1. Spirit Fanfics >
  2. Não Ignore O Item 13 >
  3. 05

História Não Ignore O Item 13 - 05


Escrita por: Namjoonie30cm

Notas do Autor


Ai gente eu sou um lixo respondendo comentários, mas eu juro que vou tirar um dia para responder. É só que eu me sinto bem idiota e não sei o que dizer e fico todakkksocorro
Coisas que alguns precisam saber:
Hannah é uma pessoa típica. Eu imagino ela como, sei lá, minha vizinha. Ela pintava o cabelo antes do apocalipse de uma tonalidade de vermelho, então o cabelo dela tem um tom avermelhado de ferrugem
e tem raiz castanho escuro (quem consegue retocar a raiz no meio de um apocalipse está de parabéns)
ah eu imagino o carinha de Feiticeiros de Waverly Place como o Seth (Jake T Austin de 15 anos)

Apoiem a história comentando e votando, nenês sz

Boa leitura!

Capítulo 6 - 05


PDV Narrador

As dobradiças tremulavam assim como toda a madeira e cada batida ganha só as deixava mais frágeis. Poderiam ceder a qualquer momento, o menino observou, mas nada falou.

A porta tremia com a força das batidas que já duravam dois dias inteiros. Eles eram incessantes, não cansaram, não tentaram barganhar - sequer falavam -, apenas continuavam batendo. Imploravam através de gemidos e grunhidos animalescos para que saíssem do quarto e lhes alimentassem com sua vida.

O menino não conseguia dormir: a fome e o barulho que faziam o impedia até mesmo de pensar direito. Tudo o que podia fazer era se afundar na culpa que corroía seu corpo deitado na cama de sua irmã. Ele não tinha forças para se levantar e fugir, sabia que seria merecido qualquer coisa que acontecesse consigo. Era culpa dele o que estava acontecendo, sua mãe ter…

Seth pensou que merecia a morte da forma mais dolorosa possível e aceitou isto sem sequer questionar.

A porta pintada de branco com alguns horários de aula e fotos coladas tremeu mais uma vez. Se viessem, que fossem rápidos.

- Hannah, Hannah… Hanninha, eu ‘tô com fome. Mana? Mana, fala comigo! Eu estou com medo - Lana chamou, sua voz fraca e assustada demais para que soasse muito alto.

Mesmo assim a voz viva atraiu as coisas que bateram com mais força na porta, mas Hannah não tinha forças para impedi-los. Ela sequer conseguia se mover.

A morena não deu qualquer indício de que havia ouvido o chamado da irmã que já chorava por não receber resposta. As batidas aumentaram na porta, fortes, movidos pelo desespero e pela fome. Lana continuou a balançar os ombros de Hannah que, se não fossem as lágrimas quentes escorrendo por seus olhos, poderia estar igual a mamãe, parada sem vida na cama do quarto ao lado.

Lana continuou a balançar sua irmã enquanto seu irmão abria os braços e tentava relaxar o músculos, sabendo que sua hora estava perto e, ignorando a qualquer aviso que possa ter piscando em seu cérebro o mandando correr, ele esperou que a Morte viesse em seus passos débeis. Praticamente desejou que a vida fosse sugada de si com a mesma facilidade com a qual apagavam velas, afinal, ele só era mais um ponto de luz ardendo em vida no mundo. Talvez um pouco mais fraco que os outros devido aos pecados que carregava, mas descartável e tão frágil quanto qualquer outro. Em sua irresponsabilidade, não lutou, apenas esperou.

Então as dobradiças cederam aos esforços da morte, a porta se abriu e eles entraram numa marcha desengonçada, soltando grunhidos satisfeitos por finalmente não ter mais nada entre eles e a comida.

O Sol escolheu aquele momento para iniciar sua lenta descida. Seth fixou seus olhos no céu claro sabendo que quando a imensidão azul se tornasse escura, um deles não estaria mais vagando pela Terra numa caminhada débil.

Fechou os olhos e rezou para que o escolhido fosse ele.

Item 5 – Alimentos

Para que todos os processos metabólicos no corpo humano ocorram de forma correta precisamos de um cardápio saudável que preencha todas as nossas necessidades. Teremos uma vida longa e livre da maior parte das doenças crônicas que afligem a humanidade como resultado de uma dieta que preencha os principais requisitos do teu corpo.

Palavras bonitas para: você precisa comer, criança.

Tal necessidade por um constante fluxo de alimento nos torna dependente dos produtores agrícolas e das indústrias, mas não consigo imaginar que alguém vá continuar trabalhando em meio a um apocalipse. Mais rápido do que se imagina as fábricas pararão de produzir e um dia essa comida irá acabar. Devido a isto, pegue o máximo de comida que você conseguir, ao menos o suficiente até conseguir um lugar seguro para que você possa plantar e colher seu próprio alimento. Não perecíveis, selados a vácuo e enlatados de preferência, pois são estes os que durarão mais tempo e tem menos riscos de contaminação. Acredite, você não vai querer sofrer de uma infecção estomacal em meio a bagunça que se torna a Terra nesses momentos confusos.

