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História Link - Taekook é link


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Boa leitura e espero que gostem!

Capítulo 37 - Taekook é link


Fanfic / Fanfiction Link - Taekook é link

TAEHYUNG ON

Depois que nós tocamos o interfone, a mãe do Jungkook veio nos atender e nos deu uma olhada de cima a baixo, torcendo o nariz de leve.

– Olá! – Sorriu de maneira forçada. – Bem, como eu imaginei que vocês viriam vestidos assim, e como eu sou uma pessoa prevenida, eu separei algo para vocês vestirem. Está naquela sala. – A ômega apontou uma das portas do lugar e praticamente nos obrigou a vestir algo apropriado antes de nos encontrarmos com as outras pessoas.

Eu confesso que fiquei meio incomodado com a situação, e o Jungkook nem se fale, porque antes mesmo de chegarmos até a sala, ele segurou a mãe pelo braço e a fuzilou com os olhos.

– Eu não acredito que você está fazendo isso. – Falou sério. – Você quer que eu e o Tae voltamos por aquele portão antes mesmo de cumprimentarmos os seus convidados?

– Kook? – Ela disse meio vacilante. – Só vista as roupas? – Pediu. – Eu convidei pessoas importantes para esse chá e eu gostaria muito que vocês estivessem de modo apropriado para recebe-los.

– Como você pode falar uma coisa dessas comigo? – O alfa falou entredentes. – É um chá para comemorar o meu noivado com o Taehyung e para comemorar a vinda do nosso bebê, e você ainda faz o favor de nos tratar dessa forma? – Sua presença já podia ser sentida e eu estremeci, o fazendo olhar imediatamente para mim. – Tae, vá lá para dentro?

– Mas...

– Só, vai. Por favor? – Ele tocou meu ombro e eu acenei positivamente, abrindo a porta e entrando no cômodo quase vazio, que guardava apenas os manequins com nossas roupas devidamente passadas e uma penteadeira para arrumarmos os cabelos e talvez passar uma maquiagem.

Como eu sabia que seríamos obrigados a vestirmos aquelas roupas – chiques até demais para um simples chá -, eu cheguei na que tinha meu nome preso com um alfinete e a peguei.

Rapidamente, eu tirei a roupa que estava usando e, com todo o cuidado para não amassar a outra por completo, eu a vesti e notei que coube bem certo em mim, como se tivesse sido feita sob medida.

Tudo bem que os pais do Kookie eram ricos e bem influentes, mas convenhamos que foi bem desnecessário o uso de fraques para um simples chá. Mas tudo bem, vamos levar em consideração que eu não sei o nível dos chás que o senhor e a senhora Jeon faziam.

– Tae? – Jungkook entrou no quarto com os olhos avermelhados e me encarou de cima em baixo, como sua mãe havia feito, porém, sua feição ficou mais leve e ele sorriu. – Você está lindo.

– Obrigado. – Caminhei até ele e o abracei. – Por que você estava chorando? – Acariciei seu rosto e lhe dei um selinho rápido.

– Porque minha mãe me faz raiva até quando eu deveria estar feliz. – Suspirou. – Fala sério. Fraques para um chá? Não que o Taekook não mereça uma festa digna de boas-vindas, mas precisava disso? – O alfa apontou para a porta e eu pude ver nitidamente que ele estava incomodado.

– Calma, amor. Hoje é para ser um dia feliz. Deixe isto para lá, são só roupas.

– Quando foi que você virou esse ômega calmo, Tae? Era para você estar brigando e não eu. – Ele sorriu tímido e encarou meus olhos. – Você está bem?

– Sim, por que não estaria?

– Quando eu comecei a brigar com minha mãe, eu senti que você ficou com medo e aquele cheiro de alfa ficou bem forte.

– Não foi bem medo, mas quando você deixa sua presença ser sentida, eu fico meio assustado. Quanto ao cheiro, eu não o sinto... – Dei de ombros.

– Taekook está te protegendo. – Jungkook sorriu terno. – Esse cheiro de alfa que toma conta de você, é quando eu estou muito perto, ou quando eu estou com raiva.

– Você quer dizer que o cheiro de alfa fica forte para que você não faça nada comigo?

– O cheiro de alfa fica forte para que nenhum alfa faça nada com você.

– Oh! – Exclamei e acariciei minha barriga. – Obrigado, bebê. – Sussurrei. – Obrigado por proteger o papai.

– Ele já te ama. – Kook voltou a se aproximar e me deu um selinho. – Assim como eu te amo.

– Eu também amo você. – Lhe dei um beijinho rápido, sem aprofundar muito o contato e nos separei com selinhos.

– Ah não para, não?

– Vá se vestir, porque os convidados estão nos esperando. – Gargalhei baixo. – Depois desse chá, eu te dou quantos beijos você quiser.

– Eu vou cobrar, em. – Jungkook pegou seu fraque e antes de vesti-lo revirou os olhos rapidamente e sorriu, balançando a cabeça em negação.

– Deixa de ser debochado e vista isso rápido.

Enquanto o Kookie vestia sua roupa e reclamava a cada cinco segundos, eu fui para a penteadeira para passar alguma maquiagem e pentear os cabelos; já que o chá era digno de fraques, obviamente ninguém iria gostar de ver meus lábios meio sem cor e meus cabelos bagunçados.

Passei um blush bem clarinho, apenas para deixar minhas bochechas rosadas; passei um batom mais avermelhado – mas não tanto -, dando ênfase sobre minha pele branca e ajeitei o cabelo, deixando minha franja um pouco de lado.

– Está querendo impressionar a quem nesse chá? – Jungkook falou sério do meu lado e eu nem percebi que ele já havia se vestido.

– Você está lindo. – Sorri bobo.

– E você está se arrumando assim por qual motivo? – Ele franziu o cenho e se agachou para ficar da minha altura.

– Porque eu quero que vejam que o seu ômega não é de se jogar fora. – Respondi com humor.

– Você é lindo, Taehyung. Nem precisava dessas maquiagens; mas confesso que agora você está mais que deslumbrante, mais que perfeito e, se eu ver um alfa te encarando torto, eu vou quebrar todos os ossos dele.

– Que maneira linda de dizer que está com ciúmes. – Debochei.

– Que bom que você sabe que eu tenho ciúmes. – Sorriu ladino. – Mas já que você vai todo lindo desse jeito, eu também tenho que mostrar que seu alfa não é de se jogar fora. – Deu de ombros. – Eu também vou ajeitar meu cabelo.

– Só não exagera, ok? – Respondi sério. – Não precisa de se arrumar demais.

Ele não me respondeu, apenas soltou uma risada soprada e foi dar atenção aos seus cabelos.

Pouco depois, nossas mães apareceram na sala e nos olharam maravilhadas.

– Vocês estão lindos! – Responderam em uníssono.

– Estamos exagerados, vocês quiseram dizer, né? – Jungkook falou em tom de deboche e eu o repreendi.

– Então vamos? – Minha mãe ajeitou minha roupa e nos encarou orgulhosa. – Eu sabia que preto com pérola ficaria perfeito em vocês. Está delicado e formal ao mesmo tempo. – Deu de ombros.

– Mãe? – Sussurrei para ela. – Formal para um chá. – Crispei os lábios e sorri com ironia.

– Não tem problema. – Ela retribuiu o sorriso e me deu o braço, como costumava fazer quando saíamos juntos.

– Podemos ir? – A Sra. Jeon perguntou e eu assenti, meio nervoso por não saber quem eu iria encontrar ali. – Então vamos. – Ela também deu o braço para o Kookie e eu achei aquilo estranho, levando em consideração que ele estava meio bravo com ela.

Nós caminhamos até outra porta da sala, que dava acesso a uma sala maior ainda, totalmente vazia. Esta outra, tinha uma porta de vidro que aparentemente dava acesso ao jardim da casa e, tanto esta porta, quando as janelas, estavam tampadas por cortinas brancas presas do lado de fora, o que me levou a crer que a família Jeon havia alugado aquela casa exatamente para esse chá.

Desnecessário.

– Bem, como uma boa anfitriã, eu vou lá fora avisar que vocês já vão e vou abrir esta porta aqui, aí vocês poderão sair. Tudo bem?

– Aham. – Assenti e Jungkook ficou quieto.

As duas mães saíram da sala pela mesma porta que entramos e nos deixaram sozinhos.

– Ela é assim mesmo, amor. – O alfa sussurrou. – Se é para dar uma festa, ela vai dar uma festa, então, desconsidere o exagero. Apenas sorria e acene como se você fosse um príncipe prestes a ser coroado rei...

Antes que Jungkook levantasse a mão e acenasse de maneira sarcástica, a cortina da porta foi puxada para o lado, a porta de vidro foi aberta e minha mãe esticou um buquê na minha frente.

Tudo ao mesmo tempo.

Meu coração parou por alguns segundos quando finalmente a ficha caiu, e eu pude ver ali na minha frente, todos os campistas batendo palmas e assobiando para nós.

Nossos amigos, todos aqueles que nos ajudaram a escolher o nome do Taekook, todos aqueles que vieram nos saudar por ter salvo as suas vidas, todos aqueles que passaram por medos dentro daquele alojamento, que passaram por momentos de treinos comigo, que apanharam muito de mim, que tomaram algumas flechadas, que me acolheram quando eu cheguei parecendo um bicho assustado, que me xingavam por eu ser tão marrento...

Todos os nossos amigos.

Namjoon, Seokjin, Yoongi, Jimin, Hoseok, Jinhong, Baekhyun, Luhan, Jéssica, Kisu, Ji Yoon, MinHo, Dra. Park e ...

– Vocês vão ficar aí parados? – E a Minzy. Minha pequena Minzy que apareceu na nossa frente, sorridente como sempre, puxando seu irmãozinho tímido pelo braço e o fazendo a ficar lado a lado com ela.

Como os demais campistas que trajavam roupas tão formais como as nossas, Minzy estava vestida como uma verdadeira princesa. Seu vestido de cor pérola com a saia extremamente rodada, pegava até pouco abaixo do joelho, o qual estava escondido por uma meia-calça branquinha. Seus sapatinhos perolados combinavam com o vestido e com o enfeite dos cabelos, que pela primeira vez, eu os vira em um coque, preso por uma coroa de flores brancas e beges, que pendia de si, fitas das mesmas cores, dando um toque de delicadeza na pequena.

Minhyuk vinha com uma bermuda e suspensórios que combinavam com o vestido da irmã. Sua camisa de baixo era num branco impecável e a gravatinha presa ao pescoço tinha o mesmo tom perolado do vestido da Minzy – e das nossas roupas, pude reparar. Seu sapatinho era branco e na cabeça, ele trazia uma boina bege, da cor das flores da coroa da irmã.

Eles estavam lindos.

E eu já estava chorando feito bobo, principalmente por ver que o meu alfa também chorava, sem vergonha e sem preocupar em se esconder das pessoas.

– Vamos logo! – Minzy deu seus pulinhos de alegria e passou a andar sobre o caminho de pétalas brancas que nos levaria até um coreto lindamente enfeitado por lírios brancos e vermelhos, logo à frente.

Jungkook apertou minha mão e assim, nós passamos a seguir o casalzinho de gêmeos que eu tanto amava.

Algumas pessoas já choravam junto com a gente, outras sorriam da nossa cara, outras sorriam para nós e eu me sentia absorto, sem ter uma reação plausível para o momento e ouvindo apenas o som dos violinos que tocavam a marcha nupcial.

Tudo estava perfeito, e eu não podia estar mais feliz.

Era o nosso casamento.

Quando enfim chegamos no coreto, as crianças foram se sentar num banquinho que estava ao lado do mesmo e nós focamos a atenção na pessoa que estava à nossa frente, que celebraria o nosso casamento.

Eu ainda estava meio perdido. Fui pego completamente de surpresa e não fazia ideia de que aquele “chá” era na verdade o nosso casamento. Todos eles prepararam tudo escondido de nós e fizeram tão bem feito, que nem eu e nem o Kookie desconfiamos de nada.

Agora faz todo sentido o fato do alojamento estar extremamente vazio quando saímos de lá – tendo algumas pessoas perambulando daqui e dali apenas para nos despistar, porque eu já vi os mesmos sentados entre as pessoas que estão aqui -, agora faz todo sentido o fato da mãe do Jungkook ter feito aquela cena quando nós chegamos, já que ela precisava de uma desculpa plausível para nos fazer vestir as roupas de noivos, faz sentido a frase que ela disse sobre “Eu convidei pessoas importantes para esse chá e eu gostaria muito que vocês estivessem de modo apropriado para recebe-los”. Em momento algum, ela se referia a pessoas da alta sociedade, que deveriam nos ver muito bem vestidos e nos comportando muito bem; ela só queria nos convencer a vestir nossas roupas de noivos, porque as pessoas importantes eram os nossos próprios amigos e o chá era o nosso casamento.

