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História Living in sin - Loving can hurt sometimes


Escrita por: ladyellijackson

Capítulo 37 - Loving can hurt sometimes


Fanfic / Fanfiction Living in sin - Loving can hurt sometimes

Estou aqui na sala de Richie, rindo sem parar das histórias que ele está me contando...

Quantas situações engraçadas que aconteceram com eles nesses anos todos de turnês com a banda.

Ele me convidou para a festa surpresa de retorno de Jon ao trabalho depois do acidente.

E pensar que um dia já chorei no ombro dele por causa de Jon...

Porque a vida é feita de fases, de momentos felizes e de momentos tristes.

Com certeza, o sofrimento que um dia tivemos, nos faz valorizar ainda mais a vida e as nossas alegrias.

Mas, de repente, Richie para de falar e olha fixamente para a porta...

O semblante dele me faz perceber que não estamos sozinhos...

Estou de costas e não consigo ver o que está acontecendo...

Mas quando ouço a voz de Jon, me viro num impulso, já me levantando da cadeira para correr até ele.

Paro imediatamente. Congelo. Ele está nos olhando enfurecido, os olhos azuis faiscando de raiva. Não parece o mesmo Jon que conheço: sempre lindo e com um sorriso no rosto.

- Dá para ouvir as gargalhadas de vocês lá na recepção. Por que vocês não me contaram dessa "amizade"? Não sabia que vocês eram tão íntimos... - diz Jon exaltado, num tom de ironia.

Richie se levanta da mesa e vai até ele para acalmá-lo. Eu estou em pé, perto da mesa dele, confusa, paralisada, sem mover um único músculo, apenas observando Jon. Meu mundo oscila. Não sei o que fazer.

 Parecem cenas de novela se passando tão rápido, que não consigo entender o que está havendo. Porque Jon está tão zangado assim?

- Brou, para com isso!!! Não tem nada a ver essa cena de ciúmes boba que você está fazendo.

- Cena de ciúmes? Eu te conheço muito bem, Richie. Se você ainda não levou a Val pra cama, está tentando fazer isso. Não é a primeira vez que você se mete com alguma namorada minha!!!

- Deixa de ser grosseiro, Jon. Você está imaginando coisas que não existem... - diz Richie.

- O mais incrível é que, não faz muito tempo, você tinha uma antipatia gratuita por ela, mas pelo jeito as coisas mudaram bastante entre vocês na minha ausência... - conclui Jon.

Ele nem deixa Richie se explicar. Ele vai para sua sala, batendo a porta, visivelmente furioso.

Desesperada, corro pelo corredor até a sala dele e abro a porta com toda rapidez. Essa situação com Richie foi a deixa. Estou determinada. Preciso ter uma conversa séria e definitiva com Jon.

 Mal entro na sala e, imediatamente, ele faz um sinal com a mão, pedindo para eu ficar onde estou. O rosto lívido de Jon denuncia sua fúria. Nunca o vi desse jeito.

E ele volta a olhar para o monitor, indicando claramente que devo me retirar.

Com raiva de mim? Por favor não. O que foi que eu fiz? É como se eu tivesse recebido um tapa com força.

Não gosto de vê-lo irritado, mas não posso negar que ele fica ainda mais charmoso assim. Diante daquela situação tensa, esse é o único pensamento bom que me vem à cabeça naquele momento.

- Eu fiz alguma coisa que te ofendeu? Desculpe se te decepcionei - digo com a voz mais doce e macia que consigo fazer.

Mesmo contrariado, ele volta a atenção para mim.

- O que você quer? - pergunta ele com um semblante carregado.

- Quero que me escute. É importante.

- Importante para quem?

- Para nós dois, Jon.

Sem pensar muito, me sento na frente dele e percebo que estou prendendo a respiração. O que vou fazer? O que ele vai fazer? Ele me encara. A expressão de Jon é gélida, repleta de alguma emoção desconhecida. Ele parece frio e distante.