Se você encontrar sementes junte-as também. Um dia irá precisar.

Caso não consiga ou siga todos os itens, ao fim dessa lista um de nós não estará mais vivo.

Haviam 15 pessoas vivendo sob as terras Greene até aquela manhã.

A criança ferida desse grupo que atualmente estava deitada sob os olhos experientes de Hershel devia a cortesia aos valores morais do velho, o juramento de Hipócrates e a lábia de Rick por ter convencido o dono da fazenda a permitir a estadia.

Mas pela tarde a contagem subiu para 17 e mais dois acamados. O espaço em que viviam estava começando a se tornar apertado tanto pelos diferentes corpos quanto pelas perguntas que fervilhavam nas cabeças cansadas deles. Como essa contagem subiu tanto em tão pouco tempo?

Hannah não tentou convencer Hershel, como Rick fez. Ela sequer pediu para ficar. Foram as mãos juvenis que trataram do corpo de seu ferido e logo ela poderia voltar a estrada se arranjasse uma cadeira de rodas e combustível - como era o seu plano.

A menina era completamente independente de toda e qualquer ajuda que pudessem oferecer. Diferente do diversificado grupo liderado pelo ex-policial, ela não parecia perdida e desesperada pelo primeiro pedaço de pão duro que surgisse pela frente. Como Hershel havia aberto as portas de sua casa com tanta facilidade? Ela nem precisou pedir.

Não apenas escancarado a porta, mas insistido para que eles ficassem. Em todos os seus anos vivendo sob o teto do pai, Maggie nunca o viu tratando um desconhecido tão bem.

Aquele não deve ser Hershel, o veterinário rude que gostava da sua família longe de problemas (e, aos seus olhos, qualquer pessoa desconhecida é problema); não o homem que havia informado que todos deveriam sair de suas terras ao primeiro sinal dos cabelos loiros de Sophia e melhora de Carl; e com certeza, não o fazendeiro que parecia sem empatia ao ponto de tentar forçá-los para fora da segurança das cercas que deixava toda a fome e perigo do lado exterior.

Naquela manhã mesmo ele estava ameaçando o grupo do Rick informando que queria sua partida o mais rápido possível e a tarde estava enfiando crianças perdidas para baixo de sua asa como se fosse a própria Capitolina encarnada.

O que o motivou era algo que apenas Hershel sabia, somente ele poderia sanar essa dúvida. Contudo ele não parecia muito animado a abrir a boca e explicar suas ações nem mesmo para suas filhas que volta e meia o rodeavam em busca de apenas um olhar que as informasse que ele ainda estava pleno e são.

Somente o fazendeiro sabia o quanto aquela adolescente lhe lembrava sua primeira e amada esposa, Josephine. Sua esposa tinha aquela mesma quando se viram pela primeira vez: um olhar amedrontado de quem estava um pouco perdido, mas bem disfarçado por uma expressão valente.

A primeira vez que viu aquele olhar em sua esposa foi quando ela lhe levou um cachorro que havia sido seu companheiro de infância para a clínica dele, o pobre estava a beira da morte graças a um motorista irresponsável.

A última vez foi quando a doença tomou conta dela e, valentemente, ela tentou lhe dar forças para continuar pela filha que lhes foi dada num adeus que deveria parecer corajoso, mas ele sabia o quão destruída sua mulher estava.

Hannah parecia ter o mesmo senso heróico que sua esposa apresentou durante toda a vida. Mas para qualquer um que soubesse o que procurar, saberia que havia dor em seu olhar e que por dentro ela estava completamente que quebrada, apesar de aparentar firmeza por fora, inabalável, pois não era a hora de quebrar. Ainda não.

Seu ato de acolhimento pode ter sido apenas uma forma de tentar honrar a memória de sua falecida mulher, a única que realmente adentrou em seu coração de forma arrebatadora. Ou talvez tenha sido apenas os valores morais falando mais alto, informando-o que aquela menina precisava de ajuda, pois a qualquer momento ela cairia.

Não importa o que tenha sido realmente. Havia um menino ferido e uma criança com ela. Pela forma como o pessoal que acompanhava Rick estava, os três irmãos não durariam muito mais do lado de fora, então, pelos seus princípios, ele faria o possível para não ver aquelas três crianças caindo para um olhar morto e quebrado como os outros.

Quando Hannah se soltou do homem e olhou para o quarto em volta, ela sentiu após tanto tempo andando de casas em casas que finalmente havia a possibilidade de voltado para um lar.

Um lar estranho. Cheio de gente estranha com manias estranhas, como andar pela floresta com uma boneca e um colar de orelhas. Mas ainda assim era um teto com pessoas, comida e a promessa de proteção. Pode não ser no momento, mas num futuro próximo poderia vir a ser um lar.

Maggie entrou no quarto, os cabelos voando ao redor da cabeça, bochechas coradas e olhos arregalados.

