História Live A Dream - Only Me And You

Gabriel Pov's

— Bom dia — Falei entrando na cozinha.

Dei um beijo na testa da minha mãe e um na da minha irmã. A essa hora meu pai já deve ter ido trabalhar. Como o treino hoje seria na parte da tarde, decidi dormir um pouco mais.

— Bom dia, filho. Tudo bem? — Minha mãe perguntou.

— Uhum — Murmurei me sentando.

— Não vai treinar hoje? — Dhio perguntou.

— Vou, só de tarde — Falei e ela assentiu.

— Como foi a festa ontem? — Minha mãe perguntou.

— Muito boa — Sorri ao me lembrar de Clarissa.

— Aposto que a Clarissa estava lá — Dhio disse e riu.

— Quem é Clarissa? — Minha mãe olhou pra ela confusa e em seguida voltou seu olhar pra mim.

— A garota que o Gabriel gosta — Dhio deu os ombros.

— Dhiovanna! — Falei e ela riu.

— Tá bom, desculpa — Falou erguendo as mãos.

Minha mãe ainda me olhava meio confusa esperando minha resposta.

— O que a tua irmã disse é verdade? — Minha mãe perguntou sorrindo.

— É sim — Respondi também sorrindo.

— Você gosta mesmo dessa moça? — Perguntou. Eu assenti — Eu conheço?

— Não. Ela é a jogadora nova no Santos. Chegou tem pouco tempo — Falei.

— Pois então traga ela aqui para que eu possa conhece-la — Minha mãe disse.

— Tudo bem. Eu vou falar com ela e quem sabe ela não janta aqui amanhã?! — Falei e ela sorriu satisfeita assentindo.

— Você vai amar ela, mãe — Dhio falou se levantando.

Minha mãe também sorriu e se levantou.

— Só dela ter feito isso com meu menino, eu já a amo — Ela disse e eu ri.

— Isso o que? — Dhio perguntou.

— Olha como os olhos dele brilham ao falar dela — Minha mãe respondeu.

— Ei, deu né?! — Falei levantando também.

— Não vai comer nada? — Ela perguntou.

— Não estou com fome. Depois eu pego alguma coisa, sei lá — Falei e ela assentiu.

Eu sai da cozinha e fui pegar meu celular, em seguida fui pra sala.

Clarissa Pov's

Acordei um pouco "tonta" de sono. Eu realmente queria dormir mais um pouco.

Me levantei e segui pro banheiro, aonde fiz minhas higienes matinais e tomei um banho bem longo e morno pra ver se eu despertava. Quando sai, coloquei uma rouba boa para ir pro CT e deixei meu cabelo solto mesmo. Peguei meu celular e minha mochila e sai do quarto. Coloquei minhas coisas na sala e fui pra cozinha, aonde tomei café bem devagar. Eu tinha tempo.

Lembrar da noite passada me fazia sorrir e me perguntar se aquilo era mesmo real. Sinceramente pra mim as vezes não parecia, a não ser quando eu estava com Gabriel. É clichê? É! Mas quando estou com ele, esqueço de todo o resto, pra mim nada mais importa.

Quando terminei meu café, escovei os dentes, peguei minhas coisas e sai. Já dentro do carro, segui para o CT ao som de minhas músicas preferidas. Ao chegar, fui direto para dentro dele.

— Bom dia — Keth disse ao me ver.

— Bom dia Keth — Sorri.

— Que cara de sono é essa? — Ela perguntou rindo. Revirei os olhos.

— Não é obvio?! Tô com sono — Eu disse dando os ombros e ri.

— Como foi a festa ontem? — Perguntou.

— Muito boa — Sorri ao lembrar do Gabriel — Por que tu não foi? Alison não te chamou pra ir com ele? — Perguntei meio confusa.

— Chamou. E por acaso você viu ele lá?! — Ela perguntou.

— Só na hora da premiação — Falei a fitando e percebi ela arqueando as sobrancelhas — Aaaaaah. Pode me contar tudo — Falei.

— Eu te conto se... Você me contar sobre você e o Gabigol — Ela disse.

— Hum... Não aconteceu nada entre nós dois. — Eu disse sorrindo de lado.

— Ótimo, entre eu e o Alison também não! — Ela riu e andou na minha frente.

