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História Não Ignore O Item 13 - 07.2


Escrita por: Namjoonie30cm

Notas do Autor


Duas atualizações em menos de uma semana, olha o milagre. Acho que mereço alguns comentários bonitinhos por esse milagre, não é?
Apoiem a história favoritando e comentando é a única forma de me animar para escrever mais.

Capítulo 9 - 07.2


PDV Narrador

Seth viveu sua vida toda em uma casa rodeado por mulheres. Não apenas meninas comuns como as primas ou colegas de classe, mas mulheres bonitas, inteligentes e superprotetoras que eram capazes de fazer qualquer ser do sexo masculino sentir sua fragilidade com poucas palavras e excesso de cuidados.

A mãe que levava para a escola e lhe dava beijinhos na porta da escola e a irmã que não permitia que ninguém sequer falasse de forma rude com ele, criou em Seth um estigma que nenhum garoto gostaria de ter: ele era um filhinho da mamãe.

E associado a isso, sempre surgia algo como "mocinha", “viadinho” e outras falas relacionadas a sua baixa de capacidade de se defender sozinho e orientação sexual. Crianças conseguem ser incrivelmente malvadas quando querem.

Seth jamais foi capaz de se acostumar a se sentir impotente perante as duas mulheres mais importantes de sua vida. Ele não gostava de ser sufocado daquela forma. As pessoas falavam coisas em tons que dava a entender que era pra ofender e ele não gostava de ser ofendido. Apesar de viver com isso por muito tempo, foi só a chegada de seus singelos oito anos de idade que sua masculinidade foi posta a prova pela primeira vez.

No auge de toda maturidade que uma criança de oito anos é capaz de ter, ele aceitou o desafio que o colocaria no posto de merecedor de um lugar de respeito como membro no grupo de delinquentes infantis que havia em seu bairro: subir no temido Quebra-Ossos. Este era um saudoso pinheiro centenário cujo grande tronco tornava impossível que crianças o abraçassem com seus braços infantis; tão alto que era possível ser visto a muitas quadras de distância. Ninguém na rua era insensato o suficiente para subir nele.

Mas Seth só tinha oito anos de idade e sensatez não era uma de suas qualidades e, poxa, ele tinha uma honra masculina em frangalhos para defender.

Aquilo não parecia uma tarefa tão difícil, qual é, ele afinal subia em árvores com sua irmã desde os seis anos, e naquela época sequer tinha forças nos braços pra conseguir se segurar por muito tempo no alto. Quebra-Ossos não seria nada para ele, subir em árvores era a especialidade dele, não havia como errar.

Todas as crianças da rua e proximidades reuniram-se ao redor da grande árvore para observar Seth em sua escalada até no topo. Alguns gritaram para ele desistir - Seth! Vou contar para a Hannah se você não sair daí -, outros gritaram incentivos - vai, Seth! Pegue uma pinha para mim. -, alguns, como os garotos que ele queria impressionar mostrando que ele era um homem valoroso e que isso era inquestionável ao subir no temido Quebra-Ossos, permaneciam em um silêncio duvidoso crentes de que aquilo não daria certo.

E naquele dia o mal venceu, pois os céticos estavam certos.

Quando chegou alto o suficiente para sentir-se satisfeito, um galho cedeu ao peso de seu corpo e ele caiu. Seu braço e a perna esquerdos foram quebrados, deslocou a bacia e teve alguns problemas com vômito e tonturas, pois até seu cérebro balançou fortemente mesmo imerso no líquido cefalorraquidiano.

Seth desmaiou e acordou no estranho quarto de hospital horas depois sem suas memórias recentes. Daquele acidente ele só lembrava da sensação de acordar, literalmente, quebrado. Aquela dor que veio por estar todo moído com cada músculo de seu corpo latejando não era algo que se esquecesse com facilidade. Muito menos a preocupação excessiva de seus pais que veio em conjunto com uma Hannah muito puta.

Naquele dia ele prometeu que não faria mais coisas como aquela, promessa que foi quebrada aos doze quando ele bateu a cabeça na borda da piscina ao tentar dar um mortal e provar a todos que ele era sim um homem másculo e capaz. Naquele dia ele só não morreu porque seus amigos entraram em desespero e vizinhos ajudaram.

