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História Live A Dream - Minha irmãzinha.


Escrita por: woodynho

Notas do Autor


Oi mozões. Desculpe os erros e boa leitura! ❤

Capítulo 87 - Minha irmãzinha.


Fanfic / Fanfiction Live A Dream - Minha irmãzinha.

12 de agosto de 2016, 00:53, madrugada de sábado – Quartas de finais das Olimpíadas Rio 2016 – Mineirão.

Eu olhei pra frente, encarando a goleira da Austrália. Ela também se concentrava em mim e na bola, enquanto o juiz ainda se preparava para autorizar logo a cobrança. Escorria suor em minha testa e eu suspirava ofegante. Mantinha minhas mãos na cintura, vendo a torcida tensa em minha frente. Eu precisava manter a calma, era o pênalti da classificação para a semifinal. Precisa mandar essa bola pro fundo da rede. O jogo estava 6-6 em disputa de pênaltis. Esse era o último e decisivo para o Brasil, já que o último da Austrália, Bárbara fez uma grande defesa. A classificação estava em minhas mãos, ou melhor, em meus pés.

Por um segundo fechei os olhos, escutando o barulho da torcida e tudo ao meu redor. Conseguia escutar a goleira bater as mãos uma na outra, dando o estalo das luvas. Tudo que eu fiz pra chegar até aqui hoje se passou pela minha cabeça. Desde as divisões de base do Bragantino, a contratação do Santos, os gols, a primeira convocação, primeiro gol a amarelinha. Tudo que eu lutei e conquistei com o meu trabalho e modéstia parte, com o meu talento. Cada lesão que sofri e isso fez me afastar dos gramados, a emoção ao conquistar o primeiro título com o Bragatino e o Santos. Passei por todas as pessoas que não acreditavam em mim, orgulhei todos que acreditavam e orgulhei a mim mesma.

E aqui estava eu. No meu sonho de infância. Disputando as Olimpíadas Rio 2016 dentro de casa. O pênalti da semifinal estava comigo. Eu estava calma, estava tranquila, mesmo com toda a pressão em meus ombros. "Eu sou boa, eu vou conseguir", eu dizia pra mim mesma. Meu coração estava totalmente acelerado e eu me arrepiava com o barulho da torcida. Meu foco se dividia entre a bola e a goleira, enquanto eu decidia em qual canto bater. Marta havia perdido um pênalti e estava meio chateada por isso, porém, Bárbara pegou dois pênaltis. Era acertar a cobrança e classificar para a semifinal.

Dei uns quatro passos pra trás e escutei a juíza autorizar a cobrança. Soltei um suspirou longo. Ameacei correr, corri eu chutei a bola no ângulo do canto esquerdo. A goleira não conseguiria pegar nem se estivesse bem posicionada. Era gol. Ajoelhei-me em campo, agradecendo a Deus por aquela classificação, enquanto sentia as meninas pularem em cima de mim. Estamos na semifinal das Olimpíadas. Cada vez mais próximo do ouro. Cada vez mais próximo do sonho. Eu não conseguia acreditar, mas mesmo assim agradecia a Deus por isso. Era real. A torcida gritava eufórica e as meninas ao meu redor também.

— Estamos na semifinal — Eu disse me levantando e abraçando as meninas.

Elas sorriram e logo nos separamos. Estava andando distraída, olhando o Mineirão e a torcida brasileira, quando senti alguém pular em minhas costas.

— Tá querendo me matar? — Eu perguntei segurando as coxas, que vi pelo número do calção que era Andressinha.

— Talvez — Ela riu descendo das minhas costas.

Eu ri também e continuamos andando em direção a torcida. As meninas já estavam lá agradecendo e atendendo alguns, eu e Andressinha fizemos o mesmo. Quando finalmente terminamos, caminhamos para a saída do campo. Eu continuava ao lado da Andressinha, até um repórter que parecia ser do SporTV nos parar.

— Meninas, umas palavrinhas pra gente? — O repórter perguntou.

Eu e Andressinha sorrimos e nos aproximamos dele.

— Esse é o primeiro jogo do Brasil que é decidido por cobrança de pênalti e com a torcida cobrando. Como que é a pressão em cima de vocês? — Ele perguntou.

Andressinha me olha, então eu respondo primeiro.

— É uma sensação gostosa, por que apesar de saber da pressão, também sabemos que independente disso eles vão estar conosco. Em momentos assim precisamos manter a calma, não deixar nada nos tirar a concentração. O professor passa muito disso pra gente e por fim é bem tranquilo — Eu disse e sorri.

— Agora, a Marta perdeu a cobrança de pênalti e a Bárbara pegou dois pênaltis com muita calma. Elas treinam muito as cobranças? — Ele torna a perguntar.

Dessa vez, Andressinha responderia.

