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História Live A Dream - Estréia


Escrita por: woodynho

Notas do Autor


Ooi amores.
Desculpe pelos erros e boa leitura! 💙

Capítulo 7 - Estréia


Fanfic / Fanfiction Live A Dream - Estréia

Dias depois...

Sábado, finalmente  sábado, dia da minha estréia pelo Santos. Eu estava ansiosa. A saudade de jogar já me consumia e eu não via a hora de colocar os pés no campo e fazer o que eu mais amo.

Essa semana foi um saco pra mim. Depois de ter saído com o Gabriel na segunda, quase não vi ele e nem o Thiago. Amanhã já era o jogo da semifinal do campeonato paulista contra o São Paulo e eles estavam bem concentrados no treino e viajavam para jogar fora de casa. Sophie também estava ocupada, fazendo não sei o que. Eu também treinei duro essa semana por ser minha estréia hoje. Fora isso, estava realmente um saco!

Estacionei o carro no estacionamento do CT. Olhei no espelho dando uma ajeitada no meu cabelo e peguei minha mochila, em seguida saindo do carro. Segui o meu caminho pro vestiário feminino, aonde encontrei as outras garotas.

— Boa tarde — Falei parando ao lado que Keth, que mexia em seu armário.

— Boa tarde, Cla — Ela sorriu — E ai, animada pra sua estréia?

— Mais animada impossível — Eu sorri largamente.

— Aposto que você estréia com gol — Ela disse.

— Será?! — Eu ri fraco abrindo meu armário.

— Me poupe, Clarissa. Só nos treinos você faz cada gol em. Já foi convocada pra seleção? — Ela perguntou.

— Ainda não — Eu ri — É o meu maior sonho.

— Então se prepara. Por que aqui no Santos você vai decolar e vai ser convocada logo — Ela disse.

— Tomara viu?! — Falei animada.

Continuamos nossa conversa, enquanto eu me trocava.

(...)

Já no vestiário da Vila, eu terminava de amarrar os cadarços da minha chuteira para ir pro campo aquecer. Quando me levantei, prendi meu cabelo em um rabo de cabelo e me juntei as outras. Antes de irmos, Caio falou algumas coisas, nos passou algumas instruções, então seguimos pro campo.

Como eu já esperava, a Vila não estava tão cheia, mais tinham torcedores cantando e apoiando. Começamos o aquecimento com a Luana, nossa preparadora física. As meninas do Goiás também se aqueciam do outro lado do campo e pareciam bem focadas. Não que nós não estivéssemos, mais a gente conversava.

Quase vinte minutos de aquecimento e voltamos para o vestiário.

Tá chegando a hora e eu novamente me encontrava ansiosa. Coloquei minha camisa do Santos com um enorme sorriso no rosto. "C. Goulart", camisa 9. Ainda era meio inacreditável que meu nome realmente estava na camisa do Santos e eu realmente iria estrear como profissional essa noite. Ajeitie meu cabelo, o prendendo novamente e eu estava pronta.

Nos reunimos em uma roda, antes de subir pro campo. Caio falava algumas coisas nos passando confiança e animação. Logo passou a palavra para Alline, nossa capitã.

—  Bom meninas, hoje temos mais um jogo duro pelo campeonato brasileiro. Já enfrentamos o Goiás antes e vocês sabem que não é um time fácil. Quando entrarmos naquele campo, o foco tem que ser total no jogo. Nós queremos esse titulo, então temos que ir atrás dele. Com agressividade, claro que respeitando o adversário. Com vontade, com a capacidade que nós sabemos que temos. Cada uma de nós tem que colaborar com isso para buscarmos mais uma vitória dentro de casa, que sabemos que é importante. Somos fortes aqui dentro, vamos lutar até o último minuto e se Deus quiser vai dar tudo certo. Vamos lá! — Ela gritou a ultima frase batendo palma.

Por fim, fizemos nossa oração e nos preparamos para seguir pra fila. Quando sai do vestiário, a minha frente se encontravam alguns rostos sorrindo.

