Hoseok atendeu ao meu pedido e foi fazer a tal ligação que ele disse que podia fazer.
– Eu aposto que é o Jinhong. – Brinquei.
– Então você já ganhou. – Jimin sorriu de lado.
– Ele está namorando?
– Não, mas do jeito que estão, não vai demorar para isso acontecer.
– Só se ele for bobo. – Yoongi falou de uma vez. – Não vou deixar meu cunhado cometer o mesmo erro que eu.
– Então você ainda o considera como cunhado? – O ruivo retrucou.
– Por enquanto.
– Bom saber. – Jimin levantou da cama e saiu andando.
Eu e Jin nos aproximamos do ômega e nos sentamos perto dele.
– O que aconteceu, Yoon? – Cochichei.
– Nós brigamos, Tae.
– Disso eu sei, mas por que brigaram?
– Por ciúme, acredita? – Ele torceu o nariz.
– E quem é o ciumento da vez? – Jin sorriu e encarou o outro.
– Eu. É incrível como que todo mundo quer Park Jimin. Eu sei que ele é bonito, forte, fofo, tem um sorriso maravilhoso, um cheiro delicioso, mas poxa, ele é meu.
– Você já falou essas coisas com ele? – Perguntei.
– Não. E nem vou falar. Se todos querem ele, que ele fique com todos, então.
– Yoon? – Jin tirou sua franja da testa. – Todos querem ele, ok. Mas quem ele quer? Você já parou para pensar que se ele está com você, é por que ele te quer?
– Não quer nada. Todo mundo mexe com ele, e ele não fala nada.
– É porque ele é educado demais para isso. – Hoseok chegou perto de nós.
– Não vem falar nada, vocês são irmãos. – O loiro resmungou.
– E é por isso que eu posso te garantir que ele é educado demais para brigar com alguém.
– Ele briga só comigo. – Brinquei.
– Não briga, não. – O ruivo mordeu o lábio. – Você nunca viu o Jimin brigando de verdade. Espero que nunca veja.
– Ele é tão valente assim? – Suga cochichou.
– Ele brigou uma vez só, no basquete. Ele tacou fogo no ginásio. Nem eu consegui chegar perto dele.
– Queimou tudo? – Perguntei.
– Nem tudo. Mas vou te falar, nunca vi o Jimin brigar daquele jeito. Ele aguentou as provocações por muito tempo, mas chegou numa hora que ele detonou tudo.
– Ah Hoseok, o que eu faço? – Min choramingou. – Eu acho que eu amo seu irmão.
– Fala isso para ele.
– E se ele me queimar? – O loiro brincou.
– É provável que isso aconteça, mas eu não vou te falar em que sentido.
– Credo, Hoseok. – Xinguei. – Já falou com o Jinhong?
– Como você sabe que era ele?
– Ah e quem mais seria? – Jin fez uma careta.
– Ok, ok. – O ruivo levantou os braços. – Infelizmente, ele está ocupado agora. Podemos juntar aqui amanhã depois do jantar, o que acham?
– Amanhã? – Reclamei.
– É, Tae. Durante o dia, vamos treinar, e o melhor horário para isso, é de noite.
– É melhor mesmo. Não podemos ficar juntando aqui todo dia. Vão ficar meio óbvias essas reuniões. – Yoongi comentou.
– Então tá bom. – Dei de ombros.
– Eu vou falar com o Jimin. – Ele se levantou rápido da cama. – Me desejem sorte.
– Boa sorte. – Falamos em uníssono.
– Então quer dizer que a Minzy tem um irmão. – Comentei quando cheguei perto do Jungkook e do Namjoon.
– Eu também estou perplexo com isso. – Nam umedeceu os lábios. – Um controla coisas vivas e o outro, coisas mortas... como assim?
– Não sei. – Respondi. – Precisamos esperar para ver o que tem de mais no computador do diretor.
– Até lá... – Jin falou. – Não vamos mais falar sobre isso. Silêncio absoluto. Nem dentro dos quartos, pode ser perigoso, vamos fingir que essas conversas nunca existiram.
