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História Live A Dream - Eu estraguei tudo.


Escrita por: woodynho

Notas do Autor


Oi oi amores.

Desculpe os erros e boa leitura! ❤

Capítulo 24 - Eu estraguei tudo.


Fanfic / Fanfiction Live A Dream - Eu estraguei tudo.

Sophie Pov's

Entrei em casa e sem querer – querendo – deixei a porta bater. Isso chamou a atenção dos meus pais, que ficaram me olhando por breves segundos. Não me importei, continuei meu caminho e segui até as escadas. Estava já na metade delas, quando escutei a voz da minha mãe.

— Sophie, aconteceu alguma coisa? — Ela perguntou.

— Não! — Menti e continuei subindo.

Eu realmente estava brava com o Thiago. Poxa, não é uma data qualquer. Pelo menos pra mim não. Tem um significado importante. Foi o dia em que começou nossa história, que tudo realmente começou a dar certo pra nós dois. O dia em que passei por cima do meu pai pra ficar com ele.

Meu pai nunca me apoiou com Thiago. Por um simples motivo: meu pai quer que eu seja empresária para herdar as empresas dele, mas eu quero seguir os meus sonhos como jornalista esportiva, e ele acha que de algum forma, Thiago vai me influenciar mais ainda pra isso. O que não é verdade. Ao contrário do meu pai, Thiago me apoiaria em qualquer coisa.

Ah, e eu sempre gostei do Thiago. Quer dizer, eu não o conhecia bem, mas ele sempre esteve na casa do Lucas e eu também sempre estive lá. De alguma forma a gente sempre se via, mas não se falava. Sempre achei ele muito lindo, simpático e carismático. Mesmo que a gente não conversasse eu reparava nas conversar dele com o Lucas. E bem, se não fosse Clarissa naquele churrasco, talvez a gente estaria na mesma situação hoje.

Então sim, essa data é muito importante pra mim! Mas pra ele... Eu não sei!

Entrei no meu quarto e fechei a porta, me jogando na minha cama. Fiquei uns minutos fitando o teto, até ser atrapalhada por alguém batendo na porta, em seguida entrando. Minha mãe.

— Ei filha, me diz o que aconteceu — Ela disse calmamente enquanto sentava ao meu lado.

— Foi o idiota do Thiago, mãe — Eu disse.

— Vem aqui — Ela disse batendo em seu colo.

Nada como um colo de mãe agora. Eu amava isso, de verdade. Minha mãe apesar de trabalhar muito e as vezes ser bem rígida comigo, sempre esteve por perto pra me ouvir, me dar atenção e carinho. Ela foi a primeira que soube quando comecei a sair com Thiago. Antes mesmo de Clarissa. Foi ela quem me ajudou a contar pro papai e tudo. Apoiei minha cabeça no colo dela, enquanto ela alisava meu cabelo.

— O que ele fez, em? — Ela perguntou.

— Esqueceu nosso aniversário de namoro — Eu disse suspirando — Pode não ser importante pra ele, mas pra mim é.

— Meu amor, não é só por que ele esqueceu que não seja importante pra ele — Ela disse.

— Você tá defendendo ele, mãe?! — Eu perguntei me levantando e lhe fitando.

— Não — Ela riu fraco — Mas olha, Sophie. Thiago é um rapaz muito ocupado e centrado. Ele é um jogador, filha. Tem que se concentrar em vários campeonatos, seleção brasileira. Tem a família dele. E todo mundo tem seus problemas pessoais. Tenta entender ele, é muita coisa pra uma pessoa só. Nem deve ter sido de propósito — Ela disse.

— Você acha? — Eu perguntei refletindo. Realmente era muita coisa em cima dele.

— Claro — Ela disse.

— Mesmo assim, eu fiquei chateada.

— Eu sei. Mas ele pode ter ficado chateado em te ver assim também, Sophie. Ainda mais se ele não teve essa intensão — Ela disse.

Minha mãe estava certa. E aquilo me deixava um pouco arrependida pelo o que fiz e a forma em que sai da casa dele. Mas eu sempre fui impulsiva, explodia quando estava com raiva sem me importar quem se machucaria e depois, como hoje, acaba me arrependendo.

— E agora, mãe?! Será que ele ficou chateado comigo? Eu estraguei tudo — Voltei a me deitar em seu colo.

— Você não estragou nada, Sophie. Só precisa ser mais compreensiva, filha. Precisa tentar entender o por que ele esqueceu — Ela disse.

— Mas e se não for isso? E se ele tiver esquecido mesmo? — Eu perguntei.

— Tenho certeza que não, confia em mim — Ela sorriu doce.