— Não! Ketlen, volta aqui! — Falei rindo e correndo atrás dela.

(...)

Levantei da cadeira da sala de imprensa sentindo mais flashes sobre mim e sai dali, seguindo para o vestiário.

A coletiva havia terminado agora. O treino também já acabou e as outras meninas já foram, só eu fiquei pra falar com os jornalistas. Eu gostava daquilo, achava bem divertido. Assim que cheguei no vestiário, voltei a colocar minha calça jeans, minha blusa listrada de mangas cumpridas – que deixava parte da minha barriga a mostra – e meu sapatinho preto. Pus minha mochila pendurada em um ombro só e sai dali.

— Ei — Escutei uma voz atrás de mim, enquanto eu andava pelo corredor.

Eu já conhecia aquela voz!

— Thi — Sorri abrindo os braços.

Ele soltou uma risada fraca e veio me abraçar.

— Como você tá?! — Perguntou.

— Bem. E tu? — Perguntei. Ele assentiu — Chegou agora?

— É. Nosso treino hoje é na parte da tarde — Falou.

— Boa sorte, por que o sol tá queimando viu?! — Falei. Ele riu.

— Que palhacinha você — Falou e eu ri. Dei os ombros.

— Thi, janta comigo lá em casa hoje?! — Falei — É tão chato morar sozinha — Revirei os olhos.

— Eu...

— Você vai sair com a Sophie?! Tudo bem, vai lá. Só quer saber dela mesmo — Falei e escutei sua gargalhada.

— Que menina ciumenta — Me abraçou de lado. Dei os ombros — Você não me deixou terminar. Eu ia dizer que só vou se tiver meu prato favorito — Arqueou as sobrancelhas.

— Strogonoff, pode deixar — Sorri.

— Muito bem — Ele sorriu — Vou treinar. Mais tarde apareço lá pra te perturbar, tchau.

— Tchau — Sorri.

Ele beijou minha bochecha e se foi. Continuei meu caminho para o estacionam e sem ser interrompida, cheguei lá. Estava concentrada em tentar abrir a porta do carro, quando senti alguém me abraçar por trás. Eu me assustei e escutei aquela risada que eu já conhecia.

— Pensou que ia embora sem falar comigo? — Perguntou.

— É, pensei — Respondi rindo.

— Pensou errado, linda — Disse me virando pra ele — Desculpa pelo susto — Disse.

— Tudo bem — Eu ri fraco — Olha, se você demorar, o Dorival vai brigar com você — Falei rindo.

— Ah relaxa, o que eu quero nem demora muito não — Ele disse e riu.

— Então seja breve — Falei.

— Como quiser — Disse e me beijou.

No início fui pega de surpresa – uma surpresa boa, pra deixar claro –, mas logo retribui. Ali todo o medo de que alguém nos visse desapareceu. Logo encerramos o beijo e como sempre, eu não sabia como olhar pra ele.

— Você é muito tímida, sabia?! — Ele riu. Corei.

— Palhaço — Eu ri fraco.

— Vai fazer o que hoje? — Perguntou passando as mãos no seu cabelo.

— Eu vou jantar com o Thi — Falei sorrindo.

— Jantar com o Thiago? — Ele arqueou as sobrancelhas.

— É, Bi — Falei e ele sorriu.

— Minha irmã me chama assim — Falou.

— Eu não sabia, desculpa — Falei e ele riu.

— Eu não me importo. Pode me chamar assim — Ele disse.

— Tudo bem — Eu ri.

— Eu preciso ir — Ele disse fazendo uma careta — Amanhã você é minha, viu?! — Disse me fazendo rir.

— Tá bom, só sua — Sorri. Ele sorriu satisfeito.

— Ótimo, tchau — Disse me dando um selinho.

— Tchau — Sorri e o vi seguindo de volta para o campo.

Me virei de novo e abri a porta do carro, entrando nele. Antes de seguir pra casa, passei no mercado para comprar algumas coisas que faltavam pra fazer a janta do Thiago. Depois disso, fui pra casa.

(...)

Eu já tinha terminado de fazer tudo, só espera Thiago chegar. Já eram quase oito da noite, beleza, ele não atrasado, eu que estava adiantada. Eu nem costumo jantar à essa hora, mas Thiago realmente é chato com isso.

