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História Não Ignore O Item 13 - 04


Escrita por: Namjoonie30cm

Notas do Autor


Não sei qual a razão, mas este é um dos meus capítulos favoritos.

Apoiem a história comentando e votando, nenês sz

Boa leitura!

Capítulo 5 - 04


Item 4 – Lugar Seguro

Por mais que nossos ancestrais tenham se acostumado (e muito bem) a vida de nômades, o mundo atual não conseguiria o mesmo feito, principalmente em meio a um apocalipse. Além de ser extremamente estressante, é perigoso estar sempre no meio do radar, andar de um lado para o outro mesmo que você conheça a região chega a ser um ato de loucura caso você tenha outra opção, um lugar seguro.

Pode ser um bunker, uma cabana, uma chácara ou fazenda longe da massa de coisas querendo te matar. Se você tiver sorte em uma busca por um local com uma fonte de água corrente, muros resistentes, espaço para estocar alimentos, uma boa visão das coisas ao seu redor e estar camuflado também são ideais. Claro, nem sempre se pode ter tudo, mas busque por locais com tais características e reforce-as, aumente os muros, construa, desenvolva. Estar em um lugar considerado seguro junto de um grupo que o ajude a sobreviver é melhor ainda!

Mas lembre-se: não confie nem mesmo em tua sombra.

Caso não consiga ou siga todos os itens, ao fim dessa lista um de nós não estará mais vivo.

PDV Narrador

Hannah tinha treze anos quando um filme sobre homens em meio a tiroteios levando tiros e permanecendo em pé ficaram em alta no cinema internacional, levantando assim a discussão sobre o que ocorre ao corpo humano quando se leva um tiro - e a maior questão: seria possível alguém continuar correndo e atirando assim como as personagens dos filmes? Ela ainda se lembrava de ver as respostas na internet em forma de um vídeo que mostrava uma bala atravessando um pernil de um animal e um retângulo de gelatina cuja consistência imitava carne humana. As imagens eram fortes, para dizer o mínimo. O pedaço de pernil expandia, crescia, se abria e era estraçalhado para comportar a bala; a gelatina sacudia, saltava de sua forma numa agressividade monstruosa para ilustrar a força que havia num projétil perfurando o corpo humano.

Após o vídeo duas certezas surgiram na cabeça da menina: (1) uma pessoa normal não seria capaz de continuar correndo pela própria vida após um tiro de fuzil como faziam nos filmes e, dependendo do tamanho do projétil e da arma, sequer conseguia pensar em algo que não fossem seus músculos queimando; (2) imaginar o corpo de seu irmãozinho tremendo brutalmente ao receber o impacto assim como fez a gelatina e saber que ele estava sentindo tanta dor deitado naquele chão que sequer conseguia gritar era a pior sensação do mundo.

 Hannah grunhiu quando empurrou o cadáver de cima do pé de seu irmão que ofegava baixinho. A boca do menino abria e fechava, como se ele tentasse falar, mas nenhum som saía - o que não era de se espantar: levar um tiro doía como o inferno, ardia como se houvessem enfiado ferro quente em seu corpo, explodindo dor e ardência por absolutamente todo o corpo. Seus nervos provavelmente se sentiam como um pedaço de pernil sendo aniquilado por um atirador profissional.

— Eu estou rodeada de idiotas! Idiotas para todos os lados! - Hannah gemeu quando notou que o tornozelo do menino estava num ângulo estranho e tentou tocá-lo para subir a perna da calça, Seth gritou. - Eu odeio o fim do mundo, eu odeio muito o fim do mundo.

Tomara que só tenha torcido. Deus, permita que só tenha torcido.

Prioridades primeiro, pensou tentando organizar seus pensamentos. Ela fez um rápido inventário de sua situação e decidiu que a primeira coisa a resolver era o sangue que minava no ombro de Seth. A mais velha abriu a mochila e puxou o primeiro pano que encontrou para o apertar contra o ombro de seu irmão que sangrava como se uma torneira houvesse sido aberta entre o pescoço e a axila. Seth a olhava com olhos assustados e a boca ainda movendo silenciosamente, a dor era tamanha que o impedia de conseguir formar palavras.

— Mana, o tio! - Lana gritou ao seu lado e Hannah considerou dar um tiro na própria cabeça quando olhou para o lado. Daryl Dixon que antes estava paradinho graças a um desmaio agora se debatia freneticamente como se estivesse levando uma descarga elétrica diretamente em todo seu corpo.

Uma convulsão! Era só isso que faltava para o passeio de domingo no parque ficar completo.

— Tudo bem, tudo certo. Lana, venha aqui. - pediu já puxando as mãos pequenas para a blusa e as apertou juntas no ombro machucado de Seth. - Agora, neném, você vai ficar aqui fazendo bastante força, tudo bem? - e pressionou o pano, mostrando como deveria ser feito.