- Daryl acordou. - ela disse, mas foram os gritos vindos do corredor que atraíram a atenção de Hannah. - E, bom, vocês precisam ver ele.

Ou não.

(...)

Havia uma certa pressão em seu corpo que Hannah não sabia precisar se estava mais forte na cabeça ou peito. Independente de onde estava, a fazia querer gritar, chorar e gargalhar escandalosamente - os sentimentos conflituosos eram tantos e tão grande em si, que ao mesmo tempo ela sentia apatia.

Hannah negou com a cabeça para ninguém em especial. Aquilo tudo era muito para seu cérebro aguentar.

Ela estava tensa o suficiente para que uma pressão incomoda se instalasse nos músculos que ligava seu pescoço aos ombros doloridos. Ela sacudiu os ombros, mas mal conseguiu completar o movimento, pois sentiu o músculo duro reclamar. Era oficial: ela era um frangalho.

Suas mãos tremiam quando ela se inclinou na mesa de madeira antes de dar uma goleada generosa em sua bebida sob o olhar repreensivo de Hershel. Obviamente, ela graciosamente ignorou a expressão de repreenda do mais velho mesmo sentindo uma pontada de culpa por fazê-lo. Tudo bem que estava tentando parar de beber (era um hábito ruim considerando que pessoas dependiam dela), mas, ora, havia conquistado o direito de tomar aquela bebida. Talvez merecesse até um cigarro ou dois considerando tudo pelo o que passou nas últimas vinte e quatro horas.

Era realmente o apocalipse, Hannah havia se tornado tudo o que julgava que nunca seria. Coitado de seu fígado, pobres pulmões.

Mais um gole para dentro e ela sentiu que voou. Todo o peso de saber que seu irmão ainda não havia acordado de seu sono pareceu muito pequeno próximo da forma como a força da gravidade parecia diminuir.

Após se certificar que toda parte superior do corpo de seu irmão havia sido limpa com panos úmidos, Hannah o deixou sob os cuidados de Patrícia que se limitava a velar seu sono buscando por qualquer sinal de que algo não estava indo bem. Mas pelo silêncio no quarto Hannah sabia que podia respirar tranquila, apesar de não fazê-lo.

Engoliu um pouco mais de uísque e respirou fundo, tentando buscar outros sons que não fossem fantasmas dos gritos de Daryl ecoando em seu ouvido, - mesmo que o homem houvesse tornado ao silencioso sono pacífico aquele era um som que não podia ser apagado facilmente.

Se fechasse os olhos por tempo suficiente sua mente masoquista lançava flashs do medo estampado na face de Lana enquanto sangue cobria as mãos das irmãs usando os sons medonhos que saíram do Caçador mais cedo como uma música de fundo macabra.

Hershel coçou a garganta, devolvendo assim a atenção de Hannah novamente para o presente e não as imagens que a aterrorizaria pelas próximas noites. Ela elevou o olhar para ele, finalmente notando que havia parado o gargalo de sua garrafa a centímetros de sua própria boca e abaixou a garrafa. Seu braço doía, deixando claro que ela ficou naquela posição por tempo suficiente pra ser incômodo. Será que eles já achavam que ela era completamente louca e a expulsariam?

- Estão preparando o jantar ou mais carvões ‘pra fogueira? - Dale, que estava sentado à mesa ao lado do anfitrião, torceu seu nariz na direção de T-Dog.

- Com a fome que estou como até pedra, então… - Theodore deu de ombros.

Ela se deu conta do cheiro de carvão que tomou o ar, murmúrios ficaram mais audíveis na cozinha. Com toda a confusão ocorrendo as mulheres que estavam na cozinha fazendo o jantar (patriarcado estúpido) haviam deixado um dos molhos queimar e agora o odor parecia impregnado em toda casa. Ele só não era pior do que o cheiro que saía da pele e roupas de Hannah.

Caso se inclinasse um pouco mais na mesa e se virasse para a esquerda, ela poderia avistar através do portal de madeira mulheres trabalhando na espaçosa cozinha e, plenamente sentada na mesa centralizada, Lana com Beth ao seu lado penteando os cabelos molhados da menina. A filha mais nova de Hershel parecia encantada com pequena ao ponto de se oferecer para banhar e cuidar da menina enquanto Hannah passava por aquela cena ridícula de ficar sentada com pessoas fazendo-lhe perguntas.

Repentinamente, a morena de tornou muito consciente do quão suja estava. Olhou para Beth que ainda penteava os cabelos de sua irmã mais nova e quase chorou ao ver o quão limpinha e brilhante estava a pele de Lana. Na verdade, se olhasse em volta notaria que todos estavam limpos e cheirosos.

Dale, Glenn e T-Dog, seus guardas privativos, usavam blusas limpas que combinavam com suas peles igualmente limpas. As roupas deles não eram branquíssimas como as de Hershel, mas eram limpas. Maggie, que estava empoleirada atrás de seu pai, tinha cabelos brilhosos e limpinhos assim como o de sua irmã, assim como os de Patrícia.

Há quanto tempo Hannah não lavava o próprio cabelo? Ele sequer estava na cor verdadeira!