Por essas e outras lembranças, quando abriu os olhos e viu um quarto estranho, a sensação de déjà vu acertou-lhe com força. Todo seu corpo doía, em especial seu ombro direito e pé esquerdo, mas aquela era uma dor esperada. Ele se lembrava de tudo com riqueza de detalhes, desde o walker até a raiva assassina que o fez se jogar em cima de um cara alguns palmos mais alto que si para defender sua honra.

Seth estava para desistir daquela porcaria, isso de defender a honra e mostrar que ele era sim capaz de alguma coisa sempre acabava consigo numa cama desconhecida sentindo dores horríveis. Sua masculinidade não valia toda aquela dor e sofrimento. Droga, ele quase podia ouvir os gritos de Hannah em seus ouvidos, mesmo que a culpa não fosse de toda sua.

Lençóis brancos, remédios para dor e quarto estranho exatamente como em suas memórias. Mas algo estava muito fora de lugar. Não havia Hannah, Lana, pediatras ou seus pais. Apenas ele e um garoto de olhos azuis que estava sentado ao seu lado lhe encarando com expectativa e um sorriso brincalhão.

Onde diabos estavam suas irmãs?

Seth o encarou, levantou as sobrancelhas, entortou o pescoço e se perguntou de onde diabos aquela miniatura de gente surgiu.

- Oi. - disse primeiro, já que o menino lhe olhando em silêncio estava começando a lhe dar medo. 

- Olá. Eu levei um tiro assim como você, meu nome é Carl.

- Oi?

- Foi um acidente de caça. Tinha um animal e ele era muito… - Seth fez sua melhor cara de “que merda você está falando?” e isso pareceu acordar a criança para sua tagarelice. - enfim. Meu pai disse que você e sua irmã podem ser importantes para o grupo porque ela fez sua cirurgia. Foi o Hershel que fez a minha, mas ele é velho e é veterinário e se formos expulsos mesmo ele é o dono da fazenda então vai ficar aqui e vamos precisar de alguém. Ter gente que entende de machucados por perto é importante, não é? 

Seth esfregou os olhos com a mão cujo braço não estava doendo. Só podia ser o sono fazendo-o acreditar que estava ouvindo aquele absurdo.

O menino soltou uma risadinha e Seth gemeu sem acreditar que havia acabado de acordar com uma matraca ao seu lado. Uma matraca que parecia quase tão ruim quanto a Hannah. 

- Está doendo muito? -Seth acharia fofa a cara de preocupação daquela criatura se não soubesse que o menino fala demais. Seth odeia pessoas que falam demais, todas a lembram sua irmã mandona. - Meus pontos ainda doem, mas nem tanto. Dá pra aguentar, acho que é normal. Mas se você não conseguir, podemos falar com o Hershel, ele tem um remédio que faz dormir, acredito que é isso o que importa. Posso chamar ele se você quiser?

- Jesus…

- Carl! Cadê você? - gritos irromperam o quarto junto com uma mulher morena que parecia desesperada até seus olhos pousarem no menino com olhos de oceano. Seth admirou-se como sua expressão foi de desespero para raiva em poucos segundos. - Deveria estar descansando, mocinho.

- Mas, mãe, eu-

- Nada de "mas". Hershel mandou repouso absoluto e é isso que você vai ter, anda logo quero te ver voltando pra sua cama neste momento.

Seth teve que se controlar pra não rir. Ver outra pessoa sofrendo nas mãos de uma sargento era prazeroso demais. Seria aquele o sentimento que dominava os outros quando o via passando vergonha com sua irmã?

E, mais importante que isso, onde estava ela agora?

Carl resmungou alguma coisa e levantou-se com toda dor e lerdeza de alguém que estava seriamente machucado antes de sumir pela porta.

- Me desculpa pela perturbação, ele só está feliz por encontrar alguém de sua idade. Ele se sente solitário desde que Soph... - Ela parou. Respirou fundo e ensaiou um sorriso. - Enfim. 

- Tudo bem. - Seth conseguiu articular.

A mulher assentiu e saiu do quarto atrás do filho fugitivo, não sem antes lhe lançar um olhar coberto de empatia.

- Melhoras.

Enfim, só. Seth sentiu dores no pescoço pela posição em que havia posto sua cabeça para poder olhar bem para todas as pessoas no quarto e voltou a deitar a cabeça no travesseiro.

