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História Live A Dream - Gabriel, o Gabigol.


Escrita por: woodynho

Notas do Autor


Boa noite amores! Desculpe os erros e boa leitura! ❤

Capítulo 86 - Gabriel, o Gabigol.


Fanfic / Fanfiction Live A Dream - Gabriel, o Gabigol.

Os jogos se passavam rápidos. A fase de grupos já havia terminado. O Brasil se classificou para as quartas de final em primeiro no futebol feminino, goleamos em alguns jogos e no último – de ontem – empatados. Já a seleção masculina estava tendo algumas dificuldades, e ai vinham as críticas. Mas os meninos pareciam tranquilos, assim como Micale, mesmo que todos duvidassem. Empataram as duas primeiras partidas por 0-0 com adversários considerados "fracos". E isso já fazia a mídia e a torcida cair matando. Dizia sobre a vergonha que seria se o Brasil fosse eliminado logo na primeira fase dentro de casa, criticavam desde os jogadores, até o departamento médico. O clima não estava muito bom, mas hoje seria o último jogo da fase de grupos contra a Dinamarca. Era vencer ou vencer.

Eu consegui fazer o meu primeiro gol com a camisa da seleção nas Olimpíadas. Foi justamente no último jogo. Eu estava feliz. Tinha conseguido esquecer e evitar toda aquela história de Gabriel e Europa. Aliás, ainda não conversamos sobre isso. Em uma entrevista coletiva ele disse que ainda não tinha nada certo e que seus pais junto com seu empresário estava cuidando de tudo. Não falei com o Gabriel nos últimos dias. Ele estava afastado do celular, de tudo. Prováveis ordens do Micale. Mas eu até entendia, eles não estavam em uma situação muito favorável, precisavam de concentração. E nem seria legal conversar sobre isso com o Gabriel pelo telefone. Eu não tenho outra escolha a não ser esperar até o fim das Olimpíadas e ai conversaremos com calma.

— Em Clarissa? — Andressa perguntou.

— O que? — Perguntei tirando a "atenção" do celular.

— Não escutou nada que a gente disse? — Debinha perguntou.

— Não gente, desculpa — Eu disse sorrindo fraco — O que vocês falaram? — Perguntei me sentando.

— Davão liberou que a gente pedisse algo que não seja muito pesado — Andressinha disse e sentou ao meu lado.

— E no que estão pensando? — Eu perguntei.

— Sei lá. A gente quer saber o que você gosta — Andressa disse.

— Ai gente... — Eu me ajeitei suspirando — Só não pede comida japonesa — Eu disse e rimos.

— Eu também não gosto muito — Marta disse enquanto passava os canais na TV.

— Mais tarde tem o jogo dos meninos. A gente come na hora do jogo — Debinha sugeriu.

— Eu acho ótimo — Concordei e elas também.

A maioria das meninas que estavam ali voltaram a conversar sobre o que pedir, ou prestavam atenção da TV. Eu voltei a minha atenção para o celular. Trocava algumas mensagens com o Julian e minha mãe. Falava com a Soph também, com ela sem parar. Além de falar com Dhio, que insistia para que eu fosse na final das Olimpíadas – se o Brasil chegasse até lá – com sua família. Eu apenas concordei, se chegássemos na final também, seria um dia antes. Ela então, disse que compraria meu ingresso assim que liberasse. Desviei novamente a atenção do celular quando senti alguém sentar do meu lado de novo.

— Cla? — Era Andressinha.

— Oi — Eu olhei pra ela.

— Ainda não falou com ele? — Ela perguntou.

Andressinha era a única que sabia – além da Soph – sobre o Gabriel ir pra Europa e a nossa conversa que ainda não tinha acontecido. Eu precisava conversar com alguém aqui na concentração. Eu confio muito nela, somos ótimas amigas e companheiras de quarto, não achei mal nenhum comentar com ela. Afinal, ela percebeu que eu estava meio mal e avoada. Precisei dizer. Também, antes de falar com a Andressinha, falei com Soph. Ela me disse algumas coisas que confortaram bastante. Eu já estava morrendo de saudades da minha melhor amiga. Preciso vê-la logo, mas ela prometeu que logo estaria por aqui pra assistir um jogo.