— O que vocês estão fazendo aqui?! — Eu perguntei também sorrindo.

— Eu prometi de mindinho que viria na sua estréia — Thiago se aproximou me abraçando — E eu não costumo falhar em minhas promessas — Beijou minha bochecha — Boa sorte, Clari — Ele disse e eu apenas sorri em forma de agradecimento.

— Eu não perderia a estréia da minha amiga por nada nesse mundo — Sophie disse me abraçando — Boa sorte lá!

— Obrigada amiga — Sorri pra ela.

— Eu vim por que me arrastaram obrigado pra cá — Gabriel disse.

— Não me lembro de ter te arrastado. Você que pediu pra comprar um ingresso pra você — O Thiago disse nos fazendo rir.

— Não precisa ser assim, Gabriel. Pode confessar que veio me ver jogar — Dei os ombros rindo.

— Ah vim mesmo! — Ele riu e me abraçou — Boa sorte, Cla. Tenho certeza que você vai se sair muito bem — Disse pegando minhas mãos.

— Obrigada, Gabriel — Sorri.

Ele se aproximou para beijar minha bochecha e novamente me abraçou.

— Clarissa, vamos logo — Keth disse.

— Eu preciso ir. Até depois — Falei pra eles e sai dali sorrindo.

Entrei na fila das meninas enquanto estávamos preparadas para finalmente entrar na Vila. Eu conseguia escutar a torcida, mesmo que pequena, cantar e aquilo me deixava arrepiada. Meu coração batia aceleradamente. Logo começamos a andar em direção ao gramado e quando nos posicionamos, o hino nacional brasileiro começou a tocar, fazendo com que eu me arrepiasse por completo novamente.

Depois de tocar o hino, nos reunimos pela última vez e Alline nos passava algumas instruções. O Santos começaria com a bola, então me posicionei em frente a Keth com a bola ao nosso meio, apenas esperando a juíza apitar o início do jogo.

(...)

O jogo estava difícil. Já na metade do segundo tempo, estávamos empatando por 0x0. As chances de gols para os dois lados eram claríssimas, mais a bola não entrava de jeito nenhum. Quando não batia na trave, a goleira pegava. O jogo estava muito movimentado e confesso que eu já estava bem cansada.

A bola nesse momento estava nos pés da Maurine, que invadiu a grande área do Goiás e tocou pra Suzane. Sem muitas chances, a mesma voltou o jogo com Keth, que foi atingida por um carrinho fora da área. Falta pro Santos. Era uma falta perigosa e chance de poder abrir o placar era grande. Percebi Keth me chamando e caminhei até ela.

— Eu vou correr e passar direto, você bate — Ela disse.

— Keth, eu acho melhor você bater — Falei.

— Você cobra falta melhor que eu, Clarissa. Já treinamos essa jogada. Vai logo — Ela disse.

— Tá — Suspirei.

Enquanto a juíza ainda falava com algumas jogadoras do Goiás, eu peguei uma garrafa de água e bebi um pouco dela. Alline se aproximou e perguntou:

— Quem vai bater?

— Eu — Falei.

— Ótimo, vai lá — Ela disse.

Eu treinei muita cobrança de falta essa semana e eu me saia bem na maioria delas, mas confesso que estava um tanto nervosa.

Me posicionei junto com Keth. Olhei e a barreira do Goiás continha três jogadoras. A goleira estava atenta a cada movimento meu ou da Ketlen. A juíza esperava todo mundo se organizar, enquanto isso eu dava alguns passos pra trás me posicionando, quando ela finalmente apitou autorizando a cobrança. Keth correu passando direto, então eu corri e chutei por baixo na bola. Ela passou por cima da barreira, passou pelas mãos da goleira, fazendo uma curva incrível e entrou no ângulo.

Gol! Meu primeiro gol no Santos! Meu gol na estréia!

