História Little Exo, little fan. - Just right.

Depois daquela abrupta ligação eu comecei à suar frio, desesperada, eu pensava demais e isso não ajudava, eu estava ferrada, já era, e agora?!
Como ele soube? Ah que idiota! Deve ter sido aquele barulho na janela! Ele é bom nisso! AAARRGGHH!
O quê que eu faço?! Vingança? Como será? Eu até pensei em faltar segunda mas ia ser muito covarde, e eu não sou covarde. Eu tenho que fazer alguma coisa! Ah Deus, e agora?!
Comecei à respirar fundo, minha vista ficava tudo escuro e meu corpo pesava demais, tentei me segurar em alguma coisa ligeiramente e pisquei os olhos várias vezes. Eu parecia estar tendo um ataque de pânico...
- Bae? - me chamou Traye.
Olhei para ele assustada.
- Está tudo bem? - perguntou preocupado.
- Eu estou bem, o que você quer? - meu pânico ia diminuindo pouco à pouco.
- Ah, tem um menino na porta dizendo que quer falar contigo. Posso chamá-lo?
Meu coração bateu rápido, quem será que é?
- Chame ele. - pedi.
Ele fez sim com a cabeça, e saiu.
Eu penteei meus cabelos lisos, suspirei pensando repetidamente: "Está tudo bem, reaja naturalmente, naturalmente...reaja naturalmente."
Fui me sentar na minha cama e fiquei olhando para a porta entre aberta, e nervosa, esperei pelo sujeito.
Demorou mais alguns segundos e vi Thomas pela porta, meu coração bateu rápido.
Mas o quê eu vi não parecia muito o Thomas...ele estava com os lábios roxos, a bochecha estava vermelha, ele estava destruído...então pensei tomada de raiva: "Glauco é um monstro total!"
- Você aqui? - perguntei surpresa, e corri em sua direção tocando seu rosto.
Ele me olhou, seus olhos cheio de mágoas, ele sorriu.
- Eu apenas vim aqui para ver seu rosto. - respondeu tristemente.
- Glauco fez isso com você? - perguntei super preocupada enquanto tocava seu lábios com o dedo inferior.
- Sim...e mais alguns garotos que acho que são amigos deles...
- O quê ele disse?
Ele se sentou na minha cama, sentei ao seu lado ainda preocupada e acariciando seu rosto.
- Ele disse para eu ficar longe de você, que se me ver de novo perto de você... - ele desviou o olhar. - Iria me machucar o dobro do quê estou...
Eu já continha lágrimas nos olhos, passei a mão pela sua costa, confortando ele, e falei:
- Ele acabou de me ligar, ele tinha drogado Sarah e William naquele dia que te machucaram, eu contei para ela, mas ele de algum jeito soube e disse que segunda- feira não tem escapatória.
Ele me olhou.
- Me perdoa, Thomas, isso tudo é minha culpa! Se eu tivesse sido mais esperta iria ter te salvado! Mas eu sou uma estúpida...sinto muito...eu fiz isso à você...
- Não ponha a culpa em você, Bae, foi culpa minha.
- Não, foi minha.
Ele riu.
- Como ainda pode rir, sabendo que você está fazendo um grande risco em vir aqui? - perguntei.
- Porque você me faz feliz.
Meu coração explodiu dentro de mim, e foi multiplicado por coraçõezinhos pequenos. Eu olhei dentro de seus olhos, ele falava a verdade, eu fiquei envergonhada, e pensei: "Eu prefiro esse tipo do que o tipo do Glauco."
Mas alguma coisa ficava guardado no meu coração, trancada com mil chaves, era meu sentimento secreto por Chanyeol...
Olhei Thomas, ele me abraçou fortemente, eu fiquei parada, então deitei minha cabeça no seu ombro e chorei silenciosamente. Depois eu perdi a noção do tempo, ficamos ali por minutos? Horas?
Então enxuguei minhas lágrimas com minha mão, ele me olhou preocupado.
- O quê eu faço? Ele vai fazer alguma coisa, eu tenho que lutar contra ele! - falei desesperada.
- Ssshh, calma, primeiro: Você não deve temer à ele, ele pode fazer tudo, mas não pode te mudar, você ainda é a garota que ele está babando, e você pode enganar ele, Bae, você consegue.
- Mas...mas...eu não consigo...como?
- Você consegue, escuta bem, você não vai poder falar comigo na escola, nem me olhar, Glauco está de olho em tudo, não fique com medo! Você tem à mim! E William e Sarah!
 - E Cassiel...e Peter e Layne!
- Quem é Peter e Layne? - perguntou franzindo a testa.
- Ah, dois novos amigos!
- Hum, ok, viu? Você tem um monte de amigos ao redor de você!
- Mas eu fiz erros...eu errei...e se eu errar de novo?
Ele me segurou pelos ombros, me olhou nos olhos.
- Você fez sim, um erro, e está na hora de consertar ele, você pode, e consegue.
Sorri, inspirada.
- Ainda tem um probleminha...