– Também acho. – Falei.
**
Eu saí do quarto dos gêmeos antes do Jungkook, já que o alfa ficou conversando com Namjoon. Caminhei a passos lentos pensando nessa história toda e tentando digerir as coisas.
Estava indo rumo à cozinha, quando algo na sala me chamou atenção. Algo não, alguém. Aquele cheiro invadiu minhas narinas como se fosse o único cheiro existente no mundo. Senti uma nostalgia que me remetia medo, possessão, nó na garganta e uma velha amizade.
– Baekhyun? – Chamei aflito.
– Oi Tae. – Engoli em seco ao ouvi-lo me chamando de Tae. Como ele se atreve, depois de tudo o que fez? Eu quis sair correndo e agarrar minha espada, mas eu fiquei paralisado no meio do caminho, sentindo medo e pena do alfa que, com muita dificuldade caminhava até a mim.
Aqueles olhos perdidos em pensamentos, me fitavam como se eu fosse uma fonte de energia. Ele respirava com dificuldade e se apoiava em suas muletas, enquanto continuava vindo para perto de mim.
Quando eu menos esperei, uma das muletas ficou em falso e escorregou, fazendo o garoto cair com toda força.
– Baek? – Acordei do meu transe e corri até ele. – Ai meus deuses, por que não te colocaram numa cadeira de rodas?
– Porque eu não mereço uma. – Ele fez uma careta de dor.
– Ah nossa. – Reclamei. Espiei para ver se vinha alguém e nada. Éramos só eu e o meu velho amigo. – Vai doer, mas vou ter que te levantar do chão.
– Ah, tudo bem. – O moreno se apoiou com o braço direito e me ajudou a pegar impulso para tirá-lo dali. Com muita dificuldade, eu consegui levantá-lo e fui o puxando para perto do sofá. – Taehyung, você foi marcado?
– O que? Ah, eu... sente-se aqui. – Empurrei o outro no sofá.
– Eu não acredito. Você deixou aquele merdinha te marcar? Logo você, Tae?
– Então quer dizer que eu sou um merdinha? – Jungkook estava perto da porta da sala, com os braços cruzados. – Você voltou, então.
– Por que você fez isso com ele? – Baek indagou. – Ele não gosta de você.
– Baekhyun, para. – Falei rápido.
– Tem certeza? – Jeon provocou.
– Taehyung nunca ficaria com alguém como você.
– É, mas acontece que eu fiquei. – Respondi, frio.
– Então é assim mesmo? – O alfa machucado sorriu de um jeito sarcástico. – Ele fez você ficar aos pés dele. Aquele ômega forte que eu conheci virou um fracote perto desse daí.
– Garoto? – Jungkook veio andando depressa para perto do sofá e agarrou os cabelos do outro, empurrando sua cabeça para trás. – Agora ele tem um alfa. Eu não te matei da primeira vez, mas se você falar com ele de novo, ou tocar nele, eu vou te matar lenta e dolorosamente.
– Para, Kookie. – Tentei segurar o alfa, que deu um puxão no braço e se afastou de mim.
– Você está me ouvindo, Baek? – Ele pronunciou Baek com desprezo. – Qualquer gracinha e você estará morto.
– Jungkook, já mandei parar. – Tentei segurar mais uma vez.
– Então quer dizer que é seu ômega que manda em você? – O outro gargalhou e instantaneamente, ganhou um belo tapa na cara.
– Pelo menos ele é meu ômega. Nem isso você conseguiu.
– CHEGA. – Gritei. – Deixem de ser dois idiotas. – Puxei Jungkook para longe dali, como se ele fosse uma criança fazendo birra.
– Vai defende-lo e evitar que eu o machuque de novo? – O mais novo bateu a porta do quarto.
– Deixa de ser idiota. É isso que ele quer.
– Estou achando lindinho você se preocupando com ele, tirando ele do chão e o carregando em seus braços.
