – Olhei de lado e notei que o moreno apertava a cama com tanta força, que os nós dos seus dedos estavam ficando brancos. – E você, gostou disso?

– Talvez. – Falei simples e continuei observando ele apertando cada vez mais. – Eu não te agradeci pela festa de aniversário, muito obrigado, eu gostei muito.

– Que bom que gostou. – Suas mãos foram afrouxando e ele me olhou. – Eu queria que fosse o seu melhor aniversário, desculpe por falhar.

– Você não falhou. – Fui sincero. – Eu adorei, de verdade.

– Tae? – Ele falou de uma vez e virou de frente para mim, enfiando no meio das minhas pernas. – Me desculpe por te marcar? – Não consegui responder, ele estava muito perto de mim, o que me deixou estático. – Desculpe por te machucar, eu não fiz de propósito.

– Tá... tudo bem. – Levei minhas mãos para o lado do corpo e segurei na cama, com força.

– Eu gostei de saber que nós temos poderes iguais. – Ele sussurrou e levantou a mão direita para o meu rosto, afagando minha bochecha com o polegar, e direcionando-o para os meus lábios. – Você está lindo com esse cabelo ruivo.

– Obrigado. – Falei simples e virei o rosto, já que ele estava se aproximando mais ainda de mim.

– Nossa marca ficou linda. – Jungkook sussurrou e a beijou, me causando um arrepio e uma vontade enorme de beijá-lo.

– Kookie? – Sussurrei e o encarei de novo, perto o suficiente para que um de nós dois perdesse o controle e agarrasse o outro.

– Tae, eu preciso saber uma coisa. – Ele diminuiu o tom de voz e se aproximou mais, deixando nossos lábios levemente encostados.

– MENINOS, SAIU O RESULTADO. – Ouvimos a voz da Dra. Park se aproximando e ele se afastou de mim, me deixando um pouco atordoado.

– Então, o que eu fiz com ele? – Jeon perguntou preocupado.

– Nada, meu bem. Está tudo inteiro, não quebrou nada. – Ela sorriu e pegou um spray para bater no meu nariz. – Com esse remédio, ele vai parar de sangrar agora mesmo.

– Por que estava sangrando, então? – Perguntei.

– Porque com o impacto, alguns vasos sanguíneos arrebentaram e isso causou o sangramento. Nada mais. – Ela sorriu para mim e me ajudou a me levantar da maca.

– Obrigado. – Retribuí o sorriso.

Saímos da enfermaria e Jungkook ficou bem ao meu lado.

– Seu cabelo está mudando de cor de novo.

– Ah, não brinca? Como está?

– Está ficando roxo. Deve ser por causa do campo de força.

– Me lembre de não fundir o poder do Yoongi com ninguém, não quero ficar careca. – Falei sério, mas tirei gargalhadas do moreno.

– Ia ficar engraçado. – Jeon abriu a porta do nosso quarto e nós entramos no mesmo. – Tae, eu queria conversar com você, posso?

– Depois a gente conversa, agora eu vou tentar treinar um pouco. – Falei simples e guardei meu raio x na estante.

– Então vai. – Notei que ele não ficou nem um pouco satisfeito com a minha resposta e sem dizer mais nada, ele saiu do quarto.

Eu acabei de arrumar minhas coisas e saí, para procurar por Hoseok, Jimin e Jin, já que nós iríamos treinar juntos.

JUNGKOOK ON

Taehyung só pode estar testando a minha paciência, ou ele quer me fazer de bobo, só pode.

Caminhei até o jardim e me sentei lá, fechando os olhos para curtir a sombra e o ar fresco.

– Não foi acompanhar o Tae no treino? – Ouvi a voz do Yoongi ao meu lado. Abri os olhos e notei que ele estava junto com Namjoon.

– Taehyung não me quer perto dele. – Abaixei a cabeça e fitei o chão.

– Ele ainda está inseguro. – Namjoon falou e sentou ao meu lado, sendo acompanhado por Yoongi. – Ele sempre foi assim.

– Vocês podem me contar como fazem para se aproximar dele? – Sorri soprado. – Tem dia que nós estamos numa boa, mas depois tudo fica péssimo.

– Ele confia em nós dois. – Namjoon encostou na árvore e também fechou os olhos. – Quando o Tae chegou aqui, ele parecia um bicho. Qualquer um que olhasse para ele, ele batia. Mas depois de conversarmos MUITO, ele passou a confiar em nós.

