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História Não Ignore O Item 13 - 02


Escrita por: Namjoonie30cm

Notas do Autor


Nossa se vocês soubessem o quanto estou animada por estar repostando essa versão corrigida manoooo. Eu amo muito essa história, esse plot, essa série ai cara amo Daryl Dixon.

Apoiem a história comentando e votando, nenês sz

Boa leitura!

Capítulo 2 - 02


Item 2 – Caixa de Primeiros Socorros

Um dos vários problemas nos seres humanos é serem tão frágeis, principalmente em questões de saúde. Nosso corpo é extremamente frágil, logo, machucados é algo cotidiano, mas, a partir do momento em que precisamos estar em bom estado de saúde para sobreviver um kit médico é essencial. Guarde sempre remédios com você para onde você for e dentro desse kit deve ter analgésicos, gesso, ibuprofeno, esparadrapo, band-aids, agulhas, pinça, alfinetes, supercola, linha, laxante, iodo, álcool etc.

Caso você ou alguém que lhe acompanhe tenha doenças crônicas específicas faça uma estoque com os remédios que precisa. Tenha sempre o máximo possível e um kit separado e menor que você possa carregar em uma Mochila de Emergência (caso algo aconteça e você precise sair rapidamente de um local, Mochilas de Emergências terão tudo o que você vai precisar). E desenvolva conhecimento sobre a medicina alternativa e ervas medicinais, afinal, uma hora os remédios também perdem a validade e você não vai querer morrer por infecção ou desidratação graças a uma diarreia.

Caso não consiga ou siga todos os itens, ao fim dessa lista um de nós não estará mais vivo.

PDV Narrador

Você é louca. - foi a primeira coisa que ouviu após recobrar a consciência.

- Não podíamos simplesmente largar ele lá e deixar que vire um, ele morreria com essa hemorragia. Além do mais, salvou sua bunda. - o garoto bufou. - indiretamente. Olha, eu nem sei o motivo da discussão, já estamos aqui e pronto. Se for dar merda, beleza, vamos lidar com as consequências. Fim de papo.

Sua voz estava menos grave do que se lembrava, mas ainda era a voz da morena na floresta. O sangue de Daryl praticamente ferveu a medida que o coração acelerava e a nuca doía a medida que somava 1 + 1. Não lembrava de ter sentido vontade de matar alguém tanto quanto sentia de matar ela.

- Aquilo foi para salvar a própria pele. Ele também pode nos matar quando acordar! - era um homem falando com ela, pelo timbre não deveria passar de um adolescente. - Você viu o que ele fez com aquelas coisas, foi, tipo, como um Super-Homem pós-apocalíptico a beira da morte, mas sem capa, poderes e praticamente com as mãos limpas.

- Ele parece bem sujo pra mim. Será que toma banho? - silêncio, alguém jogou algo em alguém e em seguida a garota riu. - Ah, qual é? Isso é uma pergunta importante, sabia? Você viu aquela garota do Arizona, ela tinha uns negócios assustadores na dobra do braço e-

- Caralho, quem liga se ele banha ou não? Essa não é a questão!

- Você está certo, a questão é que se você não tivesse tentado ser a droga do Rambo no meio da floresta eu não teria feito isso. Agora pode, por favor, procurar Lana e ver se ela está segura? Não preciso de mais ninguém com um osso fraturado ou hemorragia.

Daryl pode ouvir mais um bufo e em seguida passos se distanciando. Ignorou a vontade de abrir os olhos, algo lhe dizia que deveria esperar mais um pouco antes de checar em volta. Talvez houvessem mais pessoas por aí, ele não podia arriscar. Quem sabe até mesmo acabassem vacilando mais cedo ou mais tarde e ele encontrasse uma saída fácil sem esforço. Sentiu uma pressão em seus pulsos e moveu eles notando assim que estava amarrado, tateou os nós com os dedos e teve que reconhecer que quem o amarrou sabia do que estava fazendo.

Sentiu uma corrente de ar e em seguida ouviu passos se aproximando. Um pano molhado tocou seu rosto e ele ouviu soluços. Droga, ela estava chorando?

- Você poderia parar de chorar? Estou tentando planejar boas formas de te matar. – o garoto resmungou em algum canto e em seguida gemeu. – Você tem que parar de jogar coisas em mim.

- Fica quieto. Eu não mandei você ir atrás da Lana?

- Ela ta comendo, sua louca. Por que está chorando?

- Se você tivesse me obedecido teria sido tão mais fácil. Por que nunca me ouve cabeção? Estou com raiva de você agora.

- Eu também estou, você trouxe o perigo pra debaixo do nosso teto!