— Mana? Ele vai orrer? - Ai. Meu. Amado. Jesus.

— Claro que não, Bebê. Só coloca o máximo de força que conseguir, ok? Ele vai ficar bem.

Ela não sabia se seu tom estava sendo convincente para a jovem garotinha, estava mais preocupada em convencer-se de que tudo ficaria bem.

Ela não esperou para ver se suas palavras haviam chegado ao efeito desejado, logo se virou e se pôs a segurar o Caçador virado de lado contra o chão para que ele não se machucasse ou acabasse chutando alguém em meio a seus espasmos.

Mesmo que já houvesse cuidado de casos assim, seu próprio pai era epiléptico, Hannah não conseguia evitar a angústia que lhe abatia sempre que via alguém daquela forma, o medo de que alguma sequela ficasse, a sensação de desespero que tomava seu interior por sempre parecer que aquilo nunca iria acabar, por mais rápida que fosse a crise - e sua suspeita de que a convulsão era resultado de alguma concussão, ou da hemorragia, ou o excesso de drogas no sangue dele não ajudava em nada. Duas destas ocorreram por sua interferência direta.

Talvez os três juntos fossem a causa. Talvez a culpa fosse dela. Talvez ele não aguentasse.

Esse pensamento fez um calafrio lhe descer a espinha. Hannah só desejava que não tivesse causado nada grave ou permanente nele, nas poucas horas que o conhecia já gostava do jeito sisudo e caipira que o cara tinha, até mesmo ser chamada de “Boneca” naquele tom irônico e seco era legal. Fazia tempo que eles não encontravam pessoas que pareciam ser boas por aí e matar a primeira que haviam visto em meses era algo pouco inteligente a se fazer.

Caçador finalmente parou os espasmos tão repentinamente quanto começou, mas continuou desacordado, porém aquilo não tinha importância no momento para a morena porque seu irmão havia parado de resmungar ao seu lado.

— Hannah, Hanninha… - Lana a chamou. - O mano não está se mexendo, Hannah.

Olhou para onde Lana apertava uma blusa sua contra o ombro de Seth, sentiu um aperto no peito ao ver o irmão desmaiado, provavelmente, pela dor. Ela afastou as mãos pequenas coloridas de granada e sorriu mesmo sem o mínimo de vontade, tentando convencer a menor que estava tudo bem, mesmo que não estivesse nada bem. No fim, seu sorriso só serviu para fazer a menor derramar as lágrimas que antes apenas ameaçavam presas a linha d’água.

— Ele vai ficar bem, hm? Não chore, bebê. - pediu com um sorriso quebrado. Notou que suas mãos tremiam muito quando tocou o corpo flácido de Seth, suas emoções borbulhavam em seu interior, mas ela teve que trancar tudo dentro de si. Caso surtasse não poderia ajudar em nada ao seu irmão.

— Meu Seth. - a menina choramingou, lágrimas corriam soltas pelo seu rosto. Seu mano parecia tão parado, morto, que ela não evitou pensar no pior e chorar pela morte que parecia pairar acima da cabeça deles tentando carregar seu mano junto de si para bem longe. - Ele não pode me deixar.

A dor que arrebatou o peito de Hannah era tamanha que ela poderia jurar que seu coração havia se quebrado em pelo menos quatro pedaços diferentes perante a visão de Seth em seus braços desacordado e sua irmã mais nova chorando prematuramente pela morte que sequer fora anunciada. Um bolo de formou na garganta dela, mas negou-se a chorar. Seth não podia esperar ela ter um surto para receber cuidados.

Lembrando-se vagamente do que deveria fazer a seguir, Hannah puxou o irmão com delicadeza para olhar suas costas e teve que aguentar e trancar a dor que lhe arrebatou: a bala não havia atravessado e havia tanto, tanto sangue.

Os gritos que ouviu a distância tornaram-se mais altos e próximos, mas, mesmo que quisesse, ela não ousou tirar os olhos do irmão: não precisava fazer isso para saber que as pessoas que viu do outro lado da fazenda começaram a se aproximar. Preocupou-se em apertar o ombro de seu irmão com a blusa que já estava encharcada com o líquido rubro.

Havia tanto sangue, será que havia atingido algo importante? Uma artéria passava próxima a área, e se tiver afetado a ela? Como diabos ela pararia uma hemorragia numa artéria? E se eles tivessem caído numa emboscada e ela não conseguisse retirar a bala?

E, mesmo que toda situação não fosse uma armadilha, como eles iriam que encontrar um lugar seguro para passar a noite sendo que seu irmão ainda não havia acordado e, pelo modo como o pé do irmão estava torcido para o lado, ele provavelmente não conseguiria forçar a perna tão cedo?

E se os amigos do Caçador não forem tão amigáveis e todos morressem hoje?