Eu definitivamente nunca imaginei que eles seriam capazes de preparar algo assim para nós. Normalmente, os noivos gostam de preparar tudo ao seu modo e a criar seu momento a seu gosto, mas eu e Jungkook não. Nós ficamos noivos, mas não fazíamos ideia de como faríamos para preparar uma festa de casamento; provavelmente, eu pediria opinião dos meus pais, até na maneira de pentear meus cabelos, o que prova que eu não saberia criar uma festa, e muito menos uma festa tão linda como essa ficou.

– As alianças? – O senhor de cabelos grisalhos à nossa frente murmurou docemente, o que fez a Minzy levantar numa rapidez e trazer a almofadinha que continha as nossas alianças. – Eu vou sussurrar os votos e vocês repitam comigo, tudo bem?

– Senhor? – Jungkook virou-se de frente para mim e sorriu. – Se não se importa, eu gostaria de fazer os meus próprios votos.

– Tudo bem, fique à vontade. – Falou por fim.

– Taehyung... – Ele segurou minhas duas mãos e passou a fazer um leve carinho no dorso das mesmas. – Eu estou aqui hoje, diante de você, diante de todas essas pessoas, para expressar todo o amor que eu sinto por você. Eu quero que todos sejam testemunhas e quero te prometer que eu serei tudo aquilo que você precisa. Eu já fui um alfa estranho, já fui um alfa perdido, já fui abandonado... mas quando eu conheci você, parece que todo aquele brilho que eu havia perdido, voltou a se iluminar dentro de mim. Então, Tae, eu te prometo que ficarei ao seu lado, independente das circunstâncias, prometo que dividirei todos os momentos felizes com você e todos os momentos tristes, também. Eu te prometo que serei o melhor alfa que você poderia ter e que a todo momento, você terá o meu abraço, o meu colo, e as minhas mãos, para te guiar para onde quiser ir. Eu te prometo que serei para sempre seu, porque eu te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo e tudo o que eu quero é te ver feliz.

Eu já não sabia mais se sorria ou se chorava. Era um misto de emoções que estavam dentro de mim e eu só conseguia soluçar e respirar com dificuldade.

– Então, Tae, você me aceita como seu marido, para te amar e te respeitar para todo o sempre? – Perguntou, enquanto tirava a aliança de noivado do meu dedo direito.

– Eu aceito, Kook, claro que aceito. – Sorri terno, ao vê-lo colocando a aliança dourada e com pedrinhas verdes no meu dedo anelar esquerdo.

O alfa segurou minha mão e deu um beijo de leve sobre a aliança, antes de sorrir para mim, esperando que eu também trocasse as dele.

– Bem... – Comecei e peguei a aliança da almofadinha. – Eu queria te dizer, Jungkook, que eu... – Respirei fundo. – Queria te dizer que desde o dia em que desmaiei ao te ver, eu sabia que nós ficaríamos juntos. Sabe... eu senti algo muito especial quando te vi, apesar de nunca ter te contado nada, eu senti que havia algo em mim que finalmente tinha se completado. Nós brigávamos, “nos odiávamos”, mas tudo o que eu fazia, era para convencer a mim mesmo de que eu estava errado, era para me convencer de que eu não podia me sentir completo com você e que eu não precisava de um alfa. Só que aí, Kookie, você me mostrou como é ser tratado por uma pessoa especial; você me mostrou que era diferente de todos os outros e que mesmo sem me prometer nada com palavras, cada gesto seu, deixava claro que você sempre estaria ao meu lado. Desde aquele dia, você não me deixa sozinho, sempre me ajudou, por mais que eu fosse um bobo e negasse a sua ajuda, mas você sempre esteve ali, me estendendo a sua mão e iluminando o meu caminho, me protegendo e me dando o seu colo, toda vez que eu pensava que tinha perdido o chão. Então, Jungkook, assim como você me promete que será o alfa que eu preciso, eu prometo que serei o ômega que você precisa e prometo que darei tudo de mim para te fazer feliz... eu só quero que você seja feliz, só quero te ver sorrir e quero ser o motivo desse sorriso; quero compartilhar essa felicidade com você, porque diferente de antes, eu não posso mais viver sem você. Eu te prometo, Jungkook, que vou te acolher nos meus braços toda vez que quiser chorar por qualquer coisa ou se apenas quiser um carinho meu. Eu só não vou te prometer que vou compartilhar tristeza com você, porque eu não pretendo te ver triste... – Funguei.– Eu darei o meu melhor para te dar só alegrias. Então, Kookie, você me aceita como seu marido?

– Eu aceito, meu amor. – Ele sorriu e deixou que eu trocasse as alianças, colocando uma idêntica a minha no seu dedo esquerdo.

Dirigi meu olhar para ele e sorri como um bobo apaixonado... Não, bobo não, sorri como um apaixonado mesmo, porque era isso que eu estava. Eu estava, eu era, eu sempre fui apaixonado por ele.

– Vocês já podem se beijar. – O senhor de cabelos grisalhos sussurrou, para não nos interromper naquela troca de olhares intensos e, antes que Jungkook tomasse iniciativa, eu dirigi minhas mãos para o seu rosto e o beijei intensamente, sem me importar com as pessoas que estavam nos vendo e sem sentir vergonha, porque eu queria que todos ali fossem testemunhas do nosso amor.

Pouco depois, eu senti uma cócega no nariz e ouvi uma risadinha gostosa vindo do Minhyuk. Eu parei o beijo e olhei para o lado, vendo os dois gêmeos sobre as pétalas do caminho que passamos.

– Nós temos uma surpresa para vocês. – Minzy falou animada e se agachou, enfiando as mãos na terra.

Pouco depois, as árvores que nos cercavam, passaram a dar inúmeras flores, fazendo o jardim ficar muito mais bonito do que já estava. As flores cresciam e desabrochavam, criando aquela nuvem de flores coloridas sobre nós.

A pequena voltou a ficar de pé e levantou os bracinhos, fazendo as flores soltarem pétalas e caírem, mas antes que tocassem o chão, Minhyuk passou a controla-las, fazendo com as mãos, os mesmos gestos que a Minzy fazia.

As pétalas começaram a dançar entre todos nós, tocando nossas peles e fazendo leves cócegas.

Enquanto o garotinho controlava aquelas, Minzy fazia mais algumas flores desabrocharem e soltarem mais pétalas, que se juntavam àquela nevasca maravilhosa que nos rodeava.

Eles eram incríveis.

Quando falamos que Minhyuk é um Mortem, as pessoas têm medo; afinal, como uma criança pode controlar coisas mortas?

– Mas nem tudo é o que parece... – Jungkook completou meu raciocínio, se lembrando de quando eu disse isso para ele.

– As coisas podem ser mais belas do que pensamos. – Concluí. – A partir da hora que as pétalas se soltam das flores, elas morrem, então... ele tem um poder incrível.

– Basta saber ver a beleza nas pequenas coisas. – Meu alfa passou o braço pela minha cintura e colou meu corpo ao dele, para que pudéssemos continuar vendo a dança das pétalas que nossos pequeninos faziam para nós.

– Então, nós também temos uma surpresa para vocês. – Minha mãe se aproximou de nós, de mãos dadas com meu pai e meus sogros vieram do mesmo jeito.

– O primeiro passo para tudo. – A Sra. Jeon nos entregou uma caixinha pequenininha e nós a pegamos com cautela. – Esperamos que gostem.

Jungkook segurou a base da caixinha e eu desfiz o laço e puxei a tampa para cima, revelando dois molhos de chaves.

– De onde são essas chaves? – Perguntei meio perdido e olhei para os quatro à nossa frente, que sorriram ternos e apontaram para a casa.

– O-o q-que? – Kookie arregalou os olhos e eu fiquei sem reação. – E-essa casa é nossa?

– É de vocês! – Meu pai respondeu de um jeito fofo e secou uma lágrima vacilante que escorreu dos seus olhos.

– Quanto à mobília, já fizemos convênio com uma loja e assim que quiserem, podem ir lá e pedirem tudo a seu gosto. – O Sr. Jeon falou animado e cutucou o ombro do filho.

– Obrigado! – Respondi simples, por não conseguir pronunciar mais nada. – Obrigado de verdade! – Num ato rápido, eu dei um abraço muito desajeitado nos quatro e puxei Jungkook para vir junto comigo, já que o alfa parecia meio perdido em pensamentos.

– Obrigado! – Ele também falou por fim, não contendo a vontade de chorar.

Assim que desfizemos o abraço, Minzy e Minhyuk se viraram de frente para a casa e, enquanto o garoto jogava as pétalas na direção dela, Minzy fazia crescer raminhos delicados sobre as pilastras, sobre as bases das janelas, sobre as calhas e iam subindo pelo telhado até chegarem no segundo andar. Pouco depois, flores brotaram dos raminhos e desabrocharam, criando um enfeite natural perfeito na nossa casa.

Nossa casa, nosso lar.

– Obrigado, pequenos. – Eu e Jungkook falamos em uníssono e sorrimos com a reação alegre deles.

– Bem, agora tem a festa, não é? – Minha mãe falou alto e fez um sinal para o Baek, que se levantou e com a ajuda do seu vento, abriu uma cortina de flores que tinha entre duas árvores e revelou mais um pedaço do jardim, cheio de tecidos sobre a grama verdinha, balões, fitas e uma mesa cheia de coisas dignas de um piquenique delicioso, inclusive...

– MAÇÃ DO AMOR? – Gritei e encarei Ji Yoon, que sorria cúmplice, ao que se escondia atrás do MinHo.

– Então é por isso que você ficou toda animada quando eu disse que o Tae gostava de maçã do amor. – Kookie sorriu incrédulo e fitou a beta.

– Surpresa. – Ela sussurrou e soltou uma risada fofa.

Eu fiquei tão eufórico, que a primeira reação que eu tive foi de puxar o Kookie pelo braço e o levar para aquele lugar. Os outros nos seguiram e começaram a se acomodar nas toalhas que estavam por ali.

– Maçã do amor, chocolate, bolos, tortas, algodão doce, biscoitos... – Comecei a falar desesperado, sentindo uma vontade infinita de comer tudo aquilo. – Ah que delícia! – Lambi os lábios e já fui correndo para pegar um chocolate.

Ji Yoon ficou me encarando e rindo da minha reação.

– O que achou do jardim? – Minha mãe se aproximou de mim e acariciou meus cabelos.

– Lindo, mamãe. – Respondi com os dentes cheios de chocolate branco. – Como foi que vocês conseguiram um jardim tão lindo para celebrar o nosso casamento? Tão grande e tão perfeito...

– Esse jardim não existia até ontem, Tae. – Ela sorriu docemente e limpou um pouco de chocolate que sujou meu lábio inferior.

– Como assim? – Arregalei os olhos.

– Quando os pais do Kookie encontraram essa casa, ela não tinha jardim algum, apenas uma pequena área ali. – Ela apontou para um lugar um pouco mais à frente de onde estávamos. – Mas, ao lado dela, havia um terreno, que também estava à venda. Aí nós pensamos: o Taekook vai nascer, vai precisar de um lugar amplo para brincar, vocês terão mais filhos, um jardim em frente à casa fica extremamente agradável, fica fresquinho, bonito e, nós precisávamos de um lugar lindo para fazer esse casamento acontecer, né. – Ela sorriu.

– Mas como assim o jardim não existia? – Perguntei, já desconfiando do que tinha acontecido ali.

– Vou te dar dois nomes: Minzy e Namjoon. – Minha mãe suspirou encantada. – Namjoon fez nascer pequenos pezinhos de cerejeiras, de ipês, pinheiros, pingos de ouro; fez essas cortinas de hera, entre outras árvores; e a Minzy fez tudo crescer e florescer, rápido o bastante para montarmos o casamento. Todo esse cenário perfeito que você tem aqui, é graças a eles.

– Uau! – Exclamei. – O poder deles é incrível! Eu... estou sem palavras mãe, ficou tudo muito perfeito. Muito obrigado.

– Filho? – Ela me puxou para um cantinho e passou a afagar minha bochecha. – Você sabe que tudo isso aqui foi graças a família Jeon, certo? Eu e seu pai nunca teríamos condições de dar uma festa assim e muito menos comprar uma casa para vocês.

