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História Lira - Início


Escrita por: InfiniteVitium

Notas do Autor


Se quiser que a história continue comente algo, até um simples "continua plmdds!!" vale. Criticas construtivas são muito bem vindas.

Capítulo 1 - Início


Caitlin morava, com seus pais e alguns irmãos, em um bairro quieto e simples, um tanto pacato. Sua vida, antes de tudo o que aconteceu, sempre foi normal, quando pequena ela adorava sua irmã mais velha, Alexandra, e adora a ouvir cantar e também adorava ouvir, com sua irmã, concertos, seu instrumento preferido era a Lira.

Desde pequena ela sempre praticou esportes, cada irmão e irmã escolhia alguma atividade física ou artística que os pais ajudavam a desenvolver – seus pais adoravam estimular os talentos de seus filhos -- mas de tantos esportes ela decidiu escolher ginastica artística, pois achava os movimentos graciosos e lindos.

Ela cresceu naquela casa com seus irmãos, os que foram ficando mais velhos, adquiriram empregos, se formaram e acabavam indo embora. Alexandra sempre manteve contato com Caitlin, elas cresceram juntas e mesmo quando Alex foi embora para seguir sua vida ela sempre telefonava para sua irmã, para saber sobre sua vida, se encontrou alguém especial, seus amigos e outros assuntos. Sua mãe, Amélia, gostava de ver aquela amizade forte que foi formada pelas irmãs.

Alex se mudou para o centro de Nova York, enquanto Caitlin continuou a morar no subúrbio. No dia do aniversário de 19 anos de Caitlin, dia 11 de setembro, seus pais deram uma quantia de dinheiro – não muito alta – para ela comprar um presente para ela. Ela ficou muito feliz com aquele presente. Como sempre sua irmã telefonou, Caitlin contou tudo o que aconteceu no dia passado e o presente daquela manhã, sua irmã ficou muito feliz, pois pensou que poderiam se encontrar depois do trabalho dela. Marcaram de se encontrar num café que ficava perto do trabalho de Alex. 

A loira procurou em todas as lojas o presente que iria “se dar”, foi em lojas de roupas, de telefones até lojas de brinquedo, mas não achava nada e estava perto do horário que iria se encontrar com sua irmã. Até que quando passava perto de uma vitrine de loja de bijuteria, ela encontra um colar com um pingente em forma de coração que dava para colocar uma foto dentro, pode parecer uma coisa besta, mas ela comprou aquilo e guardou o que sobrou do dinheiro em seu bolso. 

Estava na hora de se encontrar com sua irmã no café Fly’s, por mais ridículo que pareça o sobrenome do dono do café é Fly. Caitlin ficou esperando por sua irmã do lado de fora do café, estava doida para mostrar o colar que comprou. Você já deve estar imaginando qual o é prédio que a Alex trabalhava, sim, era na parte comercial do World Trade Center. Quando o atentado aconteceu, a menina ficou em choque e paralisada, estava tentando se convencer que sua irmã já tinha saído do prédio de alguma forma.

Ela ficou ali no meio daquela correria na frente do café. Pessoas corriam para qualquer lugar, com medo de acontecer em outros prédios ao redor, crianças correndo com suas mães, mulheres chorando e bombeiros tentando conter a multidão. Ela ficou lá na frente do café esperando por sua irmã, mas depois de um tempo ninguém que estava dentro saiu do prédio, correu na direção do primeiro bombeiro que viu.

–Senhor, minha irmã, ela ainda está lá dentro. –Respirou fundo tentando não chorar –Ela pode estar viva? -- Perguntou sem muitas esperanças.

O bombeiro foi gentil e tinha uma voz que deixava qualquer um confortável.

 –Pode haver chances, mas acho melhor você ir embora daqui. Não sabemos se pode acontecer de novo, vá para casa. Se ela estiver viva você pode descobrir pela televisão. –

Caitlin assentiu, mesmo sem acreditar muito, e foi em direção ao metro para ir para casa. Ela tinha que acreditar nisso, era a única esperança que ainda tinha.

Ela desistiu de pegar o metro quando viu o monte de pessoas que estavam tentando pegar ele. Decidiu que iria andando para casa, mas as ruas estavam desertas, as pessoas estavam em suas casas chorando sozinhas ou com seus familiares, tentando suportar as perdas. Depois de andar quase que Nova York inteira, ela chegou em casa.

Seus pais correram para abraça-la e seus irmãos mais novos também, até os mais velhos e que não a suportavam, ficaram feliz em vê-la. A televisão estava ligada, falando sobre o que aconteceu, com imagens do prédio e de câmeras de lugares que capitaram o ocorrido.