– E eu achei ridículo você falando como se eu fosse um tipo de recompensa. Está achando que eu sou o quê?
– Ele é um idiota, Taehyung. Merece ouvir isso.
– E você é o que, então? Que fala de mim como se eu fosse um objeto. Vocês apostaram para ver que ficaria comigo primeiro?
– Não, eu não apostei nada. Mas agora você é meu e eu sou capaz de mata-lo se for preciso.
– Você fala como se só sentisse posse sobre mim, mais nada.
– O cara tenta te matar e você ainda vai ajudá-lo a se levantar do chão?
– Não custa nada ajudar quem precisa. Ele tentou me matar, mas eu não sou um cretino que vou ver alguém precisando de ajuda e vou fingir que não vi. Eu posso ter o ódio que for dele, mas não vou virar uma pessoa imbecil por conta disso.
– Então continua, Taehyung. Você vai ver aonde vai parar.
– Legal da sua parte por me ver lá naquele sufoco por ajuda-lo e só ficar olhando para causar confusão depois.
– Ah, então você ainda queria que eu o ajudasse? Você só pode estar brincando comigo.
– No dia que eu achei ruim por você ficar sorrindo para as ômegas que estavam dando em cima de você, você me disse que não custa nada ser educado e sorrir para as pessoas, certo? Então, vou te ensinar outra coisa mais importante: ajudar quem precisa, é questão de caráter, não de educação. Ele é um idiota, ridículo? É, mas eu não vou deixar o ódio passar por cima disso. Eu tenho a consciência limpa por ter ido e o ajudado.
– E eu tenho a consciência limpa por tê-lo ameaçado de novo. – Jeon falou simples e sentou na cama. – Quando você for bater papo com ele de novo, não esqueça de lembra-lo que você já tem um alfa. Ah é, esqueci, não precisa falar, ele já vai ver a marca.
– Nunca pensei que você tivesse esse lado idiota. – Respondi, frio. – O cara já foi punido, está todo machucado e provavelmente ficará sem os poderes, o que mais que você quer?
– Quero ele longe de você, preferencialmente morto.
– E você acha que se ele ficar perto de mim, eu vou ficar com ele, mesmo estando com você? Mesmo sendo marcado por você?
– Não, Tae, não é isso. Eu só tenho medo de que ele te machuque de novo. O cara é doente. Ele cisma que você tem que ser dele e te bate por causa disso. Quem faria uma coisa dessas com alguém? Quem faria uma coisa dessas com a pessoa que você realmente ama?
– Ele cisma, mas eu não sou dele, eu sou seu. Você deveria ter mais confiança em si mesmo. – Falei simples e fui para dentro do banheiro, jogar uma água fria no corpo.
Quem é o mais idiota? Eu, Jungkook, o Baek ou os três?
Parecia que Baekhyun queria me dizer algo, mas aquele tombo o impediu. Eu gostaria de conversar com ele e dizer para ficar longe de uma forma mais amigável, mas com essa confusão toda, Jungkook vai me matar se eu fizer isso.
Tenho que esfriar a cabeça. Não posso ficar brigando com ele. Jungkook salvou minha vida e só quer que eu permaneça vivo – apesar de escolher as palavras erradas para demonstrar isso.
Terminei meu banho bem demorado e saí do banheiro enrolado na toalha. O dia estava meio frio, mas eu pude sentir os olhos do alfa me queimando pelas costas. Vesti uma roupa larguinha qualquer e caminhei para a mesinha onde estava a TV. Jeon estava jogando vídeo game e eu fiquei parado, tampando a metade do jogo, enquanto ajeitava meu cabelo.
– Você pode me dar licença? – Ele disse calmo e eu fingi que não ouvi. – Taehyung, me dê licença?
– Pode passar. – Falei rápido.
Quando eu ia esboçar um sorriso, senti uma travesseirada na cabeça.
– Como ousa? – Xinguei e peguei o travesseiro, tacando-o de volta em cima do alfa.
