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História Live and Let Die - Psycho Love


Escrita por: Str4dlin

Capítulo 39 - Psycho Love


Bia ainda ficara alguns minutos conversando com Nathaniel, até que, aparentemente seu pai chegara no quarto e o mandara se levantar. Beatrice estava se questionando se havia ouvido direito, mas poderia jurar que ele o mandara descer para fazer o café da manhã e se não bastasse isso, falara de um modo extremamente rude, que até mesmo ela, que nem estava no local se sentira intimidada. Depois disso Nath, claramente um tanto assustado, despediu-se brevemente, desligando sem nem esperar resposta.

Assim que afastara o celular, colocando-a na cama, ela olhara para as paredes de seu quarto, com a mente bem longe dali. O que acabara de acontecer? Será que estava se precipitando e vendo problema onde não existia ou realmente tinha algo errado no que acabara de acontecer?

Tentara convencer a si mesma de que isso não era um problema seu e que já tinha problemas demais para ter que lidar com os de Nathaniel também, mas não pôde evitar de continuar se questionando. Nunca havia visto os pais dele pessoalmente, mas como seu pai tinha uma posição importante em uma grande empresa, os pais dela viviam se encontrando com os dele em eventos, e ela sabia que eles tinham a fama de ser uma família bastante esnobe e antipática, e olhando para Ambre, Beatrice não tinha tantas dúvidas de que isso tinha altas chances de ser verdade.

Ela ainda ficara alguns instantes se perguntando sobre o assunto, o lado bom disso era que Armin e sua segunda noite com ele pareciam coisas pequenas, ela realmente estava empenhada em desenvolver um sentimento maior por Nath, mas essa situação ia um tanto além disso. Será que era por isso que ele era um garoto tão moderado e contido? Seus pais eram rígidos demais com ele?

Se fosse esse caso, ela teria um motivo a mais para se aproximar ainda mais dele, pois, de certo modo, sentia o mesmo de seus pais. Eles não a mandavam ficar fazendo café da manhã, tirar notas absurdamente boas ou coisas do tipo, as pressões eram tremendamente distintas, mas ainda existiam. Aquela maldita mania de seus pais de ficarem pedindo pra que ela saísse como se fosse algum tipo de cura ou aquelas palavras de consolação que, na grande maioria das vezes, eram imensamente forçadas, o que a estressava ainda mais e a deixava ainda pior. Seus pais melhoraram desde que assumiram que Beatrice tinha um problema, mas ainda precisavam de muito pra fazerem-na se sentir melhor. Primeiramente precisariam entender que essa maldita doença não seria curada da noite pro dia, assim como para todas as coisas, era necessário tempo, mas eles realmente pareciam se negar a aceitar isso e ficavam falando com ela como se bastasse clicar em um botão e tudo se resolvesse instantaneamente, não percebiam que, assim como eles, ela também não queria estar doente. Não queria depender de remédios, nem ficar indo em um psiquiatra de tempo em tempo, ela só queria ser normal, e que toda essa pressão advinda da parte deles só piorava esse seu desgosto consigo mesma.

Mas, infelizmente, era uma decorrência bastante comum em casos como os dela. Já lera alguns relatos na internet sobre o assunto e vira que não era a única a sofrer com esse tipo de intimidação por parte das pessoas próximas, mas, pelo menos em seu caso, poderia dizer que esse male poderia servir para um bem, já que ela poderia usar esse descontente fato para se aproximar ainda mais de Nathaniel e dar um fim em toda aquela maldita paixão por Armin.

Afinal de contas, considerando que os dois passavam por coisas parecidas, sendo assim, podendo um consolar e entender o outro melhor, teria jeito melhor de se aproximar de uma pessoa e aumentar o sentimento que tem em relação a ela além deste? Parecia uma boa ideia na cabeça de Bia naquele momento, mesmo que fosse algo triste pensar que Nath estava sendo pressionado a fazer uma coisa que não deveria, já que estava na escola e sua única obrigação era estudar, ao menos era uma opção pra ela levar seu plano adiante, e, os dois ficando juntos com os sentimentos sendo recíprocos, eles conseguiriam apoiar um ao outro e lidar com esses problemas, tornando-os mais suportáveis, além de tirar aquele sentimento proibido do coração dela.

Estava confiante dessa ideia mirabolante que formara em sua cabeça. Seria difícil se abrir com mais uma pessoa sobre sua doença, mas ela se forçava para lembrar que seria para um bem maior, que o resultado disso no final valeria a pena.