Hannah sentiu inveja deles, ainda teria um tempo antes de poder se livrar daquele cheiro horrível. Deu mais uma golada na bebida que nem ardia mais e pensou que caso virasse a garrafa em sua própria cabeça ao menos seu cheiro não seria um azedume de bicho morto.

O fazendeiro fez barulho ao mastigar alguns amendoins, o olhar afiado em cima da menina. Como diabos ele conseguia fazer com que até o som de trituração soasse como um discurso militante anti-álcool?

Ela abriu a boca, decidida a falar para ele parar de olhá-la como se ela tivesse ofendido sua Bessie - a vaca premiada que ela supôs existir na fazenda Greene -, porém se calou ao notar que havia uma discussão acalorada no corredor:

- O Hershel ta certo, não dá pra ficar indo lá. - ela conseguiu distinguir a voz de Shane, olhou para T-Dog que parecia tão atento a conversa quanto ela.

- Você quer desistir agora? - a voz do Rick era a verdadeira tradução de “irritação mal contida”. - Daryl arriscou a própria vida para trazer a primeira evidência de que Sophia está viva!

Hannah franziu o rosto. Quem diabos era essa Sophia de que todos falavam volta e meia?

- Esse é seu ponto de vista. O meu é que o Daryl quase morreu por causa de uma boneca. - A morena arregalou os olhos e tomou mais um gole de sua bebida. A discussão acalorada estava ficando interessante. - E ainda trouxe companhia. Agora ele está inconsciente, vai saber o que ele passou quando estava lá fora.

- Ele não pareceu nem um pouco incomodado com ela por perto durante sua… seu surto. - Hannah corou ao se lembrar de como o caçador reagiu à sua volta. Com certeza eram cenas que deveriam estar bem descritas em algum capítulo de sua história.

Espera, o que diabos ela estava pensando?

- Além de que, ela demonstrou conhecimentos. Alguma coisa de medicina ela sabe, isso é mais do que importante. - Rick continuou.

- Você não está raciocinando direito, cara. Você sabe o que eu penso daquela garota aqui, uma desconhecida que pode ser perigosa tão perto do Carl… - ele foi interrompido por um som inconformado de Hannah.

Poxa, será que ninguém via que ela era um anjo?

- É, eu sei como você vê isso. - Rick disse em tom incisivo.

Em poucos segundos, eles estavam na sala de jantar onde haviam pedido para Hannah esperar com caras de paisagem como se nada houvesse acontecido. Mesmo que suas máscaras fossem realmente convincentes, ela conseguia enxergar o olhar de fúria incontida que assumia o rosto de Shane todas as vezes que ele olhava para Rick Grimes.

Hannah deveria ter tentado psicologia para a faculdade, ela era boa em avaliar as pessoas.

- Querem um pouco? – todos negaram, menos Shane. Esse nem se dignou a olhar. – Ok. Sobra mais. - deu de ombros. O olhar julgador de Hershel pareceu queimar sua cara.

- Como encontrou Daryl?

Hannah estava prestes a mandar Shane ir à merda pela forma rude que ele falou, mas se lembrou da bondade de Hershel e, em respeito a ele, ignorou o tom acusatório de Shane. Não queria causar confusão em seu primeiro dia abaixo de um teto decente com seu irmão inconsciente.

- Eu estava na mata caçando e tropecei nele. - disse simplista.

Era normal a sala estar girando daquela forma, ou…?

- Só isso? Estava zanzando por aí e tropeçou nele? - ele insistiu naquele tom cínico e completamente irritante que fez Hannah rolar os olhos.

- Bicho, tu é chato pra porra. - não que aquilo fosse a resposta que ele queria, mas era o que ele iria obter.

- Hannah, - Rick puxou sua atenção pra ele. - eu sinto termos nos encontrado nessa situação, mas nosso amigo ainda não recuperou a consciência e há uma garotinha desaparecida - Ele pousou a boneca suja de Daryl sobre a mesa. -, esta boneca pertence a ela. Nós precisamos saber em que condições e onde encontrou Daryl para continuarmos nossa busca.

Ok, o olhar inquisidor de Rick não era nada parecido com o de Shane. A primeira diferença é que ele não a irritava até o último fio de cabelo; a segunda: é impossível desviar o olhar ou simplesmente dizer “não” para aqueles olhos azuis que pareciam enxergar o fundo da sua alma.

E havia uma menina perdida. Se fosse Lana ou Seth, ela com certeza quebraria todas as pedras e árvores em seu caminho para encontrar a irmã.

Antes que pudesse se refrear Hannah já estava abrindo a boca e contando tudo o que podia a fim de ficar logo fora daquela encarada.

- Deixei meus irmãos num carro no acostamento para que eu pudesse caçar sem distrações. Fiz o que deveria e encontrei uma fonte de água corrente onde resolvi lavar e tirar a pele das lebres que havia encontrado. Lana ama carne de lebre assada, apesar de achá-las muito fofinhas. - opa, você está variando. Refreie-se, garota. - Enfim, meu irmão apareceu e disse que Lana estava em uma casa que tínhamos encontrado, escondida no armário. Eu quis chutar a bunda dele, mas ouvimos os barulhos.