– Como ousa, você? – Dessa vez ele tacou dois travesseiros e sorriu.
– Você é... – Joguei um deles. – Um idiota. – Joguei o outro e acertei no rosto dele.
– Ah é? – Jungkook se levantou da cama, pegou todos os travesseiros e tacou em mim. – Toma essa, então.
– Toma você. – Fui catando as almofadas do chão e jogando em cima dele, enquanto caminhava até o mesmo.
Me distraí tanto, que pisei em um dos travesseiros e quase caí. Se ele não tivesse me segurado, eu ia bater a cara no chão.
– Te peguei. – Ele sussurrou.
– Obrigado. – Respondi sem graça e o abracei.
– Não tem que agradecer, eu estou aqui para proteger você e é isso que eu vou fazer.
– Pode voltar a jogar. – Desfiz o abraço e fui catar os outros travesseiros que estavam no chão.
Jungkook deitou de volta na cama e eu me sentei na beiradinha, ajeitando as almofadas sobre a cama.
– Vem cá? – Ele me puxou e me fez deitar nos seus braços. – Me desculpe por ter falado aquelas coisas? Eu não quero brigar com você, muito menos por aquele cara.
– Tudo bem. – Passei a mão direita no seu rosto. – Não precisa ficar tão bravo assim quando eu conversar com alguém.
– Eu só não gostaria de te ver conversando com ele, mas se você quiser fazer isto, quem sou eu para te impedir. Só toma cuidado com ele, Bombonzinho, ele é perigoso.
– Tá bom. – Dei uma encolhida e fiquei quietinho ali nos braços do meu alfa, enquanto ele jogava vídeo game.
– Não quer jogar? – Ele perguntou depois de um tempo.
– Não. – Falei simples.
A chuva que tinha cessado, voltou a cair, com toda a força, agora. Eu só conseguia ouvir os sons da mesma caindo no telhado e batendo na janela.
De repente, tudo ficou escuro.
– Ah que ótimo. – Jeon resmungou.
– O que foi?
– Acabou a luz.
– Ah que pena. – Cochichei.
– Então, o que vamos fazer durante esse tempo? – Jungkook sussurrou.
– O que você quer fazer?
– Não sei. – O mais novo ficou tamborilando os dedos nas minhas costas. – Tae, meu cio está chegando. – Ele cochichou e eu fiquei nervoso.
– Como? – Meu coração disparou.
– Meu cio está chegando. Pelos meus cálculos, será daqui a uma semana mais ou menos. – Era notável o tom apreensivo em sua voz.
– Tudo bem. – Menti. – Nós vamos dar um jeito. – Eu realmente fiquei nervoso. Eu queria passar o cio do alfa junto a ele, mas eu comecei a imaginar a cena em que nós dois estávamos nus em cima da cama e comecei a ficar com vergonha.
– Ainda dá tempo de reservar um quarto na enfermaria. – Ele respondeu chateado. – Tem certeza de que não precisa?
– Ei? – Segurei seu queixo e o fiz olhar para mim. – Eu sou o seu ômega e eu vou ficar com você.
– Obrigado, Bombonzinho.
– Não tem que agradecer. – Sorri e voltei a me aconchegar no seu peito.
Fiquei uns 15 minutos ali naquela posição, sentindo Jungkook afagar minhas costas de um jeito delicado.
– Acho que vou tomar banho. – Falou rápido.
– Mas não tem luz, vai sair água fria.
– É disso que eu preciso. – Ele riu soprado.
– Então vai lá. – Me afastei e deixei que ele se levantasse.
Jeon estava um pouco diferente. Parecia mais forte e mais sexy... talvez fosse o cio se aproximando e isso já estivesse me afetando. Não sei bem.
Pouco tempo depois, ele voltou para o quarto e deitou na cama, me abraçando do mesmo jeito que estávamos antes.
– A gente tem que parar de brigar assim. – Ele sussurrou. – Isso não faz bem para nós dois. Nossa primeira briga como casal foi por causa daquele garoto atrevido...
