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História Lion Heart - Liberdade Enjaulada


Escrita por: DeborahFerrer

Notas do Autor


Olá, espero que gostem dessa história, estarei postando brevemente os outros capítulos. Se divirtam, beijos.

Capítulo 1 - Liberdade Enjaulada


Fanfic / Fanfiction Lion Heart - Liberdade Enjaulada


Eu só conseguia sentir meus pés tocarem lentamente o chão frio, meus ouvidos apenas guiavam meu frágil corpo até o quarto de meus pais, onde meus olhos contemplavam algo que achei que nunca veria, que fez sair de meus olhos uma lágrima silenciosa que descia até meu pescoço enquanto minha mente não conseguia pensar no que eu iria fazer, até que eu voltei para o meu quarto e de lá escutei gritos que provavelmente seriam da mamãe, e logo após, um som de tiro como aqueles que eu ouvia mais nova quando o papai caçava. Eu não estava preparada para isso, eu não pensei em ligar para a polícia porque naquele momento nada era mais importante do que salvar meu pequenino e inocente irmão que tinha apenas 2 anos de idade, fui até seu quarto e o tomei em meus frágeis braços o segurando firmamente e corri em direção ao mercado que não era longe de minha casa, já passava das dez horas da noite, provavelmente o comércio não estava funcionando nesse horário, mas mesmo assim eu decidi ir para ver, e lá dentro havia somente o recepcionista que se preparava para fechar o mercado, até que eu consegui entrar e ele me olhou com os olhos arregalados vendo meu corpo suar, minha pele pálida e que eu estava de pijama sozinha com uma criança nos braços, ainda era eu também uma criança, tinha 14 anos de idade. No mesmo instante ele disse que ligaria para meus pais e avisaria que eu estava na rua, pensando que eu tivesse fugido de casa por minha própria vontade, e que eu não regulava bem da cabeça por fugir e trazer meu irmão junto pois estava muito frio e ele poderia ficar doente, neste momento meu coração foi á mil, e minha respiração ficou mais profunda, e antes que ele fizesse isso, eu fui até o setor de ferramentas e roubei uma lanterna, uma barraca e um cobertor e corri o mais rápido que pude com todas essas coisas na mão e ainda segurando meu irmão, o funcionário tentou me alcançar mas desistiu pois já tinha 55 anos de idade e suas pernas já não seguiam o mesmo ritmo que as minhas. Fui para a floresta e como eu já tinha bastante conhecimento dela, pois nas férias de verão meu pai me levara para caçar com ele, fui até um local menos perigoso em que os únicos que me atacariam seriam os mosquitos. Forrei o cobertor no chão e coloquei o meu irmão encima dele para que eu pudesse montar a barraca, e ouvi uma respiração ofegante vindo detrás de algumas moitas, eu não poderia reconhecer facilmente pois já era tarde e se eu usasse a lanterna para ver poderia piorar a situação. De lá saiu um animal, e sem eu pensar direito, tomei em minhas mãos um metal que sustentava a cabana para eu poder me defender, mas olhando bem, de lá saiu um pequeno leão que parecia ter se perdido de seus pais, então eu me comparei a ele e conversei com ele:

- Oi pequeno leão, acho que você está perdido de seus pais, todo mundo também acha isso de mim, mas talvez você também tenha fugido assim como eu. Bom, se quiser passar essa noite aqui conosco fique a vontade. - o coloco perto de mim com todo carinho.

Eu fiquei com pena daquele pobre animal, e também gostei dele, achei que ele não seria capaz de nos atacar por causa de seu tamanho.

A noite passou rápido e logo amanheceu. Levantei e vi uma cena linda em que o pequeno leão dormia do lado do meu irmão como se o estivesse protegendo.

- Acho que vou te chamar de Guarda. - sorrio tocando no pequeno leão que boceja.