As pessoas estavam tão próximas que era possível ouvir os diversos pares de pés batendo contra o chão. Hannah só pode rezar silenciosamente para que eles sejam pessoas boas, que não tentassem lhes arrancar o que tinham e o que não tinham também. O mundo estava perigoso, não pelos andantes, às vezes eles eram o de menos, mas pelas pessoas. Parece que o pior da humanidade havia sido despertado e ela nem conseguia imaginar pessoas ruins com quem já havia cruzado perto de seus irmãos num momento tão indefeso que já sentia ânsia de vômito.

Apesar de tentar ao máximo para proteger os mais novos desde que tudo se tornou uma loucura, se algo acontecesse com eles hoje toda e qualquer luta, todas as batalhas, noites em claro, cansaço, os dias em que se virou em quatro para protegê-los não haveriam valido nada. E era única e exclusivamente culpa sua. Absolutamente todos os eventos que ocorreram nas últimas 24 horas, desde o Caçador sufocando seu irmão até um walker forte demais caindo sobre o pé dele, era culpa sua.

Se esse grupo for composto por gente má, se eles machucarem seus irmãos, estava claro em sua mente que foi ela quem os levou diretamente para a toca do lobo.

Mas ela deveria saber que mais cedo ou mais tarde alguma merda muito grande iria acontecer, as coisas estavam boas demais para ser verdade. Só não esperava que fosse ela mesma quem fodeu com tudo.

Foi preciso uma tontura lhe bater para ela notar que estava prendendo a respiração perante a essa perspectiva.

Por mais que tentasse se concentrar nas coisas mais leves para evitar o desespero que lhe brotava no estômago - Droga de mordedor desgraçado, não podia cair um pouco mais longe da perna do meu irmão não?—, ela não conseguiu se livrar do peso da culpa que já estava dominando toda sua mente. Sua irmã quase havia sido morta, seu irmão havia levado um tiro e precisava de cuidados urgentemente, até mesmo o Caçador sofreu um ataque e a responsabilidade muito provavelmente era sua também. Aquilo estava sendo muito para ela.

Sabendo que teria um surto psicótico se continuasse nessa linha de pensamento, Hannah trancou tudo dentro de si. Aquele não era o momento para surtar. Talvez ela o fizesse mais tarde, de preferência com a garrafa de alguma coisa alcoólica ao seu lado forte o suficiente para que tudo girasse tão rapidamente que ela nem soubesse identificar o que era chão e o que era teto.

Ela precisava se acalmar. Tentou se convencer que mesmo que não pudesse ver a saída agora, no fim tudo daria certo. Tudo sempre dava certo.

— É o Daryl?

— Droga, atingiram um menino.

— Quem são vocês?

Hannah elevou os olhos e deu de cara com quatro homens que possuíam apenas uma coisa em comum: todos apontavam armas em sua direção.

— Merda. - foi a brilhante resposta dela, mas quem poderia julgá-la quando estava suja até os cotovelos com sangue do próprio irmão? - Cadê o senso de hospitalidade de vocês? Muito justo apontar armas para alguém desarmado! - Estava irritada, cansada e com sono a educação estava batendo asas para longe junto com o bom senso agora.

— Qual seu nome? - Ignorando a pergunta ela olhou para as armas, Hannah inclinou a cabeça para o lado e notou que de fato as pistolas que eles usavam tinha insígnia da polícia.

— Vocês roubaram armas da polícia? – ela questionou como se não tivesse ouvido a pergunta. Havia aprendido com o tempo que a melhor forma de não perder era se fazer de doida. - Quem são vocês?

— Nós perguntamos primeiro. – rebateu um dos homens cuja arma estava mirada bem na cabeça de Hannah. Seu nariz meio torto estava franzido pela raiva - Hannah se perguntou se ele teria quebrado o nariz ou a feiura era de nascença.

— E atiraram no meu irmão. Você acha mesmo que uma arma na minha cara vai te fazer ter alguma moral aqui, cara? - pra quem estava surtando internamente, sua voz até que saiu bem estável. Hannah teria apertado sua própria mão respeitosamente se não estivesse muito ocupada tentando impedir todo o líquido carmesim que havia no corpo de seu irmão sair pelo ombro.

— Sou Rick Grimes, - disse o caucasiano apaziguando os ânimos do colega e o forçando a abaixar o fuzil que segurava praticamente no rosto da menina. – estes são Glenn, T-Dog e Shane. – apontou para cada um enquanto dizia os nomes, mas sem tirar os olhos de cima de Hannah.

— Hannah. - ela levantou a blusa encharcada para ver o estado da hemorragia; o sangue ainda saia, mas em menos quantidade. - O Caçador está desmaiado e meu irmão com uma bala no ombro, acho bom vocês me arranjarem panos limpos e material para retirar essa bala do meu irmão senão eu uso os ossos de quem quer que tenha atirado pra…

— Meu Deus! - uma loira gritou interrompendo o acesso de raiva da garota. - Ele está morto? - ninguém fazia ideia de a quem a pergunta era dirigida.