A garota nada respondeu, preferiu continuar a limpar a sujeira do rosto de Daryl. Ele deveria ser alguns bons anos mais velho que ela, tinha mais calos nas mãos e cicatrizes pelo corpo do que pelos faciais, mas mesmo assim tinha um charme. Tudo nele parecia bruto demais e selvagem demais, só a mão direita dele era capaz de cobrir mais da metade da face dela. Considerando a quantidade de facas que encontrou com ele e o tamanho dos braços, ela chegou a conclusão de que poderia facilmente machucá-la, ou pior, aos seus irmãos. Só o pensamento a fez tremer.

Ele era um desconhecido e desconhecidos não são confiáveis. Por mais bonitos e totalmente o seu tipo que fossem. Ela teria que se lembrar disso para manter a cabeça no lugar.

Seth estava certo, eles deveriam tê-lo deixado onde encontraram.

A garota estava perdida em pensamentos enquanto limpava o excesso de sujeira do pano em um balde de água e voltou a passá-lo no pescoço do homem. O gosto dela poderia ser chamado de excêntrico, mas sem toda aquela sujeira ela até diria que ele era realmente bonito do seu jeito. Peculiar e único.

Já Daryl não sabia o que fazer e por isso decidiu fazer nada. Ele chegou a conclusão de que a menina era completamente doida e sabia que deveria fugir o mais rápido possível, não sabia quanto tempo havia passado desacordado e havia coisas a fazer.

Mas Dixon não conseguiu se mover, não sabia como reagir ao sentir a pequena criatura limpando sua pele, cuidando de si de uma forma que nem ele mesmo fazia. Aquilo desarmou a parte do seu cérebro que gritava para que nocauteasse eles e fosse embora dali. Ninguém nunca havia se preocupado em limpar o rosto dele enquanto estava desmaiado por uma provável hemorragia - não que isso tenha acontecido muitas vezes, talvez duas ou sete - e ele simplesmente não sabia o que pensar ou fazer.

Ela parou e se levantou.

- Vou pegar água e quem sabe um pouco mais de bebida. Preciso estar bêbada para aguentar essa situação. Não chegue perto dele nem da arma. – seu tom poderia ser comparado a de oficiais do exército ao dar ordens. Daryl achou aquilo até divertido, mas não perdeu o foco e continuou atento aos sons. - Lana está te esperando, acho melhor você vir logo.

Tentando entender o que acontecia ao seu redor, conseguiu distinguir passos leves se afastando, esmagando folhas secas a cada vez que o pé batia contra o chão. Não muito tempo depois, outro par de pés se arrastou pelo ambiente em que estavam e ele julgou pelo silêncio que estava sozinho.

Pôs seus dedos para trabalhar nos nós que o prendia, não foi fácil, porém Merle gostava de amarrá-lo quando ele era mais novo, cada vez com nós mais difíceis a fim de que ele soubesse se livrar no futuro. Depois de tantos anos de experiência isso finalmente veio a calhar.

Abriu os olhos apenas para ver o teto girando lentamente, sentia-se embriagado e débil. Mal conseguiu levantar a mão para tocar na cabeça que doía, pois todo seu corpo parecia pesar toneladas. Olhou em volta e examinou o quarto onde estava. Pelo chão de madeira e o teto mofado também de madeira deteriorada supôs que estavam em uma cabana cujo chão estava repleto de folhas secas iluminadas pela luz alaranjada do sol que escapava por uma janela alta, já deviam estar no fim da tarde. Ele estava sem camisa, reparou ao olhar para baixo e ver que a ferida no lado esquerdo do seu corpo estava limpa e fechada com alguns nós negros, não doía. Na verdade ele mal sentia seu corpo.

Sentou e notou um garoto no canto mais distante do quarto. Ele tinha cabelos um pouco mais abaixo dos ombros presos em um rabo de cavalo, usava um moletom sujo, jeans e botas. E tinha sua besta em mãos a examinando com um ar sonhador, só o fato do pentelho estar com a sua arma em mãos foi motivo para a adrenalina explodir em suas veias e afastar toda sonolência para ser substituída pela raiva.

Com passos cautelosos se aproximou rapidamente do garoto, pegou-o pelo pescoço e apertou ele contra a parede com uma mão, a outra livre puxou sua besta com força desnecessária e a prendeu em suas costas. Sentiu a tontura voltar com força total e piscou para focalizar a visão. Se manter são estava sendo mais difícil do que imaginava, deve ter perdido mais sangue do que achara.

- Cadê minhas flechas? – sem o controle sobre sua força, apertava o pescoço do rapaz o suficiente para fechar as vias respiratórias do garoto, mesmo mal conseguindo ficar em pé. Empurrou contra a parede novamente para dar mais ênfase e as mãos do menino foram até seu braço, as unhas apertando os músculos rijos e empurrando na tentativa de se livrar do aperto. – Não irei repetir novamente, cadê minhas flechas?

