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História Live Fast, Die Young - Back To This


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


Chegay! =D

Antes de tudo, quero agradecer demais aos comentários e favoritos! Sem vocês essa fanfic não tem futuro! hahahaha! ^^'

Eu realmente não sei se ela está ficando boa o bastante, então a opinião de vocês é MUITO importante! <3

Boa Leitura! ;)

Capítulo 3 - Back To This


Fanfic / Fanfiction Live Fast, Die Young - Back To This

Felicity POV ON

Meu estômago roncava com uma voracidade absurda. Para completar, não consegui um lugar descente para dormir, e estava mais sonolenta do que um zumbi bêbado. Meus pés já estavam doloridos naqueles malditos sapatos de salto, então resolvi tirá-los e ficar com eles nas mãos. Melhorou, mas ainda estava em trapos. Exausta, me sentei na beirada da calçada e fiquei um bom tempo brincando com meu taser.

Automaticamente, e sem querer, acabei me lembrando daquele loiro alto que encontrei nas duas noites anteriores. Como é possível eu me encontrar duas vezes seguidas com uma pessoa completamente aleatória de Los Angeles? Ainda por cima um cara punk, cabeludo, loiro de quase dois metros de altura que diz querer me ajudar. Ah... Da um tempo. Se ele quer mesmo me ajudar, que largue do meu pé!

Mas uma coisa eu infelizmente teria que admitir... O desgraçado conseguia ter estilo. O desgraçado conseguia ser charmoso. O desgraçado conseguia ser desgraçadamente bonito. Aqueles cabelos revoltados e loiros, caindo sobre seu rosto perfeitamente barbeado, com seu olhar 43, penetrante e as sobrancelhas dando um ar ao melhor estilo conquistador dos Anos 60/70.

Aposto que o maldito conseguia ter qualquer mulher que quisesse de quatro em sua cama. Com apenas um de seus sorrisos, uma garota se ajoelharia aos seus pés. Falando nisso, não me lembro de tê-lo visto sorrir durante nossos dois últimos encontros casuais. E se tem uma coisa que admiro são sorrisos. Talvez pelo fato de que em toda a minha vida eu não tenha visto muitos, sendo os primeiros vindos de Glory, Hope e Peace. E eles me ensinaram como sorrir.

Afinal, não poderia me chamar Felicity sem que ao menos soubesse como sorrir.

E aposto que aquele loiro sorria muito para as mulheres que gostaria de pegar ou de que gosta. Não que isso me importasse. Ele era apenas um punk estranho que apareceu diante de mim coincidentemente por duas vezes. Além do mais, nem ao menos eu sabia seu nome. Para mim, era apenas O Loiro Punk Que Cruzou Meu Caminho. Eu o batizei assim.

Liguei e desliguei o taser umas dezenas de vezes. Estava quase desmaiando de sono ali mesmo, na calçada e quase na própria avenida. Nada mais me importava. Eu só pensava em como seria gostoso ter uma cama para dormir. Uma cama de verdade, e não um colchão velho, muito menos uma árvore ou um banco de praça. Num piscar de olhos mais longos, senti um punho forte agarrar meu braço e me puxar. Ataquei-o com o taser por impulso, mas ele desviou.

Sim, eu disse “ELE”.

Seja coincidência ou aquela porra que chamam de destino, ELE, estava novamente diante de mim... O Loiro Punk Que Cruzou Meu Caminho.

***

Duff POV ON

Naquela manhã de sábado nos dirigimos para um enorme estúdio cinematográfico para gravarmos nosso clipe de Sweet Child O’ Mine. E assim que chegamos, eu, o azarado daquele dia, fui escalado para sair e comprar umas bebidas. Peguei o carro e, sem ter muitas opções, saí em busca do precioso líquido. Comprei algumas garrafas de cerveja, algumas de vodka e Jack Daniel’s.