– Eu sei, mãe. – Engoli em seco.

– Mas mesmo não tendo dinheiro para dar-lhes tudo o que vocês merecem, eu quero deixar claro que, tudo, tudo, tudo o que precisarem, não hesite em falar conosco, e nós daremos um jeito para ajudar. Se precisar da minha ajuda para cuidar do Taekook quando ele nascer, é só me falar, que eu peço os senhores Jung para me darem alguns dias de folga... – Ela olhou para os seus chefes, que também estavam na festa. – Eles também ajudaram aqui, Taetae. – Vi um sorriso meigo se formar nos seus lábios. – Todos esses bolos e tortas, vieram da Alice Table, inteiramente por conta deles.

– Jura? – Arregalei os olhos.

– Juro. A Ji Yoon fez as maçãs do amor e os biscoitos, fez nascer as frutas que foram usadas para o preparo dos sucos, porque afinal, suco natural é muito mais saudável, né. Principalmente para o gravidinho aqui. – Ela afagou minha barriga.

– Pare, mãe! – Gargalhei envergonhado.

– Ah, me deixe te chamar de gravidinho, Taetae. – Passou a me encher de cócegas e me abraçou. – Ain, eu não acredito que o meu bebê já cresceu e vai ter o seu próprio bebê...

– Eu vou ter o meu próprio bebê, mamãe. – Sorri bobo. – Imagina quando ele nascer, tão pequeno, tão indefeso... mãe, eu preciso de algumas aulas sobre isso. – Arregalei os olhos.

– Calma, ainda temos muito tempo para eu te ensinar as coisas básicas.

– Eu vou precisar da sua ajuda. – Falei sério.

– E eu vou estar sempre aqui para te ajudar.

– Obrigado. – Esbocei um sorriso meigo.

– ENTÃO? – A voz do MinHo soou mais alta que dos demais que ali estavam. – Chegou a hora da última surpresa!

– Mais? – Fiquei boquiaberto.

– Siiiim, maaaais! – Minzy correu para perto de mim e me puxou para me sentar na toalha que estava no centro do jardim.

– Bem, a ideia inicial que proveio do nosso querido Jinhong, era dar-lhes um chá de bebê. – O ex diretor voltou a falar. – Mas aí, nós desenvolvemos essa ideia e misturamos no casamento! Como o casamento já aconteceu, é hora de darmos atenção para o Taekook agora!

– Oh! – Tampei a boca e vi Jungkook vindo se sentar perto de mim.

– Quem quer dar o primeiro presente?

– Eu! – Yoongi levantou a mão.

– Então, fique à vontade. – MinHo se afastou e deixou que o ômega se aproximasse com um embrulho nas mãos.

– Tae, eu sei que quando você dorme, é necessário quase um trator para te acordar, e por isso, eu acho que será bem mais seguro, se o Taekook tiver uma babá eletrônica para gritar no seu ouvido, quando ele acordar.

– Ah, obrigado! – Sorri envergonhado, o que fez Jungkook gargalhar ao meu lado.

– Agora eu!! – Minzy gritou e veio correndo junto com o Minhyuk, com ambos segurando uma cesta. – Olha Tae! – Ela falou animada e colocou a cesta ao meu lado.

– O nosso presente, é essa cesta com coisas para cuidar do Taekook. – Minhyuk falou. – Tem shampoozinho de bebê, sabonete, lencinhos, colônias, escovinhas de cabelo, mamadeiras, bicos...

– E também tem um par de sapatinhos perolados, da cor dos enfeites do seu casamento. – Minzy sussurrou.

– Obrigado, amores. – Kookie afagou as bochechas do Minhyuk, que mordeu o lábio, envergonhado.

Assim, mais pessoas foram chegando e dando seus presentes. Só neste dia, Taekook ganhou carrinho de bebê, bebê conforto, várias roupinhas, sapatinhos, brinquedinhos, roupinhas de colocar na cama...

– Bem, já que todo mundo deu seu presente, agora é a minha vez. – MinHo se aproximou de nós e agachou. – Eu sei que todos vocês só conhecem o meu poder de tirar os poderes de outras pessoas e depois devolvê-las, se forem merecedores.

– Aham. – Crispei os lábios.

– Então, eu tenho mais um dom, que eu sempre achei irrelevante, até fazer uma coisa boba por acaso, e descobrir que esse poder era até bem interessante. Porém, eu não poderia divulgar muito, para que não se aproveitassem disso... – Ele respirou fundo e tirou do bolso, uma caixinha preta e logo a abriu, revelando uma pulseirinha dourada. – Eu tenho o poder de controlar o ouro. Eu criei esse ouro e fiz essa pulseirinha para o Taekook. Esse pequeno objeto é feito de pequenos elos delicados, para que se possa ir aumentando de tamanho, à medida que ele for crescendo​. Taekook poderá até transformar isso aqui em colar, se quiser. – Ele sorriu soprado.

– Obrigado... pai. – Sussurrei para ele e capturei seu olhar marejado. – Você sabe que eu te considero como um pai. – Sorri terno.

– Sim, eu sei. – Riu soprado, ao que uma lágrima caía. – Esse ouro que eu controlo, Tae, é especial. Ele serve como uma espécie de amuleto para quem o usa. Então, enquanto Taekook usar essa pulseira, ou colar, ou o que ele quiser que seja, ele estará protegido. Nada nem ninguém poderá lhe fazer mal. Ele não será ferido e conseguirá se proteger dos perigos desse mundo.

– Eu não acredito que seu poder é esse? – Arregalei os olhos. – Você controla ouro encantado?

– É, eu controlo.

– Você sabe que eu te pediria uma pulseira se soubesse disso, não sabe? – Gargalhei. – Nenhum alfa me faria mal.

– Mas se eu te desse uma pulseira dessa, você não teria o Jungkook, não teria o Taekook, não teria nada disso aqui... e eu sempre fui seu amuleto, Tae. Eu sempre te protegi e cuidei de você.

– Eu sei. – Me levantei e envolvi seu pescoço num abraço, com o Kookie fazendo o mesmo. – Obrigado.

Eu estava muito feliz. Não tinha palavras melhores para expressar minha felicidade. MinHo usou seu poder mais secreto para proteger o meu filho e eu não teria palavras para agradecer e expressar o quão feliz eu estava.

Depois de pegar todos os presentes que Taekook tinha ganhado, eu fiquei sentado naquela toalha, junto com o Jungkook, conversando e palpitando sobre como será que nosso bebê seria. A personalidade, a aparência, o jeitinho...

Minzy era alfa, e era muito espalhafatosa e falante, cheia de graça e cheia de amigos. Minhyuk era alfa, mas era mais tímido, mais calado e bem doce. Jungkook era alfa e era meio chato, meio insistente, mas tinha uma paciência invejável. Eu sou ômega, mas sou estressado, bravo, cheio de manias, xingo qualquer um por qualquer motivo, bato o pé, dou umas flechadas, corto as bochechas dos outros com a ponta da minha espada e me borro inteiro por aranhas. Jinhong era ômega, e era um docinho de leite que fugiu do canudinho, de tão doce e fofo que era.

Taekook seria um alfa. Mas que personalidade ele teria?

Como seria Taekook?

****

[Dois meses depois]

Eu estava sentado no jardim do alojamento, lendo um livro que eu tinha ganhado dos meus pais, quando Jungkook se aproximou de mim.

– Amor? – Chamou manhoso e se sentou ao meu lado.

– Que é? – Respondi sem olhar para ele.

– Você ainda está bravo comigo?

– Estou. – Falei sério.

– Poxa, Tae, não fique? – Ele afagou meus cabelos e direcionou sua mão para meu queixo, afim de que eu o olhasse. – Eu só implico com essas coisas pelo seu bem. Não é certo você ficar fazendo esforço com a barriga desse tamanho.

– Jungkook? – Fechei o livro e respirei fundo. – Eu estava atirando flechas. Que esforço tem nisso?

– Você se esforça sim, Tae.

– Jeon, levantar o braço e atirar uma flecha não me provoca esforço algum. Você tem que parar de me tratar como se eu estivesse doente e fraco. Isso já está me incomodando. Outro dia você brigou comigo porque eu estava varrendo o quarto, brigou comigo porque eu decidi limpar a casa que nós só visitamos nos finais de semana, brigou comigo porque eu arredei o sofá para pegar uma caneta que eu deixei cair... para com isso! Já encheu o saco, sabe?

– Eu só estou cuidando de você, Bombonzinho. Não quero que se sinta mal e não quero que faça algo que possa prejudicar o bebê.

– E você realmente acha que eu faria alguma coisa que pudesse prejudicar o meu filho? – Cruzei os braços e os apoiei na barriga. – Minha mãe quando estava grávida de mim, trabalhava, tomava conta da casa, fazia todas as tarefas domésticas e nem por isso ela se sentiu mal ou me prejudicou.

– Tudo bem, me desculpe? – Ele pediu com um tom sincero na voz. – Eu vou parar​ de pegar no seu pé, mas por favor tente ser mais cuidadoso, porque você conta que estava varrendo o quarto, mas você tirou todos os móveis do lugar para fazer faxina e, a respeito da caneta debaixo do sofá, eu ainda descobri que você estava usando aquela caneta para marcar na parede, alguns pontos onde você penduraria alguns quadros que pintei de nós dois e olha, com a ajuda de uma escada.

Corei, envergonhado.

– Eu sei que você é independente e gosta de ser assim, mas me fala o que aconteceria se você caísse daquela escada? Você provavelmente iria se machucar e ia machucar o Taekook.

– Eu nunca caí de uma escada, Jungkook.

– Pra tudo tem uma primeira vez.

– Eu não vou cair da escada.

– Taehyung? – Ele suspirou. – Não insista, por favor?

– Tá, tudo bem. – Dei de ombros e respirei fundo. – Você tem razão, me desculpe.

– Eu não quero que se machuque. – Kook afagou minha barriga.

– Eu sei. – Me aproximei e lhe dei um selinho rápido. – Quando eu precisar fazer essas cosias de novo, eu te chamo para me ajudar, pode ser?

– Claro que pode, amor. Você sabe que pode me chamar sempre que precisar.

Eu sorri tímido e acariciei seu rosto, enquanto eu fazia o mesmo na minha barriga. Quando eu fui me aproximando para lhe dar um beijo, eu senti algo diferente na barriga e a encarei na hora.

– O que foi isso? – Jungkook arregalou os olhos e me fitou.

– Você também sentiu? – Perguntei, meio aflito.

– Senti. – Ele voltou a fazer carinho na minha barriga e eu fiquei a encarando. De repente, senti de novo aquela sensação diferente e um sorriso se abriu em nós dois, quando demos conta que Taekook estava mexendo pela primeira vez. – É o nosso bebê! – Exclamou animado.

– Ai meus deuses, então é essa a sensação quando eles se mexem? – Perguntei de maneira boba.

– Eu não acredito que ele se mexeu pela primeira vez, quando eu estava perto. Eu sempre achei que você seria o primeiro a senti-lo, mas não, ele está aqui... tão...

– O que será que ele está fazendo? – Mordi o lábio em expectativa. – Será que está mandando os pais pararem de brigar?

– É bem provável, porque ele vem presenciando muitas brigas ultimamente. – Jungkook sorriu envergonhado.

– Tudo bem, bebê, os papais vão pararem de brigar. – Gargalhei com isso. – Ele nem nasceu e já está implicando com as nossas brigas.

– Ele que está certo. – O alfa riu soprado e pegou o celular no bolso. – Vamos tirar uma foto, do primeiro dia que sentimos o Taekook.

– Vamos. – Me aproximei dele e o abracei, para tirarmos a foto.

Kookie enviou a foto no grupo que tínhamos com nossos amigos e contou que o bebê havia mexido.

Pouco depois, todos começaram a parabenizar e a mandar emojis de corações, falando que também queriam sentir o nosso filho.

De repente, Namjoon enviou uma foto dele com o Jin e o ômega parecia meio abatido.

– O que aconteceu? – Perguntei num áudio.

Rapidamente, veio a resposta, com mais uma foto dos dois sorrindo e com os narizes avermelhados, seguida da seguinte legenda: “Dia em que descobrimos que seremos papais”.

– O QUE? – Gritei e mais um áudio.