— Sim, Bárbara é uma das mais experientes do grupo, ela sabe que precisa treinar ainda mais em competições como essa, talvez a mais importante depois do mundial. Davão também a incentiva muito e sempre nos fins do treino, ela está lá. A gente treinando a cobrança e ela pegando. E a sobre a Marta ter perdido... É coisa do jogo. Isso acontece e não tem como desmerece-la, afinal ela nos ajudou muito a chegar até aqui — Andressinha disse e ri fraco.

— Vocês duas, Clarissa, estão sempre juntas. Seja na concentração, no ônibus ou aqui mesmo no estádio, como estavam a pouco. Como que é essa amizade de vocês? — Ele pergunta.

— Eu e ela somos muito amigas desde que cheguei na seleção, ano passado. Realmente somos muito grudadas sempre — Eu disse e rimos.

— Clarissa é a minha irmãzinha, nossa amizade é muito forte. É um laço forte que criamos — Andressinha disse me fazendo sorrir.

— Muito bem, obrigada às duas e boa sorte no próximo jogo — Ele diz.

— Obrigada! — Eu e Andressinha agradecemos juntas e saímos de campo, seguindo para os vestiários.

As meninas comemoravam em uma festa lá dentro. A classificação era importante demais, mais um passo dado pra próxima fase, perto da final e o tão sonhado ouro. Novamente, eu me encontrava feliz e orgulhosa do nosso time e conseguia esquecer todo o resto fora daqui. Nada mais importava além daquele ouro.

— Boa partida, Cla — Marta disse me abraçando.

— Obrigada — Eu sorri largo.

— Hum, virou xodózinha da Martinha — Andressinha disse me empurrando de lado.

— O que? Não tem nada disso — Eu disse rindo.

— Aham, sei — Ela disse e riu também.

Acabei por revirar os olhos e peguei minha roupa de concertação da seleção, seguindo pro chuveiro para a minha "ducha". Após isso, me vesti e coloquei minha roupa e meu tênis. Deixei meu cabelo solto mesmo e guardei minhas coisas na mochila. Em mais minutos, finalmente saímos do vestiário a caminho do ônibus e eu acabei por parar na zona mista pra falar novamente com a imprensa.

— Clarissa — Escutei alguém me chamar quando terminei de falar com a imprensa.

Olhei pra trás ao escutar a voz feminina que me parecia familiar e vi a moça sorrindo.

— Oi — Sorri me aproximando — É Júlia não é?

— Você lembra de mim? — Ela sorriu largo.

— Claro que lembro — Eu ri fraco.

— Ah claro, "a louca do aeroporto" — Ela fez aspas com as mãos me fazendo rir.

— Não é pra tanto, vai — Disse e ela riu — E ai, passou na escolinha do Cruzeiro?

— Passei sim. Suas palavras foram o "empurrãozinho" que eu precisava — Ela sorriu largo, enquanto seus olhos brilhavam.

Foi exatamente assim que eu fiquei quando passei na escolinha do Bragantino.

— Que maravilhoso. Agora trabalha e foca no que quer e logo você está aqui com a gente — Eu disse.

— Para de me iludir, Clarissa. É o meu maior sonho — Ela disse.

— Basta você correr atrás dele. Tudo o que quer acreditar e só buscar que alcança — Eu disse e ela sorriu.

— Obrigada de novo. Eu posso te dar um abraço? — Ela perguntou.

— Claro que pode — Sorri me aproximando mais da grade.

Ela me abraçou e logo depois, nós tiramos uma foto juntas. Após isso, me despedi dela e precisei ir, então caminhei em direção ao ônibus da seleção.

(...)

Já estávamos no hotel e era meio tarde. Andressinha, Bia e Debinha cochilavam enquanto passava um filme na TV. Eu não tinha um pingo de sono, estava morrendo de tédio e também não tinha nada de interessante no celular.

"Alguém me tira desse tédio 🙏" 

Eu postei assim no Twitter. Em minutos já tinha respostas e retweets. Algumas divertidas, umas outras conertavam sem motivos e eu simplesmente ignorava. Respondi algumas que realmente valia a pena. E logo um outro chegou.

"Vem pra São Paulo que a gente resolve 😏🌚 @clagoulart

Era um Tweet do Gabriel. Acabei soltando uma risada alta e logo coloquei a mão na boca contendo mais a risada. Eles estavam em São Paulo para o jogo das quartas amanhã, contra a Colômbia, na Arena Corinthians.

"Hahahaha ridículo! @gabigol

Surgiram mais tweets comentando sobre isso. Vários comentários maliciosos, e não era pra menos, da forma que Gabriel colocou realmente parecia malicioso. Eu soltava algumas risadas baixinhas mas até que estava mesmo saindo do tédio. Em mais alguns minutos, meu celular tocou. Gabriel.

— Oi — Eu disse baixinho.

— Oi meu amor — Ele diz no mesmo tom — Tudo bem?

— Tudo maravilhosamente bem — Digo e solto uma risada fraca — E contigo?