Como dei a volta no quarteirão, cheguei ao estúdio pela entrada leste. Tal a minha grande surpresa ao avistar ali, sentada à beira da calçada, uma certa garota de cabelos loiros, ondulados e bagunçados, brincando com um taser, ligando, desligando, completamente entediada. Ela ainda vestia a mesma roupa de quando a encontrei ontem. Parei o carro alguns metros longe, peguei as duas sacolas de compras e me aproximei de fininho dela.

Antes, claro, deixando as garrafas bem seguras no chão.

Puxei-a pelo braço esquerdo com força. A pirralha tentou me acertar com o taser, mas consegui me soltar a tempo. Assim que me viu, seus olhos azuis e cheios de olheiras se arregalaram. Tentou sair correndo, mas a segurei pelo braço mais uma vez, conseguindo também tirar dela o seu taser.

– Me solta! Ou eu vou gritar! – ameaçou ela.

– Pode gritar. Ninguém vai te ouvir.

– Cara, por que você não me arrasta pro seu carro, me estupra, me bate, faz o que quiser e depois só me deixa em paz, heim?!

– Cala a merda dessa boca, pirralha! – quase gritei. – Não sou nenhum pedófilo e muito menos estuprador!

– Então me deixa em paz! – ela conseguiu se soltar de mim, mas não se afastou. Apenas me olhou. Me encarou. – Não vai dizer nada?

– Não. – falei simplesmente. – Não vou insistir. Se quer ir, vá. Estou se saco cheio de tentar te ajudar.

– Ótimo!

– Mas antes, quero que pague pela minha vodka. Com dinheiro. E sem ser roubado.

– Me fala, gênio da lâmpada! Como uma garota de quinze anos, sem onde cair morta, consegue dinheiro sem ser roubando?

– Trabalhando pra mim.

– O quê?!

– Você vai trabalhar como minha roadie. – comecei. – Estou começando uma carreira com minha banda e preciso de alguém que prepare meu instrumento, deixe-o afinado e tudo mais. E você vai fazer isso por mim durante um mês.

– Sem chance! Ta maluco?!

– Okay. Então vou te denunciar para o juizado de menores.

Ela revirou tanto os olhos que pensei que fossem parar atrás da sua cabeça. Em seguida, soltou um suspiro longo repleto de tédio.

– Ahhhh... Okay... Okay! Eu aceito sua proposta.

– Perfeito. – comecei, dando um sorriso debochado com o canto dos lábios. – Vem comigo. Quero apresentar minha nova empregada para minha banda.

– Hey! Você disse roadie!

– Da quase no mesmo. – continuei o deboche.

– Ora seeeu-!

Voltei e peguei as sacolas com as bebidas, e, ignorando completamente sua cara feia, me aproximei dela e estendi minha mão em sua direção. Em meu rosto já não havia nem um tipo de sorriso e muito menos deboche.

– Meu nome é Michael McKagan. Me chame de Duff. – comecei. – E você? Qual seu nome?

Ela pareceu relutar um pouco. Encarou fixamente minha mão e em seguida meus olhos, e apenas minutos depois ela aceitou corresponder ao meu cumprimento.

– Felicity.

– Sobrenome?

– ... – ela desviou o olhar apenas. – Não tenho. – e respondeu com essas palavras.

– Okay. Vamos entrando?

Sim, eu tentei mudar de assunto. Eu me sentia desconfortável sempre que tocava no assunto familiar daquela garota, nesse caso, a falta dele. Sem casa, sem pais, sem família e sem sobrenome, vivendo atualmente nas ruas, se prostituindo e roubando. Como uma menina dessas foi se chamar Felicity?

Não preciso nem dizer que quando entrei no estúdio, todos, eu disse TODOS, e isso incluía a equipe de filmagem, as garotas e principalmente a minha banda, nos olharam como se fôssemos animais raros.

– Que porra é essa, Duff? – Axl foi o primeiro a se pronunciar.

– Essa “porra”, é a Felicity. – comecei. – A garotinha que roubou minha vodka.