— Não. Apenas desmaiados. - a loira soltou um pesado suspiro como se um peso tivesse saído de suas costas.

— Oh, gente. - chamou alguém nas suas costas, nas mãos do homem estava a boneca que ele levantava com cara de espanto. - Isso não era da Sophia?

Jesus. Que confusão.

Hannah olhou em volta, dois homens - Rick Grimes e Shane Nariz Feio - discutiam calorosamente com a loira interrompendo sua conversa, o asiático e o negro pareciam perdidos olhando de Daryl para Hannah, voltando o olhar para a boneca e enfim Lana, como se não soubessem o que fazer com tantas informações diferentes. Ela bufou, pescou as mochilas no chão e as pendurou em seus ombros.

— Houston para base, está anoitecendo e alguém está sangrando até a morte aqui. embaixo - Hannah fez questão de usar seu tom mais irônico e tentou levantar seu irmão com muito esforço. - Como diabos você conseguiu ficar tão pesado comendo apenas pêssegos e comida enlatada, Cabeção? - virou-se para os homens que ainda estavam parados. - Vocês vão me ajudar a carregá-lo ou tenho que mandar uma carta formal? – resmungou.

Rick e o Nariz Feio pararam de discutir, a loira ainda falou algo antes de outros gritos soarem vindos do centro da fazenda e eles correram para levantar Daryl e passaram a arrastar ele em direção a sede. Pelo o que Rick falou, eles tinham um médico que poderia ajudar. Hannah não conseguiu evitar se sentir mais leve ao pensar em alguém que realmente havia feito medicina por perto.

O garoto asiático - Glenn - se dirigiu até Hannah, ajudando-a a levar o rapaz até a casa. Ela apertou mais sua camisa que já estava coberta de sangue no ombro do irmão e rezou para que ele aguentasse só mais um pouco. A ajuda estava tão próxima, iria dar certo.

— Na minha frente, Bebê. - Hannah pediu e Lana, como sempre era obediente, logo estava na sua frente.

Ignorando os protestos de suas costas - e, droga, como elas doíam pelo esforço que lhes foi aplicado nas últimas vinte e quatro horas - Hannah continuou fazendo malabarismo ao manter a força para deixar Seth o mais ereto possível e pressionar a abertura que a bala havia deixado.

Sentiu uma fisgada na base da sua coluna, ela com certeza não tinha mais idade para ficar carregando crianças de um lado para o outro, e muito menos coluna para fazer isso com mochilas nas costas.

Mais rápido do que pensaram ser possível eles cruzaram o campo que os separava da casa de fazenda, deixando rastros por onde os pés dos dois desacordados arrastavam pela grama amarelada. Como num piscar, logo estavam em frente a uma casa típica de fazenda com dois andares, a varanda era de madeira pintada de branco com direito a muitas janelas e cadeiras de balanço, assim como nos filmes.

Hannah prendeu o palavrão na garganta quando viu um grupo de pessoas, a maioria mulheres, encarando-a com confusão e desconfiança. Não eram todos os dias que viam uma criança de três anos na companhia de dois adolescentes cobertos de sangue e terra sendo que um deles estava baleado.

— O que eu disse sobre armas na minha casa? – perguntou o que parecia ser o mais velho entre eles. Quando desviou seu rosto para o olhar Hannah não pode evitar lembrar-se de seu avô.

— Desculpe-nos, Hershel. Alguém deu alarme. – Rick disse sem parar de andar não parou enquanto levava Daryl para dentro com Shane. - Eles precisam de cuidados médicos, o garoto levou um tiro e este aqui desmaiou. - o tal Hershel pareceu contrariado e irritado por estar permitindo que entrassem em sua casa daquela forma.

— Patrícia, instale eles, por favor. Prepare soro para os dois, podem estar desidratados. - um homem velho com cara de fazendeiro pediu antes mesmo de chegarem a varanda.

Ignorando a sensação de que estava entrando na toca do lobo, assim como ignorou todos os avisos que seu cérebro lançava sobre não confiar tanto em desconhecidos - um deles atirou em seu irmão, porra, eles tinham armas suficientes para transformar seu corpo numa peneira -  ela deixou a ideia de um médico de verdade avaliando o estado de seu irmão e seguiu a senhora loira com Glenn para dentro da casa com Seth em seus braços.

— O que aconteceu com vocês? - Patrícia parecia estar na casa dos quarenta, mas sua voz parecia ser anos mais velha que a sua aparência, como se estivesse cansada de viver.

— Garoto atingido no ombro e possivelmente possui uma torção no tornozelo. O homem teve uma hemorragia no tórax causada por uma flecha e uma convulsão agora a pouco. Eles perderam muito sangue e podem estar desidratados.  – Hannah explicou rapidamente assim como via as enfermeiras de seu seriado favorito fazerem, quase podia sentir o diploma de medicina em suas mãos ao fazê-lo. Sua mãe sentiria orgulho se a visse falando daquele modo.