Um pouco mais animada do que quando abrira os olhos, Bia empurrara a coberta que estava cobrindo seu corpo, levantando-se da cama vagarosamente, exatamente como da primeira vez, ela sentia uma dor na região de seu ventre, a diferença era que dessa vez era um pouco menos intensa, mas já fora suficiente para fazê-la reviver mentalmente toda a noite anterior e voltar a sentir aquela pontada de culpa que antes estava camuflada por seu entusiasmo em relação ao seu plano. Ainda não conseguia aceitar como podia ser tão passível, entretanto se obrigara a afastar essa arrependimento. Aquilo só acontecera devido às circunstâncias e ela estava crente de que acabaria com toda essa paixão de uma vez, eliminando as chances de ocorrer de novo.

Tentando ignorar o incômodo, ela se levantou, sentindo-se até mais confiante.

Arrumara-se rapidamente, descendo para a cozinha em seguida. Ao chegar no local, apenas sua mãe estava ali, diante da mesa tomando café da manhã, assim que notara sua presença, a mesma lhe lançou um olhar de descrença e com um tom brincalhão comentara:

– Você acordada a essa hora, em um domingo? O que aconteceu?

– Engraçadinha. – Bia comentara, revirando os olhos. – Eu acordo cedo às vezes sim. – ela se sentou à mesa próximo a sua mãe, pegando a faca para cortar um pedaço de pão. – Como foi o evento ontem?

– O mesmo de sempre. Ter que ficar aguentando gente chata falando sobre coisas chatas... – ela disse antes de levar a colher da salada de frutas que estava comendo até a boca. – Mas tinha uns gatinhos lá, se você quer saber... – deu um sorriso.

Beatrice revirou os olhos, segurando uma vontade de rir pela ironia das circunstâncias. Ah, se ela soubesse...

– Mas e você? Como passou a noite?

– Bem, eu acho. Fiquei assistindo filmes na televisão, quando cansei subi pro meu quarto pra dormir... Foi só.

– E conseguiu dormir ou precisou tomar os comprimidos?

– Ahn, acabei tomando os comprimidos, mais por segurança do que por qualquer outra coisa.

– Mas você sentia alguma coisa? – perguntara demonstrando preocupação.

– Mais ou menos, só estava com a cabeça meio cheia, fiquei com medo de ter uma crise, então tomei por precaução.

– Hm, avise se sentir isso de novo, às vezes conversar sobre o que está sentindo pode ser bom.

Bia assentiu, puxando algum outro assunto depois. Não estava muito afim de conversar sobre seus problemas com sua mãe.

Mas, mesmo que não quisesse se abrir nesse assunto em especifico, estava feliz por ter um momento como esse com ela. Bia se sentia um pouco mais próxima de sua mãe do que de seu pai, ela era aquele tipo de pessoa que mesmo já não sendo tão jovem, tinha um espirito livre como um, o único problema dela era que muitas vezes ficava na aba de seu marido, esperando que ele tomasse as atitudes mais sérias sem nem opinar sobre o assunto, isso fazia sua personalidade vivaz se tonar algo inútil. O que adiantava demonstrar sua personalidade e opiniões apenas quando se está longe de determinada pessoa?

Após mais alguns minutos numa conversa agradável com sua mãe, Bia sentiu a presença de mais alguém chegando na cozinha, mas nem se deu o trabalho de olhar para o lado e constatar quem era, com medo de se decepcionar.

– Armin, querido. Está com fome? – sua mãe falara, dando a certeza de que a sorte de Beatrice era realmente inexistente.

Ela nem olhara para ele, ficando tensa só de pensar que ele estava próximo dela novamente, não queria se lembrar do que acontecera ou lhe dar a chance de zombar da sua cara. Encarara os detalhes de sua toalha de mesa, querendo se entreter com qualquer mínima coisa apenas para esquecer completamente a presença daquele ser que estava ao seu lado.

Mesmo que, com a cabeça abaixada, não tivesse visão alguma de onde ele estava, sentia que estava com o olhar repousado nela e o pior de tudo era que mesmo tendo ficado esperançosa e confiante há apenas alguns minutos antes disso, naquele momento estava tensa e tão revoltada consigo mesma quanto no dia anterior. Era horrível sentir esse tipo de coisa somente na presença dele, assim como sua mãe, ficava parecendo que não tinha personalidade, que só agia às custas de um homem.

– Estou, mãe. – ele respondera com um tom provocativo que apenas Bia poderia perceber.

– Sente-se, tome café da manhã com a gente.