“Haviam dois walkers na nossa cola. Subimos juntos em uma árvore, pois estávamos sem armas: só me restava uma bala na pistola e minha faca havia ficado na margem da cachoeira. Então o Caçador apareceu do nada caindo o barranco que deve ter cedido com uma flecha no flanco. O barulho e sangue atraiu os walkers e, mesmo machucado, ele se levantou e matou os dois antes mesmo que pensássemos em descer das árvores.”

Só naquele momento em que oralizava tudo o que havia ocorrido e que sua mente reprisava a cena do caçador idiota caindo o barranco repetidas vezes que ela finalmente se deu conta do quão próximos da morte eles estiveram. Se o Caçador houvesse batido a cabeça de um modo errado e permanecido inconsciente naquele riacho… Algumas coisas eram melhores não pensar.

- Onde exatamente foi isso? Tem algum ponto de referência? - Rick perguntou

- Se me der um mapa da região creio que posso identificar o local. - ofereceu. Ela se lembrava do caminho que haviam percorrido, se lhe apontassem onde estava a fazenda com certeza conseguiria localizar o local da queda. Viva às Escoteiras do Norte!

- Então, você o ajudou? – a pergunta saiu de Glenn.

- Não, eu o ameacei com minha pistola e lhe dei uma coronhada. E foi aí que ele desmaiou pela primeira das três vezes.

- Três? - Maggie expressou num tom abismado o que se passava na cabeça de todos ali.

- É, vocês sabem, GHB e teve a hora aqui na frente da fazenda por causa das drogas. Foi por isso que quando ele acordou seguimos para cá, com ele amarrado, eu não confiava nele sozinho da mata com as drogas que havia ministrado durante a noite em seu organismo. - encararam-na em choque.

- Drogas? – Rick parecia mais desconfiado que o normal.

- A única diferença entre remédio e uma droga é a quantidade, Sr. Grimes. – ele usava um chapéu de policial ao estilo caubói que parecia engraçado. Tentou não olhar para ele a fim de evitar a risada. – Na selva não temos receita médica: a regra é tentativa-erro.

- Absurdo. - alguém suspirou a palavra e agora ela realmente se sentiu julgada.

Não é como se eles sentissem empatia por Daryl ou qualquer coisa assim, mas era assombroso ver que alguém tão jovem também teve que cair para sobreviver num mundo como este.

E, mesmo que boa parte dos presentes já houvesse feito algo do qual não se orgulhava, era inevitável ver os erros alheios e não se sentir superior ao ponto de achar que pode apontar dedos.

- O que? Eu não sabia quem ele era. Algumas coisas são necessárias por questões de segurança. - defendeu-se querendo que parassem de julgá-la com o olhar.

- E ela ainda reclamou quando apontamos armas pra ela. - o resmungo de T-Dog foi completamente ignorado.

- E o deu uma crise convulsiva. Genial, garota.

- É melhor calar a boca. – ela rosnou para Shane, não tinha a mínima vontade de aturar idiotas agora.

- Ou o que? - ele perguntou em tom de provocação.

Hershel estava prestes a intervir. Aquela garota era frágil como cristal, só ele via?

- Ou eu o faço calar enfiando a porra de um arsenal na sua bunda, Garotão. – disse colocando seu facão, que antes estava preso a sua coxa, em cima da mesa com força. Rick soltou um som que pareceu uma tosse.

Talvez não tão frágil assim, pensou Hershel.

- Meu Deus, ela parece o Daryl falando. – Glenn tentou falar baixo, sem sucesso.

Ele acabou sendo a última gota para aqueles, como T-Dog e Maggie, que seguravam o riso soltarem o mesmo. Era muito engraçado ver um homem crescido como Shane sendo intimidado por uma garota que não deveria ter pouco mais da metade de sua idade ou altura.

As garotas riram na cozinha, Hershel mordeu com mais força os amendoins que comia, como se a quantidade de barulhos vindo de pessoas diferentes o incomodasse. Isso não passou despercebido por Hannah. Ela decidiu que teria que ir embora assim que conseguisse.

- Por que você fez isso? - uma voz feminina perguntou da cozinha, mas Hannah não virou a cabeça rápido o suficiente para identificar de quem veio.

- Vocês já encontraram saqueadores? Ladrões de verdade, aqueles que roubam, estupram e matam simplesmente porque isto os diverte. - perguntou por fim, fazendo questão de olhar no rosto de cada um que estava naquele ambiente apenas para ter certeza de que sua mensagem estava chegando a eles. - Meu irmão mais novo estava ali e minha outra irmã em uma casa sozinha, talvez com fome e medo. Eu não o conhecia. – um olhar de entendimento aliviou a ruga que se formava no rosto de Hershel. - Não podia arriscar, meus irmãos são tudo pra mim.