A mulher os guiou pela sala até um quarto desocupado. Ela rapidamente se livrou das colchas da cama de casal e eles depositaram o corpo de Seth sobre ela e, como esperado, ele sequer se moveu.

— Ele vai ficar bem, maninha? - Lana lhe perguntou, o rosto da garotinha era uma bagunça vermelha de lágrimas e catarro.

— Vai sim, bebê. Você sabe que no fim sempre dá tudo certo. - e sorriu para que a irmã sorrisse também. Se havia uma coisa que ela não aguentava nesse mundo era ver sua pequena chorando, ela não aguentaria.

Lana acreditou na irmã e sorriu confiante, enxugou as poucas lágrimas e virou-se sentada na cama, apertou com força as mãos de Seth. Sua irmã havia dito que ele ficaria bem e ela não mentia nunca.

Mesmo que o corpo de seu irmão estivesse sem qualquer movimento, fato que lhe doía tanto, era quase como se ele estivesse…

Hannah deixou as mochilas caírem ao lado da cama, sentindo-se repentinamente fraca demais para manter aqueles pesos sobre si e se curvou sobre o corpo do irmão, a orelha apertada contra o peito duro tentando ouvir o coração de seu pequeno.

Ela quase gritou quando conseguiu sentir uma vibração contra sua orelha, mesmo estando mais fraco que o normal, o coração de seu Cabeçudo resistia batendo no peito. Foi como se cores estourassem em sua visão. Seu irmão só estava desmaiado, não morto. Tudo ficaria bem.

Patrícia correu pelo quarto em busca de material e só retornou quando havia uma maleta branca em suas mãos. Ela rapidamente tirou a pressão do menino, informando que o pulso estava fraco demais.

— Ele está perdendo muito sangue, vai precisar de uma transfusão. - informou a mulher loira. - Ao menos duas unidades, já que ele via perder mais sangue ainda na retirada da bala. Você sabe qual o tipo sanguíneo dele?

Hannah se virou sem saber o que fazer, a única pessoa naquela sala que ela sabia com certeza que tinha o mesmo tipo sanguíneo de seu irmão era Lana. Olhou para a pequena se sentindo quase tentada, mas ela jamais retiraria sequer uma unidade de sangue de alguém tão pequeno.

Não havia tempo para surtar ou ter ideias doidas, ela tinha que pensar claramente.

Hannah coçou a garganta para encontrar sua voz, que mesmo assim saiu rasgada, representando seu estado de espírito.

— É B. B .

— Glenn, pode perguntar se há alguém cujo tipo sanguíneo seja B e esteja disposto a doar sangue? - o menino, que após deixar Seth na cama não havia se desgrudado da batente da porta, assentiu prontamente e saiu do quarto. - Certo, vamos preparar ele para quando Hershel vier. - Chamou Patrícia. - Não é possível que não haja ao menos um doador universal com esse tanto de gente por aqui.

Elas aceleraram em retirar a blusa do garoto para ver a perfuração da bala com mais clareza e as mãos de Patrícia surgiram com panos limpos umedecidos em água e álcool para limpar a pele em volta da perfuração.

Hannah se inclinou sobre suas mochilas e separou tudo o que conseguiu encontrar, mas suprimentos médicos que possuía consigo haviam sido gastos, até mesmo o soro havia acabado. Para retirar aquela bala ela precisaria arranjar um bisturi, mais linha, agulha…

Ela tremeu. Tinha tudo isso no carro, mas só sabia que podia confiar no caçador - isso desconfiando - não sabia nada daquelas pessoas. Será que poderia os deixar com seus irmão, e se…?

Hannah quase se deu um tapa para recuperar o controle de seus pensamentos. Havia um médico aqui, o Rick quem disse isso. Se havia um médico então deveria ter suprimentos também. Ela olhou para o aparelho que Patrícia havia usado para aferir a pressão de seu irmão ao lado dele estava uma grande maleta branca, oh, oh, com certeza haviam suprimentos médicos aqui.

Hannah teve a impressão que sua irmã falou consigo, mas ignorou a pequena e seguiu até a maleta. Ela riu infantilmente, sentindo como se houvesse encontrado uma mina de ouro ao ver as coisas que haviam ali dentro. Em sua cabeça, a decisão já estava tomada.

— Não temos tempo. Seth não tem mais tempo. - a morena falou e Patrícia a encarou, não entendendo aonde a menina queria chegar. - Eu vou retirar a bala, você pode me auxiliar?

Patrícia ainda negou algumas vezes dizendo que era melhor esperar o Hershel, mas a pressão do menino caía rápido demais para ser seguro esperarem e estava acabando a pilha de lençóis limpos disponíveis para serem coloridos com tons carmesim e ferrugem.