Ela o vira se sentando na mesa pelo canto dos olhos, ficara ainda mais tensa, mas permanecera tentando olhar para baixo, sem nem sequer dar a oportunidade de ele ter uma noção mínima de sua expressão.

– E você como passou a noite, já que não quis ir com a gente?

Armin, de um modo completamente sossegado, se aconchegou melhor na cadeira, pegando algo pra comer dentre as coisas que tinham na mesa, sem nem olhar para Bia direito.

– Fiquei jogando e cuidando da Bia também, não é mesmo, irmãzinha? – ele deu um sorriso provocativo, olhando para a irmã, que percebera o tom de ironia carregado em sua voz e sentira sua bochecha corar só por ele ter se direcionado a ela. Entretanto, mesmo nervosa, ela se forçara em manter sua máscara, revirando os olhos e jogando o cabelo, tentando demonstrar tédio.

Ao fazer tal ato, ela acabou cruzando rapidamente seu olhar com o dele, fora milésimos de segundo, mas esse pouquíssimo tempo que ela conseguira olhar em seus olhos, já pôde voltar a sentir todo aquele desejo que tanto se esforçava para aprisionar na camada mais profunda de seu ser. Sem conseguir mais se controlar, voltara a sentir uma aflição. Meses haviam se passado desde que descobrira esse ominoso sentimento, sendo que desde o início ela lutava contra ele, mas ainda que colocasse toda sua força de vontade nisso, parecia que quanto mais o tempo passava, quanto mais ela reprimia esses sentimentos, mais eles cresciam, e mais suscetível ela ficava cada vez que Armin fazia qualquer mínima atitude para provocá-la. Beatrice mesmo que quisesse, não poderia negar, gostava dessa mistura de sentimentos, gostava de todas as sensações que ele conseguia desencadear nela, principalmente na hora do sexo, mas mesmo que bem no fundo acabasse assumindo isso, persistia o fato de que não poderia continuar alimentando isso, já passara da hora de pôr um fim em toda essa confusão, mas como poderia se ele não podia nem se aproximar sem ela perder todas as suas defesas?

Bia apenas saiu de seu devaneio quando ouviu sua mãe soltar um resmungo bastante alto, consequentemente tirando sua mente do assunto para ver o que tinha acontecido. Ao dirigir seu campo de visão para o local em que sua mãe se encontrava, vira que ela tinha apenas derrubado um pouco de salada de frutas em sua roupa.

– Ah, não! Mas que droga! – sua mãe falara, levantando-se e esticando um pouco a camiseta, que, como era branca, o tom de vermelho do líquido estava bastante demarcado. – Eu vou me trocar, crianças, continuem aqui que eu já volto. – dito isso, a mulher saiu dali com passos apressados, deixando Beatrice e Armin sozinhos pela primeira vez desde que ela dormira na madrugada anterior.

Bia demorou um pouco para se tocar desse fato, só foi perceber quando sua mãe já tinha saído da cozinha, entrando em desespero assim que o fez.

– Por que será que eu estou sentindo que você está nervosa? – Armin falou com a voz calma e um sorriso de lado estampado em sua face.

Bia engolira em seco, sempre que ficava sozinha com ele, acabava dando alguma merda, mesmo que sua mãe fosse voltar em algum momento, ela que não iria arriscar continuar ali.

– Ah, vai se foder. – disse com a voz um tanto fraca, se levantando para sair dali, mas antes que o fizesse, Armin fora mais rápido, levantando-se, e se colocando em sua frente, a impedindo de passar. – Sai da minha frente, Armin. – exclamou, sem nem levantar a cabeça para ver seu rosto, nervosa com o que ele faria agora.

– Ué, voltou a ficar nervosa? – ele riu. – Como você consegue mudar tanto assim da noite pro dia?

– Ontem eu estava sob efeito de remédios, você apenas apareceu na hora errada, agora sai da minha frente. – ela continuou olhando para baixo.

– Apareci na hora errada? – ele riu mais uma vez, com ainda mais gosto do que da primeira. – Tem certeza disso? Então por que quando eu cheguei no seu quarto você...

– Isso foi um erro! – ela enfim olhou para o seu rosto, com raiva de toda essa situação. – Assim como o que aconteceu depois. Eu já estou exausta desses seus joguinhos! Para de me encher, vai? – ela deu um passo para o lado, tentando desviar dele.

Vira o reflexo do braço dele se movendo para segurá-la, mas antes que conseguisse, Beatrice moveu seu joelho, acertando o canto de sua virilha. Sua joelhada não fora tão certeira, mas deu pra ver claramente que acertara seu membro da mesma forma, já que Armin soltou um grunhido e quase caiu no chão logo após o ato.

