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História Não Ignore O Item 13 - 01


Escrita por: Namjoonie30cm

Notas do Autor


Estou re-postando essa história, corrigi algumas coisas e mantive a maioria. Juro que dessa vez vai e eu concluo a história rs

Não esqueçam de apoiar a história e a autora votando e comentando sz

Boa leitura, nenês sz

Capítulo 1 - 01


Item 1 - Armas

Ou qualquer coisa que você pode usar para se defender, desde um bastão de hóquei á uma espada, passando pelos machados, tacos e facões. Armas de fogo também são bem-vindas caso você saiba atirar, mas tome cuidado: os ruídos de impacto provenientes destas pode atrair mais walkers, sem contar com a munição, que vai acabar mais hora ou menos hora. O ideal é você desenvolver habilidade com armas mais silenciosas cuja vida útil seja longa e com armas de fogo, que possuem várias limitações, como a vida útil curta, mas permitem um ataque a distância, dependendo da arma, e pouca demanda de esforço físico.

Mas por que armas primeiro? Porque no fim você nem precisa olhar as outras coisas da lista caso não possa se defender.

Qualquer proteção é bem-vinda, mas não se esqueça que o mundo está louco e no fim você pode acabar tendo que se defender não só dos mortos, mas também dos vivos..

Caso não consiga ou siga todos os itens, ao fim dessa lista um de nós não estará mais vivo.

PDV Narrador

Podia ser visto em seus olhos que era esse o seu fim. Em sua cabeça seria ele quem salvaria Sophia, estava confiante disso, mas na sua atual situação, com o sopro gélido da morte em seu pescoço, era claro que a esperança de obter redenção de todos os pecados que já cometeu ao trazer a criança de volta era uma grandessíssima ilusão. Não passava de um monte de merda assim como tudo na sua vida.

- Desgraçado... - conseguiu xingar sob a respiração ofegante antes de silvar de dor quando seu pé falhou e ele escorregou mais uma vez.

A abertura em seu tórax ardia, o músculo em volta da flecha pulsava dolorido. Já havia tido feridas piores, porém a fome, o cansaço e o desespero brotando em seu âmago faziam sua garganta fechar. Seria assim que ele morreria, de uma forma tão inútil quanto havia sido toda a sua vida, sem mudanças ou grandes atos? Sem sequer terminar sua última caçada?

Seu irmão apareceu. Daryl sabia que era uma alucinação, afinal este possuía as duas mãos em punhos, e a mão direita do verdadeiro Merle estava enrolada em uma flanela velha dentro de sua bolsa no acampamento. Mesmo sabendo que era apenas coisa de sua cabeça isso não impediu que a esperança aparecesse, afinal lhe lembrou que ainda havia uma chance de Merle estar vivo: nenhum cadáver foi visto e seu irmão era a pessoa mais durona que já conheceu e sobreviveria a tudo facilmente.

Mesmo só com uma mão derrubou diversas daquelas coisas e roubou um caminhão, porque Daryl, que mantinha todas as partes de seu corpo ali, não conseguiria seguir em frente?

E ainda havia Sophia. A garota de doze anos que, assim como Merle, poderia estar viva, vagando perdida pela mata fechada com medo e fome. Ele não podia descansar e deixar nas mãos de um ser superior enquanto a garota precisava ser encontrada; e isso seria feito por Daryl. Naquele grupo, ninguém mais queria isso com tanta força, fora Carol, e com certeza nenhuma outra pessoa tinha suas capacidades de caça, por isso deveria se mover rápido para aproveitar enquanto o rastro ainda estava fresco e o sol estava alto.

Dixon traria a menina de volta e com isso tudo seria apagado enquanto a esperança de que ele realmente poderia ser diferente, algo bom, seria firmada.

Isso o deu forças para tentar outra vez escapar da morte.

- Não tem ninguém além de mim que vá se preocupar com você, maninho. - Merle rosnou enquanto apertava as bochechas de seu irmão mais novo. - E nunca ninguém vai, seu monte de lixo. Levante-se daí antes que eu quebre seus dentes. Levante-se! - chutou as pernas de Daryl com força, fazendo o homem abrir os olhos, despertando da alucinação na qual estava preso.

Finalmente de volta a realidade, Dixon viu que era um walker puxando sua perna, e não seu irmão babaca com pensara, e deixou o instinto de sobrevivência falar mais alto, chutando o cabeça podre de cima de si com as botas pesadas. O homem não era ele mesmo quando pulou no walker e rachou seu crânio com um pedaço de madeira e muito menos era ele no controle de seu corpo quando acertou outro com uma flecha, enfiando-a direto através de seus ossos podres. Ele sequer sabe se era ele dominando seu corpo quando abriu o esquilo e comeu a carne e os órgãos ainda crus. Lembrava-se vagamente do seu irmão aparecendo novamente apenas para chamá-lo de inútil e zombar do chupa-cabra que foi visto anos atrás.

Daryl o ignorou, é claro. Sabia que o que viu durante aquela caçada era real e agora que o mundo estava sendo dominado por mortos tinha mais certeza ainda.

Dixon sentiu o suor escorrendo como se houvesse uma nascente em suas costas. Não fazia ideia de quanto tempo estava tentando escalar e nem o número de vezes que moveu propositalmente os músculos feridos para que a dor o livrasse da sensação de que iria apagar a qualquer momento. Isso não o deixava exatamente sóbrio, claro, mas a queimação em todo o seu corpo o mantinha certo de que estava vivo e consciente. Com isso conseguiu cobrir um bom espaço, usando a força que restara para fazer o que ele sabia de melhor: sobreviver.