— Estou bem — Ele diz, enquanto provavelmente sorria — Eu vi o jogo hoje. Vocês foram demais!

— A gente arrasou — Eu disse sorrindo.

— Ok, convencida — Ele disse e rimos.

— E como foi seu dia?

— Hum... Treino, coletiva e concentração — Ele diz — Eu tô com saudade.

— Eu também, amor — Eu disse e me levantei — Falta pouco agora. Já estamos na semi.

— Vocês estão, nós vamos decidir isso amanhã — Ele diz e rimos.

— Para, Gabriel. É óbvio que vocês vão passar — Eu disse.

— Eu também acho — Ele brinca e ri — Vai estar no Rio essa semana?

— Amanhã mesmo. Temos que nos preparar pra enfrentar Suécia.

— Caso a classificação aconteça, vamos pro Rio amanhã, logo depois do jogo — Ele disse.

— Vão ficar na Vila Olímpica? — Eu perguntei.

Certamente a seleção feminina ficaria lá.

— Provavelmente — Ele disse e riu fraco — Só preciso da sorte se ficar no mesmo edifício pra te ver — Ele diz me fazendo sorrir.

— Eu espero que isso aconteça — Eu disse.

Continuamos conversando por mais alguns minutos. Ele me disse que a seleção treinaria no Ninho do Urubu no Rio, o CT do Flamengo. Enquanto a gente provavelmente treinaria no Maracanã mesmo. Falamos sobre mais algumas coisas, até ele precisar desligar. Eu coloquei o celular para carregar, fiz minhas higienes e fui dormir.

Gabriel Pov's

Eu estava meio nervoso e tenso pro jogo de amanhã. Eram raros os jogos que eu me sentia assim, mas, é a classificação para as semifinais das Olimpíadas. Ouvir a voz e a risada da Clarissa realmente me acalmava, tirava a minha tensão. Eu realmente esperava que a gente se visse na Vila Olímpica em dois dias. Estou morto de saudades da minha menina.

— Terminou de falar com a princesinha da Vila? — Jesus perguntou assim que entrei no quarto. Ney riu.

— Terminei sim, invejoso — Eu disse me jogando em minha cama.

— Aham, era só o que me faltava — Ele disse fazendo uma careta.

— E ela não é princesinha da Vila. É minha — Eu disse.

— Que egoísta — Neymar negou com a cabeça.

— Mais um? Sério? — Perguntei e eles riram.

— Vocês já conversaram? — Ele perguntou.

— Não — Eu disse tirando o meu boné — Ela preferiu conversar pessoalmente, depois das Olimpíadas.

— Mas depois daqui você não vai pra Itália assinar? — Ele perguntou de novo.

— Vou só assinar e passar por exames. Mas só vou pra Itália em setembro — Eu disse e ele assentiu.

— Já pensou em como vai ser? — Jesus perguntou.

Eu suspirei me jogando pra trás.

— Vai ser difícil ficar sem ela — Eu disse — Mas não posso pedir pra ela ir pra Itália comigo. Ela tem uma carreira aqui no Santos.

— É complicado — Neymar disse e eu concordei.

— Nessas horas eu agradeço por não ter mulher. Vou pra Manchester tranquilo — Jesus disse.

— Eu também iria apenas no fim do ano. Mas a Inter quer que eu vá agora — Eu bufei — Uma hora você se apaixona.

— Eu não me apaixono, Gabigol — Ele disse e riu.

— Eu também achava isso — Neymar disse.

— Hummm — Eu e Jesus murmuramos juntos e ele revirou os olhos.

— Me conta dessa cilada ai — Jesus disse.

— Vão segurar essas línguas dentro da boca? Se não eu nem começo — Neymar disse.

— Ta me tirando? — Perguntei e ele riu.

— Fala logo — Jesus murmurou.

— É a Bruna — Ele disse dando um sorrisinho.

— A Marquezine? — Jesus ergueu as sobrancelhas.

— Claro — Ele disse e riu.

— Eu sabia que esse love todo não tinha acabado — Eu disse e ri.

— Eu nunca esqueci ela — Ele disse rindo fraco.

— Me surpreende escutar logo tu falando isso — Jesus disse e riu.

Neymar riu.

— É a vida. Você vai entender quando se apaixonar de verdade, menino Jesus — Ney disse rindo.

— Mas vocês são chatos com isso em — Ele disse bufando e rimos. 


Notas Finais


EU SHIPPO BRUMAR SIM E SE RECLAMAR SHIPPO DUAS VEZES ❤

Faltam só três agoraaaaa hahahaha.

Obrigada pelos últimos comentários e favoritos, amores. Já está no fim, então aproveitei e comentem mais! Hahaha. Deixem a opinião de vocês, de como vocês acham que vai acabar ❤

Obrigada por ler e até o próximo capítulo. Love vocês. Beijos ❤


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