Percebi algumas das meninas vindo em cima de mim comemorar, enquanto eu mal conseguia me mexer. Eu estava feliz, obviamente, mais não sabia como comemorar a não ser sorrindo, enquanto algumas lágrimas queriam descer.

— Eu disse que você ia marcar — Keth disse me abraçando.

— Boa, Clarissa! — Alline sorriu.

Antes do jogo recomeçar com o Goiás, a plaquinha indicando mudança no time do Santos subiu. Eu iria sair. Suspirei aliviada, o cançado e exaustão era grande. É claro que eu estava em ritmo de jogo, mais ainda não conseguia jogar os noventa minutos. Eu sai para entrada de Luize.

— Boa, garota! Sabia que podia confiar em você. Parabéns! — Caio Couto disse me abraçando.

— Obrigada, professor! — Sorri ainda ofegante.

Peguei uma garrafa de água e me sentei ao lado da Mimi, goleira reserva. Quando minha respiração estava finalmente mais calma, voltei a me concentrar no jogo. O gol do Santos acordou o jogo e o deixou ainda mais movimentado. Dessa vez, o Santos atacava mais e facilmente. O Goiás havia sentido o gol e não conseguia reagir. Logo o segundo gol saiu de Maurine.

Os últimos dez minutos de jogo, foi o Santos tentando manter a posse de bola e um time bem recuado, não dando espaço para o Goiás. A gente segurava aquela vitória por 2x0 que era super importante, quando por fim, o jogo se encerrou.

— Clarissa, uma palavrinha pra gente?! — Um repórter se aproximou, eu apenas sorri — O jogo começou meio difícil para os dois lados mas o Santos saiu com a vitória. Esses três pontos são importantes? O que faltou pra sair o gol no primeiro tempo?

— Com certeza! O jogo estava bem movimentado, as duas equipes buscavam o gol. No primeiro tempo estávamos errando muitos passes bobos e dando a oportunidade pro contra ataque deles e isso dificultou um pouco para que saísse o primeiro gol, mas o Santos voltou melhor no segundo tempo, conseguiu abrir o placar e logo ampliamos — Falei.

— Feliz pela sua estréia e pelo golaço? — Perguntou.

— Nossa, demais! — Eu ri — Eu queria fazer uma boa estréia pelo Santos e nada melhor do que estrear com um gol desses — Sorri.

— Obrigado, Clarissa! — Ele disse e eu apenas sorri.

Sai dali e segui para o vestiário.

(...)

Eu já estava em casa. Depois que sai lá da Vila direto pro CT, fui pra casa. Thiago até me ligou bravo por eu não ter esperado eles, então, eles decidiram vir pra cá. Segundo eles, comemorar a minha ótima estréia.

Eu estava feliz pelo gol e meu pai também, o qual eu tinha acabado de encerrar a ligação. Aquilo me deixava mais animada. Minha mãe também chegou a me dar os parabéns, mesmo que ela não gostasse da minha profissão.

Escutei o interfone tocar e corri para atender.

— Boa noite, senhorita Clarissa. Tem dois rapazes e uma moça dizendo que são seus amigos e querem subir — Falou.

— Pode deixar eles subirem, tio. Obrigada — Sorri.

Desliguei a ligação e ri. Eu e minha – as vezes, raramente — cara de pau. Eu não sabia o nome dele, pra mim sempre foi o "tiozinho da portaria". E pelo visto ele não se importou muto.

Voltei pra sala e fiquei fuçando meu Instagram, enquanto esperava eles chegarem aqui. Minutos depois, ouvi batidas na porta. Deixei o celular em cima da mesinha de centro e me levantei para abrir a porta.

— Entrem, fiquem a vontade — Sorri dando espaço pra eles.

— Menina, que gol foi aquele?! — Sophie disse me abraçando. Eu apenas ri.

— Parabéns pelo gol, baixinha. Realmente foi bonito — Thiago disse.

— Obrigada, Thi — Sorri — O que é isso tudo? — Apontei para as sacolas na sua mão.

— Coisinhas pra comer — Ele deu os ombros.