Jogou sua besta sobre mais uma elevação e pisou com força em uma saliência para içar-se para cima. Estava quase no topo, até conseguia avistar a trilha, mas a terra pareceu desaparecer sob seu pé. Xingou mais algumas vezes quando conseguiu se estabilizar usando apenas as forças dos braços para se prender a uma raiz, sentindo o tórax inteiro arder como se labaredas partissem dali e o consumissem, seguindo para todos os outros músculos de seu corpo numa dor que o deu forças para se estabilizar. Dessa vez não cairia mais, recusava-se a cair.

Então ele ouviu um clique de uma arma destravando.

- Fique parado. - uma voz avisou e Daryl estancou.

Não deveria havia sinal de vida em quilômetros, o único rastro por aquelas redondezas era o de Sophia e aquela voz com certeza não era da garotinha loira.

Movido pelo instinto, tentou puxar sua besta para se defender, mas seus movimentos eram débeis e não conseguir ser rápido o suficiente. Um tênis preto minúsculo prendeu a besta contra o chão com a força de seu peso, mesmo que colocasse pouca força naquilo, Daryl já estava fraco demais para se manter em pé e pegar a besta para si. Ele inclinou um pouco o pescoço para olhar o rosto daquele ser que ousava pisar em sua besta, pronto para amaldiçoar até a terceira geração do desgraçado, mas o sol o cegou antes que ele pudesse ver qualquer detalhe da criatura infeliz.

- Eu falei para ficar quieto. - Era uma garota, sua voz era grave e rouca, mas com certeza era uma garota.

Deus, ele estava sendo ameaçado por uma garota! Que porra havia acontecido aos seus culhões com esse fim de mundo?

Forçou a visão determinado a saber como era o rosto dela afim de segui-la até o inferno se preciso e, quando estivesse em condições, enfiar todas as flechas disponíveis nas costas da maldita. O sol estava alto e queimava contra sua visão, ela inclinou a cabeça e ele viu de relance um cabelo castanho e sujo.

- Quem é você? - ela perguntou após um tempo o avaliando, a mira da arma exatamente no espaço entre os dois olhos do homem.

Ela inclinou novamente a cabeça, fazendo sombra nele e ele pode finalmente parar de apertar os olhos para tentar vê-la sem o sol fritar seus olhos.

Ele xingou quando notou o quão jovem ela parecia. Os cabelos eram castanhos e estavam presos para trás, olhos castanhos escuro, ela estava mastigando seu lábios inferior em sinal de nervosismo, mas suas mãos estavam firmes na arma que apontava para a testa de Daryl. Ela era pequena em tudo, desde o rosto redondo até as mãos sujas fazendo-o compará-la com uma boneca. A arma até parecia fora de contexto nas mãos daquela garota nada assustadora.

Ela arquejou. Pálido, débil e coberto de lama e sangue da forma como estava, ele se parecia muito com as coisas que a perseguiam desde que o mundo acabou. Ele tinha um olhar bêbado e cansado, mas isso não o impedia de encará-la com um ódio obsceno. Apesar de estar completamente acabado não deixava de ser bonito. Seus olhos, mesmo quase se fechando, eram de um tom claro e brilhavam ameaçadores. Ela não deixou de compará-lo com um animal hostil, o sangue de esquilo ainda estava fresco ao redor dos lábios finos, fazendo a imagem dele ainda mais ameaçadora.

O pensamento dele como um selvagem e as lembranças de tudo que o viu fazer a fez dar um passo cauteloso para trás sem sequer notar, libertando a besta. Ela não se ligou nesse fato, estava ocupada demais presa aos olhos azuis dele, mas ele notou.

Puxou rapidamente a besta já armada e apontou bem na cabeça dela, ela desceu a mira do cérebro para o peito dele. A uma das coisas um tiro no coração não faria diferença, mas ela o ouviu falando sozinho e até lutando com outros. Ele ainda não era um deles.

- Atire, Boneca. - ele praticamente rosnou o desafio em tom de escárnio, os olhos não desviando dos dela. Estava fraco e tonto, mas ainda conseguia acertar um tiro.

Ele observou com estranho alívio ela hesitar. Não é como se quisesse continuar vivo naquele inferno, mas não estava em seus planos morrer agora. Sophia precisava dele. Ainda havia muito o que fazer ele não podia ser morto agora, não por uma desconhecida que mais parecia um gatinho assustado segurando uma arma.

Um galho quebrou em algum lugar próximo demais, ele logo virou o olhar em direção ao som, algo que já havia se tornado instintivo. Teve o vislumbre de alguém pendurado em uma árvore antes de levar uma coronhada na nuca e desmaiar.


Notas Finais


Então, o que acharam?
Minha ideia é seguir o planejamento da série, ou seja, é uma fanfic canon, mas com a adição dos irmãos Edwards (Seth, Lana e Hannah) o que vai mudar algumas várias coisas. Nessa re-postagem, ao menos nesses primeiros capítulos, não haverá muitas alterações, mas a partir do capítulo 4 elas começam a ser mais visíveis.
Enfim, espero que não desistam da história, apoiem ela deixando um comentário com o seu feedback e por favor não desistam e deem muito amor a Não Esqueça o Item 13 sz


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