Daryl olhou nos olhos da criança a sua frente e se perguntou por um segundo o que estava fazendo de sua vida, o menino não deveria ter mais que quinze anos de idade e parecia aterrorizado. Passos baixos puderam ser ouvidos às suas costas. A garota maldita havia voltado com a água.

- Chega mais perto e eu quebro o pescoço dele, não estou blefando. – avisou possuído pela raiva e obteve um soluço agoniado em resposta.

- Não ata meu mano, po favo. Ele ainda não dormiu comigo. – todos os músculos do corpo de Daryl se contraíram em horror, ele simplesmente não conseguiu acreditar nos seus ouvidos.

Dixon se voltou lentamente para suas costas e seu queixo caiu. Havia uma criança de uns três ou quatro anos parada com lágrimas escorrendo pelas bochechinhas rosadas e redondas. Ela tinha grandes cabelos loiros espalhados e armados ao redor de sua carinha redonda e segurava firmemente uma raposinha completamente suja, a pelúcia um dia pode ter sido laranja, mas hoje apresentava um tom marrom estranho.

Não eram muitas coisas que o deixavam sem jeito, mas ter uma criança com lágrimas nos olhos o vendo esganar seu irmão com certeza era uma delas.

- Lana! – ele ouviu a voz odiosa da garota sem nome gritar e suas mãos se apertaram em reflexo. O garoto engasgou e se debateu loucamente para se livrar do aperto. – Ai meu Deus! – ela arregalou os olhos e puxou a criança para suas costas querendo protegê-la tanto do grande homem esganando seu irmão quanto da visão do menino sendo esganado.

Daryl não pode evitar relaxar quando se viu livre dos olhos chorosos da menininha ele com certeza não tinha estruturas para crianças.

Em um movimento rápido, a garota puxou uma arma de um coldre que estava preso a sua coxa e a apontou para o homem à sua frente. Sem hesitar, sem tremer, por mais bonito que fosse seus irmãos ainda eram a prioridade e não manter os espécimes atraentes do planeta respirando.

- Solte-o, está matando ele. – ela falou em tom baixo, calma, como alguém falaria com um animal descontrolado para acalmá-lo. Os olhos estavam fixos nos dele deixando claro que não iria fraquejar após engatilhar a arma.

Daryl semicerrou os olhos, mas a obedeceu. Não havia motivos para continuar prendendo-o, se eles ainda não o haviam matado, não seria agora que o fariam e ele precisava das duas mãos livres para pará-la caso fosse necessário. O garoto caiu a seus pés arquejando, as mãos no pescoço dolorido como se aquilo fosse fazer o ar entrar com mais facilidade.

A criança que estava atrás da irmã correu para seu irmão, abanando-o com a mão pequena, como se aquilo o fosse ajudar em algo e a mais velha permaneceu na mesma posição, pernas pouco abertas e firmes no chão, braços estendidos com a arma voltada para a testa do caçador, os olhos fixos nos de Dixon. Nesse momento ele estava muito perto dos seus dois irmãos, qualquer movimento em falso e ela apertaria o gatilho sem sequer piscar.

Ela era ainda mais bonita com feições concentradas, desafiando-o a fazer alguma merda.

- É a segunda vez que me aponta essa porcaria pra minha cabeça. Se o fizer uma terceira é bom puxar o gatilho, Boneca. - Hannah se surpreendeu com a forma como fora chamada, para ela era engraçado como um apelido tão doce soava como um xingamento na voz do homem; ela elevou uma sobrancelha e sorriu abaixando a arma lentamente, mas a manteve rente ao corpo, sem guardá-la no coldre.

Daryl sentiu uma pontada em sua barriga e colocou a mão sobre a ferida inconscientemente, pode sentir a mão úmida e ao afastá-la da área observou seu próprio sangue colorindo sua palma.

- Seus dois estúpidos! Arrebentaram os pontos. – a garota o empurrou novamente para a mesa onde ele estava deitado antes, voltando-o para sua posição original, mas sem as amarras dessa vez. Ela puxou uma maleta branca de primeiros socorros nunca parando de brigar com os dois. – Você está completamente dopado e com uma bela hemorragia, Caçador Idiota. Não conseguiria ir muito longe sem alguma maldita ajuda ou suas porras das suas flechas, sabia? Tem um grupo lá fora, você sabe o que isso significa? Exatamente, um grupo de coisas famintas querendo sua carne e suas tripas! - ele bufou, se a intenção dela era assustar, não estava conseguindo. Em resposta, ela enfiou a agulha com fúria em sua barriga, fazendo-o gemer de dor. O que ele tinha na cabeça para deixar aquela doida o espetar daquela forma? - E você, Seth. Eu não te falei para ir cuidar de Lana? Qual é a porra do problema com vocês dois?