— Não — Eu disse suspirando — Ele está meio afastado das redes sociais. Ordens do Micale.

— Não fica assim, amiga. Não acha melhor vocês conversarem pessoalmente? — Ela perguntou.

— Acho. Eu até prefiro assim — Eu disse — Mas eu tô com medo, Andressa.

— Por que? — Ela perguntou.

— Não quero ficar longe dele — Eu disse e forcei um sorriso — Mas é a carreira dele. São os sonhos dele. Acima de tudo ele é meu ídolo e eu nem sequer ousaria interromper isso. Eu quero ver ele feliz. Mas com ele longe, eu acho que quem não vai ser feliz sou eu.

— Ele deve sentir a mesma coisa, Cla. Vocês estão juntos a dezoito meses, não são dezoito dias. Vocês se amam muito e com certeza vai ser difícil pra ele também — Ela disse.

— Eu tenho medo dessa distância toda. De não sabermos lidar com ela. E sei lá, vai que ele encontra alguém melhor que eu por lá — Eu disse e ri de mim mesma.

— Para de ser insegura, Clarissa. Vocês vão ter que saber lidar com isso. Vão conversar e tenho certeza que chegarão à uma conclusão, vocês vão achar um jeito — Ela disse.

— Eu espero que sim — Eu disse suspirando — Eu não quero ficar sem ele. Meus dias não serão os mesmos, vai ser tudo tão diferente e sem graça.

— Calma amiga, vai dar tudo certo — Ela me puxou pra um abraço.

Suspirei querendo acreditar mesmo em tudo aquilo que ela disse. Mas eu sei que não vai ser fácil. Sei que vou sentir a falta dele a cada dia, vou sentir falta da sua risada, da sua voz rouca todas as manhãs, dos seus braços durante a noite, seus beijos, seus abraços, sua animação. Tudo. Mais dias serão completamente diferentes. Eu nunca pensei que chegaria a esse ponto, quando tudo começou, mas hoje, eu não vejo mais a minha vida sem o Gabriel. Eu o amo muito e não queria deixa-lo ir, mas era preciso. Jamais impediria o sonho do meu ídolo. Eu vou precisar de forças para passar dia após dia, torcendo para que o nosso amor não esfrie pela distância, para que a gente tenha força para passar por isso, para que ele não encontre alguém melhor que eu. Talvez esse fosse o meu maior medo. Não suportaria ver outra mulher ao lado do Gabriel.

Deitei minha cabeça no ombro da Andressinha e suspirei fundo.

Dali em diante as horas passaram-se rápido. Eu conversa com as meninas, as que estavam aqui, Bia, Debinha, Andressa, Andressinha, Marta e depois Mônica e Bárbara chegaram. Por fim, chegamos em uma decisão de pedir comida mexicana. Eu concordei logo de primeira, gostava muito. Me apaixonei pela culinária mexicana quando fui pra Cancun. Não era nada muito pesado, mas dependendo do prato poderia ser bem picante. Seria uma ótimo refeição pra comer durante o jogo dos meninos. As meninas pediram uma hora antes do jogo, então chegou rápido.

— Meninas, aqui tem guacamole para comer com os nachos e tem tacos. Todos com uma cara ótima — Bia disse.

— Então vamos logo arrumar tudo, o jogo já vai começar — Debinha disse.

Elas espalharam algumas almofadas no chão e deixaram as comidas em cima da mesinha de centro. Nós nos sentamos e elas ligaram a televisão no SporTV, aonde já passava o abre jogo.

— Por que está tão quieta hoje? — Bia perguntou sentando ao meu lado. As outras meninas conversavam entre si.