As duas mulheres limparam suas mãos numa pia que havia no quarto e calçaram luvas para iniciar os procedimentos. Hannah retirou o que podia ser utilizado em sua mochila; ainda haviam bolsas de sangue lacradas, porta-agulha, cateteres, linha de sutura e agulhas que ainda não haviam sido utilizadas.

— Tudo bem, tudo bem. Não temos tempo, eu preciso de mais luz, alcóol, bisturi e pinças, também gazes. - Hannah seguia enumerando tudo o que conseguia lembrar enquanto a senhora corria de um lado para o outro, colocando todos os mencionados próximo a cama. - Não esqueça os analésicos e antibióticos, você tem soro aqui? Deus, eu vou precisar de muito destilado depois disso. Será que vocês também possuem alguma birita por aqui?

Patrícia colocou uma luminária praticamente na cara de Hannah e ela enfiou lençóis abaixo do ombro ferido do irmão. Todos os utensílios que precisam ser desinfetados já estavam numa forma metálica cobertos por álcool etílico quando Glenn surgiu na porta com uma garota jovem que possuía traços doces como os de uma boneca. Patrícia rapidamente foi até ela com uma cateter e uma bolsa de sangue vazia e lacrada pronta para coletar sangue.

A mulher parecia acostumada com procedimentos cirúrgicos, pois trabalhava rápido. Num piscar de olhos já havia uma bolsa repleta de granada líquida conectado a uma veia de Seth e outra sendo alimentada pelos braços finos da menina que foi nomeada de Beth.

Tudo o que se passou a seguir foi com Hannah no piloto automático, tanto que, quando se sentou repentinamente tonta, ela sequer se lembrava de quando havia começado a retirada do projétil do ombro de seu irmão.

Hannah jorrou soro fisiológico na perfuração que havia no ombro de seu irmão, respirou fundo e jogou nas mãos de Deus tudo o que fosse acontecer naquela sala, rezando para que toda sua experiência ganha em um curso de enfermagem, livros e seriados médicos fossem o suficiente para salvar a vida de seu irmão.

Seu corpo tremia e o coração batia fortemente contra o peito. Aquela era uma área extremamente delicada do corpo de uma pessoa, se a bala já não houvesse atravessado a artéria, ela poderia acertá-la com a pinça ou o bisturi e um corte errado poderia significar que seu amado irmão não voltaria a abrir os olhos.

— A pressão continua caindo, querida. Se for agir, deve fazer isso rápido. - Patrícia informou.

Hannah quase jogou as luvas nela e pediu para que assumisse toda a situação, pois ela mesma não conseguiria. Era o seu irmãozinho ali, o seu neném. Ela viu aquele menino dar os primeiros passos, riu das bochechas coradas quando perguntaram a ele dos pelos pubianos e primeiras namoradas, passou noites queimando a própria mão em panelas para fazer o lanche que eles gostavam e agora estava vendo ele se tornar mais pálido e frio a cada minuto como se sua vida estivesse sendo forçada para fora dele sem se importarem com quem ele era, com o que ele significava.

Hannah quis chorar. Mais do que isso, ela quis se jogar no chão assim como criança mimada faria e gritar até que sua garganta sangrasse e tudo aquilo acabasse. Ela se sentia tão oprimida, tão sufocada que aguentar e seguir em frente parecia tão doloroso.

Morrer não é difícil. Fechar os olhos e se deixar ir é a coisa mais simples quando comparado a complexidade de lidar com a vida e conseguir se manter são após todas as adversidades que vêm.

Ela puxou o canto da luva, enxugou o ombro do irmão com gaze e pegou o bisturi antes de se inclinar sobre o irmão fez uma prece silenciosa a todas as entidades que conhecia, e até as que sua religião não permitia o contato, e pressionou a lâmina afiada na pele amorenada. Fez uma pequena linha na pele de seu irmão para que o espaço pelo qual a pinça entraria fosse maior. Quando se sentiu satisfeita, ela limpou a ferida com mais soro, repetiu o processo de enxugar e catou a pinça cirúrgica da bandeja metálica que descansava na cômoda ao seu lado.

O fluxo sanguíneo estava bem menor, isso deixou Hannah preocupada. Ela tentou não pensar no seu próprio irmão como uma ampulheta onde o fluxo sanguíneo indicava quanto tempo ainda havia, pois, por essa lógica, isso significava que eles estavam sem tempo. Inclinou a pinça levemente na perfuração no ombro do menino, sempre respirando fundo e piscando para que sua visão continuasse focada, tateando com extremo cuidado na carne de seu irmão em busca de sentir o metal da bala.

Não precisou forçar no corpo de seu irmão por muito tempo, assim que enfiou a pinça na direção contrária a que estaria a artéria axilar, ela conseguiu sentir a pinça tremer ao se chocar com algo sólido demais. Ela pode ter sorrido quando isso aconteceu, mas um sorriso realmente se abriu em seu rosto quando conseguiu capturar o projétil com delicadeza, porém força na pegada da pinça e o puxou lentamente para fora do corpo de Seth.