- Qual é?
- Você ia me beijar, não é?
- Ah... - ele se encolheu sorrindo. - Mais ou menos...quer dizer...foi...não....é...
Baguncei seu cabelo de leve e dei um selinho no seu rosto.
- Obrigado pelo conselho!
Ele sorriu.
- De nada.
- Então...quer alguma coisa? - olhei para meu pc.
- Você que decide.
- Uuuhhhuuu!!! - festejei e fui me sentar em frente ao computador.
- O quê vamos ver?
- Meu Chen...nós vamos ver... - olhei para ele contente. - Exo time!!

Segunda - feira.
Acordei muito cedo, eu fiquei com medo me lembrando das palavras do Chanyeol, tomei um banho super frio e vesti meu uniforme. Passei meu perfume doce, e passei batom de leve nos lábios. Organizei meus matérias e me sentei na minha cama com meu celular na mão, e pesquisei por cracks de Exo no youtube para eu rir, tentando me animar.
Me lembrava dos momentos raros de mim com Thomas...

''
- O que você vai fazer Segunda - feira? - perguntei tomada de grande preocupação.
- Eu vou ficar na sala, estudando, mas vou ficar sempre observando seus passos. - me olhou sorrindo.
Eu tinha abraçado ele como se fosse a última vez que eu iria abraçar ele. ''

Me assustei com o barulho do alarme, me tirando da minha lembrança, e olhei a hora: 07:00
Peguei minha mochila e coloquei nas costas, e saí.
Escutava músicas depressivas no ônibus, enquanto pensava em Chanyeol..quanto mais perto da escola eu chegava, mais medo me dava. Até que aterrisei lá e eu fiquei paralisada, respirei fundo e saí do ônibus.
Fui andando para o caminho da sala, escolhi uma cadeira qualquer, olhei ao redor, encontrei William:
- Oi. - falei.
- Oi. - respondeu ocupado.
- Então, como vai? - perguntei.
- Eu estou bem, mas ainda não entendi como fui parar naquela sala, mas tudo bem.
- Ah. - de repente vi Alexandre entrando na sala e uma ira controlou meu corpo.
Fui até ele e coloquei a mão no seu ombro fortemente.
- Baekki? Eeerr, oi! E aí?
- Seu monstro, diabo do inferno! - xinguei ele.
- Qual é o seu problema? Não fiz nada!
- Você fez o quê o seu amiguinho pediu! Traidor! Maldito! Cara de pau! Demônio! - bati nele.
- Calminha, eu não tive escolha! Ele me obrigou! Se eu negasse ele ia fazer uma coisa muito ruim...olhe, desculpa, mas entenda minha situação, por favor, me perdoe.
- Eu não vou te perdoar, nunca vou!  
- BAEKKIBIA! - chamou - me ele mas eu ignorei.
Voltei para minha cadeira, meus olhos lacrimejavam, eu escondi o rosto, não queria que ninguém me visse chorando. A campainha bateu; sinal de ficar na sala. Eu saí da sala do mesmo jeito com a cabeça abaixada, fui para o banheiro feminino e me tranquei na porta. Eu chorava, soluçando, eu pensava o quão rídiculo era aquilo, onde eu me encontrava, me julgava por ser tão fraca, frágil.
Depois de longos minutos, eu abri a porta devagar, fui em direção aos espelhos grandes, meus olhos estavam vermelhos. Abri a torneira e lavei meu rosto, minha mão e meu cabelo. Enxuguei com minha própria camisa e saí do banheiro ainda soluçando, e tomei um susto quando senti alguém pegando meu ombro por trás, olhei para trás, era...Chanyeol...
- Oi. - ele disse, eu me arrepiei até o rosto.
- O-oi. - gaguejei e baixei minha cabeça.
Ele segurou meu queixo e levantou minha cabeça, eu olhei ele, seu rosto era lindo...mas era um rosto enganoso.
- Por quê você estava chorando? - perguntou preocupado.
- Eu não estava chorando. - respondi raivosa.
- Não minta para mim. - mandou com a voz grave. - Você fez um grande erro em contar para sua amiga, Bae...quando bater o intervalo, me encontre no parquinho...vai ter uma multidão, assistindo ao um teatro real...não me decepcione. - me beijou na bochecha rapidamente e foi embora sem nenhuma outras palavras.
O QUE?! DO QUE ELE TAVA FALANDO?! MALUCO!!
Ai meu Deus! Eu estou morta! Ok, Baekki, respira, você consegue, você consegue...se lembre das palavras do Chen...respira...
Voltei à sala e me desculpei ao professor por chegar atrasada, ele revirou os olhos e mandou eu entrar ou eu ficar fora, eu entrei cabisbaixa e me sentei na cadeira preparada para copiar.
Eu olhei em volta, Lohana tinha faltado?! Eu vou ficar sozinha! Ai meu deus!! E agora?! Ah não, tenho o Layne e o Peter...e o William, e Cassiel, Thomas...sim...ele tinha razão...eu tenho amigos...
