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História Lírio - Ferrugem


Escrita por: Maiakl

Notas do Autor


Lembre-se da classificação, beijos.

Capítulo 16 - Ferrugem


Fanfic / Fanfiction Lírio - Ferrugem

— Você não vai sozinha.— Morgan disse me surpreendendo. 
— Eu vou com ela.— Freya falou levantado da cadeira. 
— Olha, todos vão, só escutem o plano. 
Ficamos calados quando Cass começou a explicar. 
— Está bem com isso, Aelin?— Freya perguntou depois que Cassian terminou de falar, e eu tinha esquecido que parei de respirar. 
— Totalmente.— Menti. 
                             •
Eu sendo humana, nunca tive permissão de visitar outras cortes além da nossa, e aqui estou eu. 
A Corte das lamúrias. 
— Isso é enorme!— Reclamei. 
— Todas as cortes são grandes, essa é só uma delas. 
— Você quer que eu ache a chave? 
— Sim, o Grã-lider permitiu que ficássemos uma estadia, somos seus convidados.
— Você falou que todos te acham um monstro.
— Digamos que ele me deve um pequeno favor.— Cassian deu uma piscadela.
Virei o rosto e comecei a analisar o lugar. 
As nuvens eram escuras e chuvosas, um rio imenso com água negra e barrenta corria em frente ao castelo que era todo feito de pedra medieval. 
Se você ficasse muito tempo parado em um lugar, poderia escutar os gritos e lamentos sussurrados. 
Ele me puxou para perto e roçou a cabeça no meu pescoço e eu contive o impulso de respirar fundo, precisava seguir o plano. 
Keir e os outros já estavam dando cobertura e distraindo as pessoas importantes para que pudéssemos andar pelo castelo sem causar comoção. 
Meu dever era simples, ser a nova vadia de Cassian, único jeito de não levantar suspeitas. 
— Vamos, querida.— Ele entrou no personagem e eu fechei os olhos, quando reabri, era outra pessoa. 
Dei o meu melhor sorriso travesso.
— Arrume um quarto. 
Cassian me avisou que as paredes aqui tinham ouvidos, então precisávamos ficar no personagem quase todo o tempo. 
Seguimos por um corredor fechado, sem janelas, sem luz, estava começando a ficar sufocada quando ele abriu a porta de um quarto e entrou comigo. 
Engoli em seco. 
Sentei na cama e encarei seus olhos estrelados, tão calmos como o mar sob uma tempestade. 
Ele retraiu suas costas por um momento e depois veio até mim e me jogou na cama. Sua boca encontrou a minha e eu perdi o ar, uma explosão de emoções me subiu a cabeça, sua mão desceu até a área das minhas coxas e eu gemi baixinho. 
Quando a porta se abriu, eu entendi porque ele estava fazendo aquilo. 
O Grã-líder da Corte das Lamúrias estava ali, escoltado por uma dúzia de guardas. 
Ele tinha cabelos escuros, barba longa e usava uma túnica totalmente púrpura, parecia jovem.
Ainda atordoada puxei o lençol até o queixo e comecei a traçar círculos preguiçosos no braço de Cassian lembrando do meu papel. 
Ele se deixou cair ao meu lado e se aconchegou. 
— Ora, ora, o que temos aqui— O Grã-lider sibilou. — Uma humana.
Cassian sorriu.
— Não é uma maravilha? Propriedade minha. 
Minha atenção estava toda em seu corpo músculo, deixei minha mão descer até em baixo de sua blusa e ele respirou fundo. 
Minha mão foi mais baixo e... caramba, ele estava excitado. 
Voltei a subir alisando sua nuca. 
Entrelacei uma perna no seu corpo e o montei, aproximei meu rosto do seu ombro mordiscando sua orelha enquanto ele tentava conversar com o Grã-líder. 
Cass passou os braços ao redor de mim e respirou uma, duas vezes.
— Pode nos deixar sozinhos agora?— Cassian disse meio engasgado. 
— Você ainda não me falou o que veio fazer aqui.
Cassian sorriu.
— Uma visita. 
Ele gesticulou para a porta e com isso o Grã-líder saiu. 
Sua boca encontrou a minha de novo e ele gemeu.
— Se você continuar fazendo isso não vou conseguir me segurar. 