– Nós não vamos brigar mais. – Sussurrei. – Eu quero ficar bem com você. – Fui sincero.
– Eu também quero ficar numa boa com você. – Kookie me puxou para mais perto dele e pressionou seus lábios nos meus. – Eu quis matar aquele alfa quando vi você abraçado com ele.
– Eu não estava abraçado com ele. – Resmunguei.
– Só eu posso ficar nos seus braços. – Ele me beijou de novo, antes que eu desse alguma resposta.
Jungkook foi intensificando o beijo, enquanto sua canhota se infiltrava por baixo da minha camisa e acariciava os gominhos que minha barriga foi adquirindo através dos treinos.
Os lábios do mais novo se soltaram dos meus e se direcionaram para o meu pescoço, onde ele ficou dando beijos estalados, me causando arrepios.
“Seu cheiro está tão gostoso, tão forte, tão tentador...” – Ele pensou, ao mesmo tempo em que tocava meus braços arrepiados.
Ah que loucura, o que estamos fazendo?
– Kookie? – Chamei baixinho, ao senti-lo chupar a marca. – Alguém pode chegar de novo.
O moreno simplesmente se levantou e caminhou até a porta. Sentei na cama para observar o que ele estava indo fazer e tive certeza quando o vi virar a chave e guardar a mesma em cima da cômoda.
– Pronto. Agora não vai chegar ninguém. – Essa foi sua última fala, antes dele engatinhar de volta na cama e se enfiar entre minhas pernas, voltando a me beijar e se inclinando sobre mim, até que estivéssemos deitados.
O quarto escuro, escondia nós dois em clima de prazer, em cima da cama. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo, deixando leves arranhões, só para deixa-lo um pouco mais tentado. Eu gostava de acaricia-lo, gostava de sentir seus músculos das costas, gostava de tocar seus braços fortes, seu pescoço que apresentava uma veia saltada, gostava de puxar seus cabelos e bagunça-los à medida em que o clima ia esquentando.
Depois do banho, o alfa se limitou a vestir apenas uma cueca e uma camisa bem larga, a qual me dava passagem fácil para tocar diretamente a pele das suas costas.
Estar aos beijos com Jungkook depois daquela briga feia que tivemos, me trazia uma sensação de paz, um desejo enorme por ele, um alívio por tê-lo ali comigo, me tocando, me beijando, me sentindo e fazendo eu me sentir o ômega mais completo da face da terra.
Gemidinhos baixos escapuliam da minha boca, quando ele enfiou a mão debaixo da minha cueca e passou a me estimular.
– Só eu posso te tocar. – Ele disse baixinho, antes de depositar um beijo sobre a marca.
Puxei o mais novo para perto mais uma vez, fazendo-o parar com os movimentos da mão que estava sob minha cueca.
Eu precisava senti-lo direito, senti-lo de verdade.
Meus dedos entrelaçavam no meio dos seus fios negros e eu os puxava com vontade, ao mesmo tempo em que puxava Jungkook para mais perto de mim.
Os beijos cessaram. Jeon se ajoelhou na cama para se despir e para tirar minha roupa. O ventinho frio bateu de leve e eu arrepiei. O moreno voltou a se deitar sobre mim, puxando a coberta para nos cobrir.
Eu devia estar morrendo de vergonha, mas eu não conseguia pensar em mais nada, a não ser no alfa deitado sobre mim, me passando o calor do seu corpo.
Tão quente, tão forte, tão possessivo, tão gostoso...
Jungkook me segurava como se eu fosse fugir dele. Suas mãos grandes e fortes, me apertavam contra ele, me passando uma sensação de desejo e necessidade. Quanto mais aprofundávamos o beijo, mais ele me apertava contra ele, mais eu o sentia, mais eu o queria.
“Me torne seu mais uma vez...” – Pensei.
Não ligava se ele tinha ouvido, se ia me achar um pervertido ou se ia gostar. Eu só queria ser dele mais uma vez.