Beatrice, surpresa com seu posicionamento impulsivo, demorou alguns segundos para tomar a atitude de sair do local. Realmente não pensara do que iria fazer, apenas se sentiu ameaçada e agiu como qualquer pessoa agiria num momento que precisasse de defesa, porém, ela fizera isso com Armin! A mesma pessoa pela qual ela ficava imóvel toda vez que se aproximava demais, era quase inacreditável o que tinha acontecido, ela precisava mesmo de alguns segundos para digerir isso, mas era melhor digerir isso longe dali, longe dele. Então ela finalmente conseguira sair da cozinha, correndo diretamente para o seu quarto.

Quando chegara lá, fechou a porta, encostando-se na mesma e levando as mão até a boca, ainda sem acreditar no que fizera. Realmente estava conseguindo progredir, mal podia acreditar que depois de toda a agonia que sentira, enfim estava conseguindo revidar as provocações de Armin.

Começara a rir só de pensar em como devia ter sido a cena. Ele achando que estava sob controle da situação e ela dando pra ele o que tanto merecia. Sem dúvidas, se não tivesse sido uma ação impulsiva, Bia ainda teria tirando um sarro da cara dele, como queria tê-lo feito!

Ficara alguns minutos apenas rindo e comemorando essa vitória, mas mesmo que tivesse sido um baita avanço, ela não se deixara enganar, ainda tinha muito o que evoluir. Precisava dar um jeito de parar de ficar tensa toda vez que ele chegava perto e de tirar esse sentimento que persistia em seu interior, entretanto, isso com certeza não aconteceria se ela permanecesse em casa do mesmo jeito que estava nos últimos dias, porque agora que teve uma aparente melhora e seus pais voltaram ao trabalho, eles ficavam sempre sozinhos em casa e fora assim que começaram as provocações, e, mesmo que Bia tivesse reagido dessa vez, ela sabia bem que as coisas não parariam por aí. Ele não iria desistir tão fácil e dentre todas as vezes que ele fizera seus joguinhos, foram apenas duas que ela conseguira ter uma reação, estava mais confiante de que iria permanecer assim, mas não queria arriscar ceder mais uma vez.

Não gostava nenhum pouco da ideia que tinha em mente, porém, era o melhor a se fazer. Seus pais vivam enchendo o saco para que ela saísse mais, Rosalya também, portanto Bia decidira que iria seguir o desejo deles. Fora de casa, Armin não teria mais tantas chances de fazê-la ceder novamente, e assim ela poderia tirá-lo de vez de seu coração. Era o único jeito de fazê-lo.


Notas Finais


Tentando entender todos esses desfavoritos que a fic vem recebendo nos últimos dias... Isso me chateia pra caralho, sério. Tem milhares de fics que eu favoritei e não acompanho mais, que eu mantenho o favorito, porque entendo que existe uma pessoa por trás da fic que luta pra escrever, que tem problemas, mas mesmo assim se esforça pra postar e fazer a felicidade das leitoras, e que mesmo que eu não acompanhe mais, algum dia eu já acompanhei e aquilo me entreteu por algum tempo, então mantenho por consideração, mas infelizmente, parece que tem pessoas que não pensam assim. Uma pena, mas fazer o que, né nom?
Bom, enfim, momento desabafafo já tá em off, gente sjnds eu revisei, mas nunca se sabe, né? Então caso vcs achem algum erro absurdo no meio do capítulo me avisem por favor, venho escrevendo ele há dias e, em um dia eu tinha tomado um remédio pra dormir, tava fodida de sono e no outro, foi ontem de madrugada, que eu tava tendo um surto de ansiedade porque fiz uma prova de geografia que eu acabei indo mal e eu achei que ia ficar de recuperação, sendo que a nota só saia hoje a tarde, quase tive um troço, mas passo bem dskdsk e SEM RECUPERAÇÃO!! Graças a Dumbledore!! 🙌 Amémm (Sério, gente, eu não to brincando, eu quase tive um troço ontem sdjnsd, eu nunca fiquei de recuperação, então tava super nervosa, porque tinha altas chances, eu fiquei super agitada, chorei e cheguei a passar mal! Só dormi porque tomei dramin e vcs sabem que essa porra dá sono pra caralho, né? 😂)
Bom, enfim, as férias FINALMENTE chegaram e agora, se minha inspiração colaborar vcs terão capítulos até cansarem!!
Aguardem! 💘


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