Seus pais pediram que ela explicasse o que tinha acontecido e foi o que fez, contou toda a história desde que chegou ao café. Era curta, mas quando chegou na parte de que sua irmã ainda estava no prédio, não aguentou e desabou em lágrimas abraçada com seu irmão, Antônio. Alguns tentaram consolá-la e outros começaram a chorar também. Sua mãe estava chorando junto ao seu pai, mas pelo menos não perderam duas filhas no mesmo dia.

Dias se passaram e Alex foi dada como desaparecida pelos familiares e morta pelo governo que no momento estava preocupado com os mutantes que começaram a aparecer. O corpo de Alexandra não foi encontrado, mas como muitos corpos foram encontrados todos carbonizados e outros destruídos, dizem que ela morreu. Mas Caitlin não consegue acreditar nisso, que sua irmã morreu e seu corpo nem parece com ela.

Já estava usando o colar, onde o lugar para pôr uma foto ficou com a de seus pais.

Desde aquele dia alguns de seus irmãos, que já saíram de casa, iam visitar mais vezes seus pais, para ver se não estavam muito abalados. Toda a família estava tentando continuar, seguir em frente, mas Caitlin apenas fingia que estava conseguindo.

Ela não conseguia acreditar que ficou na frente do prédio que tudo aconteceu e não fez nada, não subiu e tentou ajudar ou algo do tipo. Mas quando ela diz isso para os amigos, eles tentam fazer ela mudar de ideia dizendo que isso poderia não ter dado certo e ela estar morta também. Para ela se fosse para morrer, pelo menos poderia morrer com a consciência limpa.

6 dias depois do atentado e de tudo o que aconteceu, as manchetes foram conquistadas pelos mutantes, que são considerados perigosos e imprevisíveis. Muitos nerds e pessoas que gostam de super-heróis, dizem que esses mutantes são heróis e poderiam ajudar o mundo, enquanto pessoas sérias acham que eles são do mal e podem destruir o mundo.

Caitlin e seus pais não tinham uma opinião muito certa sobre esse assunto, eles apenas querem Alex de volta. Antes já era difícil chamar toda a família para um almoço no domingo, agora era quase impossível, muitos têm opiniões muito divergentes uma da outra sobre os mutantes e só de colocar essas pessoas no mesmo espaço pode começar uma guerra. Então a mãe achou melhor chamar em grupos.

A loira iria para casa de sua amiga naquele dia, deu tchau para sua mãe e seus irmãos mais novos –seu pai estava trabalhando—e foi tomar seu rumo.

Decidiu ir andando, não era muito longe de sua casa de qualquer forma, principalmente quando ela usa um atalho. Para usar seu atalho tinha que passar por uma rua escura, mas ela não tinha medo, era seu bairro, sempre foi muito quieto e sem muitos assaltos, mas parece que desde o atentando as pessoas ficaram loucas e pensam que um apocalipse pode acontecer a qualquer instante. Ela não achava que iria encontrar alguém assim.

Quando chegou na rua, começou a ser seguida por três homens, ficou nervosa, decidiu acelerar seu passo e percebeu que essa não era uma boa escolha já que eles eram muito rápidos. Tentou despista-los entrando em ruas que nem conhecia, até que foi parar em um beco sem saída e não tinha despistado eles ainda.

Estava sem saída prensada na parede de um beco, com medo do que eles queriam com ela. No meio daquele desespero disse:

 –Eu não tenho dinheiro!

Falou a verdade, pensando que eram assaltantes.

O que estava no seu lado direito chegou mais perto de seu ouvido e disse:

--Não é isso o que queremos.

Ela estava tentando pensar o que eles poderiam querer, mas nenhuma das opções eram boas.

–O que vocês querem?

Perguntou sem saída, o do seu lado esquerdo deu um sorriso malicioso

 –Queremos você, loirinha.

Ótimo, agora iria ser estuprada por 3 nojentos.

Enquanto eles iam tocando nela e tirando sua roupa – rasgando na verdade – ela tentava pensar em algo que pudesse resolver isso, o que pudesse fazer eles pararem, mas não tinha nenhuma opção. Suas roupas estavam todas rasgadas e ela estava quase sem roupa, foi quando pensou em gritar. Alguém iria acabar ouvindo, segurou seu folego e gritou, mas aconteceu algo inesperado. O homem que estava a sua frente foi jogado em direção a parede do outro beco, ficando inconsciente, poderia estar morto, mas ela não iria checar, os seus amigos tremeram de medo.

 –Esses mutantes... – Disse um preparando-se para correr.

          Esse mesmo correu para um caminho que dava para a casa de sua amiga e começou a gritar:

–MONSTRO!! MUTANTE LOUCO!! ASSASINA!!