- Vocês devem estar com fome meus pequeninos, mas como irei caçar algo se devo cuidar de meu irmão? - Guarda me olha fixamente com os olhos brilhantes.

- Eu vou confiar em você, vou até ali buscar alimento para nós enquanto você cuida do meu irmão pra mim. Eu confiei no pequeno leão e fui rapidamente até o pequeno e raso lago que tinha perto, e peguei alguns peixes mas lembrei que meu irmão não poderia se alimentar de peixes como eu e Guarda, ele precisava de leite. Então eu tive que ir até o mercadinho que eu fui ontem,e pela vitrine consegui ver meu pai conversando com o recepcionista a respeito de mim, como eles estavam distraídos, eu consegui ir no setor de frios e peguei duas caixas de leite e uma comida pra bebê, e rapidamente fugi. Eu ouvi o som do meu irmão reclamando e em minha mente deduzi que Guarda poderia ter o machucado mas quando vou olhar me deparo com a cena engraçada em que Guarda chamava a atenção de meu irmão e ele ria. Na escola eu tinha prestado atenção em como fazer uma fogueira em caso de me perder numa floresta, consegui e coloquei os peixes para assar.

- Espero que não esteja com muita fome Guarda. Vou dar a comida para meu irmão e logo após nós comemos também. - alimento meu irmão e percebo que sua fralda está suja e precisa ser trocada.

- Droga! E agora? - olho para os arredores e vejo uma linha de cipó, e tenho a brilhante ideia de fazer uma frauda com folhas e linha, e deu certo, ficou engraçado mas deu. Logo após, eu e Guarda comemos e eu o acariciei. Ouvimos o som de um animal, que era um grande e feio pássaro negro tentando atacar meu irmão, Guarda se enfureceu e meteu as garras no bicho o fazendo voar dali pra nunca mais voltar. Foi aí que eu tive certeza que Guarda nos protegia realmente mesmo com seu pequeno tamanho, ele dava seu melhor. Os dias se passaram e tudo estava bem, Guarda era nosso melhor amigo assim nos defendendo e alertando de vários perigos. Até que um dia, logo de manhã, me deparo com dois homens grandes, os velhos amigos caçadores do papai, me acordando.

- Onde está meu irmão?

- Seu irmão? Você trouxe ele pra cá? Ele não está aqui. - o mais velho deles fala.

- Como? E o Guarda? - digo assustada. - Quem é esse aí? - o caçador diz intrigado.

-Ele é um pequeno leão.

- Ah, não precisa se preocupar com isso. - abre um sorriso singelo - Ele já deve estar bem longe, não vai mais te fazer mal, demos dois tiros no bichano, como ele era pequeno a essa altura já deve estar morto por aí.

No mesmo instante meus olhos se enchem de lágrimas. Eu havia perdido o meu pequeno leão e meu pequeno irmão num só instante.

- Agora vamos que seu pai está preocupado com você.

- Eu não vou voltar para casa! E ele não é meu pai!

- Deixe de rebeldia e vamos! - eles me puxam com tanta força que eu não consigo me soltar.

Então eles me levaram para casa e chegando lá me deparei com meu pai me esperando de braços abertos.

- Minha filha, senti tanto sua falta, estava preocupado meu bem! - me abraça fortemente. - Onde está seu irmão? - neste mesmo momento abaixo minha cabeça. - Vamos, diga! - eu o olho e digo nervosa. - E-eu não sei.

- Como você não sabe???

- Eu não sei, quando eu acordei ele já não estava mais lá.

- Como? Você é uma incompetente como sua mãe, foge e ainda mata seu irmão, não quero você com fama de assassina por aí, por isso vou te matricular em uma escola interna que só sairá quando aprender como ser gente.

- Se ser gente é ser como o senhor eu prefiro ser um animal! - no mesmo instante ele dá um tapa em meu rosto e me arrasta até a escola.

- Se você prefere ser como um animal, você pode passar o resto de seus dias trancada dentro dessa escola como uma jaula.



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