- Mesmo assim o trouxe. – completou Dale. - Quais suas intenções?

- Mas minhas intenções são as melhores. Juro. - nada legal. Sua fala soou como uma pergunta. Ela piscou. - Digamos que fui movida pela culpa de deixar um lutador icônico desprotegido e inconsciente. Resolvi levá-lo a casa que encontramos e cuidei de seus machucados. - ela coçou a testa, sua mente estava tão cansada que sentia dores de cabeça. - Encontramos alguns problemas pelo caminho e como resultado eu meio que confio que ele não vai me esfaquear na primeira oportunidade.

Ok, algumas pessoas - Rick, Shane, T-Dog - não pareciam exatamente convencidas.

- Olha, eu não vou tentar abrir um buraco em ninguém e nem vou furtar suas provisões. - Hannah sentia-se uma idiota por ter que esclarecer uma coisa dessas. - Vão debater agora se eu fico ou não? Por que se quiserem um tempo, eu quero um banho enquanto deliberam.

- Eu...

- Não tem debate. Esta é a minha casa, eu quem decido quem fica e quem sai. - o olhar que Hershel mandou a Rick foi mais ameaçador que dez walkers correndo atrás de uma pessoa.

- Planeja ficar por quanto tempo? – todos olharam para T-Dog que estava parado na porta. – O que foi? A fazenda está cheia e todos querem saber disso.

- Não se preocupe, iremos embora ao amanhecer. Meu carro está na estrada de qualquer modo, irei sozinha e voltarei para buscar meus irmãos, só preciso arranjar o combustível e…

- Nada disso. – cortou Hershel. – Se eles podem ficar aqui até que Carl melhore, vocês também podem ficar até que seu garoto melhore e consiga andar. - Hannah se perguntou se aquilo contava como cárcere privado, mas julgou que ela poderia ir quando quisesse assim como poderia ficar o quanto quisesse.

Novamente todos estranharam a boa vontade de Hershel, mas entenderam o tom dele: aquilo não estava sendo discutido. Assim que Carl melhorasse eles seriam expulsos na base da vassoura, mas Hannah e seus irmãos poderiam ficar o tempo que precisassem.

- O jantar está pronto! - a mulher que lhe foi apresentada como Carol surgiu no vão da porta interrompendo o momento, demorando seu olhar sobre  a forma suja de Hannah.

A morena ainda estava coberta de terra e sangue, descabelada e parecia estar bebendo o uísque como quem bebe água, mas ainda tinha aquele tipo de beleza selvagem.

Hannah devolveu o olhar. Sentia-se incomodada pela presença da outra mulher, como se ela fosse uma ameaça. Desde a cena que viveram mais cedo, ela não duvidava que fosse mesmo. A morena sacudiu a cabeça e voltou a encarar a mesa, muito disposta a fingir que sentiu nada ao ver Carol tão íntima de Daryl momentos mais cedo.

Carol também desviou o olhar e seguiu para os quartos chamar as mulheres que observavam os acamados.

- Jesus, a menina deveria banhar antes de jantar! Venha querida, pedirei a Beth que pegue toalhas para você. – Patrícia tentou impor seu tom mais agradável ao falar do cheiro de Hannah quando saiu do quarto de Seth. – Deviam tê-la deixado banhar antes de ficar com esse che... er, jeito.

- Tudo bem, pode falar numa boa. Também estou sentindo. – Hannah comentou o que fez com que risadas soassem pelo ambiente.

Antes que pudesse piscar, Beth tinha lhe entregado uma toalha limpa e roupas novas. Ela agradeceu, mas não pegou as roupas, pois ainda tinha sua mochila consigo e nela havia tudo que ia precisar, inclusive sabonetes e shampoo. Quando estava prestes a entrar no banheiro Carol a impediu.

Qual é não poderia nem tomar banho agora?

- Eu só queria agradecer por ter ajudado Daryl. Ele é muito importante. – Hannah lhe deu um sorriso amarelo e assentiu.

Sua vontade era de raspar os cabelos brancos de Carol, por que a mulher ficava tão charmosa assumindo os fios brancos?

Legal, cara. Não preciso dos detalhes da relação de vocês dois podem, por favor, não ficarem tão próximos igual a mais cedo?

- Não foi nada, qualquer um teria feito o mesmo. – e entrou no banheiro para seu merecido banho.

Não odeie Carol, ela parece tão legal. Não odeie Carol, ela tem cara daquelas tias que lhe davam coisas legais no natal. Não odeie Carol...

Mas ao lembrar-se de como ela se sentira confortável ao lado da cama do caçador, limpando-lhe o rosto com um pano molhado mais cedo ela não pode evitar não se sentir estranha ao redor de Carol.

Droga, ela estava com ciúmes do caçador idiota?

E esta era mais uma coisa que ela simplesmente iria enfiar para dentro de alguma gaveta de seu cérebro e tentar esquecer que estava lá, pois não tinha condições de lidar com certas coisas. Não agora, quando estava tão cansada de ser forte.