As vozes soavam como zumbidos em seus ouvidos se tornaram mais altas quando ela jogou a bala enrolada em gaze na cômoda. Suturar foi a parte mais fácil, ela estava acostumada a costurar seu próprio e em pouco minutos a carne de seu irmão estava unida com apenas poucos pontos mostrando que algo havia acontecido ali. Mais uma vez ela limpou o ferimento e o cobriu com mais álcool.

Patrícia assumiu dali.

Ela o fez. Mal conseguia levantar as mãos tamanha era a tensão em seus músculos trêmulos, mas ela o fez.

Hannah deixou seu corpo cair sem forças na cadeira ao lado da cama. A cirurgia pode ter durado minutos, mas o cansaço que ela sentia lhe dizia que ela havia passado horas inclinada sobre seu irmão com um buraco no ombro dele. Livrou-se das luvas e as atirou no cesto de lixo, em seguida pegou gaze embebida em álcool e limpou o sangue das mãos de sua irmã que ainda estava com os dedos coloridos, desesperada para se livrar de todos os resquícios daquele momento horrível que estava ficando para trás.

— Ele vai ficar bem, bebê. O pior já passou. - disse ao notar que Lana não tirava os olhos de Seth.

— Eu sei, você sempe cuida bem dele. - foi a sua resposta antes de deitar na cama ao lado do irmão e abraçá-lo no lado em que ele não estava ferido.

— Cuidado com o machucado dele, ok? Não coloque a mão em cima. - Lana concordou com os olhos pesados pelo sono. - Muito obrigada. - Hannah falou para Patrícia que estava aos pés da mesma fazendo um curativo no tornozelo de seu irmão.

As costas de Hannah doíam, a pele coçava por causa da sujeira e suor que escorria solto devido ao calor do dia. Olhou para a porta do banheiro com inveja palpável, ela só ainda não havia se trancado no banheiro para um merecido banho, pois não confiava em deixar os irmãos sozinhos. Sabe se lá Deus que tipo de pessoas eles eram? Não podia arriscar, não com seus irmãos.

Um pequeno grupo havia se formado na porta para observar o que acontecia. Praticamente todos que estavam na fazenda estavam ali ou dentro do quarto tentando observar os intrusos, inclusive Andrea, que se roía de culpa ao ver um menino tão jovem com um buraco de bala feita por si mesma no ombro.

Mesmo sabendo que não era a hora certa, ela se aproximou de Hannah, que agora andava de um lado para o outro no quarto aguardando o irmão acordar de seu desmaio. Ele havia perdido muito sangue, mas já havia recebido duas unidades e agora estava no soro que continha os antibióticos necessários para sua recuperação, além de analgésicos suficiente para que ele não sentisse dor por um bom tempo.

Hannah interrompeu seu passo ao ver a loira se aproximando. Havia notado as pessoas paradas na porta, mas pensou que lhe dariam tempo para se recuperar antes de virem perturbá-la.

Antes que perdesse a coragem, Andrea a olhou e soltou:

— Quero pedir desculpas por ter atirado no seu irmão. Eu… e-eu nem sei como explicar, achei que fosse um deles e- Me desculpe. - Andrea praticamente vomitou as palavras com um olhar que daria pena em seu rosto. Ela realmente parecia arrependida.

O que Andrea não sabia era que Hannah era conhecida por tudo, menos pela sua paciência e estar frente a frente com quem havia posto seu irmão naquela cama fez seu sangue praticamente ferver.

— Maldita, você poderia tê-lo matado!

Sem pensar muito ela puxou sua pistola que ainda estava presa ao coldre em sua coxa no intuito de fazer alguns buracos naquele rostinho. Naquele momento todo seu corpo explodiu em fúria, a sede por vingar o sofrimento de estar com seu irmão desacordado a apenas alguns passos a motivou a não pensar lucidamente.

Em resposta, todos que ainda estavam com arma em mãos as destravaram. Ela sabia que deveriam ter várias apontadas para si nesse momento, mesmo assim engatilhou sua pistola disposta a ir até o fim. A única coisa que a fez parar foi à voz cansada de um homem velho que apareceu na porta.

— Vamos, abaixem essas armas. Não gosto de armas. – Hershel resmungou e o grupo resmungou abaixando suas armas. Porém Hannah continuou apontando para a mulher que parecia um pinscher de tanto que tremia. Vergonhoso. - Abaixe isso, filha. Você é muito jovem para ter sangue nas mãos. – Hershel falou para Hannah, que bufou, mas enfiou sua arma novamente no coldre, tomando o cuidado de fechar a trava.