— Eu tô pensativa — Eu disse e ri fraco — Mas relaxa, Bia. Eu tô concentrada nos jogos.

— Eu sei que está, Clarissa. Mas é que geralmente você é agitada e está quieta. Isso é estranho — Ela riu. Acabei rindo também.

— Tá tudo bem, Bia — Eu menti — Talvez seja saudade da minha família.

— Eu passo muito por isso também — Ela acreditou. Me senti mal por mentir pra ela, mas não queria trazer meus problemas pra concentração — Logo você vê eles. Vai passar rápido.

— É — Eu disse sorrindo fraco.

— Vamos comer — Ela disse pegando um nacho e molhando mo guacamole. Eu ri e fiz o mesmo.

Em minutos, o jogo já estava prester a começar com a maravilhosa narração de Luís Carlos Júnior. O Brasil iria com a mesma escalação dos últimos jogos. Uma escalação forte, mas que até aqui não mostrava grandes resultados. Micale escalou os onze titulares no famoso 4-3-3, com: Weverton; Zeca, Rodrigo Caio, Marquinhos e Douglas Santos; Walace, Renato Augusto e Thiago; Gabriel, Jesus e Neymar. A Dinamarca era um time também considerado forte, venceu seus jogos até aqui e viria com tudo pra cima do Brasil.

Os jogadores entraram em campo e logo o hino nacional brasileiro começou a tocar alto. A torcida cantou com todo o pulmão o hino junto com a seleção. A câmera focava em um por um dos jogadores brasileiros. Sentia um orgulho enorme no peito por ver meus meninos da Vila ali. Claro, sem deixar de destacar, que Gabriel estava realmente lindo. Em seguida tocou o hino da Dinamarca. Ao terminar, repassou a escalação e os times se posicionaram para começar o jogo.

O juiz apitou dando início ao primeiro tempo. Novamente, no início, o Brasil encontrava algumas dificuldades para atacar, enquanto a Dinamarca parecia fazer isso fácil. Mas a forte defesa do Brasil sempre afastava. Aliás, o Weverton pega muito. Excelente convocação do Micale para substituir o Prass que saiu por lesão. Aos poucos o Brasil conseguia encaixar os ataques e contra-ataques e conseguia boas finalizações, infelizmente nenhuma pro gol. Aos 26' do primeiro tempo, Douglas cruzou rasteiro, passou pelo Jesus, mas não desviou Gabriel, que chutou mandando pro fundo da rede.

Levantei vibrando, enquanto Gabriel corria para comemorar com a torcida. O narrador gritava "Gabriel, o Gabigol". Sorri largo e as meninas comemoravam também. Finalmente o primeiro gol do Brasil nas Olimpíadas saiu e foi marcado pelo Gabriel. Ele logo saiu da torcida e fez um coração no alto, enquanto voltava pro meio do campo e tomava um cartão amarelo por comemorar com a torcida. Me sentei novamente, o jogo iria recomeçar. Antes de se encerrar o primeiro tempo, Jesus marcou outro gol com um cruzamento espetacular do Luan, ampliando o placar pro Brasil. A torcida ia a loucura, e logo acabou o primeiro tempo com 2 gols de vantagem para o Brasil.

— Eu acho que ele fez pra você — Andressinha se jogou do meu lado enquanto comia um nacho.

— Eu tô feliz com esse gol — Eu disse sorrindo largo.

Realmente estava feliz e orgulhosa.

— Awn, que fofa. Ele merece, joga muito — Bia disse do outro lado. Eu ri assentindo.

— Ele joga mesmo — Falei sorrindo.

— Cheia de ego pelo namorado. Que fofa — Debinha disse e rimos.