Trancou a porta em suas costas e deixou que suas coisas e toda a força fingida caíssem no chão de cerâmica. Foi naquele momento em frente ao espelho que Hannah permitiu-se finalmente desabar.

Sua pele havia assumido um tom que misturava o cinza e o marrom, seus cabelos estavam negros e oleosos graças a sujeira e seus olhos castanhos brilhavam intensamente pelas lágrimas não derramadas. Ela não havia dormido o suficiente nos últimos dias, mesmo assim sentia que o cansaço, o peso que puxava seus membros para baixo não era resultado da privação de sono, mas sim de tudo.

O fim do mundo é uma tragédia.

Tirou sua roupa ainda em frente ao espelho, completamente atrapalhada em seus movimentos travados pelos músculos doloridos. Não foi surpresa as diversas manchas que faziam tons arroxeados, esverdeados e enegrecidos espalharem-se pelo seu corpo que parecia estar com a pele uns tons mais pálida.

Seu corpo tremia tanto que ela não foi capaz de se manter em pé por muito tempo. A morena caiu ao lado da banheira, sentiu todos os músculos de seu corpo gritarem doloridos e tremer como se ela mesma houvesse sido posta no modo vibrar. Ela estava tão cansada, tão exausta, tão pesada. Todo seu corpo doía tanto, ela sentia cada músculo pulsando, sua respiração estava tão superficial que ela jurou que a tontura não lhe abandonaria mais.

Sua cabeça girava muito, mas ela sabia que aquilo não era culpa do álcool.

Arrastou-se pelo banheiro arrancando as roupas pelo caminho. Não tinha forças para permanecer em pé por muito tempo. Foi com muito esforço imposto pelos braços doloridos que ela conseguiu abrir o chuveiro e deixou a água esquentando. Seu corpo trabalhou abrindo a bolsa e catando o que precisaria para um banho, mas sua mente não estava ali. O piloto automático novamente foi acionado.

E com a mesma rapidez que ele ligou para afastar sua mente dos problemas, ele caiu como se fosse um programa defeituoso e todas as emoções que ela vinha segurando a atingiram numa tacada só. Mesmo que tentasse se segurar, ela não pode evitar chorar enquanto mordia o próprio punho com força para não soltar nenhum som.

Sentia que havia falhado novamente com seus irmãos e se culpava por isso. Estava num território estranho e tudo o que conseguia pensar era que queria acabar logo com tudo aquilo. Que não aguentava mais. Que seu irmão estava numa cama desmaiado porque quase morreu. Que havia outro homem, alguém que pela primeira vez depois que o apocalipse se instalou a ajudou quando um grupo de coisas se reuniu para atacar, mas ele estava inconsciente e isso também deveria ser culpa dela. Que ela estava tão cansada e não deveria estar cansada, pois amava seus irmãos - deveria querer protegê-los, certo? Então por que sentia-se tão exausta?

Respirou fundo, arrastou-se para baixo do jato de água e tentou recuperar sua consciência, do contrário, ao final daquilo tudo ela mesma não estaria mais viva.

(...)

Hannah já estava limpa e vestida com roupas em melhor estado que aquelas que ela jogou dentro de um saco de lixo. Seu cheiro estava melhor também após esfregar a própria pele até ela estar vermelho brilhante e seu cabelo até havia tornado ao tom de avermelhado costumeiro quando finalmente saiu do banheiro.

Ela encontrou Lana sentada na cama de Seth que estava seu lado com um prato grande de comida sendo devorado pelos lábios esfomeados. Nunca era um tempo ruim para o apetite de seu irmão e era tão bom saber que seu menino estava bem o suficiente para ser um ogro que devorava tudo que visse pela frente.

Hershel apareceu apenas para constatar que Seth estava bem apesar da grande perda de sangue. Ele ainda fez algumas recomendações sobre os pontos de Seth e algo sobre descanso de dois dias preso a cama. Após uma olhada no tornozelo do menino, Hershel decidiu que seu molho deveria ser de uma semana sem forçar o pé, do contrário seria um mês sem poder se apoiar naquela perna, ou mesmo a vida inteira mancando caso o osso voltasse a deslocar e curasse de forma errada.

Hannah estava exultante. Daria tudo certo. No fim sempre dava.

Mas sequer deu tempo de perturbar seu irmão para garantir que tudo estava normal, tão logo que ele terminou um copo grande de água, ele voltou ao sono pacífico. Agora estava tudo bem ele dormir, Hannah sabia que ele estaria bem quando acordasse.

Durante o jantar “em família”, agiu como se não tivesse tido um surto no banheiro e espalhou sorrisos e elogios para a comida que lhe foi servida

- Então, alguém toca violão? – Glenn perguntou alguns minutos depois que todos finalmente sentaram-se juntos para comer. – Dale achou um legal na estrada.

Ajustou Lana em seu colo com uma mão, a outra estendida pronta para colocar mais comida na boca pequena. Desde sempre era assim: Hannah dava comida na boca de Lana e não importava-se nem um pouco em aguentar um pouco mais a fome, contando que sua bebê estivesse alimentada, era o suficiente.