O outro ficou parado com muito medo para se mover, mas ela também estava chocada. Quando percebeu que pessoas estavam vindo. Não iria ficar ali parada e ser morta por pessoas que odeiam mutantes.

Correu em disparada para direção de sua casa, fazendo todo o caminho que tinha feito antes, enquanto pensava que sua vida não seria mais a mesma. Seu futuro, seu trabalho, sua família e a faculdade que estava na metade para acabar, não iriam mais existir, porque ela era uma mutante. Quem iria contratar um mutante? E seus familiares? O que iriam pensar? Ela não conseguia digerir aquilo e a principal pergunta que vinha a sua mente “Como é possível alguém gritar daquele jeito? ”

Quando chegou em casa, todos olharam para ela e sua roupa. A única coisa que ela teve forças para fazer foi correr para os braços de sua mãe e chorar. Sua mãe não estava entendendo o que aconteceu, mas isso não importava para ela, só se preocupava com a segurança de sua filha.

Depois que Caitlin se trocou e seus irmãos foram dormir, ela, sua mãe e seu pai foram conversar na mesa da cozinha. Ela contou tudo o que aconteceu e disse que não queria machucar ninguém como fez com aquele homem. Sua mãe dizia que foi por autodefesa e que ela não tinha culpa, mas ela não ligava para isso, apenas queria achar um jeito de deixar todos seguros.

–Mãe, pai, eu tenho que sair de casa. –Caitlin falou segura do que dizia.

–Mas para onde você iria? – O pai perguntou atencioso.

Para onde? Pensou numa casa, mas queria ir para um lugar onde não faria amigos e não teria ninguém para machucar.

 –Para... rua.

Ela respondeu sem pensar no que estava decidindo para sua vida, mas já era tarde demais. A mulher é muito teimosa.

Seus pais tentaram a fazer mudar de ideia que era perigoso, que ela só tinha 19 anos, não era uma boa ideia. Ela queria proteger sua família, algo que não conseguiu fazer para sua irmã.

Depois de um tempo os pais não estavam concordando, mas viram que não tinha outro jeito. Teriam que deixa-la ir e criar seu próprio caminho.

No dia seguinte as 4 horas da manhã, horário em que os irmãos ainda estavam dormindo, Caitlin estava preparada. Tinha comido muito para um café da manhã, estava com um casaco onde, no bolso, tinha guardado um monte de barrinhas de cereal. Seus pais queriam entrega-la dinheiro, mas ela disse que não seria uma boa ideia, iria perder todo o dinheiro minutos depois que saísse de casa. Disse que poderiam deixar um pouco de dinheiro atrás do café Fly’s, onde tudo começou.

Os pais não descordaram e disseram que quando possível iriam colocar dinheiro dentro de uma bolsa. Depois de um longo abraço, ela foi embora da casa onde cresceu para o mundo onde iria amadurecer ou morrer depois de um mês.

Depois de alguns dias vivendo naquela vida, ela estava aprendendo como funcionava. Tinha que aprender a lutar, não sabia muito bem, mas já tinha batido em um cara que tentou pegar uma de suas barrinhas enquanto dormia. Apenas deu vários socos na barriga dele e depois no queixo, não que ela não gostasse de dividir, mas era a penúltima barrinha e ninguém ali pensaria duas vezes em matá-la se não fizesse o que fez. Não existe lugar para fracos no Mundo.

Já estava pensando em fazer algo, talvez em entrar em um dos grupos de mutantes que ouvia falar, mas diziam que eles iam atrás de você e não você atrás dele. Nunca entendeu muito isso, mas também não sabia onde era a “sede” de nenhum desses grupos então não iria conseguir ir atrás deles. 

Passou muitas noites com fome, mas quando precisava comer pegava o dinheiro que estava atrás do café e comprava alguma comida de algum vendedor, sanduiche, cachorro quente, sorvete, qualquer coisa para passar a fome. Caitlin as vezes dormia no chão e outras vezes dormia em cima de algum prédio que conseguisse escalar. A verdade é que ela não foi a única a ir para as ruas depois do 11 de setembro. O desemprego aumento, criminalidade, mortes e entre outras coisas deixando NYC num caos, mas ainda existiam pessoas que queriam justiça para os mutantes.

Depois de anos nessa vida, no ano de 2011, ela ouviu falar de uma mulher que era advogada ou algo do tipo e que queria justiça para os mutantes, essa mulher acabou virando ídolo de Caitlin e ela sempre quis conhece-la, talvez pudesse ajudá-la a trazer justiça para os mutantes e “não-mutantes”.



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