“MAS O QUE É ISSO?” – MinHo perguntou no grupo e nesse momento todos ficamos quietos, com medo dele começar a brigar. – “EU VOU SER VOVÔ DE MAIS UM!!!!! Eu não aguento, gente, meu coração é fraco...”

– Que susto, achei que ele ia xingar. – Ri soprado e o Kook confirmou com a cabeça.

– Eu também achei. – Gargalhou. – Vamos atrás deles, vamos? – O alfa ficou de pé e me ajudou a levantar também.

Nós saímos andando e fomos na direção da enfermaria, já que pela foto, era nítido que estavam por lá.

Será que seria uma menina ou um menino?

Alfa, beta ou ômega?

E qual seria o nome?

[Dois meses depois]

Finalmente, depois de tempos nesse lugar, chegou o dia da nossa “formatura”. Sabemos que alguns já deveriam ter saído daqui e outros deveriam sair depois, mas por questões pessoais, a formatura teve que ser de uma grande quantidade de pessoas.

Jungkook se formaria junto comigo, porque ele é meu alfa e em praticamente um mês, nosso bebê irá nascer.

Jimin se formaria com Yoongi, porque ele o marcou e agora têm de ficarem juntos.

Hoseok se formaria com Jinhong, porque o ômega também foi marcado, e isso implica no fato de que eles não podem ficar separados, principalmente porque o Hong é muito dependente do Hobi.

Jin vai ser formar com o Namjoon, porque além do bebê, eles já decidiram que, depois do nascimento do filho ou filha, no primeiro cio que eles tiverem, o Jin será marcado.

Baek vai se formar e definitivamente assumiu que está com o Luhan, apesar de não ter o marcado; mas do jeito que andam, parece que isso irá acontecer no primeiro cio que chegar. Mas apesar da formatura, Baek não pretende deixar o alojamento, porque ele é o melhor cuidador de cavalos e, de aluno, ele passou a ser funcionário, assim como a Ji Yoon era antes de se tornar a diretora.

Por falar em Ji Yoon, me lembrei da Jéssica e me lembrei que ambas arranjaram uns betas para elas também. Ji Yoon namora um tal de Kwon Ji Yong, que é campista e tem o poder de levitar as coisas; já a Jéssica, está com um tal de Kris, um dos ex prisioneiros da clínica, que tem o poder de metamorfose, ou seja, ele se transforma no que ele quer.

Chega a ser curioso quando ele se transforma nela mesma, para ficar irritando a beta. Ok, é curioso e bizarro, mas acontece.

Várias e várias outras pessoas também irão se formar agora, como o Kisu, o Hui, o Hyungwon e etc...

Como em todas as formaturas, o MinHo organizou um evento bem legal para nós, da mesma forma que ele fazia as festas de aniversários todo mês. Ji Yoon voltou para a cozinha e fez questão de preparar alguns petiscos para a nossa formatura, já que éramos muito amigos dela. O prato principal da nossa festa foi massa, e o que mais tinha ali, era pizza, lasanha, canelone, pães recheados com tudo quanto é coisa que se possa imaginar.

Eu estava com sede e todos estavam com uma taça de vinho, o que me fez imediatamente pegar uma, também.

– O que você pensa que está fazendo? – Jungkook pegou a taça na minha mão e me fez revirar os olhos. – Você não pode beber.

– Jeon... – Massageei as têmporas. – Só uma tacinha de vinho, pelos deuses. Estou com sede.

– Então beba água ou suco, Tae. – Insistiu e eu desisti de ficar brigando com ele e falando que eu não estava doente.

– Amor? – Chamei manhoso. – Eu estou com tanta vontade de tomar uma tacinha de vinho... poxa, eu não bebo uma desde que engravidei do Taekook. Me deixe beber, por favor?

– Tae? – Ele suspirou.

– Eu estou com vontade... – Umedeci os lábios, como se estivesse secando aquela taça com os olhos. – Pode ser desejo...

– Ah, não Taehyung, você não pode ter desejo de bebida alcóolica. – Ele fez uma cara meio desesperadora.

– Mas eu estou. – Dei de ombros. – Mas tudo bem, não precisa me dar. Agora, se seu filho nascer e virar um alcóolatra, a culpa será sua.

– Só essa taça. – Ele me devolveu a mesma e cruzou os braços, sabendo muito bem que eu estava sendo manipulador.

– Obrigado, Benzinho. – Sorri e dei uma golada, vendo-o crispar os lábios por também querer o vinho, mas não poder beber porque estava dirigindo. – Você quer experimentar? Deixo você pegar da minha boca.

– Para com isso e beba isso logo. Mas olha... SÓ essa taça, ok? SÓ essa.

– Tudo bem. – Sorri vitorioso e lhe dei um beijo no canto da boca. – Eu te amo, Jungkook.

– Eu também te amo, Taehyung, mas isso não significa que você conseguirá me manipular para sempre, okay? – Falou sério. – Depois que nosso filho nascer, você não terá essas desculpas esfarrapadas para jogar para cima de mim.

– Ah amor, não são desculpas. – Mordi o lábio. – Eu realmente quero esse vinho... – Agora eu definitivamente acho que era desejo, porque estava tão gostoso, e eu não me lembro de vinho ser tão apetitoso assim. Estava incrivelmente gostoso.

– Tá, então beba, não quero que sinta vontade de comer ou beber mais nada. – Ele por fim sorriu e me abraçou, dando-me um beijo na bochecha. – Está gostoso?

– Muito. – Dei mais um gole. – Não sabia que vinho era tão gostoso assim.

Kookie começou a rir da minha cara e ficou ali comigo, até chamarem para o jantar, o qual foi muito agradável e estava maravilhosamente gostoso.

Apesar do MinHo e da Ji Yoon fazerem um brinde à nós e dizer que todos poderíamos fazer visitas quando quiséssemos, eu sei que a partir de hoje tudo seria diferente.

Eu sei que agora, eu sentiria muita falta desse lugar e dessas pessoas que foram como uma família para mim, desde que vim para aqui.

Eu me tornei uma pessoa melhor graças a eles e eu lhes devo muito.

Eu definitivamente os amo.

[Um mês depois]

Nós estávamos na nossa casa, ajeitando alguns cobertores no sofá, para assistirmos a um filme. Já tínhamos arrumado a casa inteira e inclusive, já tínhamos lavado todas as roupinhas do Taekook, porque eu tinha entrado no nono mês de gestação em dois dias.

Assim que completaram os nove meses, todos ficaram aflitos e nos ajudaram a organizar a casa e a organizar as coisas do bebê.

Depois que nos casamos, Minzy e Minhyuk ficaram encarregados de montarem o quartinho do Taekook, podendo escolher desde o berço, até a cor das paredes.

O quarto ficou bege, branco e com alguns detalhes em azul marinho. Os pequenos escolheram todos os enfeites de ursinho e decidiram onde que ficaria cada coisa dentro do quarto. Tudo ficou simplesmente perfeito e eu ficava entrando lá toda hora, para ficar babando naquilo tudo e imaginando o nosso pequenino lá.

– Pipoca pronta! – Jungkook veio correndo para perto de mim e colocou o balde de pipocas no meu colo, logo se enfiando debaixo das cobertas junto comigo.

Eu coloquei o filme e me aninhei nos seus braços, para enfim, descansarmos.

Pouco depois, o interesse no filme se esvaiu, e nós passamos a nos beijar intensamente, cheio de mãos bobas.

Já se faziam nove meses que nem eu e nem o Kook entrávamos no cio e isso parece que faz falta. Muita falta.

O alfa nos deitou no sofá e quando enfiou a mão por baixo da minha blusa, eu senti uma pontada forte e o fiz parar.

– O que foi? – Perguntou ofegante, se levantando e me ajudando a me sentar.

– Eu não sei bem, eu senti uma pontada, AAH... – Apoiei a mão na barriga e fiz uma careta de dor.

– Tae, o que está acontecendo? – Ele correu até o interruptor e acendeu a luz. – Tae, olha para mim? Onde que está doendo?

– Jungkook? – Mordi o lábio. – Acho que o Taekook está nascendo.

– Ai meus deuses! – Ele arregalou os olhos e enfiou os dedos no meio dos cabelos. – Eu, eu vou pegar a bolsa que preparamos para ele. Espere aqui! – Jeon subiu as escadas correndo, enquanto eu tentava manter a respiração calma.

– Taekook, nós já vamos pro hospital, bebê, espere um pouquinho? – Mais uma pontada. – AAAH JUNGKOOOK? – Gritei.

– Oi amor, cheguei. Vamos logo. – Ele passou o braço para minha cintura e nós saímos de casa.

Rapidamente, chegamos no carro e eu entrei no mesmo, sentindo as dores cada vez mais fortes.

Jungkook ligou o carro e acelerou o mesmo, pondo-se a caminho da maternidade.

– Ah, Kook... – Comecei a chorar, sentindo as contrações fortes.

– Taehyung, pelo amor dos deuses, respira! – Jungkook falava aflito. – Já estamos quase chegando.

Eu tentei controlar minhas emoções, sabendo muito bem que ele podia senti-las; mas mesmo assim, me forcei a parar de chorar, para evitar que ele ficasse mais nervoso.

Rapidamente, chegamos no hospital e entramos no mesmo.

– Por favor, ele está em trabalho de parto! – Kook falou para a recepcionista, que já chamou alguns enfermeiros que vieram com uma cadeira de rodas.

– Fique comigo? – Pedi.

– Eu vou ficar. Eu vou ficar com você.

Nós continuamos andando pelos corredores do hospital, até chegarmos à sala de parto. Rapidamente, vários enfermeiros foram chegando e me ajudaram a me deitar na maca.

– Eu vou ficar ao seu lado, tudo bem? – Jungkook sussurrou para mim, quanto eu sentia uma picada nas minhas costas. – Estão aplicando a anestesia e tudo vai ficar bem, ok?

– Tá... – Suspirei e deixei uma lágrima cair.

– Eu te amo.

– Também amo você. – Sussurrei.

O meu alfa ficou ali comigo, segurando minha mão, enquanto os médicos faziam os procedimentos da cesariana. Eu fiquei meio sonolento e não consegui raciocinar direito as coisas que aconteciam à minha volta, até que... o som do choro do meu filho se fez presente na sala.

Corri os olhos em busca dele e senti Jungkook soltando a minha mão para pegá-lo do colo do médico. O alfa deixou as lágrimas descerem e se abaixou para perto de mim, com o nosso bebezinho no colo.

– Olha como ele é lindo, Tae. – Sussurrou, me mostrando nosso pequeno branquinho e com os cabelos bem negros, igual do Kook.

– Ei bebê... – Murmurei, ao que o pegava no colo. – Seja bem-vindo ao mundo, pequeno. – Ele continuava chorando bem alto, o que me deixou bem feliz. – Ele é forte, né?

– Muito. – Meu alfa acariciou os cabelos do Taekook e tirou uma foto nossa. – Primeira foto do nosso marrentinho.

– Ele é lindo. – Falei baixo.

– Maravilhoso. – Ele concordou e continuou acariciando a miniatura de orelha.

Sorri ao finalmente poder pegar nosso bebê no colo, ao finalmente poder tê-lo em meus braços.

– Eu te amo, meu filho. – Sussurrei.

– Nós te amamos. – Jungkook deu um beijo na testa dele e o pegou de volta.

– Me devolva ele? – Pedi.

– Os médicos vão dar banho nele agora e assim que você for para o quarto, ele estará lá conosco. – O alfa me tranquilizou. – Tudo bem?

– Tudo. – Assenti e dei mais uma espiada no bebê, antes de me render ao efeito da anestesia e deixar minhas pálpebras se fecharem.

****

Acordei e o dia já estava quase amanhecendo. Quando eu olhei de lado, vi que Jungkook estava de pé perto da janela com o Taekook no colo.

– Amor? – Chamei baixinho, e o fiz olhar imediatamente para mim.

– Oi Bombonzinho, você acordou... – Ele caminhou para perto de mim e se sentou na poltrona que tinha ao lado da cama. – Olha como ele está dormindo tranquilo.

– Como ele está tão quieto assim? Não deveria estar com fome?

– Ele já mamou, amor. Os médicos deixaram eu fazer mamadeira e dá-lo enquanto você não acordava.

– Posso pegá-lo um pouco?

– Claro que pode. – Jungkook se levantou e colocou Taekook no meu colo.

– Ei meu amor... – Sussurrei para o bebê que abriu os olhinhos devagar. – Você acordou, meu príncipe. – Sorri. – Mas que olhos mais lindos que você tem.

Ele fez um biquinho e bocejou.