O silêncio na sala de jantar era tamanho que era possível ouvir corujas cantando do lado de fora.

- Otis sabia. - Patrícia falou em tom choroso, a atenção de Hannah saiu do prato a sua frente para os outros ao redor. A tensão era palpável ao redor das mesas.

- Ele tocava muito bem. – completou Hershel com um sorriso triste, o olhar do velho homem pulou rapidamente de Shane para de volta ao seu prato.

Que é Otis? – Lana perguntou o que coçava na língua de sua irmã.

A pequena fez com que alguns se tornassem tensos ou tristes. Menos Shane, ele parecia ignorar tudo ao redor.

- Era o capataz da minha fazenda e meu grande amigo, querida. – disse Hershel em tom afável.

- Ele orreu? – Lana tinha um sério problema com qualquer palavra que envolvesse "morte", ela nunca conseguia falar o M.

- Sim. – Beth disse e Patrícia fungou. Oh, oh. Assunto ruim.

Antes que a pequena pudesse falar qualquer coisa, Hannah enfiou um monte de purê na boca de sua irmã.

O olhar de Lori pulou rapidamente sobre Shane. Isso passou despercebido por todos, menos por Hannah que olhava em volta confusa. Ao ver o olhar curioso e perdido da morena, Patrícia completou:

- O filho de Rick, Carl, foi baleado acidentalmente por meu Otis. Um acidente de caça bobo, mas o garoto precisava de remédios e aparelhos que não tínhamos aqui. Então eles foram a um lugar infestado e... e... – ela não conseguiu completar, engasgou com o choro antes e retirou-se da sala de jantar sem terminar seu prato.

Mas um olhar em direção a Shane revelou toda culpa que ele logo escondeu atrás de uma máscara de indiferença.

- Ele foi um herói se sacrificando para nos salvar. – falou Shane em tom baixo

Aí tem coisa.

Inconscientemente Hannah apertou um pouco seu braço na cintura de sua irmã mais nova. Não gostava dele tão perto, havia algo de ruim nesse homem.

Hannah havia percebido a ameaçava que emanava dele e com Shane era o mesmo. Ele também não a queria por perto. Shane não gostava da presença daquela estranha na casa tão perto de Lori e Carl, ele sentia que aquela garota era encrenca e sentia que nunca esteve tão certo de algo. Uma droga Rick ser tão cego, mas logo ele ajudaria o outro a ver o que estava diante de seus olhos.

O jantar acabou naquele silêncio tenso que só era quebrado pelos sons dos animais e da prataria batendo. Hannah se ofereceu para lavar as louças e ajudou Beth, dispensando Maggie que sorriu agradecida e saiu correndo como se o diabo estivesse a perseguindo. O silêncio do jantar se estendeu para a limpeza da mesa. Uma se sentia ameaçada com a presença da outra e a outra estava ocupada demais pensando em formas de ir até o quarto do caçador e manter os olhos sob seus irmãos ao mesmo tempo.

Quando finalmente terminaram o serviço Hannah disse um “boa noite” rápido e foi em direção às escadas que levavam até o quarto em que seu irmão havia sido posto, mas teve que parar para não bater de frente com Shane.

- Parece muito confortável, pensa que ficará até quando? – Shane impediu sua passagem na porta, ela sentiu vontade de socar aquele nariz torto.

- Pensa que seu segredo está a salvo até quando? - arriscou jogando completamente verde, era apenas uma suposição, ela não tinha certeza de nada, mas a forma como os olhos dele se arregalaram minimamente antes de novamente a expressão endurecer em indiferença forçada lhe disse tudo.

Ela se sentiu exultante por estar certa até ele abrir um sorriso que levou arrepios por toda a espinha dela.

Oh, oh.


Notas Finais


Pra quem não entendeu: o início antes da Intro - Alimentos foi um flashback da primeira semana dos meninos no apocalipse. Eu sinto que conhecer as personagens antes e durante os primeiros dias de transição me fez mais próxima das personagens, gostaria que vocês sentissem isso também (motivos pelos quais eu chego a ser exagerada com descrições - isso é chato pra vocês?). Eu não sabia se faria como um "capítulo bônus" ou dava um jeito de enfiar em algum lugar, então preferi enfiar aqui para não estragar a estética do sumário (sim, eu me tornei esse tipo de pessoa).

Não queria deixar vocês com altas expectativas, mas o próximo capítulo é tipo WOW, tipo muito WOW MESMO CARA CHORANDO EM TRÊS LÍNGUAS

Juro, pensar nele me faz chorar porque ele é triste e fofo e quente e wow o que está acontecendo aqui muitíssimo bom dia?

Ele vai contar um pouco o lado do Daryl e vamos entender as partes que ficaram meio ?? nesse capítulo, como, por exemplo, o que rolou para Hannah ficar tão "HM senta lá Cláudia" com a Carol

Gente não desiste de mim

Obrigada por ler até aqui sz sz até a próximaa

Nana


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...