– Eu preciso pegar a camisinha, antes que eu perca o controle e faça o que não posso. – Ele sussurrou no meu ouvido, enquanto se movimentava entre minhas pernas, fazendo nossas ereções se tocarem diretamente.
– Então pega. – Limitei-me a dizer.
Antes mesmo de eu parar para pensar no que estávamos fazendo, o outro já voltava com o pequeno envelope metálico em mãos, o qual foi deixado no cantinho da cama.
Meus lábios foram de encontro aos dele mais uma vez. Kookie passou a apertar minhas coxas, enquanto as levantava e fazia minhas pernas entrelaçarem sua cintura.
Mandei que ele colocasse o preservativo, antes que nós dois perdêssemos o controle e acabássemos por deixar o ato acontecer sem a proteção adequada.
– Você é meu e só meu. – Ele sussurrou, ao voltar a deitar sobre meu corpo. – E eu te...
Eu nunca soube o que ele ia dizer depois do “eu te...”. Jungkook finalmente me tornou dele mais uma vez. Uma sensação dolorida, porém, gostosa, tomou conta de mim e eu não pude me conter em deixar de soltar gemidinhos de satisfação, enquanto ele iniciava o ato com todo o carinho que ele podia me dar.
Me concentrei apenas nos movimentos do outro dentro de mim, enquanto mexia os quadris de forma pecaminosa e soltava sons mais pecaminosos ainda ao pé do meu ouvido.
O alfa se apoiou pelos cotovelos e deu permissão para que meus olhos entreabertos fitassem os seus, que me encaravam com desejo e paixão. Seus cabelos levemente molhados pelo recente banho, estavam grudados na testa e seus lábios pouco abertos, tinham um tom avermelhado e soltava sons excitantes a cada vez que ele me sentia mais fundo.
Eu queria beijá-lo, mas não conseguia. Deixei apenas que minhas mãos tocassem seu corpo forte e deixei que ele me fizesse ser dele.
Apenas dele.
De mais ninguém.
Não tinha cio, não tinha obrigação por estarmos ali.
Fazíamos amor por pura vontade. Porque eu quis e porque ele quis.
Porque eu era dele e ele era meu.
Porque brigamos e queríamos ficar bem, ou... simplesmente porque estamos apaixonados.
Parecia que não existia nada lá fora. Parecia que o mundo foi feito só para nós dois. Nada se passava pela minha cabeça. Parece que todos os meus sentidos naturalmente ignoraram qualquer outra coisa e focaram apenas no Kookie. Focaram apenas em nós dois.
Focaram no jeito que ele me segurava com desejo, no jeito que ele me beijava com carinho, do jeito que tocava meu corpo e me dava prazer, enquanto seus lábios ficavam na altura do meu ouvido, soltando gemidos ofegantes e sussurrava meu nome.
“Ah Taehyung...” – O alfa gemia para mim, só para mim.
“Ah Jungkook...” – E eu retribuía, enquanto cravava minhas unhas nos seus ombros, deixando ali, meus finos rastros.
Atingi meu limite virando a cabeça para trás e agarrando seus cabelos, sem medo de machucar ou arrancar alguns fios. Jungkook me beijou e aumentou o ritmo dos movimentos, vindo a tingir o seu limite pouco depois, deixando escapulir sons gostosos pelos seus lábios rosados que estavam de encontro aos meus.
– O que estamos fazendo? – Sussurrei, ofegante sobre seus lábios.
– Amor. – Foi o que ele me disse.
Apenas isso: amor.
Não tinha entrelinhas dizendo que “amor” era só um título, mas que na verdade aquilo serviu para me mostrar que por mais que “abraçasse” outro alfa, eu continuaria sendo dele.
Não tinha nada disso.
Só tínhamos eu e Jungkook fazendo amor, enquanto a chuva caía e a luz se ausentava.
Só tínhamos eu e Jungkook fazendo amor, enquanto eu o queria por perto e ele também me queria.
Só tínhamos nós dois fazendo amor, porque estamos apaixonados.
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