– Ah que gracinha. – Meu alfa tocou a bochecha do nosso filho. – Ele tem a sua boca, Tae.

– E tem os seus olhos, Kookie.

TOC, TOC... Alguém bateu na porta.

– Entra! – Jungkook falou um pouco mais alto, para que a pessoa pudesse ouvir.

De repente, a porta se abriu, revelando nossos pais e nossos amigos do lado de fora.

– Ei gente. – Sorri bobo.

– Oh meus deuses, que gracinha. – Minha mãe entrou no quarto, e fez uma cara de vovó coruja.

– Como ele é cabeludinho. – Minha sogra gargalhou baixo.

– Oh, ele está acordado. – Jin se aproximou e tampou a boca, todo bobo ao ver o Taekook. – Ele é tão lindo, gente...

– Parece com você, Tae. – Meu pai levantou as sobrancelhas.

– Que nada, ele é a cara do Jungkook. – Meu sogro retrucou.

– Parem! Ele é a cara dos dois, olhem só. – MinHo se aproximou. – Ele é a mistura dos dois. Não tem como nem fingir que é adotado.

– Ótima forma de medir a semelhança. – Ji Yoon revirou os olhos. – Olha, Tae, eu trouxe para você. – Ela levantou uma caixinha de bombons de licor.

– Ji Yoon, eu te amo. – Respondi sorridente.

– Só porque eu sempre te trago comida, não é, sem vergonha.

– Ele é guloso. – Yoongi provocou e eu mostrei a língua para ele.

– Deixa eu pegar o bebê? – Jin esticou os braços.

– Pode. – Coloquei Taekook no seu colo e o vi sorrir bobo.

– Já estou imaginando quando o Sehun nascer. – Namjoon deixou escapulir.

– Sehun? – Jinhong arregalou os olhos.

– Sehun? – MinHo direcionou o olhar para eles.

– Namjoon filho de um bom pai, era surpresa! – Jin fez um bico e revirou os olhos.

– Seu bebê é um menino? – Sorri.

– É. – Respondeu de má vontade. – Era para ser surpresa, sabe? Iríamos convidá-los para a nossa casa e fazer uma festinha, mas o linguarudo do Namjoon...

– Desculpa, amor. – O alfa resmungou.

– Ah, Namjoon, você é muito sem graça. – Ele ficou visivelmente irritado e me devolveu o Taekook que estava prestes a começar a chorar no colo dele. – E como eu dei a ideia do nome do Taekook ser Sehun e ele não ganhou, ficando em segundo lugar, o meu bebê chamará Sehun. Eu realmente amo esse nome.

– Talvez seja por isso que o Sehun não ganhou. – Sorri. – Este nome tinha que ser do seu filho. É um nome lindo, e você o ama, então, nada mais digno do que ser atribuído ao seu bebê.

– Realmente, se Sehun tivesse ganhado na votação, eu não teria outro nome para colocar no meu filho.

– Pois é. – Toquei sua barriga rapidamente. – E vocês já sabem se é ômega, alfa ou beta?

– Eu acho que é ômega. – Jin falou bobo.

– Eu ainda não senti. – Nam deu de ombros.

– Bem, Taekook é alfa e o Jungkook o sentiu, talvez se o Sehun for um ômega, só o Jin irá senti-lo.

– Então ele é um ômega. – Jin sorriu abertamente. – Eu vivo sentindo um cheirinho doce, mas não sei de onde vem e o Nam nunca sente.

– Eu também não sentia o cheiro do Taekook. Mas agora eu sinto. – Contei. – É um cheirinho tão gostoso.

– É mesmo. – Kookie se aproximou e depositou um beijo na testa do bebê.

– Vocês estão tão lindos. – Minha mãe murmurou. – Deixe-me tirar uma foto. – E assim, ela posicionou o celular e tirou uma foto de nós três. – Perfeitos.– Sorriu.

Todos ficaram ali por mais um tempo, até que o Taekook começou a chorar, me convencendo de que ele estava com fome.

– Deixe eu te ajudar. – Jungkook se levantou e me ajudou a posicionar o bebê para mamar.

Nosso filho apoiou a mãozinha sobre meu peito e passou a mamar com vontade.

– Guloso. – Brinquei.

– Parece o pai dele. – Yoongi provocou mais uma vez, mas dessa vez eu resolvi não contestar. Estava muito feliz com meu filho no colo e saudável. Melhor do que xingar o Yoon.

****

Finalmente depois de três dias, nós recebemos alta e podemos ir para casa. Eu vesti uma roupinha bem fofa no Taekook e nós saímos da maternidade.

Jungkook já havia instalado o bebê conforto no carro e eu o coloquei lá.

– Não vejo a hora de deitar na minha cama. – Resmunguei, ao entrar no carro e prender o cinto.

– Nem eu. – Kook suspirou. – Acho que vou dormir por uns dez dias seguidos.

– Não ousa. – Reclamei. – Você tem que me ajudar a cuidar do Taekook.

– Eu sei amor, eu estou brincando. – Ele me deu um selinho e deu partida no carro, rumo a nossa casa.

No meio do caminho, o bebê acordou e começou a resmungar, mas o Kookie ligou o som do carro e ele voltou a ficar calminho, apreciando o som.

Rapidamente, chegamos na nossa casa. Tiramos todas as coisas que tínhamos levado para o hospital e enquanto eu subia com o bebê, meu alfa trazia as bolsas pesadas.

– Olha seu quarto, meu amor, foi a Minzy e o Minhyuk que prepararam para você. – Sussurrei, quando entrei no cômodo. – Vou te deixar no seu bercinho, tudo bem? Mas o papai vai ficar aqui do seu lado.

Eu coloquei meu filho no berço e liguei o brinquedinho que ficava pendurado no mesmo, para tocar musiquinha e rodar os ursinhos.

Eu sei que Taekook era recém-nascido e não fazia muito sentido que eu ligasse o brinquedo para ele; mas incrivelmente, ele ficou fitando os ursinhos, enquanto os mesmos iam rodando e tocando musiquinha de dormir.

– Ele fica prestando atenção nas coisas, né? – Jungkook apareceu ao meu lado.

– Sim. – Sorri. – Ele é muito observador. – Parece que vai ser muito atento a tudo.

– Ele já é atento, amor. De onde você já viu um recém-nascido ficar acordado por tanto tempo e ainda ser assim, igual a ele? Nosso bebê é diferente.

– Também né... ser normal numa família de Merges, não faria muito sentido. – Dei de ombros.

– Isso é verdade. – Ele sorriu e me abraçou e me deu um beijo. – Eu estou muito feliz com a nossa família.

– Eu também estou, meu amor. Muito.

****

Nós decidimos não convocar nossas mães para ajudar a tomar conta do Taekook, porque nós tínhamos que aprender por conta própria o que fazer.

Confesso que estava sendo muito difícil, porque era trocar fraldas toda hora, dar banho, dar mamadeira, acordar de madrugada para ver o porquê de ele estar chorando... duas semanas intensas de passaram, mas por fim, parece que estávamos nos adequando ao ritmo frenético de ter um bebê dentro de casa.

Taekook tinha acabado de mamar e tinha dormido. Eu o coloquei no berço e vi que já eram sete da manhã, então, resolvi tomar um banho e preparar um café caprichado para mim e para o Jungkook, que acordou por boa parte da noite, para tomar conta do bebê e me deixar descansando.

Eu tomei um banho bem demorado e relaxante, já que eu estava com os músculos tensos, por conta do cansaço.

Assim que terminei minhas higienes matinais, eu vesti uma roupa confortável e fui preparar o café. Preparei torradas com geleia de morango e fiz vitamina de morango, banana e mamão. Ajeitei tudo numa bandeja e subi para servir um café na cama pro meu alfa.

Eu entrei no quarto bem devagar para não assustá-lo, e quando olhei para a cama, vi que o mesmo estava abraçado com o Taekook e ambos estavam dormindo.

– Ah, você acordou de novo? – Resmunguei e me aproximei deles. – Amor? – Chamei baixinho e ele abriu os olhos de uma vez.

– O que foi? – Perguntou desesperado.

– Calma. – Sussurrei. – Eu preparei um café da manhã, você quer comer alguma coisa, tomar um banho e depois descansar? Eu levo o Taekook pro jardim para tomarmos um sol e você fica descansando.

– Ah, tudo bem. – Ele se sentou na cama, meio sonolento e pegou o copo de vitamina que eu lhe ofereci.

– Está sendo difícil, né. – Suspirei.

– Está. – Mordeu uma torrada e fitou o bebê. – Mas vale a pena, não vale?

– Demais. – Sorri e também passei a comer. – Eu estou com medo de não dar conta.

– Nós vamos conseguir, amor. É difícil mas não é impossível. Ele é só um bebê.

– E nós somos dois pais inexperientes passando dificuldade para cuidar de um bebê.

– Mas nós vamos nos sair bem. – Ele sorriu.

– Vamos sim.

Nós terminamos de comer e Jungkook deixava seu cansaço bem evidente. Enquanto ele ia tomar banho, Taekook acordou de novo e eu desci com ele, para ficarmos no jardim, tomando o sol da manhã, que, segundo os pediatras, era muito importante que ele tomasse a vitamina do sol matutino.

E esse ritmo se seguiu pelo primeiro mês, pelo segundo, pelo terceiro... sempre assim, dividindo as tarefas, dando total atenção ao bebê, trocando mais fraldas do que imaginávamos que um dia faríamos...

Mas o que importa, é que estávamos felizes.

Muito felizes.

[Três meses depois]

Com seis meses de vida, Taekook já podia comer papinhas, frutas amassadinhas, tomar sucos e durante esse tempo, ele veio se mostrando ser um bebê muito mais esperto do que pensávamos.

Ele já sorria abertamente com as gracinhas que fazíamos para ele, dava várias gargalhadas gostosas, imitava alguns sons que ouvia, sendo de animais, personagens de desenhos animados, ou até mesmo as vozinhas que fazíamos para brincar com ele.

Durante esse tempo, Jungkook foi convidado para trabalhar na empresa dos pais dele e parece que tudo estava indo de bom a melhor.

Depois das duas primeiras semanas do bebê em casa, Minzy e Minhyuk passaram a me visitar quase todos os fins de semana, com a desculpa de que me ajudariam a cuidar do Taekook. Eles eram bem espertos e acredito que essa esperteza do meu filho, vem sendo adquirida por contato excessivo com eles, o que me deixava muito satisfeito, já que eu os achava o máximo.

Aos seis meses, Taekook aprendeu a engatinhar, o que me deixava louco. Toda vez que eu olhava para o chão, eu via aquela miniatura engatinhando, com aquele bundão de fralda e eu quase nunca resistia a dar-lhe uma mordida nas coxas gordinhas, o que fazia ele gargalhar e fugir de mim.

Jungkook também já tentou fazer isso, mas ele nunca consegue morder, porque ele acha que vai machucar; mas o que ele não morde, Taekook faz em dobro. O bebê vive agarrando as bochechas do Kook e mordendo as mesmas.

Os dentinhos estão nascendo e... confesso que dói pra caramba. O garoto não mede esforços em descer uma mordida onde ele acha que deve morder. Sei que fazendo isso com ele, eu estou induzindo ele a fazer o mesmo, mas eu simplesmente não resisto.

Minzy e Minhyuk acabaram de chegar aqui e, enquanto eu ia preparar um lanche para eles, ouvi a Minzy dando um gritinho e chorando. Corri até a sala e vi a mesma segurar o dedo indicador e fazer um bico.

– O que foi?

– O Taetaezinho me mordeu. – Respondeu chorosa. – Doeu, Tae, olha.

– Oh pequena, me desculpe. – Massageei o dedinho dela para curar o machucado e encarei o pequeno alfa que me encarava desconfiado. – Taekook? Não pode morder mais, tudo bem? Olha só, você machucou a Minzy. – Falei firme.

Ele engatinhou até ela e se sentou de novo, fazendo um biquinho com os lábios.

– Não pode morder mais ninguém, me ouviu? – Obviamente ele não ia me responder, mas sendo meu filho, eu sabia que ele estava entendendo tudo o que eu estava dizendo.

Minzy parou de chorar e sorriu com a carinha que ele fez, ao vê-la chorando.

– Eu acho que ele se arrependeu. – Minhyuk comentou.

– Ele se arrependeu, sim. – Assenti. – Ele sabe que fez errado. Me desculpe, tá princesa?

– Tá bom, Tae. – Ele disse simples e se sentou ao lado do meu bebê, para voltarem a brincar.