- Está com ciúmes? - arrisco perguntar.

Ele me olha indignado.

- Amor, qual é o problema? Você não confia em mim?

- Confio em você totalmente. É nele que não confio.

- Ele pode até dar em cima de mim, mas vou dizer não.

- Eu tenho sentimentos por você. Já esse cretino, não. Ele só está tentando te seduzir. Eu conheço bem o jeito dele. Ele faz isso com todas as mulheres. Se alguma coisa te acontecesse, eu nunca iria me perdoar.

Encaro-o por um instante, tentando assimilar tudo o que ele me disse. Mas, parece que as coisas estão desencontradas. Estou confusa.

- Odeio discutir. Desculpe se fui grosseiro! Mas quando vi você com Richie, perdi a cabeça.

- Não tenho nada com o Richie. Ele é apenas um amigo - respondo.

- Baby, meu advogado já deu entrada na papelada. Mas teremos que ter paciência. O divórcio vai ser litigioso. É só uma questão de tempo para nós dois ficarmos juntos.

Olho para a foto da família dele em cima da mesa. Parecem tão felizes. Sinto um aperto no peito. Eu não tenho o direito de destruir essa família.

Então, respiro fundo e me encho de coragem...

- Jon, tenho uma coisa muito séria para te dizer...

Ele me olha de relance, sem dizer nada.

- Decidi aceitar o pedido de casamento do Mike. Eu vou me casar com ele - falo rapidamente, como se fosse um desabafo.

Ele arqueia as sobrancelhas surpreso e olha para mim numa intensidade que nunca vi antes. Os olhos selvagens, arregalados e em pânico. Ele pisca depressa. Minha respiração fica presa na garganta e meu coração começa a bater tão forte que ouço o sangue pulsar em meus ouvidos. Estou apreensiva com a reação dele.

- O que? Casar? E a gente esquece tudo isso que está rolando entre a gente? E os nossos planos de ficarmos juntos? Simplesmente não estou te entendendo agora... -  fala inconformado com o que eu disse.

Ai, meu deus!!! Minha vontade é de sumir, mas tenho que manter meu autocontrole.

Como eu queria poder falar pra ele: "é brincadeira, amor. Só estou te testando" e depois rir como uma garotinha boba. Mas não posso. São vidas que dependem da minha decisão.

Tenho que terminar o que comecei...

- Eu preciso de mais. Eu quero mais, Jon. Eu quero me casar, ter filhos, uma família. Não quero ter que esperar para te ver só quando você puder dar uma escapadinha da sua casa. Não quero continuar vivendo nessa situação. Eu tinha imaginado um relacionamento completamente diferente entre a gente.

Ele me observa, seu olhar escurece. Prossigo...

- Eu não quero me sentir responsável pelo fim do seu casamento, da sua família. Eu não vou conseguir viver em paz com esse peso na consciência.  Vou me sentir culpada.

- E sem mim, você vai conseguir viver? Eu nunca trai minha mulher, mas com você é diferente. Eu não vou contra o que eu sinto por você.

- A gente está sendo egoísta, tanta gente vai sofrer por nossa causa.

- Mas a gente vai virar as costas e ficar parados para o que a gente está sentindo?

- Se eu não posso te ter por completo, então prefiro ficar longe de você. Esse divórcio litigioso só vem a piorar as coisas para nós. O melhor que a gente tem a fazer é se afastar, Jon.

- Tem certeza? Você sabia que minha vida era complicada e disse que ia me esperar. Nós não temos que dizer adeus, baby. Podemos continuar assim então... do jeito que estamos.

- Não acho certo eu continuar sendo a outra. Não quero levar uma vida secreta com você, te encontrar às escondidas. Eu não sou assim. Não quero me sentir uma canalha, enganando as pessoas. A gente sabia que a nossa relação poderia acabar a qualquer momento.

- Você não pode me deixar! Nós sempre quisemos ficar juntos.