Seu corpo inteiro estava doendo e com razão. Fazia tempo que não tinha uma semana animada como aquela, mas com um pouco de morfina e ajuda ele conseguiria ir facilmente para a kombi e poderiam dar o fora dali. Ok, talvez não tão facilmente assim, considerando que suas pernas pareciam pesar meia tonelada cada uma, mas qualquer coisa parecia ser melhor do que estar preso àquela cama e pior, não saber quem estava dividindo aquela casa com ele.

Batucou com os dedos no colchão, olhou em volta e bufou. Seth não gostava de estar rodeado de rostos desconhecidos e com certeza não queria saber se aquele grupo era formado pelos bons ou maus. Ele só queria correr pra bem longe e ter certeza de que poderia acordar sem uma faca em seu pescoço ou um garoto tagarela enchendo-lhe os ouvidos.

Só foram necessários poucos minutos após a saída de Carl e sua mãe para Seth cansar de esperar. Resolveu que não bancaria mais a princesa a espera de seu príncipe e jogou os lençóis para o lado bruscamente, o que causou uma dor aguda no seu próprio ombro.

Estava prestes a sair da cama quando a porta do quarto se abriu para dar espaço a uma mulher de rosto marcado com rugas de preocupação que em nada alteravam a beleza madura que ela tinha. Como se fosse planejado, uma brisa escolheu aquele momento para entrar pela janela, atacando os cabelos loiros que pareciam ser compostos por fios de ouro balançarem, dando-a a aparência de um anjo.

Mais gente desconhecida, ótimo. Seth adorava interagir com pessoas que não conhecia.

- Ouvi que estava acordado. - ela começou, aparentemente sem jeito. - Eu… Seth, eu sinto. Foi um acidente bobo que não vai se repetir, e eu, bom, me desculpe. Pelo o que aconteceu com você.

- O que?

- Eu, bem, foi um acidente e eu não queria atirar em você. Achei que era uma daquelas coisas e que estava atacando o Daryl. Foi um... eu sinto tanto. Eu realmente sinto muito.

Seth analisou a mulher. Os cabelos loiros, os olhos claros até as botas sujas de poeira. Era parecia sincera em suas palavras, realmente parecia arrependida e, sinceramente, assim como os outros dois ela não parecia uma pessoa perigosa que atiraria nele só porque deu vontade. Esse tipo de pessoa geralmente garante que você não vai mais levantar depois e nunca pedem desculpas pelas merdas que fazem.

Saber que ela havia causado essa dor que ele sentia em seu ombro naquele momento a deixava um pouco menos atraente a seus olhos, mas ele poderia lidar com isso.

Seth assentiu para a mulher. Entre olhares curiosos e olhares suplicantes, os últimos eram sempre os piores.

Fora que, por mais que aquilo doesse - e um tiro dói para caramba, agora Seth sabia muito bem disso -, ela parecia estar apenas querendo defender os seus. Se fosse ele no lugar dela, faria o mesmo. Não havia porquê surtar por aquilo.

- Eu trouxe algo para você, é uma oferta de paz. - mostrou um livro para Seth que olhou desconfiado.

- Tudo bem. - pegou o livro olhou para a capa. Não era um livro que ele escolheria ler e, de qualquer forma, preferia gibis. - Quem é você? E cadê minhas irmãs? Hannah e Elana?

- Sou Andrea, estou com o grupo do Rick. Chegamos um pouco antes de vocês, também com um menino baleado e uma desaparecida - ela mudou o peso dos pés mais uma vez.

- Carl, eu vi ele. E minhas irmãs?

- Quando as vi pela última vez, elas estavam ajudando a Patrícia na cozinha.

- Chame-as, quero ir embora. - Isso, Seth. Mostre quem é que manda na situação.

Ele não tinha mais certeza de quem mandava ali, pois no momento em que a frase lhe escapou pelos lábios o rosto da bela loira demonstrou um desconforto tangível e ele se arrependeu do que disse. Não foi educado para falar daquele jeito com ninguém, mas não é como se a queimação que sentia permitisse que ele pudesse pensar claramente.

- Eu acho melhor você ficar e a gente pode- 

Prevendo que ela negaria, Seth bufou. Se ele queria que suas irmãs, teria que fazer por si mesmo, então fez  força para levantar da cama. Coisa que se arrependeu na mesma hora, pois a dor que irradiava de seu tornozelo dava a sensação de que sua perna iria quebrar a qualquer momento.