– Eu lembro que eu fui a única pessoa que chegou perto dele. – Yoongi sorriu com a lembrança. – Eu cheguei na cozinha um dia de madrugada e ela estava lá, sentado no chão e comendo um pedacinho de bolo de chocolate. Eu dei oi e ele respondeu tímido. Me sentei perto dele e comecei a puxar assunto, contando as coisas ruins da vida. Depois disso, nós passamos a conversar bastante, eu fugia para o quarto dele e nós ficávamos conversando muito. Teve um dia que ele acordou de madrugada, chorando muito. Foi nesse dia que eu encostei nele pela primeira vez... vê-lo chorar daquele jeito me deixou nervoso e então, eu o abracei forte, forte o bastante para que ele não conseguisse se soltar de mim.

– Ele já fez a mesma coisa comigo. – Namjoon retomou a fala. – Ele corria para perto do meu pai toda vez que ficava nervoso, e um dia, eu também tinha tido crises de ansiedade, por sonhar com minha mãe. – Nam abaixou a cabeça. – Então, meu pai sentou no chão e colocou cada um de nós dois deitados nas suas pernas, um de cada lado, e assim, começou a afagar nossos cabelos e a contar histórias, para que pudéssemos ficar calmos.

– Seu pai adora o Tae, não é?

– Meu pai sabe o porquê de ele ser assim, então ele praticamente o adotou aqui dentro. Tudo, mas tudo mesmo que o Tae pede, ele concede. Ele faz de tudo por ele. Dá muito carinho, palavras acolhedoras e encorajadoras... e eu o considero como irmão. Depois que demos as crises de ansiedade juntos, nós passamos a fazer terapias no mesmo momento e um dava muito apoio ao outro.

– Vocês não sabem o que aconteceu com ele? – Perguntei.

– Não, e meu pai não conta nem se eu hipnotizar ele. – Namjoon gargalhou. – Não que eu tenha tentado isso, mas só ele sabe.

– Entendi. – Tentei cancelar o assunto. – Eu queria poder ter algo a mais com ele... eu gosto dele, mas Taehyung é tão confuso... ele me pede para ser meu e depois fica com raiva...

– Jungkook, você vai ficar calado, mas ele também gosta de você. – Yoongi falou rápido. – Ele contou para mim e para o Jin, que não doeu ser marcado.

– E daí? – Fiquei curioso.

– E daí, que quando um dos dois não estão apaixonados, dói. Quando um dos dois realmente não quer aquilo, dói muito. Então, ele queria ser marcado, sim.

– Eu não sabia disso. – Confessei.

– Jin e eu falamos que ele está apaixonado por você, mas como o Tae é o Tae, ele xingou a gente e saiu de perto. Mas sim, vocês se gostam e isso é notável.

– Então eu devo continuar tentando?

– Faça o que você já fazia. – Namjoon pigarreou. – Não pense que não vimos vocês dois aos beijos na festa de aniversário dele.

– Ele só estava daquele jeito por causa do cio. – Cochichei.

– Se você acha... – Ele deu de ombros e fitou o céu. – Fico imaginando se algum dia o Tae tiver um filhote.

– Não imagina isso não. – Brinquei. – Para ele ter um filhote, eu terei que ser o pai.

– Ou não. – Yoongi provocou e gargalhou.

– Nem repita isso.

– Jungkook, você vai me desculpar, mas Yoongi tem razão. Nesse momento, ele está com dois alfas no treino e um deles é o Hoseok.

– Não sei se você sabe, mas o Jin também está lá. – Provoquei.

– Opa. – Os dois responderam em uníssono e se levantaram do chão.

– Tenho que ir dar um oi para o Jimin. – Min sorriu de lado e ajeitou a roupa.

– E eu para o Jin. – Namjoon fez a mesma coisa e saiu andando. – Se eu fosse você, Kookie, eu ia também. Se Jimin sair com o Yoon e se o Jin sair comigo, seu ômega vai ficar sozinho com o Hoseok.

– Eu confio nele. – Gritei.

– Tudo bem. – Mais uma vez, falaram em uníssono.

– Aaaah, vocês são umas pestes. – Levantei correndo e fui atrás deles.

TAEHYUNG ON

Depois de treinar um pouco com os gêmeos, eu descobri que o fogo esquenta mais do que deveria. Resolvi dar uma pausa, já que eu já tinha quase me queimado duas vezes.

– Tae? – Jin se aproximou e começou a brincar com meus cabelos roxos. – Como estão as coisas estre você e o Kookie?

– Não tem nada entre a gente. – Falei simples.

– Eu acho que você deveria dar uma chance a ele. – Hoseok falou baixo e se aproximou também. – Dá para ver de longe que ele te... que ele te adora.