— Hm, comida. Já falei que te amo?! — Sorri pra ele.

— Já, gordinha — Ele riu.

— Pode por lá na cozinha — Falei.

— Tá. Vem comigo, Sophie? — Ele perguntou olhando pra ela.

— Com certeza — Ela respondeu e me olho piscando.

Eu vou matar esses dois!

Escutei a risada fraca do Gabriel.

— Eles não sabem nem disfarçar — Falou me fazendo rir — Olha, a sua estréia foi sensacional. Parabéns pelo golaço — Ele sorriu.

— Obrigada — Sorri — Cada dia realizando um sonho... — Falei.

— E ainda realizará muitos. Você joga com amor, Clarissa. Seu futebol vai te levar a grandes lugares — Ele disse.

— É bom ouvir isso — Sorri — Não tem nada que eu ame mais que o futebol.

— Exceto eu — Ele disse me fazendo gargalhar.

— Sonha, Gabriel — Falei. Ele riu.

— Tá bom — Ele disse e me abraçou — Tá cobrando falta melhor que o Lucas.

— Ah não exagera vai — Ri desfazendo o abraço.

Ele sorriu e se jogou no sofá.

— Você levou mesmo a sério o "fiquem a vontade" em — Falei.

— Eu tô cansado — Ele falou dando os ombros.

— Que desculpa clichê — Falei — Você é folgado mesmo, isso sim!

— Eu tô me sentindo em casa — Ele disse colocando suas pernas em cima das minhas.

— Jura?! Nem percebi — Falei rindo.

— Cadê aqueles dois em? — Ele perguntou se levantando.

— Espera, Gabriel. Vai devagar — Eu falei segurando seu braço.

— Porque?! — Perguntou, mais logo pareceu se ligar — Aaaah! Vamos lá! — Sussurrou me fazendo rir.

Nós caminhamos até a cozinha e bem, era o que imaginavamos. Thiago quase beijava Sophie. Percebi que Gabriel ia abrir a boca pra falar alguma coisa, mais eu o interrompi colocando minha mão em sua boca.

— Shiu! Não seja estraga prazeres — Sussurrei me virando para olhar pra ele.

Pelo visto eu estava próxima demais a ele. Nossos rostos ficaram separados por centímetros. Gabriel tirou a minha mão da sua boca e levou sua mão ao meu rosto, enquanto se aproximava mais. Meu coração parecia que iria sair pela boca, mais eu tentava me controlar. Escutei o barulho da panela batendo e rapidamente me afastei do Gabriel, que bufou.

— Estão bagunçando minha cozinha? — Perguntei entrando lá, ainda me recuperando do que poderia acontecer anteriormente.

— Só um pouquinho — Thi disse sorrindo.

— Você vai arrumar depois — Falei.

— Vou nada — Deu os ombros.

— Que abuso — Falei rindo — O que vocês vão fazer? — Eu perguntei.

— Brigadeiro — Sophie disse sorrindo.

— Ei, vocês querem que a nutricionista me mate? — Perguntei.

— A gente morre junto — Gabriel falou e riu — E tu também, Thiago!

— Relaxa, nem vamos comer tanto — Ele deu os ombros.

— Vocês não vão, eu vou — Sophie disse. Nós rimos.

Nós passamos boa parte da noite ali, enquanto Sophie fazia algumas coisas e eu a ajudava. Thiago e Gabriel mais atrapalhavam do que ajudavam, mais estávamos nos divertindo. Fora quando Gabriel me olhava, eu realmente estava com vergonha pelo o que quase aconteceu.


Notas Finais


Essa foi por pouco em?! 😁❤ o que acharam? Hahaha me contem 🙊❤

Antes de me despedir de vocês, queria agradecer pelos últimos comentários no capítulo anterior. Vocês são demais hahaha, me animam muito! ❤ Obg por acompanhar a fic e comentar, isso me trás tanta inspiração 😁💙
Love vocês ehehe. Obrigada por ler e até o próximo! ❤


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