— Eu entendo sua raiva, ficaria do mesmo jeito, mas-

— Vá para o inferno. – Hannah praticamente rosnou para ela antes de dar as costas para a mulher e marchar até a cama onde Hershel analisava as suturas no ombro do menino desacordado.

— É um belo trabalho esse que temos aqui, diga-me, era enfermeira ou médica?

— Na verdade não. Fiz um curso rápido de enfermagem e li alguns livros na estrada. - Hershel a encarou desconfiado.

— E conseguiu retirar o projétil melhor do que eu faria. Não vejo inchaço ou coloração anormal das bordas, então estamos sem hemorragia e a sutura está perfeita. - repentinamente, as orelhas de Hannah esquentaram. Ela não estava acostumada a elogios. - Você é muito inteligente, mocinha.

— Obrigada. - sorriu agradecida.

— Creio que não tenho mais nada para fazer aqui então, vamos aguardar ele acordar pra ter certeza de que está tudo certo. - esfregou as mãos como se as estivesse lavando, seu olhar era amável em cima da menina. - Agora, seria bom colocar um curativo aqui em cima enquanto nós jantamos. Podem se instalar nesse quarto mesmo e fiquem quanto tempo quiserem, se precisarem de algo podem falar comigo ou com Patrícia.

Hannah conseguiu ouvir um “ouch” em algum lugar do quarto. Quando desviou o olhar para Patrícia, ela parecia olhar para Hershel como se ele tivesse duas cabeças.

— Sinto muito, senhor. Mas não planejo ficar muito tempo. Na verdade, estou indo pra rodovia em busca de meu carro. Já que o caçador já está devolvido e em boas mãos, - Hannah começou se afastando devagar. - devo procurar um lugar seguro para passar a noite. Obrigada pelos tiros, com certeza atraiu outro grupo de coisas. – quase rosnou e se virou para pegar suas coisas e ir embora o mais rápido possível quando a voz de Hershel lhe chamou de volta.

— Já está anoitecendo e não creio que seu irmão vá acordar tão cedo, o corpo dele precisa descansar.

— Eu- Não sei se me sentiria segura, ou confortável invadindo assim. - ela resolveu ser sincera: não se sentia segura em meio a tantos desconhecidos. Na verdade, ela estava se sentindo um animal em exposição, pois desde que chegara as pessoas não tiravam os olhos de cima de si.

— Estou lhe convidando. E como minha convidada, tem minha palavra de que ninguém aqui lhe fará mal. - todos retesaram, ninguém entendeu como Hershel estava oferecendo seu teto de livre e espontânea vontade a uma desconhecida. Não só oferecendo, mas insistindo para que ela aceitasse sua ajuda. Nem parecia o homem que há dias informava que os queria fora de sua fazenda o mais rápido possível.

Hannah estava com nervos em frangalhos, tremia feito vara-verde e estava tão cansada, dolorida, com uma fome infeliz perturbando seu estômago. Ela nem conseguia imaginar como sua pequena estava, ou como Seth estaria de sentindo quando acordasse. Eles precisariam de um teto para uma noite de descanso e se Hershel lhe ofereceria isso…

— Você promete? - ela teve que perguntar, precisava ter certeza. Naquele momento ela não era mais a mulher furiosa que tinha promessa de morte em seus olhos, mas uma sobrevivente cansada de pular de lugar em lugar.

— Dou minha palavra. - ele lhe este deu a mão enrrugada. Hannah a apertou e sentiu os calos arranharem suas palmas.

Hannah sorriu, feliz pela bondade nos olhos do homem lhe informaremos que ele não mentia e o puxou para um abraço. Hershel só passou por uns segundos de desconforto, nunca foi um homem muito ligado a demonstrações de afeto em público, mas logo envolveu seus braços ao redor dela e notou que ela tremia levemente.

— Obrigada, senhor.

— Não precisa agradecer, é minha convidada agora. – Hershel falou e dispensou os outros com uma mão, apenas Rick e Lori continuaram ali presenciando a cena, atônitos.

Aquele era realmente o mesmo homem que estava para expulsá-los dali?

O momento foi interrompido por Maggie que entrou no quarto e deu um olhar rápido ao seu pai, sua expressão era estranha quando o viu abraçando a menina, mas não comentou. Havia algo mais importante naquele momento.

— Daryl acordou. - ela disse, mas foram os gritos vindos do corredor que atraíram a atenção de Hannah. - E, bom, vocês precisam ver ele.


Notas Finais


Ok, alguma coisa aconteceu ao Daryl, mas o que foi essa coisa?

Aí gente desculpa não ter postado capítulo semana passada, ele já estava pronto, mas eu tinha que resolver tantas coisas que acabou ficando complicado e resolvi deixar para essa semana. E então, o que acharam?

Obrigada por ler e por todos os comentários vcs são umas gracinhas sz não estou respondendo, mas leio a todos e amo muito vcs sério

Até a próxima!


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