– O que vocês querem que eu faça? – Fiz um bico e sentei num banquinho.

– Deixa de ser teimoso e fica com ele, logo. – Jimin sorriu e levantou as mãos, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Eu vou ter que ficar com ele só porque ele me marcou?

– Não, Tae. – J-Hope ficou atrás de mim e também começou a mexer no meu cabelo. – Você deveria ficar com ele porque vocês se gostam.

– Mentira. – Insisti.

– Taehyung? – Jin pegou o celular e mostrou a tela para mim, revelando uma foto de nós dois nos beijando na festa.

– Apaga essa porcaria. – Xinguei. – Jin você é um idiota.

– Ah e tem mais uma coisa. Acabei de te enviar no seu celular, depois você dá uma lida e vê o que achou.

– Eu odeio vocês.

– Mas nós amamos você. – O rosado insistiu. – Eu quero te ver feliz, meu pequeno. Jungkook te adora, você adora ele, vocês passaram seu primeiro cio juntos, ele te marcou e não doeu, o que deixa claro que têm sentimentos entre vocês. Dê uma chance, se ele fizer gracinha, coisa que eu duvido que ele fará, você o castiga. – Jin sorriu travesso.

– Ele gosta tanto de você e tem tanto ciúmes de mim, que ele está vindo para a arena nesse momento. – Hoseok sorriu. – Vamos voltar ao treino.

Cortamos o assunto e voltamos ao treino, agora eu dei chance para os campos de força do Jin, tais que eu custei, mas custei muito, antes de fazer uma bolha.

– Tae? – Jin chegou ao meu lado e segurou o meu rosto. – Jungkook está na arquibancada prestando atenção em cada movimento seu. Concentre-se nisso, pense nele e tente fazer alguma coisa.

– Eu não gosto dele. – Reclamei e fiz um bico.

– Ah problema é seu, mas o que eu estou dizendo é que vocês podem estar ligados de alguma forma, então pense nele e tente fazer o campo de força.

– Será que dá certo?

– Tenta.

Fechei os olhos e fiquei mentalizando a imagem do Jungkook na arquibancada, prestando a tenção em tudo o que eu estava fazendo.

‘Eu tenho que conseguir” – Pensei e continuei tentando.

“Você vai conseguir” – Ouvi a voz do moreno cochichando no meu ouvido, e de repente, a imagem do nosso quase beijo hoje na enfermaria veio na minha cabeça e eu perdi totalmente a concentração.

 Abri os olhos e percebi que apenas o Jin estava do meu lado.

– Jungkook não estava aqui? – Perguntei confuso.

– Não, ele continua onde sempre esteve. – O rosado franziu o cenho e me encarou. – Por quê?

– Por nada.

– Quer tentar com ele? Eu chamo, JUNGKOOK? O TAE QUER TENTAR COM VOCÊ.

– Jin... – Coloquei a mão na testa e puxei os cabelos com força. – Eu vou enforcar você.

– Cheguei. – Jeon falava animado e sorria para mim. – O que vamos fazer?

– Treinar o campo de força. Fique um de frente para o outro e deem as mãos.

– Para quê?

– Anda, Tae, eu não mordo. – Kookie gargalhou baixinho em tom provocador.

– Tem certeza? – Apontei para a marca e o fuzilei com os olhos.

– Ok, deixa eu reformular minha frase: eu não mordo, a não ser que você peça.

– Pronto, podia ter dormido sem essa. – Jin falou simples e se afastou. – Concentrem-se e tentem criar o campo de força.

– Se você ficar fazendo gracinha na frente dos meus amigos, eu vou colocar fogo em você. – Sussurrei e fechei os olhos.

Tentei me concentrar e acabei conseguindo, depois que Jungkook segurou minhas mãos. Respirei fundo e mentalizei um campo de força bem grande, que poderia proteger meus amigos de qualquer mal.

– AAAH TAEHYUNG.. – Jin berrou e eu abri os olhos, vendo um campo enorme em volta da arena inteira. – JUNGKOOK TE AJUDA A SE CONCENTRAR.

– Feche os olhos e tenta aumentar ele. – Hoseok falou mais baixo, mas o tom de empolgação estava presente em sua voz.

Fiz o que ele recomendou e voltei a fechar os olhos, mentalizando um campo de força maior.

“Nós temos que conseguir” – Pensei, como se estivesse falando com o moreno.

“E nós vamos conseguir” – Mais uma vez, eu ouvi sua voz no meu ouvido e o soltei de uma vez, assustado com tal coisa.

– Xiiu, não conta para ninguém. – Ele cochichou.

– Ah o que aconteceu? – Jimin falou desanimado.