Me joguei no sofá e liguei a TV, mas não passava nada de interessante. Faltava-me pouco morrer de tédio. Eu realmente odeio morar sozinha. Não gosto de me sentir só e nem de não poder conversar com alguém a todo momento – visto que eu sou muito agitada.

Peguei meu celular e também não tinha nada de interessante para se fazer. A hora parecia que não passava. Finalmente escutei alguém batendo na porta. Provavelmente já era o Thiago, o tio já tava acostumado, ele sempre vem aqui, por isso provavelmente não ligou solicitando a permissão pra ele subir.

Deixei o celular em cima da mesinha de centro e me levantei, seguindo até a porta. Ao contrário do que eu pensava, não era Thiago.

— O que você tá fazendo aqui? — Perguntei.

— Não é assim que se recebe uma visita — Ele disse. Eu ri.

— Entra — Dei espaço pra ele.

— Vou te ensinar como se recebe uma visita. Primeiro: "Oi, como você tá?!" — Ele disse afinando a voz, eu ri — Depois, meu beijo — Disse e me deu um selinho — Mas isso não é com qualquer visita, é só comigo mesmo.

— Entra logo Gabriel — Falei rindo.

Ele passou por mim rindo e então, fechei a porta.

— O Thiago teve que resolver algumas coisas e pediu pra eu vir no lugar dele — Gabriel disse se jogando no sofá.

— Resolver algumas coisas? — Eu arqueei as sobrancelhas. Ele assentiu — Ele foi sair com a Sophie né?!

— Não sei — Ele deu os ombros rindo — Mas eu gostei que ele me pediu pra vir — Disse se levantando e caminhando até mim.

— Porque? — Eu ri.

— Por que eu queria um tempo só nosso — Ele riu pegando minhas mãos — Um tempo nosso que não seja em uma festa, em um restaurante ou dentro do carro. Assim, só eu e você — Ele disse me fazendo sorrir.

— Como é fofo esse menino — Eu ri.

— Você acha isso engraçado? — Ele perguntou rindo também.

— Não — Falei — Eu só tenho que me acostumar com isso tudo.

— Isso tudo o que?

— Eu e você, assim... — Ri fraco abaixando o olhar. Ele soltou uma risada fraca.

— Você se acostuma — Ele beijou minha bochecha.

Eu sorri e puxei ele para sentar no sofá. Ele me abraçou de lado, puxando-me para mais perto.

— Dhiovanna falou sobre você pra minha mãe — Ele disse — Ela quer conhecer você.

— Sua mãe quer me conhecer? — Eu franzi o cenho.

— Sim — Ele confirmou assentindo.

— Tá bom — Eu ri fraco.

— É sério? — Ele me olhou.

— É ué. Por que não?! — Eu dei os ombros.

— Eu pensei que... Ah esquece! — Ele riu. Eu ri fraco — Então você janta lá amanhã? — Perguntou.

— Amanhã! Combinado — Sorri.

— Perfeito — Ele beijou minha bochecha.

— Bem, já que você tá aqui, vamos jantar né? — Falei levantando.

Estiquei as minhas mãos e ele pegou as mesmas sorrindo.

— Anda Gabriel — Eu ri vendo que ele não se mexia.

— Me ajuda! — Ele disse.

Eu puxei e ele nem se mexeu.

— Ah fica ai então — Falei saindo de perto. Escutei sua risada.

— Não — Ele correu atrás de mim e me abraçou por trás.

— Sai, feioso — Falei.

— Ah para, você me acha lindo que eu sei — Ele disse.

— Quem te iludiu? — Perguntei brincando.

— Olha pra mim e diz q não é verdade — Ele disse me virando pra ele. Eu gargalhei.

— Vem jantar — Falei puxando ele, que riu.

— Viu, não consegue — Deu os ombros.

— Vai esfriar em — Falei.

— Tá fugindo do assunto — Ele disse.

— Que assunto? — Perguntei e ele riu — Come ai e fica quieto vai!

— Nossa que menina delicada — Falou rindo — Não colocou sonífero na minha comida né?!

— Até que não seria má ideia — Falei.

— Ai você iria abusar de mim, tenho certeza — Falou.

— Ah me poupe, Gabriel — Eu ri. Ele riu também.

Me sentei e ele sentou a minha frente. Nos servimos e comemos, enquanto como sempre, Gabriel me fazia rir.