E como eu já havia imaginado, não houveram mais mordidas.

Pouco tempo depois, eu terminei de fazer o lanche e chamei as crianças para comerem. Enquanto comíamos, meu celular tocou mostrando na tela que era o MinHo. Atendi às pressas, meio preocupado, já que ele só me ligou uma vez, para dizer que o Jin estava indo para o hospital, porque sentiu-se mal.

Como eu desconfiei, o assunto foi sobre o Jin mesmo, mas dessa vez, a notícia era de que o Sehun havia nascido. Ele parecia bem emocionado e falava com muito entusiasmo.

– Ele se parece com o Nam! Tem os cabelos mais claros, tem covinhas, Tae, ele é um ômega, é tão pequenino... vou te mandar uma foto do meu segundo neto para você ver!

– Que bom que está tudo bem, MinHo! A Minzy e Minhyuk estão aqui em casa, mas assim que tivermos um tempinho, nós vamos visita-lo, tudo bem?

– Ah, claro, venham sim! Ele é lindo, vocês vão ver.

– Parabéns, vovô! – Sorri.

– Obrigado, Tae. – E assim ele desligou e me mandou a foto do Sehun, que para mim, era o ômega mais adorável que eu já tinha visto.

[Três meses depois]

– Jungkook, eu já disse que temos que colocar portões de segurança nessa escada. – Respirei fundo. – Taekook já está começando a andar e escadas são perigosas. – Depois de usar a pulseirinha que o MinHo havia dado para meu filho como medalhinha presa na roupa, eu resolvi deixa-lo usá-la como pulseira pela primeira vez e confesso que ficou lindo.

– Tudo bem, Tae. Nós vamos providenciar isto essa semana ainda. – Falou sério, enquanto calçava os All Stars no nosso bebê. – Agora vamos logo, porque a academia do papai Tae está prestes a ser inaugurada. – Ele pegou o Taekook no colo e caminhou para fora de casa.

Isto mesmo. Resolvi abrir uma academia para crianças, afim de ensiná-las a lutar. Claro que eu não queria criar mini ninjas e nem pessoas agressivas; mas como só os que tinham poderes, teriam a oportunidade de aprenderem artes marciais quando fossem para o alojamento, eu resolvi fazer a diferença e abri uma academia para aquelas crianças que sonham em embainhar uma espada. Coloquei de tudo lá: espadas – de plástico para os iniciantes, claro -, arcos e flechas, lutas corporais como karatê, kung fu e etc...

Para fazer esta academia, eu me inspirei no alojamento. Então, ela tinha as mesmas coisas que ele: arenas de treinamentos, uma área verde bem grande, arena de jogos, de festas... enfim, eu criei uma versão miniatura do alojamento, para que todas as crianças tivessem a oportunidade de aprenderem um pouco mais desse mundo; e parece que tudo vêm dando certo, porque antes mesmo da inauguração, já tinham pais até de Portugal querendo matricularem seus filhos para uma espécie de colônia de férias, o que é claro, eu pretendia fazer.

Então assim nós fomos para a academia. Quando chegamos, lá na porta já estava cheio de gente esperando para entrar e eu fiquei bem eufórico.

– Será que vai dar tudo certo? – Perguntei.

– Vai sim meu amor. – Jungkook me deu um beijo e nós escutamos um “Nheca” vindo do banco de trás.

– Você está brincando que sua primeira palavra foi eca e para se referir ao seu nojo pelo beijo dos seus pais. – Falei incrédulo e ele sorriu. – Taekook, você tem que falar papai! Fala papai! – Insisti e ele apenas fitou o lado de fora do carro, sem me dar muita importância. – Esse garoto... – Apontei para trás e Jungkook apenas ficou gargalhando da minha cara. – Vamos logo. – Saí do carro e peguei a bolsa e o carrinho dele no porta malas.

Kookie colocou o bebê no carrinho e nós enfim fomos para a festa de inauguração da minha academia. Eu não poderia estar mais ansioso por isso.

****

Estávamos todo felizes pelo sucesso que foi a festa. Nos sentamos na área verde do lugar e ficamos vendo as gracinhas do Taekook, quando de repente, Sehun começou a tossir.

– Jin, vira ele de lado! – Falei meio aflito.

– Ai gente, parece que ele está engasgado! – Jin se desesperou e começou a sacodir o bebê.

– Não pode sacodir assim, Jin! – Exclamei. – Vira ele para baixo e bate nas costinhas dele! – Foi a última coisa que eu disse, antes dele perder o fôlego e nos deixar loucos. – Namjoon, leva ele pro hospital!

– Leve ele para o hospital agora, Namjoon! NAMJOON? – MinHo falou rápido.

– Gente... – Ele parecia meio pálido. – Engasgado?

– Ah meus deuses! – Eu levantei rápido e ajudei o Jin a pegar as coisas dele. – Jungkook, leva o Taetaezinho para casa que eu vou levar o Jin e o Sehun pro hospital. Namjoon, me dá a chave do seu carro? – Pedi.

– Chave?

– Vai com o meu. – MinHo me entregou as chaves do carro dele. – Eu vou esperar o Namjoon se recuperar e vou leva-lo para o hospital também.

– Ok. – Dei o braço para o Jin e nós fomos para o carro. – Jin, deixe ele de bruços! – Recomendei. – Se ele estiver engasgado, talvez volte!

– Tudo bem, Tae. – Respondeu choroso. – Eu vou conseguir.

– Vai sim.

****

JUNGKOOK ON

Eu peguei meu filho que estava sentado no chão, brincando com um ursinho dele.

– Vou levar o Taekook para casa e vou ficar lá com ele. – Falei rápido. – Mas qualquer coisa, podem me ligar que eu vou ajudar vocês.

– Eu vou pro hospital também, para dar apoio. – Yoongi se levantou rápido e puxou Jimin consigo.

– Ah não, Yoon, por favor? Tudo, menos hospital. – O alfa fez uma careta.

– Quero só ver quando você tiver os seus filhos, como que vai ser, Jimin. – Hoseok riu do irmão.

– Gente, eu odeio hospital.

– Vamos para casa comigo, aí você me ajuda a cuidar do Taekook. – Chamei o ruivo que suspirou de alívio.

– Pode parar com palhaçada! – Yoongi falou sério. – Você vai comigo e pronto.

– Ah, meu saco! – Jimin revirou os olhos e pôs-se a andar rápido, na frente do Yoon, deixando bem claro que havia ficado estressado.

– Huum... – Hoseok levantou as sobrancelhas e crispou os lábios. – Jimin no hospital... sei não, em...

– Deixa que o Yoongi se vira com ele. – Jinhong falou simples.

– Concordo. – Gargalhei. – Então eu já vou.

Deixei que alguns funcionários do Tae que ainda estavam na academia, ficassem encarregados de trancar o lugar inteiro; e assim, eu saí com o Taekook.

Destranquei o carro, coloquei meu filho na cadeirinha, devidamente protegido, dei a volta e entrei no lado do motorista.

– Então bebê? – Olhei pelo retrovisor e vi que ele estava me encarando. – Voltando àquele assunto de hoje mais cedo... você já pensou em falar papai? – Perguntei e ele fez um biquinho. – Em, Taekook, fala papai? – Insisti e ele ficou apenas me olhando.

Liguei o carro e fui para casa. Durante o percurso, eu fiquei pedindo para que ele falasse papai, mas a única coisa que ele fazia era alguns biquinhos fofos e alguns barulhinhos com a boca.

– Chegamos em casa! – Falei animado e o tirei da cadeirinha. – Você está com fome, meu amor? Você quer papar?

– Nham. – Foi o que ele disse e eu gargalhei.

– Então você faz sons para dizer que está com nojo e com fome? – Ri mais alto e o vi sorrir também. – Você é muito sapeca, Taekook! Você quer nham?

– Nham, nham. – Falou de novo.

– AAAAAA QUE GOSTOSO! – Falei mais alto e lhe dei uma mordidinha no braço.

Taekook fechou a cara, fez um bico para mim e segurou o lugar que eu havia mordido – e nem tinha sido tão forte. Neste exato momento, me lembrei de que o Tae tinha brigado com ele por ter mordido a Minzy e me arrependi amargamente por isso.

– Isso mesmo, bebê, não pode morder. – Crispei os lábios. – Papai feio, né? Não pode morder o bebê. – Me senti envergonhado por ter recebido uma lição de moral do meu filho de nove meses.

Nós entramos em casa, eu guardei as bolsas e fui para a cozinha.

– Senta aqui, porque eu vou preparar almoço para nós, tudo bem? Seu papai Tae já deve ter deixado sua papinha pronta. – Falei abrindo a geladeira, logo após colocá-lo sobre a cadeirinha de refeição.

– Nham, nham. – Taekook resmungou.

– Espere, amor, estou procurando sua comida aqui... Taetae, me diz que você deixou a comida dele pronta? – Choraminguei e não encontrei nada. – Ah, bebê, eu vou ter que fazer seu papá.

Enquanto eu pegava alguns legumes para deixar cozinhando, Taekook já começou a resmungar na cadeirinha, deixando bem claro que estava com fome.

– Calma, meu filho. – Cantarolei, para o pequeno que fazia beicinho e falava “nham, nham”. – Amor, não chora, por favor?

Acho que quanto mais aflito eu ficava, mais ele me provocava, porque foi só eu pedir por favor que ele abriu a boca.

– Taekook? – Choraminguei e nesse instante o meu celular tocou. Era o Tae. – Oi, amor? – Atendi.

– “Oi, Kookie, como estão as coisas?”

– Bem... – Comecei a falar mas fui interrompido.

– “Por que meu bebê está chorando?”

– Ele está com fome. – Falei simples e me lembrei que poderia lhe dar um biscoito. – Toma, meu filho, coma isto.

– “O que você deu para ele?”

– Biscoito. – Falei rápido. – Como estão as coisas aí?

– “Jungkook, seu filho está berrando de fome e você dá biscoito para ele?”

– Calma, Tae, eu estou fazendo almoço.

– “Se ele comer biscoito agora, não vai querer almoçar depois!” – Esbravejou.

– Taehyung, qual parte do “eu estou fazendo almoço” que você não entendeu? Achei que você já tinha deixado a papinha dele pronta aqui, mas não tem nada e eu estou tendo que fazer.

– “Você fala como se fosse obrigação só minha cozinhar para ele! ” – Ele xingou.

– Não foi isso que eu quis dizer. – Suspirei. – Me desculpe?

– “Não foi isso, né? É bom saber disso, Jungkook...”

– Tae? – Eu já desconfiava que tinha algo acontecendo. – O que aconteceu aí?

– “Depois a gente conversa. O médico chegou aqui. Tchau.”

– Tchau, beijo. – Mas ele já tinha desligado. – Taetaezinho, seu papai ficou bravo comigo. – Suspirei.

Enquanto ele demorava séculos para comer um biscoito, eu consegui cozinhar os legumes e fazer sua papinha. Eu até deixei para comer algo depois que ele estivesse se alimentado, focando na prioridade de matar a fome do meu filho.

Eu me sentei de frente para ele e passei a colocar comida na sua boca. O pequeno comia de um jeito voraz, parecendo que não comia há anos.

Apesar de estar me divertindo com ele – brincando de aviãozinho e etc... -, eu não parava de pensar no Tae e no porquê de ele estar tão nervoso.

– Amor? – Chamei e ele me olhou. – Seu papai está bravo e agora?

Taekook fez um estalinho com a boca e sorriu para mim.

– Eu queria muito entender esses gestos que você faz, porque eu sei que você está conversando comigo... – Acariciei suas bochechas e dei a última colherada de papinha. – Está vendo? Você comeu tudo e o seu papai Tae achando que você não ia comer. – Ri soprado. – Toma, agora beba. – Lhe entreguei a mamadeira com água e ele passou a mamar para matar a sede.

Meu filhotinho mamava com vontade a água e até fazia barulhinhos com as chupadinhas.

– Agora vamos brincar um pouquinho, porque daqui a pouco, o papai vai te dar banho. Venha. – Peguei o Taekook e um pedaço de bolo que o Tae tinha feito, já que eu estava morrendo de fome, mas não faria meu almoço agora.

Caminhei até a sala e coloquei o bebê na área cercadinha que fizemos para ele. No canto da sala, perto da escada, nós cercamos e colocamos tapetes emborrachados para que ele pudesse brincar à vontade.

Enquanto ele brincava, eu comi o pedaço de bolo e tentei falar com o Tae que não me atendeu.