– Eu fiquei nervoso. – Falei sem pensar e me afastei dele.

– Ele fica nervoso quando está perto de mim. – Jungkook me provocou ao máximo, então, eu perdi a paciência e taquei uma chama na direção dele, a qual foi instantaneamente congelada, após uma reação inesperada do mais novo.

– Ah vocês só podem estar brincando? – Yoongi saiu de perto do Jimin e me encarou. – Taehyung, você voltou a ficar ruivo e seus olhos estão da mesma cor. Jungkook, você...

– Azul? Olhos e cabelos azuis? – Namjoon gritou. – Taehyung tem o fogo e o Kookie tem o gelo. Ah que incrível.

– Isso é muita informação. – Fiquei estático.

– Joga mais uma chama nele, Tae. – Hoseok mandou.

– Não. – Jeon fechou a cara.

– Joga. – Jimin também recomendou.

– Não, Taehyung. – O moreno começou a ficar nervoso.

– Só uma pequena. – Estalei os dedos e joguei uma chama do tamanho de uma chama de vela, a qual também foi congelada, com um movimento de dedos do Jungkook.

– Consegui... – Ele sussurrou.

“Parabéns” – Pensei, para ver se eu estava ficando louco, mas eu não estava.

“Obrigado, marrentinho” – Ele sorriu e eu retribuí o sorriso. – “Tae, eu...”

– Parabéns a vocês dois. – Hoseok gargalhou e bateu palmas.

– Meu pai vai pirar mais uma vez, já que ninguém sabe como isso aconteceu. – Namjoon sorriu. – O Tae absorveu o fogo do Hoseok mas e o Kookie?

– Às vezes, o Tae não absorveu o fogo do Hoseok. Ele já poderia ter o fogo, mas ele só aflorou quando o Kim entrou em contato com o elemento. – Yoongi pensou.

– Faz sentido. – Jin comentou. – Então vamos resumir: Taehyung e Jungkook podem fundir os poderes alheios, mas aparentemente, só o Tae os absorve. E Jeon controla o gelo.

– Por enquanto. – Jimin sorriu de lado.

– Isso aí. – Concordei e dei uma risada de lado.

– Galera, meu pai pediu para que ajudássemos o pessoal a preparar o jantar de ano novo. – Namjoon falou baixo e abraçou o Jin.

– Tudo bem, vamos lá. – Peguei meu celular em cima da mesinha e saí andando.

**

Como sempre, fazer tudo com os meus amigos era bem divertido. Ao ajudarmos no jantar, nós fizemos mais bagunça do que coisa útil e eu devo confessar que adorei isso.

Voltei para o quarto morrendo de rir e todo sujo de farinha, com Jungkook gargalhando ao meu lado.

 – Você precisar se limpar, está todo sujo. – O alfa entrou no quarto, sendo seguido por mim. – Seu cabelo já voltou ao normal.

– Ah que bom. – Sacudi as madeixas e fui pegar umas roupas. – Droga, tem muita coisa no cabelo, vou custar a tirar isso.

– Eu posso te ajudar. – Jeon sorriu ladino e levantou uma das sobrancelhas.

– Não, obrigado. – Revirei os olhos e sorri.

– Que pena. – Ele disse simples e foi para a janela fitar o lado de fora.

Peguei minhas roupas e fui tomar o meu banho. Com muita dificuldade, tirei toda a farinha do cabelo e do corpo inteiro. Saí do banheiro e encontrei o mais novo deitado na cama, mexendo no celular.

– Achei que você tinha se afogado. – Ele brincou e se levantou, indo na direção do banheiro. – Ah, seu celular recebeu uma nova mensagem.

Confuso, eu fui pegar meu celular para ver e era a minha mãe.

– Ah não acredito? Ela comprou um celular? – Sorri igual a um bobo e comecei a conversar com ela, contando sobre o Jungkook e sobre os poderes.

Depois de uns 15 minutos, ele saiu do banheiro e viu minha animação.

– O que foi Bombonzinho? Está feliz?

– É a minha mãe. Ela comprou um celular. – Gargalhei. – Venha, vamos tirar uma foto, quero te apresentar para ela. – Fiquei de pé e ele veio para minhas costas, me abraçando por trás.

Estiquei o celular e tirei a foto, enviando para ela.

Desviei meus olhos da tela do celular e fitei o espelho a nossa frente, vendo que Jungkook afagava minha barriga, enquanto estava distraído fazendo isso.

– O que foi? – Perguntei.

– Estou imaginando você com um filhotinho nosso aqui.

