Texto doze –
Amor?
Ele se aproximou sorrateiramente, como quem nada quer. Ficava muito quieto e fingia ser alguém que não era, tentando parecer perfeito para mim.
Eu fingia que não reparava, agia normalmente. Mas eu não gostava. Não queria estar perto de alguém que será o que eu quero que seja, queria alguém que é quem é.
Ele me declarou seu amor, disse que era para sempre. Mas não foi cara a cara. Chamou isso de atitude de homem. Eu chamo de falta de coragem.
A verdade é que eu sei o que ele pensa sobre amor. E não é um sentimento ruim, não faz sofrer. As pessoas não são frias, nem estão fazendo pouco caso dos seus sentimentos. Elas só não sentem o mesmo por ele. Por favor, faça-o entender a diferença.
Você não vai amar alguém assim que seus olhos se encontrarem. Ele está terrivelmente enganado.
Ele diz a palavra “amor” como se não significasse nada.
Minha mãe me disse uma vez: “Se você ama, corra atrás, lute, se esforce, seja corajosa, tenha atitude. Porque amar é lutar, mesmo sabendo que a batalha está perdida. É dar tudo de si e não se importar se vai doer, pois você abre mão de si mesma. “
Amar não é só querer abraçar. Não é só elogiar. Não é só se importar quando o outro se importa.
Amor é o com certeza, não o talvez.
Se ele me ama, por que não vejo qualquer esforço? Se isso amor, por que desistiu diante do primeiro não? Se ele me ama, por que não cuida de mim? Se esse amor era para sempre, onde ele está agora?
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