Ficamos conversando e em mas alguns minutos, o jogo recomeçou no segundo tempo. Logo aos 4', Neymar enfiou uma bola perfeita para Douglas Santos e o mesmo so precisou devolver para o Luan e ele chutou pro gol. Aos 4' o Brasil ampliava o placar pra 3-0. O estádio novamente ia abaixo, estavam eufóricos. O Brasil conquistava o primeiro lugar da fase de grupos e passava para as quartas de final da disputa do ouro olímpico. Aos 34' de jogo, já nos minutos finais, em mais uma jogada com Douglas Santos – esse menino tá jogando demais –, ele chutou pro gol, o goleiro defendeu e Gabriel pegou o rebote, marcando o segundo dele e o quarto do Brasil.

Novamente me levantei comemorando e via Gabriel pular em cima do Ney. Os dois se abraçavam comemorando e os outros jogadores chegavam depois. Era quase impossível explicar minha felicidade e orgulho não só pelo Gabriel, mas pelo time em si. Finalmente conseguiram uma partida brilhante juntos e nos classificamos para as quartas. Gabriel novamente fez um coração e voltou para o meio do campo com os outros.

(...)

O jogo havia se encerrado a quase duas horas. Já era tarde, eu estava dormindo assim como todas as meninas, quando acordei com meu celular vibrando em baixo do travesseiro. Olhei na tela vendo o nome do Gabriel piscar. Sorri e me levantei, saindo do quarto.

— Oi meu amor — Ele disse assim que eu atendi.

— Oi amor — Eu disse sentando no meio do corredor do hotel — Está tudo bem?

— Por aqui sim. E ai?

— Também — Eu disse.

— Estava dormindo? — Perguntou.

— Sim, amanhã a gente viaja cedo pra BH — Eu disse e ri fraco.

— Desculpa, eu não sabia...

— Tudo bem, amor, calma — Eu disse.

— Eu tô morrendo de saudade — Ele disse. Novamente eu sorria.

— Eu também, Gabriel — Eu disse encostando na parede do corredor — Parabéns pelos gols, matador. Você foi incrível.

— Obrigada, princesa. Graças a todo o time, consegui marcar e realizar um dos meus sonhos. Agora só falta conquistar o ouro — Ele disse e eu ri.

— Vocês chegam lá — Eu disse.

— Mas eu também vi o seu, moça. Fiquei tão feliz e orgulhoso. Parabéns — Ele disse.

— Obrigada meu amor — Eu disse.

— O meu primeiro gol de hoje foi pra você — Ele disse.

— Você é inacreditável, Gabriel — Eu disse sorrindo — Muito obrigada. É muito especial pra mim.

— E importante pra mim — Ele disse — Nós precisamos conversar depois disso tudo...

— É. Eu já sei sobre o que se trata — Eu disse.

— Você viu?

— Em alguns sites — Eu falei.

— Cla...

— Amor, tá tudo bem! Não vamos falar sobre isso agora, está bem? Se concentra em ajudar a equipe. Se concentra no ouro, nos seus sonhos. Quando tudo isso acabar, nós vamos conversar com calma. Só eu e você — Eu disse.

— Promete fazer o mesmo?

— Prometo, Bi — Eu disse rindo fraco.

— Eu te amo, Clarissa. Te amo muito — Ele disse. Sorri sentindo meus olhos lacrimejarem.

— Eu também te amo muito, Gabriel — Eu sorri e uma lágrima quente desceu em minha bochecha.

Seria tão difícil ficar sem ele.


Notas Finais


Que jogo do Brasil. Só sei sentir saudades :') e essa conversa dos dois em? Tem um olho na minha lágrima 😭

SÓ QUATRO CAPÍTULOOOOOOOS!

Obrigada pelos últimos comentários amooooores! Chegamos aos 505 e eu queria chegar aos 500 antes de acabar a fic. Conseguimos! Muito obrigada, de vdd ❤ comentem neste também, certo? Tô amando os comentários de vocês hahaha.

Obrigada por ler e até o próximo capítulo! Love vocês ❤



Instagram: @forgabigol


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