Daryl procurou com os olhos o pentelho idiota que antes tinha as mãos em sua besta e o encontrou sentado em uma cadeira com Lana em seu colo. O garoto, Seth, tinha as mãos nos ouvidos da pequena chorona a impedindo de ouvir tudo o que saia da boca da garota sem nome.

- Eu... – Seth tentou responder, mas ao ver o olhar frio que era dirigido a ele logo se calou.

Daryl tentou pensar em tudo que não fossem as pequenas e pálidas mãos da garota em sua barriga, mas não pode evitar o arrepio que subiu pela sua espinha quando a pele fria dela se encontrou com a dele que parecia em chamas. E ela continuou falando.

- Era uma pergunta retórica, até uma criança sabe mais do que vocês dois! Faltam-lhe neurônios ou o que?! – ela reclamou se voltando novamente para seu belo trabalho de costura na pele pálida do caçador encontrado na floresta. – Mereço, além da bosta de um grupo tão perto agora tenho que lidar com um Caçador idiota que não consegue controlar o próprio cavalo e crianças desobedientes para todo lado!

Ela aparentemente não precisava respirar para jorrar as palavras em cima dos dois como se fosse uma máquina, metralhando-os com as palavras. Se fosse qualquer outra pessoa Daryl teria lhe dado um tiro para ver se calava a falação irritante, mas o modo como a garota falava era estranho. Era era diferente das outras pessoas idiotas e irritantes. Fora que ela tinha suas flechas, sua faca e ao visto remédios. Ele deveria ser mais esperto e pensar com mais clareza antes de atacar.

- Quer um pouco?

Ela estendeu a bebida para Daryl que, após cheirar para checar o que era, deu um longo gole na garrafa. O líquido acastanhado desceu rasgando sua garganta seca, mas ele nem hesitou, pelo contrário, bebeu mais até o ardor não passar de meras cócegas. Talvez fosse um erro aceitar qualquer coisa deles ou arriscar acabar embriagado, mas desde que saíram do CCD não bebia algo alcoólico, deveria aproveitar pois não saberia quando teria mais.

– Calma, Caçador. Ainda nem escureceu! – ela falou pegando de volta a garrafa e em seguida jogando a bebida nos nós recém feitos e sorriu quando viu Daryl cerrar a mandíbula para segurar o gemido; Ele não era fraco para dor, mas não estava preparado para a ardência que veio.

Ela parecia se divertir com o sofrimento dele e Daryl não podia culpá-la, minutos antes estava com as mãos em torno do pescoço do irmão dela.

Sua cabeça começou a viajar para outros lugares enquanto ela terminava seu trabalho secando a ferida e colocando esparadrapos limpos. Primeiro pensou nos outros acampando nas terras de Hershel e depois em alguém que ele deveria estar procurando. Sua cabeça dava voltas e de repente ele não conseguia lembrar nem se o nome da menina era Sophie ou Sophia. A bebida logo fez efeito e nem a voz irritante da garota a sua frente o trazia para realidade. Ou talvez fosse o contraste que a alça do sutiã roxo com a pele branca que atraia sua atenção distraindo-o do mundo real.

- Cacete, ele nem pisca. Acho que te dei mais paracetamol do que deveria, droga, não deveria ter te dado bebida. Você está bem, Caçador? Hey, cara, reage – ela estalava os dedos na frente de seus olhos. – Até que enfim voltou a si, estou a um tempo te sacudindo e você mal se mexe, Caçador Idiota.

- Daryl. – ele murmurou e sacudiu sua cabeça. Parou de imaginar como seria o bojo do sutiã para se concentrar nos olhos dela, qualquer coisa que apagasse da sua mente a imagem da garota sem nome seminua. Por que ele estava pensando nisso?

- Oi? – ela se abaixou para jogar os esparadrapos limpos uma pequena maleta de primeiros socorros em baixo da mesa e seus olhos logo foram atraídos para a curva de seu quadril. Ele engoliu em seco tentando ao máximo não pensar no corpo dela, haviam tantas coisas mais importantes para se preocupar e sua mente não queria sair da sarjeta.

- Meu nome não é "Caçador Idiota", é Daryl Dixon.


Notas Finais


Não esqueçam de comentar para me deixar felizinha e com mais vontade de postar o próximo capítulo, ok? ok

Próxima atualização dia 28 rs até lá

por favor, não desistam da história prometo fazer valer a pena TT

obrigada por ler, amor vocês nenês sz


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