– Taehyung, sério que você vai ficar sem atender minha ligação por causa de um biscoito? – Deixei recado e fiquei esperando ele me retornar.

Deixei meu filho brincando por quase uma hora, até que decidi que deveria lhe dar um banho.

– Amor? – Chamei sua atenção. – Vamos tomar banho? – Sorri e ele apenas ficou me encarando. – Vem, bebê, vamos tomar banho para você ficar cheiroso? – Eu estiquei o braço para pegá-lo, mas o mesmo passou a engatinhar fugindo de mim. – Taekook? – Resmunguei. – Não me faça entrar aí!

Ele deu uma risadinha gostosa e engatinhou para mais longe.

– Eu vou te pegar, menino! – Falei em tom de brincadeira e entrei no cercadinho, para ir atrás dele. Quanto mais eu andava, mais rápido ele engatinhava. – Vem no papai, bebê? – Falei de mansinho, mas ele se escondeu atrás de um ursão que ele tinha ganhado do Jimin e do Yoongi. – Oh não, e agora? Onde está o meu bebê? – Me sentei no chão e tampei os olhos, deixando apenas alguns espaços entre os dedos para que eu pudesse vê-lo. – Ah, eu vou chorar! Cadê meu Taekook? – Choraminguei e ele me encarou pelo cantinho do urso. – O meu bebezinho sumiu... – Continuei fingindo que estava chorando e isso chamou sua atenção, fazendo-o engatinhar até a mim. – Meu filhinho sumiu! – Falei baixo, quando ele finalmente encostou em mim. – ACHEEEEEI! – Destampei os olhos e gargalhei.

Taekook subiu no meu colo e me abraçou.

– Achei o bebê do papai! – Falei vitorioso, tirando gargalhadas gostosas dele. – Então, agora nós vamos tomar banho!

O peguei no colo, saí do cercadinho e subi as escadas.

– Nossa, Taetatezinho, você... – Interrompi minha fala quando olhei na fralda e vi que ele tinha feito cocô. – Meu filho! O que é isto? Nossa, tão pequeno para fazer tanto cocô! AAh, que nojo. – Fiz uma careta e ele gargalhou na minha cara. – Não ria. – Gargalhei também. – Eu não vejo a hora de você aprender a se limpar sozinho. – Suspirei.

Caminhei com ele até o trocador que havíamos montado no banheiro e comecei a criar coragem para abrir aquela fralda. Meu pequeno me encarava com expectativa, esperando para ver o que eu faria.

– Tá, não é tão difícil, eu já fiz isso outras vezes. – Falei para mim mesmo, enquanto abria a fralda. – Só que antes... NOSSA! – Revirei os olhos e ele gargalhou mais uma vez. – MEU FILHO, O QUE VOCÊ ANDA COMENDO ESCONDIDO DE NÓS?

Apenas recebi uma risadinha gostosa dele e o vi colocar as mãos na boquinha.

– AAh, Tae, que falta você me faz... – Resmunguei. – Bebê, se fosse seu outro papai, você já teria até tomado banho. Tá, eu sou mais forte que esse cocô. – Tirei a fralda correndo, embolei a mesma e joguei no lixo. Como o bumbum dele estava sujo de cocô, isso implicou numa breve lambreca no trocador e eu quis morrer.

– Calma, com um pote de lenços tudo se resolve. – Eu estava suando frio.

Eu já havia trocado a fralda do Taekook inúmeras vezes, mas o Tae sempre estava perto de mim e NUNCA tinha sido uma quantidade tão grande de cocô. Eu realmente fiquei assustado e, se eu demorasse mais uns dez minutos para trazê-lo para o banheiro, provavelmente teria vazado da fralda e aquele cercadinho seria um verdadeiro parque de diversões de... cocô. Neste momento, eu me arrependi amargamente de ter brincado com o Tae tantas vezes, falando que nosso bebê faria um tanto de cocô, porque eu nunca imaginei que exatamente esse dia, nós estaríamos sozinhos.

Com isso, aprendi duas coisas, nunca deixe seu ômega, em hipótese alguma, ficar com vontade de comer algo durante a gravidez e, nunca, nunca, nunca, de forma alguma, brinque que eu bebê fará muito cocô, porque acredite, ele irá fazer e você vai se desesperar.

– Será que tá bom? – Sussurrei, ao que passava o décimo lenço umedecido no bumbunzinho do meu filho. – Parece que já limpou tudo. Nossa! – Uma gota se suor escorreu pela minha testa. – Agora é o banho, finalmente.

Terminei de tirar sua roupa e coloquei a banheira para encher, enquanto eu ia até o quarto – com ele pelado no meu colo – e separava uma peça de roupa limpinha para colocar nele assim que o banho acabasse.

Voltamos para o banheiro; a banheirinha já tinha água o suficiente e enfim eu o coloquei lá dentro. Comecei a dar banho no meu bebê com toda calma do mundo, passando o shampoo nos seus cabelos – bem grandes para um bebê – pretos iguais aos meus, passando o sabonete e a esponja fofinha por ele todo e fazendo bolhas com o sabão que descia para a água.

Assim como o Tae, Taekook tinha um certo fascínio por bolhas de sabão. Ele ria, gargalhava de sair lágrimas, quando alguém fazia bolhas de sabão para ele. Meu pequeno era uma criança encantadora e, mesmo se ele não tivesse poder nenhum, ele seria especial, não por ser meu filho, mas sim porque ele é muito inteligente e cativante, o que o torna diferente dos outros bebês.

Era o meu bebê.

– Estão tomando banho? – A voz do Tae se fez presente e eu me assustei, encontrando-o escorado na porta.

Eu estava tão distraído, que nem ouvi o barulho dele entrando na casa.

– Estamos. – Falei simples e apertei a esponjinha sobre a cabecinha do Taetaezinho, para enxaguá-la. – Como foi lá?

– Bem... – Suspirou. – O Sehun se recuperou. – Falou com um tom de voz meio preocupado. – Você já almoçou?

– Não. O que aconteceu, Tae?

– Ah, Jungkook, foi meio complicado, mas no fim deu tudo certo. Eu vou preparar um almoço para nós, e depois a gente conversa.

– Tá. – Respondi simples, percebendo nitidamente que algo o estava incomodando, por isso eu nem briguei por ele não ter atendido minhas ligações.

Eu terminei de lavar meu filhotinho, o enrolei na toalha de ursinho e o levei para o meu quarto.

– Deite aqui, meu garotão. – O coloquei na cama e fui fechar a janela, para evitar que entrasse vento.

Quando eu virei para a cama, ele já tinha se levantado, tirado a toalha e estava engatinhando na minha direção, com aquele bundão pelado para cima.

– Taekook!! Se seu papai ver isto ele me mata! – Gargalhei e o peguei, colocando de volta no lugar certo da cama.

O enxuguei com calma, passei pomada para assadura, coloquei uma fraldinha e uma cueca vermelha.

– Você ficou um gatão com essa box vermelha. – Sorri. – Agora, vamos vestir essa blusinha do Homem de ferro, porque você tem que aprender a idolatrar o Tony Stark desde pequeno. – Vesti a blusa. – Agora essa bermuda azul marinho... Sabe bebê, o Tony é um cara muito inteligente... ele criou o Jarvis e faz muitas coisas legais. O Jarvis é um computador bem legal, ele parece uma pessoa.

– Hum. – Ele fez um barulhinho fofo, como se estivesse entendendo tudo o que eu estava dizendo.

– Agora só falta esse sapatinho. – Calcei nele aqueles sapatinhos que se parecem com meia, porque ele tem uma solinha firme e eu já vi meu pequeno tentando ficar de pé sozinho várias vezes. Um sapato desses, pode ajudar na firmeza do pezinho no chão. – E só falta a colônia para bebês. Eu sei que seu papai não está muito feliz, mas se ele ver que o seu filhotinho está muito cheiroso, ele ficará alegre.

Peguei Taekook no colo e fui atrás do Tae.

– Então? – Falei quando cheguei na cozinha. – Como foi tudo?

– Ei meu amor, que saudade! – O ômega pegou nosso filho no meu colo e lhe deu um beijo na bochecha. – Ah, Jungkook, o Sehun vai precisar ficar internado, porque ele realmente estava engasgado e está com falta de oxigênio no organismo. – Tae suspirou. – Ele estava roxinho e não conseguia respirar direito. O Jin entrou em desespero e acabou desmaiando e eu tive que ficar lá tomando conta até o MinHo chegar com o Nam... foi horrível. Eu definitivamente não imaginei que seria assim e fiquei um pouco transtornado com tudo o que vi.

– Foi você que acompanhou o bebê? – Perguntei.

– Foi.

– Oh, Tae... – Me aproximei e beijei sua testa.

– Foi por isso que eu não atendi suas ligações. Eu estava na sala com ele.

– Tudo bem, não tem problema. Ei, não chore?

– Eu não gostei do que vi, Kookie. Fiquei pensando que poderia ter sido com o Taetaezinho e o Sehun é tão pequeno e tão frágil...

– Ele é pequeno porque é um ômega, amor.

– Sim. – Meu Tae fungou e eu o abracei.

– Não fique assim. – Sussurrei. – Nosso filhotinho está aqui, com saúde, o Sehun já está sob cuidados médicos e com certeza ficará bem.

– Você não imagina a cena dele ficando todo roxinho, Jungkook...

– Calma, Tae. – Murmurei. – Ele irá se recuperar. Tudo bem?

– Tá... – Ele respirou fundo e encarou o nosso bebê, que apenas olhava tudo com atenção.

Taekook olhou para mim, olhou para o Tae, depois para mim de novo, voltou a olhar o Tae e sorriu.

– Papa. – Falou baixinho e meu coração disparou.

– O que? – Eu e o Taehyung perguntamos em uníssono.

– Papa. – Meu bebê abraçou o pescoço do Kim com o braço direito e esticou a mãozinha esquerda para mim. – Papa.

– Ai meus deuses, ele falou papai. – Meu ômega gargalhou e eu não contive em gargalhar também. – Jungkook, ele nos chamou de papai!

– Ei garotão, você falou papai? Foi amor? – Cutuquei suas bochechas e o vi sorri abertamente. – Que gracinha.

– Merece uma foto. – Tae pegou o celular. – O dia em que o Taekook falou papai pela primeira vez.

**

[Dois dias depois]

TAEHYUNG ON

– Taekook, fala vovô? – MinHo estava com meu filho no colo, quase chantageando-o para falar vovô. – Vamos garotão, fala vovô? – Silêncio absoluto.

– Eu acho que te chamar de vovô vai ser a última coisa que ele vai fazer. – Jin sorriu, enquanto fazia Sehun dormir.

Nós tínhamos ido visita-los, já que Sehun tinha recebido alta do hospital no dia anterior. Graças aos deuses, ele parecia estar muito bem, mas os médicos descobriram que ele tinha refluxo leve, o que fez o Jin ficar muito mais atento a ele, enquanto o mesmo dormia; mas com a medicação correta, ele já estava em tratamento.

– Pessoal? – MinHo colocou Taekook no colo do Jungkook e se aproximou de nós. – Daqui a pouco o Taekook vai fazer aniversário e vocês já pensaram como que farão a festa dele?

– Nós nem conversamos sobre isso ainda. – Comentei.

– Faltam só três meses... – Jungkook sorriu. – Como passa rápido, né?

– Pois é. – MinHo concordou. – Se vocês quiserem, eu posso ajudar vocês.

– Quero fazer o aniversário dele do Homem de ferro! – Jungkook cutucou a cintura do nosso bebê, que gargalhou para ele.

– Kookie, ele é um bebê, então o tema da festa será de bebês.

– E o que seria tema de bebês? – O alfa revirou os olhos.

– Baby Looney Tunes, Mickey, Minions...

– Minions é de bebê? – Kook me encarou de lado.

– É infantil, mané. – Jin gargalhou. – Não tem que ser necessariamente de bebês.

– Então se eu quiser fazer do Super Mário eu posso? – Me provocou.

– Apesar de ser um jogo, é mais aceitável que Homem de Ferro. É o primeiro aniversário dele, Jungkook. Você pode fazer do Homem de Ferro quando ele estiver maior.

– Ah, tá. Então o que você sugere?

– Eu gosto dos Minions. – Falei.

– Eu também. – Jin sorriu. – Os Minions são as coisas mais fofas desse mundo. Imagina o Taetaezinho vestido de Minion?