Gargalhei. 
— Você está afetado por mim, todo poderoso Grã-líder?— Flertei sem a menor vergonha. 
Ele se virou e me jogou para baixo, ficando por cima. Segurou meus braços em cima da cabeça e lambeu meu ombro.
— Quem está afetando alguém agora?— Ronronou.
— Isso não vai dar certo.— Falei devagar com medo de me embolar nas palavras. 
— Não, não vai.
— Precisamos pegar a chave.— Disse baixinho enquanto sua mão brincava na base das minhas coxas. 
— Precisamos?
— Ainda estamos no personagem, não estamos?
— Estamos?
Sua boca desceu e eu não respondi. 
Ele se afastou de mim e olhou para meus olhos. 
— Temos que parar. 
Concordei com relutância mas nenhum de nós se mexeu. 
— Ah, diabos!— Falei por fim enquanto saía da cama e colocava meu vestido no lugar. — Vamos seu molenga, pegar essa chave. 
                          •
Andamos no corredor de pedra, de vez em quando se encostando na parede e nos beijando para não sobrar suspeitas se qualquer um nos visse. 
Quando chegamos do lado de fora, o clima era ruim e fedia a ferrugem. 
— Vai chover.
— Essas nuvens? Não, elas sempre estão assim, já o rio...
— O rio o quê?
— Precisamos nos apressar e dar o fora daqui.
A cidade toda fedia a ferrugem, todas as casas eram feitas da mesma pedra do castelo. 
Nada comparado a Corte de Cassian, linda e magnífica. 
— Não aguento mais andar.— Eu disse depois de horas de bate perna na cidade suja.
Cassian nem hesitou quando abriu as asas e me pegou no colo. 
— Vamos voar. 
Subimos pelo rio e vimos a cidade de cima, era grande e a metade não tínhamos procurado ainda. 
— Como você sabe que não está no castelo essa chave?— Perguntei.
— Seria óbvio demais. 
— Se eles acham que é um mito tudo isso, talvez se pedíssemos ele desse. 
— Não podemos, vão desconfiar de alguma coisa. 
Estava encarando a água quando tive uma ideia. 
— E lá?
Ele acompanhou meu dedo e franziu o cenho. 
— Na água? 
— Sim, e se talvez eles não achem o mito tão mito assim? Faria sentindo eles colarem a chave em um lugar que ninguém iria. 
Ele coçou o queixo e depois de um momento falou:
— Mandei todo mundo nos encontrar na margem do rio. 
Minha vez de franzir a sobrancelha. 
— Como?
— Quando você é o Grão-líder mais poderoso de todos os tempos, tem algumas cartas na manga. 
Dei um cutucão em sua barriga e ele riu. 
Pousamos na beira do rio e eu comecei a olhar à água. 
E se eu pudesse fazer aquilo que fiz na banheira? Não precisaria me arriscar tanto. 
Fechei os olhos e comecei sentir a água, logo, até sua última gota estava conectado a mim, pulsando como um coração, o meu coração. 
Porém havia algo errado, a fórmula da água estava errada, ela era ácida.
Dei um passo para trás, não podia arriscar fazer aquilo, podia molhar as pessoas. 
— O que está errado?
— Toque na água. 
Ele andou até mim e encostou seu dedo na água tirando logo depois e xingando, uma queimadura feia e vermelha cobria a parte que se encontrou com a água. 
— Merda! 
Respirei fundo e dei um passo para frente de novo mas Cassian me interceptou no meio do caminho. 
— Nem pensar. 
— Hey, só espere. 
Cheguei até a borda do rio e coloquei meu braço todo esperando pela dor, mas ela não veio. 
— Isso— Cassian mostrou seu dedo queimado e depois apontou para a água onde meu braço boiava tranquilamente. — Foi injusto. 
Eu ri e comecei entrar na água. 
— Você não pode ir sozinha! 
— Ah, pelo amor dos deuses, você não consegue entrar aqui, ninguém consegue, então eu entro. 
— O rio vai subir, precisa ser rápido. 
Sem perguntar o que ele queria dizer com 'subir', mergulhei. 


Notas Finais


O que falar dessas pessoas lindas que comentam meus capítulos? Amos vocês so much. <3


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