— Eu acho que vou na casa dele — Eu disse. Minha mãe riu — O que foi?

— Sabe que eu era bem assim quando tinha sua idade?! — Ela disse.

— Ah mãe, vai começar a contar suas histórias? — Eu perguntei.

— Não — Ela riu — Mas olha, você pode ir atrás dele, mas primeiro você vai almoçar certo?

— Tudo bem, vamos descer então — Eu disse puxando ela.

Nós descemos e entramos com a gente. Pelo o que percebi meu pai não almoçaria com a gente, já que estava com uma ligação. Aliás, meu pai vive no telefone.

Eu e minha mãe almoçamos e conversamos sobre várias coisas. Dentre elas, minha faculdade, que apesar de não ser a vontade dela, ela me apoiava bem. Entendia que aquele era meu sonho.

Estava levantando para por tudo no lava-louças, quando escutei a campainha tocar.

— Quem será? — Eu perguntei.

— Vai lá ver. Eu cuido disso — Minha mãe disse e eu só assenti.

Deixei as coisas em cima da pia e corri até a porta da sala. Assim que abri, vi Thiago.

— A gente pode conversar? — Ele perguntou.

— Claro — Falei sorrindo de lado.

— Vem comigo? Por que né... Seu pai não gosta muito de mim — Ele disse coçando a nunca. Não evitei a risada.

— Tudo bem, só vou avisar minha mãe, tá?!

— Tá bom — Ele sorriu.

Entrei correndo e desse mesmo jeito fui pra cozinha.

— Mãe, é o Thiago. Eu vou sair com ele um minuto pra gente conversar tá?! — Falei meio ofegante.

— Claro filha, boa sorte — Ela sorriu beijando minha testa.

Voltei e vi Thiago de costas pra mim. Ele olhava pra um lugar qualquer e tinha as mãos no bolso. Fechei a porta e dei uma leve ajeitada em meu cabelo. Suspirei ajeitando minha postura e caminhei até ele.

É, eu ainda ficava nervosa na presença do Thiago.

— Voltei — Falei.

Ele se virou pra mim e pegou em minha mão.

— Vem — Ele disse.

Caminhamos em silêncio até um parque bem perto da minha casa. Então, nos sentamos lá.

— Amor — Ele disse pegando minhas mãos — Eu sei que você está chateada comigo, mas eu juro pra você que não esqueci nosso aniversário de namoro de propósito. Eu sei o quanto é importante pra você e acredite, tem a mesma importância pra mim. Só que ultimamente eu tenho pensado em muitas coisas e...

— Para Thiago — Ri fraco e ele me olhou confuso — Tá tudo bem. Eu peguei pesado com você também. Eu entendo que você tem muitas coisas na cabeça e que não esqueceu de propósito — Eu sorri.

Ele sorriu, me abraçou e escutei seu suspiro.

— Desculpa tá?! — Eu disse.

— Você não tem culpa de nada, amor — Ele disse.

— Tenho sim, Thi. Eu peguei pesado com você, mas deveria tentar entender primeiro — Eu disse.

— Tá tudo bem agora — Ele disse colocando sua mão em meu rosto.

Ele se aproximou e selou nossos lábios.

— Vamos aproveitar nosso dia, tá certo?! — Ele disse.

— Tá — Ri fraco.

Alguns dias depois....

Clarissa Pov's

— Já podemos passar pra fase dois da fisio? — Eu perguntei esperançosa.

— Podemos — Ela sorriu — A segunda etapa é a eversão resistida do pé — Ela disse — Vamos usar esse elástico aqui. Deita na maca, pega o elástico e coloque no pé, a outra ponta você segura.

— Assim? — Perguntei fazendo.

— Isso — Ela riu — Agora puxe a ponta do pé para si e rode a planta do pé para fora. Retome lentamente a posição inicial — Ela explicava.

— Desse jeito? — Ela assentia — Quantas vezes por dia?

— Desde que não sinta dor durante o exercício, de 8 a 12 vezes.

— Durante quantos dias? — Eu perguntei.

— Depende da sua evolução — Ela riu fraco — Olha Clarissa, você está se recuperando muito rápido. Mas rápido do que eu esperava. Continue assim e logo logo estará de volta aos gramados. Antes mesmo do esperado — Ela disse me fazendo sorrir.

— Logo logo minha menina estará brilhando de novo — Gabriel, que estava do meu lado desde o inicio, disse.

O treinamento dele já havia se encerrado, então ele decidiu acompanhar minha sessão de fisio. Ele fazia aquilo ser divertido, conversavamos o tempo todo e o tempo parecia passar mais rápido.