- Ei, ei fica sentado! - Andrea o puxou de volta para a cama. - Não tenho certeza se poderá aguentar uma viagem agora, você passou por uma cirurgia complicada. Teve que receber transfusões de sangue e seu tornozelo está fragilizado. - justificou antes de ensaiar um sorriso tranquilizador.

- Quero a minha irmã. - disse sem fôlego.

Sim, ele tinha total noção de que estava agindo assim como uma criança mimada agiria, mas não confiava em loiras desconhecidas que eram capazes de dar sorrisos doces em meio ao fim do mundo.

- Tudo bem, eu vou atrás dela e você fica aqui quietinho, o que acha? - ele assentiu e ela sorriu mais uma vez. Talvez, só talvez, ela tenha voltado a parecer um anjo. Um anjo que havia dado-lhe um tiro, mas ainda sim um anjo.

Andrea se afastou lentamente e seguiu até a porta. Quando enfim a teve longe de suas vistas, Seth gemeu de dor como um animal agonizando e sentiu os cílios mais úmidos que o normal. Droga, será que ela havia o visto chorar?

Ele estava mais quebrado do que imaginava, mas isso não importava. Só precisava conversar com a irmã e dar o fora dali o mais rápido possível. Sobreviventes sempre eram problema, nada de bom poderia vir daqueles que estavam vivos seja por sorte ou por terem feito coisas que noutra vida jamais pensariam nas possibilidades.

Um calafrio desceu-lhe a espinha, o pensamento de que aquela casa ainda seria cenário de muito sofrimento passou aleatoriamente por sua cabeça. Restava apenas esperar não estar ali para presenciar as tragédias que viriam.

Não demorou muito para Hannah cruzar a porta com um olhar aliviado pesando em seu rosto e Lana pesando em seu colo. A menor praticamente pulou na cama para abraçar o irmão, feliz por finalmente vê-lo acordado, apesar de não estar em sua melhor condição.

- Como está se sentindo?

- Você deixou algum carro passar por cima de mim? - falou já se preparando para testar o pé novamente. Agora ele acreditava que estava mais preparado para a dor.

- Não, apenas um tiro no ombro e um tornozelo fodido. Não! Nem pense em tentar se levantar. - sua irmã o puxou novamente para a cama. Porra, já era a segunda vez hoje.

- Odeio quando me empurram desse jeito. - resmungou.

- Quem mais além de mim está te mantendo nessa cama, boboca?

- Andrea. - olhou em volta, perdendo por pouco a careta de insatisfação de sua irmã. - Onde exatamente estamos?

- Na fazenda do Hershel. Tem um grupo de Atlanta acampando no quintal deles e nós estamos acompanhados nesse quarto até você conseguir ficar de pé novamente.

- Já estou legal, podemos ir.

Hannah encarou seu irmão, elevou uma sobrancelha e teve uma ideia maldosa em sua cabeça. Sem aviso algum, ela estendeu a mão e deu um aperto no tornozelo enfaixado. Ela sequer aplicou muita força e, como esperado, ele urrou de dor.

- Ah claro, como você disse mesmo? “Já estou legal”. Só vai sair dessa cama para ir pro sofá e estará novamente na cama. Eu quero você inteiro o mais rápido possível, Seth.

- Vai se lascar, sua doida feia. Ninguém gosta de você por causa dessa tua-

- E tu acha que alguém gosta de você? - perguntou, cedendo a raiva. Sua língua coçava para dizer coisas que com certeza o fariam chorar e depois a faria chorar, pois, apesar do gênio impossível, ela amava os irmãos acima de tudo.

- Pelo menos eu não sou uma surtada emocional que vai acabar se matando. Você é ridícul-

Seth se calou por causa de uma ardência em suas costas. Lana havia lhe dado um tapa dolorido o suficiente para trazer lágrimas aos seus olhos. Onde aquela nanica havia arranjado tanta força?

- Não fala assim com a minha irmã! - brava ao ponto de ficar vermelha e não errar a pronúncia de nenhuma palavra, Lana estava prestes a dar outros tapas em Seth quando Hannah a abraçou pelas costas.

Ela gostava de ver o irmão apanhando da mais nova, na maior parte das vezes ele merecia, mas agora o menino estava machucado demais para arriscarem piorar os ferimentos.

- Tu me bateu? Tu realmente me bateu? Desde quando você tem sequer tamanho de gente pra essa merda, está doida também?

- Cala a boca, Seth. Não fala esse tipo de coisa pra menina.