Mas eu ainda me sentia como se estivesse solitária...odeio esse sentimento.
Depois de mais três aulas, deu o intervalo, e eu não conseguia parar de pensar no Glauco, minha cabeça parece que ia explodir, eu fiquei super nervosa, eu não conseguia me conter...me dava vontade de gritar...Eu ignorei Cassiel, William, e Alexandre, e saí da sala obedecendo às ordens do Glauco.
Fui para o parquinho andando normalmente, por fora eu possa estar bem, mas por dentro tudo estava arruinado, eu chorava e queria morrer, e por fora foi apenas: Oi!
Eu me contive para não gritar e cheguei ao parquinho, encontrei Glauco sentado no banco de balanço, brincando e rindo. Suspirei e fui até lá.
- Queria falar comigo?
Ele parou de se balançar e me olhou sorrindo contente.
- Oi! Estou feliz que tenha vindo.
- O quê esperava? Eu não tinha escolha. - revirei os olhos.
Ele fez bico.
- Apenas vá ao ponto. - pedi.
- Onde sua amiga está? - ele olhou ao redor.
- Ela não veio. - respondi cruzando os braços.
- Ótimo! Só vai ser eu e você hoje. - segurou minhas mãos mas eu tirei com violência.
- Não tem um nós. Nunca teve.
- Você é engraçada. - ele riu botando a mão na barriga.
Levantei as sobrancelhas, impaciente.
- E você é estranho. - falei.
- Obrigado!
- Não é um elogio. - sorri. - Eu acho que estou pensando numa coisa...Glauco.
Uma nova coisa veio na minha mente, sim! Poderia funcionar!
- Diga.
- Eu vou namorar com você, mas só se me prometer uma coisa...
Ele ficou sério.
- Pode falar.
- Se você deixar eu me falar com Thomas, e se você não machucar mais ninguém!
- Hum. - ele ficou pensativo.
Olhei ele, insistente. Ele me olhou sorrindo.
- Eu prometo! - me deu o dedinho de promessas.
Eu suspirei, aliviada, então me sentei ao seu lado no outro balanço. Ele voltou à se divertir, mas falando comigo:
- Me fale mais um pouco sobre você, Baekki.
- Eu? Aaahh. Eu não sei...
- Qual é, vamos!
- Eu...eu gosto da cor preto! E...eu sou uma sonhadora!
- E...?
- E eu tenho fobia de pessoas querendo se meter na minha vida.
- Húm! - ele riu. - E eu sou atraído por garotas atrevidas!
Eu lembrei da música monster, e olhei para Chanyeol ao meu lado, me lembrando de sua voz na música...e eu tive uma vontade enorme de beijar ele bem ali, mas balancei a cabeça, tentando manter tudo sobre controle.
- O quê você acha em mim tão interessante? - perguntei.
- O seu jeito, me conquistou.
- Meu jeito? - estranhei.
- Sim, você é feliz, solta, eu gosto de pessoas assim.
- Ah, e para sua informação, eu gosto de pessoas boas, com o coração cheio de amores.
- Isso também é legal. - ele olhava para frente, encarando as pessoas.
- Eu posso falar com Thomas? - perguntei apressada.
- O quê você quer com ele? - perguntou me olhando curioso.
- Tem um grande motivo, você quase matou ele.
- Não exagere, ele está bem.
- Por favor.
Ele me olhou, verificando minha alma, então suspirou como um perdedor e disse:
- Tudo bem, mas não demore!
- Obrigado! - saí do balanço pulando e fui embora.
Tentei encontrar ele, eu não conseguia, fui até sua sala e encontrei ele sozinho lá, escrevendo do quadro. Quando entrei ele me olhou interrogativo.
- Chen! - fui até sua cadeira.
- Baekki? O que está fazendo aqui? - perguntou confuso.
- Eu consegui! Você estava certo! Eu disse que iria namorar ele, mas se prometesse não ferir mais meus amigos, e me deixar falar com você!
- Esperta!
- Obrigada! - me encolhi, com vergonha.
- O quê você vai fazer?
- Eu ainda não sei, porque não tem jeito de eu namorar um psicopata, eu tenho que ter um plano para quebrar isso!
Chen coçou o cabelo, atrapalhado.
- Eu ainda não consigo acreditar que você fez isso.
- É, nem eu. - sorri.
- E quanto à sua amiga? Sarah?
- Ela faltou...estou preocupada. - eu suava.
- Bom, o importante é que você conseguiu o primeiro passo!
- Sim!
Ele me abraçou e depois me soltou sorridente.
- Eu vou pensar em mais algo, okay? Por enquanto fique com ele.
- Você tem certeza?
- Sim, apesar de um pouco de ciúme, mas tudo bem.
Ri junto com ele, então saí da sala à procura do meu novo "namorado".
Eu pensei sobre o quê estava acontecendo, eu estava passando por muitos riscos, tudo está balanceado por enquanto. Mas e se isso é mais um erro? Será que esse acordo que fiz vai dar diferença? Espero que tudo acabe bem...