— Por hoje já está ótimo. Você pode fazer esses exercícios em casa, Clarissa. Mas apenas cinco vezes, no máximo — Luana disse.

— Certo. Posso levar esse elástico? — Eu perguntei.

— Pode — Ela riu.

— Obrigada — Sorri — Até amanhã.

— Até querida — Ela sorriu doce.

Gabriel entrelaçou nossos dedos e saímos dali.

Era meio óbvio que todos do Santos já soubessem sobre o nosso namoro. Até mesmo o presidente, mas ninguém tinha nada contra, o que era bom. Mas eles sempre nos alertam sobre não ficar de "namorico" aqui dentro, saber separar o namoro e o trabalho. E é o que temos feito, por mais difícil que fosse hahaha.

Estávamos caminhando pra fora do CT Rei Pelé, quando escutei o toque do meu celular. Era Jorge, estranhei, fazia um tempinho que ele não me ligava. Quer dizer, desde que meu pai veio pra cá, tudo é resolvido entre eles e depois me comunicam. Mesmo assim, atendi.

— Oi — Falei andando mais devagar. Gabriel me olhou confuso e logo percebeu que eu falava no celular. Apenas sorri fraco pra ele.

— Clarissa, já saiu do CT? — Jorge perguntou.

— Estou saindo agora, por que? — Perguntei.

— Sua mãe passou mal, estamos no hospital com ela — Ele disse.

— O que? — Parei de caminhar sentindo meu coração apertar — O que ela tem?

— Eu não sei, está passando por exames agora. Ela teve um desmaio mais cedo e decidimos trazer ela — Ele disse.

— Jorge, por favor, me passa o endereço do hospital que eu vou agora até ai — Eu disse.

— Tudo bem, vou passar por mensagem — Ele respondeu.

— Ok — Eu disse e desliguei a ligação.

Fechei os olhos e respirei fundo, tentando manter a calma.

Minha mãe já desmaiou uma vez, ainda em Bragança Paulista, não tinha muito tempo. Ela passou por exames, mas os mesmos não apontaram nada. Mas os médicos alertaram que era pra ficar de olho, minha mãe sempre teve problemas cardíacos e tomava remédios para controlar. Nunca foi nada grave, algo que pudesse apontar uma doença séria. Eram apenas alguns sintomas causados pelo stresse do dia a dia, mas eu realmente tinha medo de que algo mais grave aparecesse. Eu não comentei isso com ninguém aqui em Santos, era uma coisa que só minha familia sabia e eu não gostava de lembrar disso.

— Ei amor, tá tudo bem? — Gabriel se aproximou — Você tá meio pálida.

Senti meu celular vibrando e vi a mensagem de Jorge com o endereço do hospital aparecer na tela.

— Bi, você pode me levar até esse hospital? — Eu perguntei.

— Claro que posso, Cla. Por que? Você está se sentindo mal? — Ele perguntou.

— Não — Minha voz saiu falha — É a minha mãe.

— Ela está bem? — Ele perguntou.

— É o que eu quero saber.

— Vamos rápido então — Ele disse.

Seguimos para o carro dele e então entramos. Lhe mostrei o endereço e ele já sabia aonde ficava o hospital, graças a isso o caminho foi bem mais rápido. Logo já estávamos em frente a ele.

— Ei amor, fica calma. Sua mãe vai ficar bem — Ele disse pegando minha mão. Eu sorri fraco em forma de agradecimento.

— Obrigada por me trazer, a gente se vê mais tarde?

— De forma alguma, eu não vou te deixar aqui sozinha — Ele disse.

— Gabriel, você não precisa...

— Claro que preciso. Mesmo que você não queria e me mande ir embora, eu vou ficar aqui você — Ele disse me fazendo sorrir.

— Obrigada — Falei.

Ele sorriu e então salmos do carro entrando naquele hospital. Logo avistei Jorge e meu pai sentados na recepção.

— Alguma notícia dela? — Eu perguntei.

— Não — Meu pai disse se levantando — Só sabemos que ela está dormindo e que logo os resultados dos exames saem.

— Ela vai ficar bem? — Eu perguntei.

— Claro que vai, filha. Claro que vai — Ele me abraçou.

Gabriel cumprimentou meu pai e Jorge, em seguida sentamos ao lado deles, nos preparando para esperar um pouco mais até que saísse os resultados.


Notas Finais


O que será que aconteceu com a mãe da Cla em?! Cometem a opinião de vocês! ❤

Obg pelos comentários do último capitulo, minhas lindas.

Até o próximo capítulo, beijo beijo! ❤


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