– Garotinha é o seu cú, Girafa Oxigenada! – bradou a loira.

– What the fuck? – falaram os outros quatro.

– E o que ela está fazendo aqui, maluco? – perguntou Slash.

– Ela vai trabalhar pra mim como roadie para pagar pela minha bebida. – expliquei simplesmente. – E é tudo o que precisam saber.

Torci para que não fizessem mais perguntas, e por sorte, não fizeram. Fomos cada um para seus instrumentos, prontos para iniciarmos as gravações. Peguei meu contrabaixo do pedestal e passei a alça dele sobre meu ombro. Quando me dei conta de que Felicity estava diante de mim.

– O que foi? – perguntei.

– Onde eu vou ficar?

– Ah, pode ficar ali, com as garotas,

Ela virou-se para trás, avistando as cinco garotas que estavam sentadas nos sofás. E como que para me contrariar, ela se dirigiu na direção oposta, se sentando sobre um grande puff redondo e vermelho. Revirei os olhos. Essa garotinha é teimosa pra burro...

– Okay! Vamos iniciar as gravações! – gritou o diretor.

Seguimos tocando a música. Fizemos isso umas cinco vezes, enquanto as gravações seguiam. Resolvemos fazer uma pausa para beber alguma coisa e conversar com as garotas. Izzy antes foi ver seu cachorro. Deixei meu baixo no pedestal e me virei na direção dos sofás, mas antes, algo me chamou a atenção. Felicity estava dormindo profundamente naquele puff.

Aposto que ela não havia pregado os olhos à noite toda e devia estar exausta. E eu não a culpo. Dormir na rua deve ser mesmo péssimo... Percebi pela visão periférica que Mandy vinha correndo em minha direção, mas acabei me afastando e indo até a garotinha que dormia. Peguei minha jaqueta que estava sobre uma das caixas de som e usei-a para cobri-la.

– Não estou com frio. – falou a loira.

– Estava acordada, é? – fiz careta.

– Estou apenas descansando meus olhos. – começou ela, ao abri-los. – Quem consegue dormir com tanto barulho?

– Você é uma pirralha linguaruda.

– E nem queira saber o que você é. – falou, enquanto erguia seu corpo. Percebi seu olhar ir na direção das garotas. – Quem são aquelas garotas?

– A loira baixinha é a Mandy. – comecei. – Minha namorada.

Não sei porque, mas o olhar que Felicity me lançou foi estranho.

– E as outras são as namoradas dos seus amigos?

– Isso.

– Legal. – ela coçou a cabeça, enquanto fechava os olhos.  – Escuta... eu estou com fome. Tem alguma coisa pra comer?

– Só trouxemos bebidas. – acabei falando. – Aguente só mais um pouco. Depois das gravações eu te levo para almoçar.

– Eu também preciso de um banho... E roupas.

– Eu compro algumas pra você.

Felicity mordeu os lábios.

– Sua namorada está te chamando.

Olhei para trás, e Mandy me esperava com as mãos na cintura e o pé direito batendo frenético. Revirei os olhos, antes de ir até ela. A loira me encarava com um bico nos lábios, furiosa com algo. Eu estava quase adivinhando do que se tratava.

– Você foi dar atenção para aquela garotinha primeiro? Sério mesmo, Duff?

– Para de bobagens, Mandy. Ela precisa de ajuda.

– Então porque não a entregou à polícia? Ou ao juizado de menores? Seria muito mais fácil!

– Ela não queria ser entregue a eles! E eu não podia simplesmente deixá-la a própria sorte nas ruas de Los Angeles! – minha voz alterada saiu em um sussurro.

– Ah! De repente você resolveu dar uma de bom samaritano?! Não vá me dizer que não tem nenhuma intenção a mais ao trazer aquela pirralha pra perto?!

– Ela só tem quinze anos, Mandy! É órfã e sem teto! Pensa um pouco!

Ela soltou um suspiro longo.