- É, feioso. Calado. - Lana fez um “shhh” brusco e cheio de saliva com o dedo indicador à frente dos lábios.

- Como que eu devo calar a boca quando ela está aprendendo esse tipo de merda contigo! Olha a influência boa que você está dando para a garota, Hannah. Ótimo exemplo de irmã é você. - Seth zombou com vontade de socar as duas irmãs idiotas.

- Pelo menos alguém aqui está ensinando ela a se defender.

- Tanto faz. - cruzou os braços irritado. - Não é como se saber bater com força vai servir de alguma coisa antes de ser devorada. - sibilou em direção a mais nova, que estendeu a língua rosada na direção dele. Como se tivesse cinco anos e não quinze, Seth devolveu o gesto fazendo uma careta.

- Ó, Hannah, ele tá dando língua pa mim!

- Seth, não dê língua para a menina! - Hannah finge brigar, mas estava risonha demais para ser levada a sério por qualquer um ali. - Não liga para ele, bebê. Se ele der língua novamente você me avisa e a gente arranca ela.

- Cala a boca. - como esperado, ela riu; o que apenas serviu para deixá-lo ainda mais irritado. - Estúpida.

Hannah se sentou aos pés da cama, próxima aos pés enfaixados de seu irmão e pôs Lana no chão, segurando bem os ombros dela para ela prestar atenção ao que iria dizer.

- Você pode ir ficar um pouco com o tio Hershel, amorzinho? Eu preciso conversar um pouco com nosso cabeça-oca aqui.

- Babaca. - ele soprou pela respiração pesada, ainda tentando engolir a dor latente em seu tornozelo.

- Ta boooom. - a menina falou em tom engraçado deixando claro que estava indo contra sua vontade. - Também não gosto mais de vocês.

Hannah esperou a menina sair do quarto com sua pelúcia sendo levada no ombro e notou que as calças da menina estavam um pouco curtas. Lana estava crescendo rápido demais.

E além de crescer rápido, a cada dia que passa ela parecia ficar mais parecida com Seth; Hannah não conseguia ver como daria certo aquelas três personalidades explosivas juntas.

- Não olha assim pra mim, é você a responsável pela educação dela. - o menino se defende extremamente incomodado pelo olhar julgador de sua irmã.

-  Estou feliz que você esteja bem. - disse após um tempo, voltando seu olhar para seu irmão que a olhava desconfiado. - Tu assustou o inferno pra fora de mim que sequer faz ideia.

- Tô feliz por estar vivo também. Graças a minha juventude que permite um alto fator de cura, não suas habilidades como praticante da medicina. Só pra deixar claro.

- O que você disser, maninho. O que você disser. - rolou os olhos. - De qualquer forma, enquanto você bancava a Bela Adormecida eu andei fazendo umas tarefas aqui e acolá.

- Nossa, que milagre você fazer alguma coisa. Ninguém teve que apontar uma arma para você a mexer não?

- Ok, mas você percebeu que eu estou muito perto do tornozelo machucado, né? - Seth rolou os olhos. Ninguém sensato o suficiente levaria as ameaças de Hannah a sério.

- Fala logo o que tu queria dizer, Hannah.

- Enfim, foi legal. Eu dei uma volta lá fora, conversei com algumas pessoas hoje pela manhã e, assim, eu sei que o plano era a gente ficar aqui rapidinho e ir logo pra rota, mas… 

- Mas…?

- Não podemos mais ir embora.

- O que? - Seth encarou sua irmã buscando algum sinal de que estava brincando. - O que aconteceu, Hannah?

- Então, na verdade isso é uma história muito engraçada. Começou quando estávamos catando cenouras, mas acredito que vai gostar mais da parte em que a Lana atirou no Shane…


Notas Finais


Gente, eu estava pensando aqui comigo e cheguei a conclusão mais idiota do mundo: a fanfic é minha. Então eu estava pensando nas coisas que aconteceram em TWD e que eu não gostei, principalmente se tratando das mortes e pah e me vieram coisas na cabeça, então gostaria de perguntar para vocês um bagulho. Qual a morte que vocês mais odeiam ou acham desnecessária em TWD?
Tô fazendo uma listinha e me perguntando se com a presença dos Edwards alguma coisa será diferente, mas por hora só gostaria de saber a opinião de vocês.
Obrigada por lerem e até o próximo capítulo, crianças felizes sz


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