– Mas o Mickey também é bonitinho. – Namjoon falou rápido e Jungkook concordou.

– Eu prefiro Baby Looney Tunes. – MinHo falou num tom debochado, só para tirar sarro com a nossa cara. – Mas como o bebê é de vocês, fiquem à vontade para escolherem o que quiserem. Só quero dizer que eu irei ajuda-los com o que for.

– Obrigado, papi. – Sorri. – Mas eu vou tentar convencer o Jungkook de que Minions seria bastante fofo.

– E eu convencerei o Tae que Mickey é muito mais bonitinho. – O alfa sorriu abertamente e me mandou um beijo. – Farei isso hoje ainda.

– Não sei como. – Levantei uma sobrancelha.

– Ah, mas você vai ver! – Ele sorriu perversamente e eu preferi fingir que não havia entendido o duplo sentido na sua fala.

Eu só sei que, Jungkook pode me dar a melhor noite da minha vida, mas eu só vou aceitar que seja do Mickey, se eu achar que será mais bonitinho. Ele não vai me deixar manhoso a ponto de aceitar tudo o que ele disser.

“Quer apostar?” – Ele pensou.

“Aposta feita.” – Respondi, sem deixar claro que estávamos conversando telepaticamente.

****

[Três meses depois]

Definitivamente, dizer que Jungkook me convenceu de fazer a festa do Mickey seria uma bela mentira, assim como dizer que eu o convenci a fazer dos Minions. Na verdade, nós nem ficamos insistindo muito nesse assunto. Depois que voltamos da casa do Jin naquele dia, a primeira coisa que fizemos foi pegar o notebook e procurar fotos de festas infantis.

Flashback on

– As de personagens nem são tão bonitinhas. – Jungkook torceu o nariz. – Tem essa de ursinho aqui que é uma gracinha, mas tudo dele já é de ursinho; fazer a festa de aniversário de ursinho será meio exagerado. Ele vai crescer chamando o pais de sem criatividade.

– Então vamos deixa-lo escolher qual será o tema? – Sugeri. – Nós podemos dar algumas pistas. – Dei de ombros.

– Como assim? – Kook franziu o cenho e encarou Taekook que fazia biquinhos fofos no carrinho.

– Olha, a gente escolhe uns cinco temas. A partir disso, nós podemos comprar roupas ou pelúcias para ele. A que ele se apegar mais, será o tema do aniversário.

– Então isso quer dizer que se ele se apegar a um brinquedo do Homem de Ferro a festa será dele?

– Não, porque Homem de Ferro não vai entrar nessa lista dos cinco. – Sorri vitorioso. – Só tema infantil, por favor.

– Ah, tá. Então quais os temas?

– Bem, de acordo com as fotos que eu vi aqui e com os palpites que demos na casa do Jin, temos o Baby Looney Tunes, Mickey, Minions, Super Mário e Ursinho Pooh.

– Ainda vai ter ursinho. – O alfa gargalhou e meu bebê também. – Está vendo, filhote, tem que ter um ursinho na lista.

– Taekook, pare de rir porque você nem sabe do que estamos falando. – Gargalhei também. – Seu sapequinha. – Apertei o pezinho dele e o vi se encolher de cócegas. – Mas amor, você concorda?

– Concordo, Bombonzinho. Pode deixar esses. Realmente, de acordo com as fotos, estes estão mais bonitinhos mesmo.

– Então, tá. Amanhã a gente sai e compra os brinquedos. Vamos achar muitas pelúcias desses temas.

– Eu já até sei onde que vende. – Kook também fez cócega no pezinho do Taekook, que se encolheu mais uma vez e ficou mexendo os dedinhos dos pés.

Flashback off

E foi assim que Taekook se agarrou a uma pelúcia do Yoshi – pra quem não sabe, o Yoshi é o dinossaurinho do Super Mário – e até para dormir, ele fazia questão de dormir abraçado com aquele dinossauro verde enorme.

Resultado? Neste momento, eu estou colocando a boina vermelha do Mário no meu filho, porque os convidados já estão chegando.

– Jungkook, você que já está arrumadinho, fica lá embaixo para receber os convidados, porque você é o pai dele, né.

– Okay. – Ele se levantou da cama, me deu um selinho e caminhou para a porta. – Qualquer coisa, me chame.

– Tudo bem.

Eu também já estava pronto, na verdade, todos estavam quase prontos, mas o Taekook fez o favor de fazer um belo cocô, o que resultou na necessidade de um novo banho.

– Assim está melhor. – Sorri, ao ver meu pequenino com uma camisa vermelha, um macacão azul, sapatinhos marrons e a boina vermelha sobre os cabelos pretos. – Agora vamos, amor, porque nem o papai viu direito como que ficou sua festa. Você aprontou tanto hoje, que foi mais fácil para mim cuidar de você, do que te deixar com a Minzy e com o Minhyuk.

– Mizi? – Ele falou baixinho, se referindo à Minzy.

– É, ela mesma. E o Minhyuk também.

– Minó. – Murmurou e eu sorri com isso.

– Mizi e Minó... Só você mesmo. – O peguei no colo, saí do quarto e desci as escadas.

Quando eu cheguei no jardim, eu me lembrei da minha festa de casamento com o Kook, por ver aquela quantidade de pessoas no nosso quintal, só que diferente daquele dia, hoje tinham mesas cobertas por cetim vermelho e com um enfeite do Super Mário em cima de cada uma; tinham balões vermelhos, amarelos, azuis e verdes, tinha a mesa de guloseimas, a mesa do bolo – que fiz questão que fazer de três andares... na verdade quem fez foi a Ji Yoon -, tinham bonequinhos e pelúcias dos personagens espalhados por todo o jardim e o painel do Super Mário, todo colorido e pintado pelo Jungkook.

Estava tudo tão lindo.

– Olha o Mário aqui!!! – Minzy gritou e veio correndo, com aquela fantasia de Princesa Peach.

Taekook gargalhou ao vê-la e esticou os bracinhos para ir ao colo da pequena.

– Meu filho, você é pesado e a Minzy não é obrigada a ficar te segurando. – Ri soprado.

– Miziiiii! – Ele resmungou e se jogou na direção dela.

– Minzy, pegue o Taetaezinho, logo! – Minhyuk apareceu do nosso lado, vestido de Luigi.

– Pega, você, Minhyuk. – Ela levantou as sobrancelhas, sabendo que o irmão morria de medo de pegar o Taekook e deixa-lo cair.

– Minóoo? – Meu filho agora se jogava na direção do garoto, que sorriu de nervoso, mas mesmo assim, venceu o medo e o pegou.

– Pronto, bebê, já te peguei. – Ele brincou com meu pequeno, que sorriu abertamente e o abraçou.

– Okay, agora você já pode me dá-lo. – Minzy esticou os braços e Minhyuk fingiu que não ouviu. – Hyuk, me dá ele?

– Não vou dar nada, quando ele te queria, você não quis!

– Tae?! – Ela cruzou os braços e me encarou.

– Ele tem razão. – Dei de ombros e gargalhei.

– Biscoitinho, vem na Mizi? – Ela tentou pegá-lo, mas ele se virou para o outro lado. – Biscoitinhoooo?

– Ele ficou chateado com você. – Minhyuk falou sério.

– Biscoitinho? – A pequena fez um bico. – Eu só estava fazendo o Hyuk ter coragem para te pegar...

– Okay, podem ficar com ele, só não partem meu filho ao meio. – Falei brincando e fui cumprimentar os convidados, junto com o Jungkook.

*~*~*~*

E assim, a festa prosseguiu.

Minzy e Minhyuk pararam de brigar para terem maior atenção do Taekook e resolveram leva-lo para brincar na versão gigante de Yoshi que tinha no jardim – levando o Sehun junto, claro, porque ele também era um bebê e outra paixão dos dois.

Taehyung e Jungkook ficaram encarregados de darem atenção para todos ali, se sentindo muito felizes por poderem receber todos seus amigos na sua casa, para comemorar o aniversário do seu filho.

Todos finalmente estavam felizes.

Jin Yoon estava lá com o Kwon, Jéssica estava com o Kris, Baekhyun estava com o Luhan, Namjoon com o Jin, Jimin com o Yoongi – que agora até aliança eles tinham -, Hoseok estava com o Jinhong, os pais da Minzy estavam lá, os pais do Jungkook e do Taehyung estavam, todos os campistas também marcavam presença; a prima do Jungkook, que foi de grande ajuda para o relacionamento desse casal se desenrolar estava lá, trocando sorrisos com Kisu...

MinHo também estava, obviamente. Ele estava... espere, ele estava bem ali naquela mesa perto do bolo...

MinHo? Cadê você?

Será que ele está com o Sehun? É bem provável, já que ele só larga o neto na hora que o pequeno tem que mamar.

Não... o Sehun está com o Taekook, com a Minzy e com o Minhyuk.

Onde está o MinH...

Opa!

MinHo estava um pouco mais afastado trocando carícias com sua nova namorada, a doutora Park, ou só Park Shin-hye para os íntimos.

Taekook gargalhava com todas as gracinhas que os gêmeos faziam para ele, enquanto o Sehun dava risadinhas fofas e meigas.

O jardim tinha sido enfeitado pela Minzy e pelo Namjoon novamente, mas dessa vez, eles fizeram crescer apenas flores vermelhas, para se juntarem ao verde das folhas e ficarem no mesmo tom que os enfeites da festa.

Taehyung definitivamente sorria porque estava completamente feliz.

Jungkook definitivamente sorria, ao ver o sorriso do Tae e ter certeza plena de que aquele sorriso não poderia ser mais sincero. Ver o sorriso do seu feijãozinho, digo, filhotinho, do seu ômega, dos seus pais, dos seus sogros e de todos os seus amigos, era definitivamente a coisa mais importante que o alfa tinha.

Todos realmente estavam felizes.

Todos realmente estavam curtindo momentos bons e compartilhando aquela aura doce que era o amor.

Todos se amavam.

Todos eram família, eram Ohana.

Tudo aquilo que aquele jardim guardava, era amor. Desde os enfeites que foram feitos com carinho, até o som das gargalhadas das pessoas que ali estavam.

Era tudo amor.

Tudo feito com amor.

Amor era o principal ingrediente, era a matéria-prima, era o resultado final, era a obra-prima.

O amor é uma coisa complicada de explicar, é muito mais fácil sentir do que explicar, e se pudéssemos definir amor em uma palavra apenas, esta seria “Taekook”. Taekook nas nossas vidas, abrange tanta coisa. Tae é o Taehyung, Kook é o Jungkook, Taekook é o bebezinho deles, é família, é união, é um elo, é a corrente inteira, é ligação, é link...

Link de ligação, de laço, de anel, de vínculo, de conexão, de estar junto sempre, independente dos obstáculos.

Taekook é Link.

Taekook fez a família crescer, fazendo todos do alojamento esquecerem as diferenças e se tornarem amigos; fazendo todos verem que até o mais feio carvão, pode se tornar um diamante com o tempo; como foi a personalidade do Tae.

Taekook mostrou que link pode significar muito mais do que “um alfa que marca um ômega, passa a ter um tipo de ligação com ele”, “Merges são feitos de pares, eles têm uma ligação especial, que torna possível o uso dos poderes”, “Taehyung e Jungkook conversam telepaticamente por algum tipo de ligação”...


 

Taekook mostrou que link é união.

Taekook uniu todos, desde que era um pequeno feijãozinho. Ele fez um mundo melhor para aqueles que estavam à sua volta. Ele fez todos virarem uma corrente de proteção, como aquela que o MinHo havia lhe dado.

Cada pessoa era um elo, que se uniram para formarem a corrente mais linda de todas.

A corrente da amizade, do companheirismo, da paixão...

A corrente do amor.

Taekook é amor.

Taekook é Link.

Fim


Notas Finais


Vocês não estão vendo, mas as lágrimas estão caindo aqui.
Gente, eu tenho recados.

Primeiro, eu queria agradecer de coração por tudo isso que vcs me proporcionaram. Cada comentário, cada favorito, cada vez que vcs me fizeram acordar de madrugada pq eu tinha sonhado com uma ideia que poderia ser legal... Kkkkkkk eu só tenho q agradecer por tudo, tudo o que vcs me fizeram.

Enfim, é isso!! MUITO OBRIGADA PELO CARINHO IMENSO!
EU AMO VOCÊS!
Kimjin 😍💜

**Recomendação de uma fic minha**
https://www.spiritfanfiction.com/historia/leom-vkook--taekook-16053867
É de piratas!! 🤩


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