– Okay. Vou acreditar em você. – ela sorriu. – Mas só porque eu te amo muito.

Acabei sorrindo com o canto dos lábios.

– Obrigado, meu amor.

– Eu adoro seu sorriso...

Ela falou e nos beijamos. Passei meus braços por suas costas e uma delas desceu e apalpou sua bunda. Mandy era linda, engraçada, divertida e muito selvagem na cama. Não havia dúvidas de que eu a amo muito. Ela é o amor da minha vida e em breve irei pedi-la em casamento.

***

Felicity POV ON

Aquela troca de salivas me deu náuseas. Revirei os olhos umas dezenas de vezes, antes de tentar dormir de novo. Mas não consegui. Não por nada, mas eles logo voltaram a tocar e então meu sono foi por água abaixo. Quando a música finalmente acabou e estava quase dormindo, senti alguém cutucar meu braço de forma frenética e chamar meu nome. Mas que baita de um filho da puta!

– Hey, acorda, pirralha.

– Vai se foder, Girafa Oxigenada.

– Okay. Então não vou mais te levar para almoçar.

A palavra “almoçar” me fez acordar nada hora! A minha expressão de morta de fome fez ele mudar de ideia.

– Vem, vamos numa lanchonete.

– Sua namorada não vai junto?

– Achei melhor dizer a ela que precisava ensaiar umas músicas, sozinho. – falou ele. – Vem. Vamos te levar para a nossa Hell House. Lá você toma um banho. Depois vamos almoçar e te comprar umas roupas.

Fomos até a tal Hell House. No caminho, descobri que esse era o nome que eles deram a casa deles, algo que particularmente combinou. Tomei um banho rápido e prazeroso. Fazia um bom tempo que não fazia isso e fez meu corpo relaxar. Vesti a mesma roupa, pois ainda não tinha outra, e depois Duff me levou para uma lanchonete e comemos hamburgers. Eu comi três! Estava morrendo de fome...

– Vá devagar com isso. Não quero ter que pagar um hospital também. – ele riu.

– Bão se breogube! – respondi de boca cheia, depois engoli. – Esse é o último.

O loiro balançou a cabeça e seguiu tomando sua cerveja.

– Me da um gole?

– Cerveja? Nem pensar!

– Ah, qual é? Preciso beber alguma coisa com álcool!

– Você é menor de idade! É contra as leis!

– Affe!  – revirei os olhos.

Depois do almoço, ele me levou até uma loja de roupas. Ele ainda não era rico, mesmo com a carreira da banda em progresso, então comprei apenas alguns conjuntos de roupas, lingeries, e todas peças baratas. Guardei a minha roupa suja numa sacola e saí da loja usando uma blusinha azul e preta, saia rodada preta com desenhos de luas e estrelas, sapatilha azul.

Duff me ajudou a colocar as sacolas em seu carro e então estávamos prontos para voltar a Hell House. Mas ao invés de entrar, fiquei ali, em pé na calçada feito estátua. O loiro logo veio me ver.

– O que foi? – perguntou.

– Por que está me ajudando? – perguntei, assim que o olhei nos olhos. Ou ao menos tentando. – E não me venha dizer que é porque eu preciso.

Ele ficou em silêncio por alguns instantes.

– Quando eu vim para Los Angeles, eu passei fome. Dormia em quartos sujos, cheios de ratos e trabalhava feito louco para ter comida no jantar. – ele concluiu isso ao colocar as mãos na cintura e olhar para o chão. – Mas eu já tinha idade para me virar. Você só tem quinze anos, e está passando por coisas muito piores do que eu passei. Então quero tentar fazer com que você siga um caminho melhor daqui pra frente. Só isso.

Fiquei em silêncio por alguns instantes.

– Vou pagar pelos favores nesse mês de trabalho como roadie. – falei enfim, ao abrir a porta do carro. – Não quero ficar devendo nada pra você.

Entrei no carro e seguimos em silêncio até a Hell House.


Notas Finais




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