 - Jon, eu queria muito ficar com você também, mas não desse jeito. Preciso ter uma vida normal, segura. Fique certo que o que eu sinto por você não vai mudar. Nunca vou amar alguém como eu amo você.

Pelo seu olhar, sei que ele está apavorado e o pânico tomando conta de mim também.

- É isso. A gente não pode dar certo. A gente tem que lutar contra o Universo para vivermos o nosso amor, um amor proibido.

Ele franze a testa.

 - Você dá muita importância para essa gente, mas pra mim o que importa é o que nós sentimos um pelo outro. Você me quer, baby e eu quero você. Não vou deixar você desistir de mim. Tenho tantos planos para nós dois. Eu quero mostrar para o mundo que te amo. Você deve estar só impressionada com o que a Dot te disse aquele dia.

- Não torne as coisas mais difíceis pra mim, Jon. Você não vê o que um está fazendo ao outro? Você é o amor da minha vida, mas não podemos continuar juntos. Eu nunca vou conseguir fazer parte do seu mundo.

- Baby, não me olhe assim como se fosse a última vez das nossas vidas. Não vou encarar essa nossa conversa como uma despedida.

A ideia de deixar Jon é tão dolorosa que sinto como se eu tivesse levado uma facada no coração. Eu jurei que faria de tudo para nunca mais sentir isso de novo.

- Já entendi. Temos que fazer a coisa certa. E se eu conseguir o divórcio com a Dot, você desiste desse casamento ridículo?

E neste exato momento a porta se abre e ela está de pé junto à entrada, com Richie logo atrás dela. Numa olhada de relance, os olhos de Dot correm da minha cabeça aos meus pés e percebo neles uma faísca de ódio.

- O que essa mulher está fazendo aqui, Jon?

Ah, não!!! Eu não vou enfrentar a Dot de novo - penso.

- Ela está te disputando comigo como um troféu - provoca ela.

- Nunca quis competir com você, Dot. Você não percebeu que hoje é um dia de alegria?Afinal de contas, Jon está conosco, bem e de volta ao trabalho - respondo incisiva, com a voz firme.

Então, ele fala algo com ela, parecendo não emitir som, inaudível.

E ela continua me observando com uma expressão de um nojo mal-disfarçado.

É o sinal de alerta. Viro-me e deixo a sala de Jon depressa. Richie está no corredor e me segura pelo braço.

- Por favor, me deixe. Hoje tomei a decisão mais difícil da minha vida - choramingo.

- Eu sei. Você não quer essa vida. Você sabe que posso te dar a vida que você quer. Fica comigo!!! - fala ele do nada.

Dirijo um rápido olhar de desprezo para Richie, quando vejo um pequeno sorriso de satisfação tomar seus lábios. E então, me pareceu que ele havia escutado a minha conversa com Jon. Mas estou tão transtornada diante daquela situação que nem sei o que pensar. Meu coração para. Quero chorar.

Estou me sentindo fraca, perdida, desorientada. Minha cabeça dá voltas. Por um instante, sinto que vou desmaiar. Estou tão fragilizada que o abraço forte e caio em prantos em seu peito. Vou soltando meu peso nos braços dele, tentando entender o que acabou de acontecer nos últimos dez minutos.

Minha mente voa. Eu só queria entender a confusão de pensamentos que eu tenho dentro da minha cabeça.

Fecho os olhos enquanto a última imagem me assombra. Na verdade, sei que não quero deixar Jon. Amo Jon com todas as minhas forças. Ele é perfeito. É o homem que sempre sonhei para mim. Nunca poderia deixá-lo. Eu perdi o juízo ou estou sendo masoquista? Droga, o que deu em mim?

O fato é que o amor que sinto por ele é mais forte do que eu e está longe da razão, do bom-senso.
Será que quero mesmo uma vida segura ao lado de Mike ou apenas estou fugindo do amor proibido e complicado de Jon?



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