– Fiquei feio? – Coloquei minha mão sobre a dele e fiquei encarando nossas mãos juntas.

– Nunca. – Ele sussurrou. – Você é lindo.

Jungkook se virou e ficou de frente para mim. Suas mãos foram na direção do meu rosto e ele se aproximou devagar, me dando um selinho.

– Jeon? – Virei o rosto e tentei me afastar, jogando meu celular em cima da cama.

– Tae? – Ele me puxou pelo braço e me fez olhar para ele. – Fala que você não sente nada por mim, mas fala isso olhando nos meus olhos.

– Kookie, por favor?

– Fala que tudo não passou de desejo por conta do cio.

– Eu não vou falar nada, me solta. – Levei minhas mãos para seus braços, mas não consegui fazê-lo me soltar.

– Eu estou aqui para você, Tae. – Ele sussurrou e deu um beijo na marca, o que me fez arrepiar de novo.

– Jungkook, não faça isso? – Falei manhoso.

– Só um beijo?

– Você já me beijou ontem e o Jin ainda tirou foto.

– Nós estamos sozinhos... só nós dois. – Seu tom de voz diminuiu mais e ele colou sua testa na minha.

Eu não conseguia me conter, então deixei que ele fizesse o que queria. Jeon selou nossos lábios e segurou minhas mãos, colocando as mesmas sobre seus ombros. O mais novo pediu passagem para aprofundar o beijo na mesma hora em que senti minha cintura ser envolvida pelos seus braços.

Quando eu permiti que Jungkook enfiasse sua língua dentro da minha boca, eu senti meu coração bater mais forte e uma onda de prazer muito gostosa percorrer meu corpo inteiro. A cada vez que nossas línguas se encontravam, eu sentia uma vontade enorme de dizer que eu queria que ele me beijasse para sempre.

Jungkook podia ser o alfa mais ciumento e chato desse alojamento, mas ele era meu e eu confesso que durante esse beijo, eu dei graças aos deuses por ser o ômega dele.

“Não foi pelo cio.” – Pensei e senti Kookie sorrir entre o beijo.

Deixei que o beijo se estendesse por mais algum tempo, mas eu separei nossos lábios, antes que eu ficasse com falta de ar.

– Você sentiu? – Ele sussurrou, ainda próximo de mim. – Sentiu como foi gostoso esse beijo?

– Senti. – Falei simples.

– Nosso primeiro beijo depois da marca. – Jeon sorriu. – Foi especial, teve troca de sentimentos.

– Foi gostoso porque eu beijo bem. – Brinquei, o que fez ele sorrir.

– Vou ser obrigado a concordar. – Ele me deu mais um selinho e se afastou. – Vamos encontrar o pessoal lá fora.

– Ok.

**

Noite de ano novo. Festa em volta da fogueira, queima de marshmallows, pessoas tocando violão e algumas delas cantando.

Eu estava sentado um pouquinho mais afastado junto com Jungkook, que depois do beijo, não me deixou sozinho nem um pouco. Durante toda a festa, ele me trazia coisas para comer, para beber e fazia questão de colocar os marshmallows na minha boca.

Certa hora da madrugada, eu comecei a me encolher entre as pernas dele.

– Está com frio, Bombonzinho?

– Estou. – Reclamei.

– Toma. – Ele tirou a camisa e colocou em volta do meu corpo.

– Não precisa, você vai sentir frio.

– Eu não estou com frio. – Jeon ajeitou a blusa em mim e me abraçou, fazendo aquele calorzinho da roupa me envolver por inteiro e me deixar mais confortável.

Apoiei minha cabeça no seu peito e fiquei ali, curtindo as músicas da fogueira e o cafuné que ele começara a fazer.

“Obrigado por ter me falado, Bombonzinho. Eu fiquei bem feliz” – Ouvi ele dizer e sorri, virando meu rosto e o encarando.

“Você é lindo.” – Jungkook pensou e não tirou os olhos de mim.

“Você também é.” – Retribuí o pensamento e fechei os olhos, inspirando fundo o cheiro do meu alfa.

Senti seus braços me apertarem mais forte e seus lábios tocarem os meus, num selinho rápido, mas cheio de sentimento, como ele mesmo disse.

– Seus lábios estão gelados. – Kookie riu de mim e claro, não seria ele se não tivesse uma brincadeira.

– E os seus estão quentes até demais. Isso tudo é fogo? – Semicerrei os olhos.

– Você não imagina. – Ele gargalhou e beijou minha testa, ajeitando-me no seu peito e me deixando confortável como eu nunca estive.


Notas Finais


Twitter: @kimiejeon
Beijos.


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